Desejo Perigoso

By Carolinepereira__

252K 26.1K 4.2K

Ele voltou. Mais intenso. E mais quente do que nunca. Cassie é uma detetive particular que tem uma vida solit... More

Nota da Caah
PROLOGO
CAPÍTULO 1 - PASSADO NEGRO
CAPÍTULO 2 - SEGREDOS
CAPÍTULO 3 - DESCOBERTAS
CAPÍTULO 4 - BEIJA-ME
CAPÍTULO 5 - ÁNGEL
CAPÍTULO 6 - FUEGO
CAPÍTULO 7 - PARCEIROS?
CAPÍTULO 8 - MONTREAL
CAPÍTULO 9 - CINZAS
CAPÍTULO 10 - HOT NIGHT
CAPÍTULO 11 - DESIRE
CAPÍTULO 12 - VICIO
CAPÍTULO 13 - CACHOEIRA
CAPÍTULO 14 - CALIENTE
CAPÍTULO 15 - NOSTALGIA
CAPÍTULO 16 - A CASA DO LAGO
CAPÍTULO 17 - MORNING
CAPÍTULO 18 - CAOS
CAPÍTULO 19 - PISTAS
CAPÍTULO 20 - PASSADO
CAPÍTULO 21 - CIÚMES
CAPÍTULO 22 - ABRIGO
CAPÍTULO 23 - MEU
CAPÍTULO 24 - SINAIS
CAPÍTULO 25 - A CARTA
CAPÍTULO 26 - RASTROS
CAPÍTULO 27 - DESCONFIANÇAS
CAPÍTULO 28 - INCERTEZAS
CAPÍTULO 29 - TEXAS
CAPÍTULO 30 - A INVASÃO
CAPÍTULO 32 - A REVIRAVOLTA
CAPÍTULO 33 - NEW YORK
CAPÍTULO 34 - SAN ANDRES
CAPÍTULO 35 - SWEET DESIRE
CAPÍTULO 36 - MI AMOR
CAPÍTULO 37 - DESESPERO
CAPÍTULO 38 - A DOR
CAPÍTULO 39 - 48 HORAS
CAPÍTULO 40 - O SEQUESTRO
CAPÍTULO 41 - A REVELAÇÃO
CAPÍTULO 42 - SURPRESAS
CAPÍTULO 43 - ONE LOVE
CAPÍTULO 44 - SEX & WINE
CAPÍTULO 45 - IDAS E VINDAS
EPILOGO

CAPÍTULO 31 - BRECHAS

3.9K 454 87
By Carolinepereira__

||CASSIE||



ME ENFIO NO CHUVEIRO puta por ter falhado no primeiro dia de operação. Fecho os olhos e deixo a água cair sobre meu rosto afastando dos meus pensamentos o dia de merda que tive hoje. Fui imprudente, deveria ter percebido que ele estava com a faca além da arma. O pior de tudo é saber que ficarei fora da operação por causa da porra do corte na minha perna. Não tem frustração maior do que falhar na minha primeira operação grande, mesmo que eu não seja uma policial eu estou ali como se fosse uma e também analisando as vertentes como detetive. Mas errei, errei miseravelmente nas duas coisas.



Ao voltar para o meu quarto lembro-me de algo, a correntinha que Trish me deu e que eu enfiei no meu bolso da calça antes de sair. Corro até o resto de jeans que sobrou da minha calça com a ferida e enfio as mãos nos bolsos, o desespero bate quando eu não encontro nada. Sacudo o casaco que usei na esperança que ela esteja grudada em algum canto mas é em vão. Ando por cada canto desse quarto olhando o chão, embaixo da cama, da cômoda, no banheiro mais não acho.



Puta que pariu.



Perdi a correntinha da Trish.



Provavelmente caiu na hora da briga, merda, merda, merda. Trish não vai me perdoar.



Minha cabeça tá a mil, preciso beber algo. Lembro do bar que tem no terraço do hotel, vou até minha mala e escolho uma roupa simples. Coloco um vestido midi canelado, uma sandália baixa e pego o cartão antes de subir para o 20° andar. Caminho com dificuldade e bem de vagarzinho por causa da minha perna machucada, o certo seria eu não sair do quarto mas eu odeio me sentir presa e desabilitada.



A saída do elevador leva direto ao bar, é um lounge elegante e descontraído. As bancadas todas de vidro, luzes de iluminação tornam o lugar ainda mais bonito.

