Homeboy - amigavelmente amigá...

By Daiseiras

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No mundo de Vincent, apenas três coisas realmente importam: Florence, Florence e Florence. Ainda quando é di... More

O duende falante da casa da vizinha.
Doug Assustador Calliêr.
Aqui jaz um duende falante.
Ho! Hey! Feliz dezesseis.
Presentes falhos, vontades descabidas, Noora e pub.
Beijo, bad boys, livros e cinema aberto.
O jeito correto de se conquistar uma garota.
Guerra de pau e pedra.
Você a ama?
O retorno de Doug Assustador Calliêr.
Ligação: boca e coração.
Geração Vodka/Rivotril.
Tenho 17 anos e nunca beijei uma garota.
O lamber do nariz.
O meu cabelo ruivo.
Reatando laços.
Nó cego.
Exigências Part.1
Exigências Part.2
Qual é o tamanho do seu sofrimento?
O armário dos casacos. Part.1
O armário dos casacos. Part 2.
Vocês se protegem, mas quem me protege?
Vigiai, pois o falso amor anda sempre à espreita.
Somente os fracos se despedem.
Lembranças infantis.
E então é Natal.
Os seus olhos me causam abalos sísmicos.
Classmate - Amigavelmente Amigável (livro 2).

Eu quero viver um recomeço com você.

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By Daiseiras


E se você acordasse tendo plena noção de que tudo o que viveu após os oito anos de idade não passou de um sonho, e que na verdade você ainda é uma criança inexperiente e indefesa?

Você abriria mão de diversos momentos e não teria como voltar atrás. As coisas teriam escapado do seu controle, os seus amigos não seriam os mesmos e alguns deles sequer existiriam.

Você se sentiria feliz por ter a oportunidade de viver tudo de novo e corrigir os erros cometidos, ou lastimaria?

— Vince, nós precisamos conversar. — esta foi a frase dita por Noora que me deixou com palpitações.

Eu, como amante de filmes e livros, já a li em diversas histórias. O significado costuma ser sempre "não é voce, sou eu" e a única coisa que realmente muda é a identidade de quem a diz.

— Tudo bem. — não respondi nada além disso.

Desliguei o telefone, desci os degraus da escada e fui em direção à porta da frente.
A rua estava bastante quieta, assim como a minha casa, e o simples som do freio da minha bicicleta soou como um grito ensurdecedor.

Eu não quero que ela termine comigo.
Nós começamos agora.
Demos uma chance ao que quer que seja isto.

A casa dela continuava sendo a mesma que eu já havia visitado tantas vezes. Hoje, no entanto, o amarelo do lado de fora parecia um pouco mais desbotado, e sua cadela Phoebe não estava do lado de fora.

Ela não tinha a cadela antes.
Foi algo que simplesmente aconteceu.

— Noora? — bato à porta, mas ela não aparece.

Após alguns tentativas falhas de conseguir a atenção de alguém que estivesse dentro da casa, decido entrar.
Talvez ela esteja no banho.

Desde a volta de Florence, Virgínia e Doug não têm estado em bons lençóis. Noora também tem andado estranha e eu não faço ideia de como modificar essas coisas.
A verdade é que viver permitindo que outra pessoa controle os seus sentimentos é muito cansativo, assim como nutrir lembranças raivosas ou tristonhas por alguém.

— Noora? — tento outra vez, batendo os pés impacientes no chão de forma contínua.

— Aqui em cima. — ouço a voz suave.

Ela vai terminar comigo, e é só nisso que penso à medida que subo a escadaria.
Nunca fui lá um cara muito seguro e pensar que talvez ela me abandone hoje apenas me deixa um tantinho pior.

— Olha, eu não sei o que eu fiz, mas acho que podemos resolver de outra forma. — é a primeira frase que digo ao entrar no quarto dela.

— O quê? — ela está vestindo uma fantasia engraçada de duende. — Resolver o quê?

— M-mas eu pensei que...— gesticulo com as mãos. — Você disse que precisávamos conversar e eu concluí que... que roupa é essa?

— 10 anos! — ela parece empolgada. — Hoje fazemos 10 anos de amizade! Surpresa!

— Eu ainda não entendi qual é a da roupa.

— Eu estava lá quando Florence chorou a perda do duende dela. — agora Noora parece envergonhada. — Só não fui para o enterro porque os meus pais disseram que eu tinha que chegar em casa antes das 5:00 da tarde.

— Você estava lá? Eu não me lembro de você.

— Achei que seria mais fácil começar a conversar contigo na escola. — o rosto dela continua rosado. — Sabe, Vincent, eu quero viver um recomeço com você a cada dia que passarmos juntos.

