CAPÍTULO 12 - VICIO

4.8K 525 38
                                    


|| SEBASTIAN ||

PRESSIONO O CIGARRO contra meus lábios antes de dar a última tragada enquanto observo o sol se por no horizonte da minha cobertura duplex. Cassie não saiu da minha cabeça nesses últimos dias, não consigo parar de pensar no seu corpo contra o meu, na sua pele aveludada roçando na minha em meio ao suor de nossos corpos enquanto nos movimentamos em sincronia com meu pau enterrado nela... Porra, essa mulher está tirando meu juízo. Não sei se estou mais puto por não conseguir tirar aquela noite explosiva da minha cabeça ou por não saber se iremos repetir a dose pela reação que ela teve no dia seguinte.

Mulher nenhuma nunca teve aquela atitude comigo, normalmente é o contrário que acontece mas Cassie não é qualquer uma, ela é diferente de todas que eu já tive, a começar pelo sexo. Pegamos fogo juntos, é um vício, só de imaginar meu pau fica duro. A minha vontade era não deixar ela dormir e sim amanhecer o dia transando como se não houvesse amanhã. Mas ao acordar vi que nada daquilo conversado, e cheguei a conclusão que ela ficou na defensiva por causa de alguma experiência ruim no passado, não há outra explicação.

Como pode ser um furacão na cama e no dia seguinte fingir que nada aconteceu?

Mas se ela acha que eu irei desistir de tê-la em minha cama mais vezes, está muito enganada. Ela vai ceder e quando isso acontecer, eu irei aproveitar cada gemido que ela soltar enquanto meu pau estiver entrando nela.

Porra, eu não deveria estar tão fissurado nisso. Sempre mantive a minha cabeça no lugar, não vai ser dessa vez que vou vacilar. É só uma mulher Galvani. Apenas mais uma.

(...)

Chego na minha fábrica, comprimento alguns dos meus homens que fazem a segurança e outros que trabalham na fabricação no turno da noite. Vou direto para a minha sala verificar as encomendas da semana, há uma carga grande para Colombia de um dos meus melhores clientes e outra para Dubai para o sheiki que mantem negocios comigo há mais de quatro anos. Análiso o trajeto das duas cargas e a escala de quem irá levar, faço algumas alterações para que essa carga chegue nas mãos dos meus clientes de forma discreta sem levantar suspeitas da policia e chego a conclusão que terei que acompanhar essa carga para Colombia de perto. Poucos minutos depois, Russel entra na minha sala e o coloco a par de todo o processo e peço que coordene tudo enquanto eu estiver fora. Ele serve duas doses de whisky para nós e ao pegar no copo e observar o liquido ambar o nome da detective vem na minha cabeça na mesma hora. É impossivel controlar meus pensamentos, eles sempre voltam para ela.

- Está tudo bem Galvani?

- Sim, por que?

- Você parece aereo desde que voltou do Texas. - ele me analisa antes de beber sua dose.

- Problemas.

- Com quem? - estreito meus olhos.

- Com o desaparecimento da minha irmã, o que mais seria?

- Não sei, a detetive viajou com você e...

- E o quê?

- As coisas pareciam tensas entre vocês dois quando fui busca-los no aeroporto semana passada.

Não respondo, bebo o resto da minha dose virando tudo de uma vez e coloco o copo em cima da mesa com força, passo meus dedos na borda de vidro e digo o que ele já suspeitava.

- Transamos no Texas.

- E qual o problema nisso?

- Nenhum, mas ela ficou retraída depois do sexo e talvez isso prejudique a investigação.

Em parte é verdade mas não é só isso e é obvio que não irei assumir para Russel, é meu amigo mas eu sou um bandido caralho, não há prioridades quando assunto é mulher. Ele só me viu louco por mulher uma única vez na vida e não acabou bem.

- Ah, é só você bater a real pra mina. É só sexo e nada mais, como você sempre fez, se ela começar a fica apegada você da o fora.

O problema é que não é ela que quer repetir a dose, sou eu porra.

(...)

Colombia, April 25.

CHEGAMOS CEDO e com bastante descrição na Colombia, não houve nenhum problema na trasição de um país para o outro. Meu cliente mandou seus homens até o aeroporto para escoltar a mim e a sua carga que veio em outro avião que contratei. Fui direto para a mansão de Constanzo, almoçamos e passamos a tarde conversando sobre seus novos negócios, ele me ofereceu uma sociedade mas avisei que iria pensar sobre o assunto com calma, precisaria vir mais vezes pra cá caso aceitasse e com meus negócios crescendo em Toronto e o sumiço da minha irmã fica complicado, eu nem estou com cabeça pra isso.

Sexto copo de cerveja e nada da porra dos meus pensamentos se desligarem da detevite, já estou me sentindo zonzo por que bebi quase meia garrafa de whisky mais cedo em casa. Constanzo me chamou para conhecer o seu novo bar/boate e eu não pensei duas vezes antes de aceitar o convite, precisava espairecer a cabeça com tantos problemas me rondando. Vim para o bar já que ele resolveu comer as duas loiras que estavam em cima de nós dois no camarote, meu cliente estranhou quando eu disse que não queria participar do menage nunca fui de recusar mulher mas dessa vez não sinto essa necessidade.