Quando peço uma dose de whisky o garçom me olha com as sobrancelhas franzida.



- Mulheres também bebem whisky. - digo e ele sorri.



- E tem todo direito disso, desculpa é por que não é o normal entre as mulheres. - explica enquanto prepara a bebida.



- Eu sei, mas isso é culpa da sociedade machista do século 21. - reviro os olhos - Gosto da divergência.



Ele entrega a minha dose e da de ombros.



- É bom ter divergências e se impor, vocês foram caladas por muitas décadas - sorrio.



- Tá ai, gostei de você garçom da gravata azul.



Ele sorri e eu me afasto indo para a área aberta e descobrindo uma das vistas mais lindas que já vi. Como é início da noite o cenário é espetacular, da para ver a cidade inteira completamente iluminada daqui de cima.



Me aproximo do muro de vidro e me perco em pensamentos tentando imaginar como Sebastian reagiria ao saber que estou com um corte na perna. Eu tento mas não consigo tira-lo da minha cabeça, é impossível.



Ele está em cada ar que eu respiro, em casa arrepio que percorre em minha pele e em cada pensamento que invade a minha mente.



- Eu não sabia que o álcool fazia bem para pacientes em repouso.



Reconheço a voz na mesma hora e o seu perfume confirma que a minha intuição está certa. Ao me virar confirmo as suspeitas e abro um sorriso por ter sido pega no flagra.



- Estava escrito na receita que a médica passou, só estou seguindo o que me recomendaram.



Liam tomba a cabeça para o lado de um jeito charmoso e aperta seus olhos antes de dizer.



- Algo me diz que a policial está mentindo para mim novamente. - dou de ombros.



- Ok, fui pega em flagrante.



Ele sorri e aponta para o lugar ao meu lado.



- Posso?



- Claro.



O comandante senta na poltrona estofada ao meu lado e volta sua irís cor de mel para a vista da cidade.



- Dia ruim né? - pergunta já sabendo a resposta.



- Péssimo.



- Nada que uma vista dessa não melhore.



- E um whisky. - concluo levantando o copo.



- Você não tem cara que bebe frequentemente. - gargalho.



- Se você me conhecesse, jamais diria isso.



- Nunca é tarde...



Ignoro o duplo sentindo dessa pequena frase e enfio o copo na minha boca bebendo mais um gole. Pigarreio de mudo de assunto.



- O que os desgraçados falaram no depoimento?



- Não falaram muito mas descobrimos que Mascarenhas estava naquela casa horas antes da gente cerca-la.



Eu sabia, por isso tinha copo de whisky e binga de charuto na mesinha de centro.



- E sobre a Stacy? - me viro para ele - Eles disseram algo sobre ela?



- Não! Eles não cooperaram muito mas haverá outros interrogatórios, estou cuidando disso pessoalmente.



- Filhos da puta. - bufo irritada - Já tentaram tortura?



- Calma Clare, quer dizer Cassie, temos que analisar toda a situação e pensar com cautela. Estamos todos em busca da Stacy e vamos conseguir informações da onde ela esteja. Os nossos psicanalistas estão analisando eles de perto para podermos tentar uma abordagem que eles falem o que queremos ouvir. Só temos que ter calma e paciência.



- O que eu não tenho. Estou trabalhando nesse caso ha mais de dois meses e não tive nenhum avanço... - respiro fundo - E no primeiro dia de operação eu fodo com tudo.



- Para de dizer isso, você não ferrou com plano, apenas se machucou.



- E vou ter que ficar fora das proximas operações. - reviro os olhos.



- Pode ficar tranquila te deixarei a par de tudo, inclusive amanhã haverá uma reunião com todos vocês. Vamos mudar para o nosso alojamento, aqui é um hotel muito visado e não tem a estrutura que precisamos. O alojamento fica afastado do centro e é bem escondido, na verdade ele já estava sendo preparado para nos receber mas atrasaram com algumas coisas por isso passamos essas noites no hotel.



- Hum, entendi. - bebo o resto de whisky e coloco o copo sobre a mesa.



- Amanhã também chegará mais reforços antes da segunda invasão, a cidade está cercada e é impossível Nunes sair do Texas.



Liam apoia os cotovelos nas pernas e volta seu olhar enigmático para os meus.



- Temos que pega-lo, temos que achar a Stacy... - passo as mãos pelos cabelos - Odeio me senti inútil. - sinto sua mão em meus ombros.