— Então você não quer terminar comigo? — me sinto infinitamente mais leve.

— Por que raios eu iria querer terminar com você?

— Sou esquisito, desengonçado, não sei demonstrar meus sentimentos direito e os meus sapatos me deixam com chulé. — respondo em prontidão.

— Eu sei de todas essas coisas e continuo querendo te namorar mesmo assim. — ela se aproxima e laça o meu pescoço com seus braços. — Fiz uma programação super divertida para comemorarmos os nossos 10 anos de amizade.

— E qual vai ser a primeira parte da programação?

Noora sussurra em meu ouvido e eu arregalo os olhos.

Um.
O jeito que Noora me incentiva a surfar nos fios loiros de cabelo dela é algo completamente inovador.

Dois.
Se eu tivesse de presentear Noora com algo, nada, em loja alguma, seria bom o bastante.

Três.
Quando o amor é pra ser, você simplesmente sente. Não significa que seu estômago será tomado por borboletas, ou que você deixará de enxergar os defeitos da outra pessoa.

Quatro.
Diante de mim, carregando nas mãos um potinho de vidro, está a garota dos meus sonhos.

— Vales presente feitos à mão? — não resisto à vontade de dar risada. — Você tirou isso do fundo da caixola, heim?

— Está reclamando? — ela torce o nariz, como um roedorzinho bonitinho e... enfim. — Eu tenho aqui um "Vale reclamação", mas vou jogá-lo fora agora. Você acabou de usar.

— E o que mais você tem aí dentro? — inclino o pescoço, tentando capturar alguma dica.

— Eu tenho um "Vale Cinema Aberto". — ela rebate, ainda com um sorriso insistente na boca. — E o filme de hoje é "O Poderoso Chefão".

— Não me parece muito romântico. — deslizo os pés pelo chão, me aproximando cautelosamente. — Eu assistiria um filme sobre você, e sabe qual seria a melhor parte? — ela nega. — Todo ele.

Se a pessoa que você namora e ama, ou acredita namorar e amar, não é brega com você em momento algum, preciso lhe avisar que você está namorando errado.

Termine.

E digo isso de forma completamente imparcial, é claro.

— Eu gostava mais do seu humor quando você era criança. — ela rebate. — Desde que se apaixonou por tuuudo isso...— ela realiza movimentos estranhos com o corpo, numa espécie de dança descoordenada. — Só tem me dito coisas melosas e adoráveis. Lhe falta sinceridade, pequeno gafanhoto.

— E você quer que eu seja menos meloso? — ela não nega, mas também não afirma. — Tudo bem, então. Vou começar a reclamar do seu bafinho matinal. — Noora me estapeia o peito e eu seguro as mãos dela logo em seguida, interrompendo seu pequeno surto. — Ou vou começar a dizer que você é linda do último fio de cabelo até o tornozelo. Não me leve a mal, eu é que não gosto muito de pés.

— Você é mesmo um bobo. — Noora Callahan mordisca meu lábio, puxando para si.

Depois, com tamanha agilidade, ela amassa outro papelzinho que estava dentro do recipiente de vidro.

— "Vale uma (a)mordidinha".

Beijo-lhe a testa, me sentindo terrivelmente bem e um sujeito de sorte.

O amor é sobre isso, gente! Eu sei bem! Vivenciei uma quantidade bizarra de amores que pensei serem reais, quebrei a cara várias vezes e faltou pouco para que eu atentasse contra a minha própria vida, pelo simples fato de eu não me considerar uma pessoa fácil de se amar.

Noora Callahan tem me mostrado o contrário.
Todos nós somos fáceis de amar... pelas pessoas certas.

Dedico este livro às pessoas certas.

Gente, namoral, eu nem acredito que consegui concluir esse livro!

Quando comecei Homeboy, confesso que nunca pensei que alguém fosse realmente parar para ler algo que eu havia escrito.

Vocês me provaram o contrário!

Por estes e outros motivos, decidi finalizar este livro aqui, que foca principalmente no triângulo amoroso entre Florence, Noora e Vincent, e iniciar o livro de VIRGÍNIA E DOUG! Exatamente como eu já havia prometido.

Aos que leram até aqui, muito obrigada!
Fiquem ligados, pois até a semana seguinte devo postar o epílogo da história do nosso ruivinho com a nossa girl boss.

Não se esqueçam de compartilhar com os amigos, e sintam-se à vontade para me mandarem mensagem, falando o que acharam do final.

Um beijo e um cheiro em cada umx!

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