- Não importa se alguns dos seus casos de investigação não deram certos, a cada caso é uma historia diferente e tenho certeza que você é capaz de finalizar esse caso levando Stacy de volta aos seus pais.



Fico sem palavras, ele tem uma percepção aguçada.



- Como você sabe que eu já fracassei em outros casos? - franzo a testa.



- Sou formado em psicologia e é visível que você já se frustrou com outros casos que não deram certo. - seus olhos invadem os meus - Arrisco dizer que você sofreu muito, por isso se acha incapaz de investigar outros casos. Mas você está errada. - ele segura as minhas mãos e se aproxima mais um pouco - Cassie, o que você já passou não importa, eu não preciso saber o que aconteceu pra te levar a ter esses pensamentos mas saiba que se você não se perdoar pelo que ocorreu, você jamais conseguirá seguir em frente e isso pode atrapalhar muito a sua vida. Não se deixe levar pelo passado e siga em frente, há um futuro a sua espera. - nossa.



- Uma detetive que foi escolhida pelo governador de Toronto para investigar o desaparecimento da sua própria filha é no minimo foda pra caralho, venhamos e convenhamos. - diz sorrindo.



Me junto a ele sorrindo e balançando a cabeça.



- Obrigada pela moral.



- Mais é verdade, você mais do que ninguém sabe a força que tem dentro de sí. - aponta para o meu peito - Não deixe que isso atrapalhe a sua vida, ok?



- Ok comandante. - sorrio - Obrigada pelas palavras.



Realmente, eu não esperava ouvir isso dele e suas palavras foram um levante pra mim.



Seus dedos acariciam minha mão e seus olhos se tornam mais escuros que o normal, ele abre um sorriso e abaixa a cabeça desviando o olhar.



- De nada, quando precisar...



- Pode deixar.



Quando vou retirar minhas mãos das suas ele não permite e seus olhos se voltam para os meus, dessa vez inquietantes e duvidosos. Seu rosto se aproxima do meu e congelo sem reação alguma.



- Cassie...



Ele abre e fecha a boca parece querer dizer algo mas não consegue. Seus olhos descem para meus lábios e franzo o cenho sem entender direito o que está acontecendo aqui.



WTF?



Antes que eu me afaste, alguém o chama de longe e eu agradeço aos céus por isso.



- Comandante?



Liam trava o maxilar antes de se virar e nós dois encontramos Eliott parado próximo a entrada do bar com os olhos curiosos em cima de nós dois.



PUTA QUE PARIU.



- Desculpa mas estão precisando do senhor lá embaixo. - Liam assente e volta seus olhos para os meus - Nos vemos amanhã, boa noite policial Sanders.



- Boa noite.



São as únicas palavras que saem da minha boca, Eliott não direciona seu olhar para o meu em momento algum e quando os dois somem dali eu corro para o bar e peço outra dose.



- Bateu na trave ein. - o garçom diz sorrindo e eu franzo a testa - Foi por pouco que o mal encarado não te beijou.



Balanço a cabeça e fecho os olhos tentando apagar aquele pequeno momento estranho.



- Não, isso jamais aconteceria. - ele da de ombros e me entrega a dose.



- Parece que ele está bastante empenhado nisso.



Bebo tudo de uma vez, fazendo careta ao senti o liquido descer corroendo por minha garganta.



- Perda de tempo. - tiro duas notas que pagam a conta e coloco em cima do balcão - Pode ficar com o troco.



Saio do bar perturbada com o que quase aconteceu e me sentindo mal por isso. Eu não quero nem ver a merda que isso poderia dar se Sebastian soubesse dessa aproximação do Liam.



Deus do céu.



Não quero nem imaginar.



(...)



NA MANHÃ SEGUINTE, tomei café e fui para a sala de reunião, Liam me viu assim que entrei e acenou para mim com a cabeça, fiquei mais aliviada em ver que ele não se aproximaria. Estou sem graça pelo que aconteceu ontem e de alguma forma eu ainda me sinto mal por isso. Os reforços chegaram logo cedo e o comandante explicou as alterações que haveria no plano. Logo após a reunião, fomos todos direcionados para o novo alojamento. É um casarão improvisado afastado da movimentação da cidade, cheio de câmeras, com um muro enorme e uma cadeia de contêiner provisória do lado de fora onde os dois presos foram colocados sob vigia de mais de cinco policiais. Há duas cabines altas espalhadas pelo jardim onde policiais revezarão os plantões.



A minha cabeça está trabalhando maneiras de conseguir interrogar os dois bandidos, eu sei que Liam não deve ter liberado a minha entrada, mas eu preciso dar um jeito nisso.



Passei grande parte da manhã no meu quarto minúsculo pensando em alguma desculpa que darei aos policiais, eu preciso saber o que esses desgraçados sabem, tenho certeza que ao menos um deles sabe a onde Mascarenhas escondeu Stacy. Já basta eu ter que ficar nesse quarto sem fazer nada com uma operação rolando.



Calço minhas botas e pego meu distintivo falso, fecho meu rosto e caminho decidida até o contêiner. Logo na entrada tem um policial mal encarado, passo por ele que não diz nada ao ver meu distintivo. Agradeço aos céus por isso e torço para que o responsável da cela seja igual a esse policial. O local é grande e bem iluminado, passo por um policial e quando viro a esquerda encontro o policial responsável por liberar o interrogatório sentado em uma mesa de frente para o computador.



- Boa tarde, sou a policial Sanders e vim interrogar os presos. - o policial me encara e diz.



- O comandante não te liberou para fazer interrogatórios.



Merda.



- Eu sei mas como todos foram para a operação e eu não fui escalada, ele pediu de última hora que eu fizesse o interrogatório um de cada vez.



Ele fica me encarando e vejo em seus olhos que está duvidando do que estou dizendo.



- Ele me confiou essa função, pois ontem mesmo estava na mesma equipe que ele e ajudei a capturar um dos bandidos. - ele eleva as sobrancelhas como se tivesse tido um lampejo.



- Ah! Lembrei de você, pode entrar policial Sanders, vou pedir para que o policial Rules traga o primeiro preso. Pode ir entrando na sala.



Assinto e ele sai do seu posto e entra no corredor contrário ao que eu vim. Entro na sala onde há câmeras nos quatro cantos e escondo o nervosismo atrás do meu rosto fechado.



O primeiro preso que chegou de algemas e sentou de frente pra mim, é o que se rendeu do lado de fora. Tento um conversa tranquila, mas não obtenho resposta alguma. Cheguei a ameaça-lo e ele continuou sendo fiel ao desgraçado do Mascarenhas. Sem paciência, pedi ao policial que estava na sala comigo que trouxesse o outro. Quando o segundo preso entrou na sala e viu que seria eu a interroga-lo, ele abriu um sorriso cínico mas não disse nada.



A tensão instaurou no local assim que ele sento de frente pra mim e ficou me encarando com uma cara de deboche.



- Me diz o que você sabe sobre o sumiço da Stacy? - digo firme lhe encarando feio.



O velho não tira os olhos de mim e não abre a boca para dizer nada.



- Não dificulta as coisas, o prejudicado aqui é você.



Silêncio.



- Você acha que o Mascarenhas está ligando que você está preso e vai passar por uma sessão de tortura mais tarde? Obvio que não, ele está pouco se fodendo pra você. Então eu acho melhor você começar a abrir o bico.



Silêncio e um sorriso debochado, me irrito na mesma hora e bato minhas mãos sobre a mesa fazendo um barulho enorme.



- Porra, me fala a onde está Stacy? - grito.



Ele joga a cabeça pra trás gargalhando e a minha vontade é de socar a sua cara até sangrar.



- Você acha mesmo que eu direi algo?



- Se não falar eu mesma cuido que nunca mais fale na sua vida arrancando a porra da sua língua fora. - seus olhos gélidos me encaram novamente.



- Você não sabe com quem está mexendo... Tem muita gente grande por trás disso. - engulo seco e guardo essa frase na minha mente.



- Quem? Eu quero nomes, cada nome que disser vai ser menos 2 anos na cadeia. E ai, vai ajudar ou não? - ele balança a cabeça sorrindo, isso me sobe uma raiva indescritível.



- Ah, detetive, você acha que sabe tudo quando na verdade não está nem perto de descobrir o que tanto quer.



Meu corpo gela ao ouvir ele me chamar de detetive, pisco algumas vezes tentando lembrar se em algum momento eu falei por acaso que era detetive, mas não. Eu não disse.



- Nunes já sabe quem você é e posso te garantir que ele não está nada feliz em saber que tem uma detetive se metendo onde não deve.



Meu rosto fica pálido e um arrepio percorre em meu corpo que entra em alerta ao saber que Mascarenhas sabem quem eu sou. Pisco algumas vezes andando para trás procurando alguma coisa para me escorar, estou tonta e meu rosto deve estar completamente pálido.



- Cai fora antes que acabe morta como todos que entraram no caminho dele.



Abro a porta e saio as pressas, atravesso os corredores correndo e desesperada.



Não, não pode ser.



Nunes sabe a minha identidade.



Fodeu.



||SEBASTIAN||



TERMINO DE FECHAR mais três entregas que saíram direto da fábrica para Boston, são clientes importantes que estão comigo desde quando eu tinha um quartinho que clonava dinheiro no México.



Meu celular toca no bolso e quando vejo que é o número de Eliott atendo na mesma hora.



- O que houve com a Cassie?



- Calma Galvani, ela está bem mas...



Travo o maxilar.



- Mais o que porra?



- Ela se feriu hoje cedo.



Me levanto com coração na mão.



- O QUE? Mais ela ta bem? - passo as mãos nos cabelos preocupado.



- Está, se acalma eu vou dizer o que houve.



- Eu mandei que você cuidasse da porra da segurança dela caralho.



- Ela foi mais rápida que eu, pegou o bandido, meteu a porrada e desarmou mas não viu que ele tinha uma faca que acabou cortando a perna dela mas não foi profundo.



Engulo seco, fecho os olhos e respiro fundo.



- Porra Eliott, você sabe que se eu tivesse aí já teria arrancado a sua cabeça por isso né?



- Eu sei, mas ela está bem e estou de olho nela.



Tento relevar por saber que ela está bem. Sorrio ao imaginar ela lutando com um bandido, Cassie é muito mais forte do que transparece.



- E tem mais... - franzo o cenho - O comandante está interessado nela.



Meu coração acelera e o ódio sobe em meu corpo.



- O QUE? Como assim interessado?



Travo o maxilar e tombo a cabeça para o lado tentando controlar a minha raiva.



- É... Então, ele anda cercando ela.



- Que porra é essa? Qual o nome desse desgraçado?



- Liam Bowman.



- Vou pedir a cabeça dele amanhã mesmo.



- Tá louco Sebastian? Ele é comandante do FBI.



Passo minha mão na barba e ando de um lado para o outro nervoso.



- Eu quero que a Cassie volte pra casa agora.



- Eu não tenho autoridade para isso Galvani.



- Dê o seu jeito, era pra você cuidar dela e além de não fazer o que eu pedi ainda deixou um filho da puta da puta ficar rondando a minha mulher. Eu quero ela em Toronto amanhã e até lá mantenha esse merda longe dela. - desligo.



Jogo o celular do outro lado da sala e derrubo tudo que tem em cima da mesa furioso em saber que Cassie está ferida e tem a porra de um desgraçado em cima dela, e o pior é que eu não posso fazer nada.



Que ódio.



(...)



||CASSIE||



ACORDO COM BATIDAS na porta do meu quarto, me levanto estranhando mas ao ouvir Eliott me chamando eu fico mais tranquila.



- Já vai.



Coloco um roupão e caminho contrariada até a porta. Quando abro Eliott está com cara de poucos amigos me encarando e inclina o celular e diz:



- Ele quer falar contigo.



Meu coração pulsa enquanto encaro o telefone, fico receosa e com medo de falar com ele depois de tantos dias longe. Engulo seco e pego o celular, Eliott vira e vai embora sem dizer nada.



Fecho a porta e fico procurando coragem para falar com Sebastian. Ele deve estar puto pra caralho, além de vir para o Texas sem avisar e eu simplesmente não trouxe meu celular.

Coragem Cass.

Coragem.

Fecho os olhos e trago o celular até o meu ouvido.



- Alô?



- Cassie? - diz com a voz suave.



Deus!



Minhas pernas ficam bambas, meu coração quase sai pela boca e meu corpo acelera da cabeça aos pés ao ouvir sua voz.



TO BE CONTINUE....



Continue Reading

You'll Also Like

500K 34.7K 80
Harry Radcliffe é o CEO - presidente da multinacional agência de modelos e fabricante de cosméticos, Radcliffe's, ocupando assim sua posição de homen...
182K 13.6K 24
Gustavo Rocca é um badalado cirurgião de um famoso hospital no Rio de Janeiro. Ele é forte, inteligente, bem sucedido, aventureiro e divertido. Seu p...
4.8K 322 16
Gabriela, uma moça sonhadora que vive com seu pai e é humilhada dia e noite, e sonha com uma vida melhor. Daniel, um CEO possessivo, implacável e arr...
845 47 13
Idols reagindo a você PT 5