Estendo o copo para a bartender enche-lo de chopp mais uma vez e ela franze o cenho ao ver o estado, corpo tombado para o lado, olhos cabisbaixo, mal conseguindo me manter sentado em cima do banco do bar. Sinto meu corpo começar a ficar dormete pela dose de alcool injetada na veia. Ela me analisa por alguns segundos e eu sei que ela pensou em recusar encher meu copo novamente mas como eu sou amigo do chefe dela, ela encheu novamente sem dizer uma palavra. Bebo um gole de cerveja e retiro o celular do bolso, analiso as vertentes e seguro o impulso que tenho de querer ouvir a voz dela depois de todos esses dias sem contato algum.

Isso é uma merda, uma merda muito fodida.

Aperto em discar e coloco o celular no ouvido enquanto chama a ligação. Ela demora para atender mas por fim atender.

- Alô? Sebastian? Cara, são 2h da manhã.

- Olá detective, quanto tempo. - digo com a voz arrastada.

- Você está bêbado?

- Sim, e advinha o motivo? Você.

Ela fica em silêncio por alguns segundos e por fim diz:

- A onde você está?

- Muuuuito, muito longe de você. Você acredita que eu despensei duas loiras por sua causa?

Ah que merda Sebastian, está falando mais do que devia.

- Sebastian me diz a onde você está que eu irei te buscar.

- Queria que você estivesse aqui...

Ela suspira e posto que está revirando os olhos.

- Tem alguém com você? Que possa te levar pra casa em segurança? - sinto pelo tom da sua voz a preocupação, e isso me faz sorrir.

Olho para a bartender que está de braços cruzados vendo a minha desgraceira.

- Só uma mulher mal encarada que está me servindo as bebidas.

- Sebastian me escuta, pega um táxi e vai pra casa. Por favor.

Ela realmente está preocupada.

- Por que você me ignorou esses dias detective?

- Estava ocupada, agora você pode levantar sua bunda e ir pegar um taxi, é uma ordem. - gargalho.

- Ah detective, que saudade da sua ousadia... Eu vou pegar um táxi e ir pra casa mas não se esqueça de sonhar comigo, mi angel.

Não espero ela dar mais um sermão e desligo a ligação, a bartender continua me encarando e e quando eu peço a conta, ela segura um sorriso e diz:

- Pelo menos você escutou a "detective" e vai pra casa, mesmo sem conhecer eu já gostei dela.

- Todo mundo gosta...

||CASSIE ||

EU NÃO DEVERIA ter me preocupado, eu não deveria ter passado a noite em claro ligando para ele para saber se tinha chegado bem, eu não deveria ter ido até a porra da sua fábrica pela manhã a sua procura, eu não deveria ter deixado ele se infiltrar na minha vida aos poucos sem eu perceber.

Não dá, isso é de mais pra mim.

Sebastian é de mais pra mim.

Ele me ligou, me ligou diversas vezes depois do ocorrido mas eu não atendi. Ele não mereceu ser atendido, não depois de ter me ligado às 2h da manhã, bêbado, sabe se lá a ondee com quem e ter me falado tudo aquilo. O que ele acha que está tentando fazer? Quem em sã consciência liga para outra pessoa e diz essas coisas? Sebastian deveria está muito bêbado mesmo para me ligar e dizer aquilo. Mas suas palavras mexeram comigo.

"Advinha o motivo? Você."

"Você acredita que eu despensei duas loiras por sua causa?"

"Queria que você estivesse aqui..."

Que infeno.

- O que foi Cass?

Louise me encara assustada do outro lado do sofá, merda será que eu disse em vez alta?

- Nada não, só lembrei que esqueci de pagar a conta de luz. - ela franze o cenho e me analisa por alguns segundos, odeio quando faz isso.

- O que você tem ein? Tem dias que está assim...

- Assim como? Eu não tenho nada.

- Só vive estressada, não quer conversar, está se afastando, só anda na defensiva... - ela se ajeita no sofá e continua - Da ultima vez que te vi assim foi quando você me disse que estava apaixonada pelo Andres, você não está apaixo... - lhe interrompo.

- Não fala merda Louise, essas suas dietas estão te deixando louca.

- Hum... Não sei não, mas eu sei que ta rolando alguma coisa, me diz o que é? Você precisa se abrir. - me levanto sofá indo pegar minha garrafa de whisky começando a ficar irritada.

- Já disse que não é nada.

- Esse estresse todo ai é por causa de quem? - ela coloca a mão no queixo análisando as possibilidades.

- Quem poderia ser? Alec? Acho que não... - ela fica alguns segundos pensativa enquanto eu bebo um gole da minha bebida - Ah, será que isso tem dedo do tatuado sexy da lanchonete? - engulo seco ficando em silêncio.

Sim, é tudo culpa dele.

- O que? Para de falar merda.

- Ah, é ele. Me diz o que rolou? Porra ele deve ser uma delicia na cama

Sim, o melhor de todos.

Coço a minha cabeça nervosa não querendo entrar no assunto "Sebastian".

- Acho melhor você ir embora.

- O que? Você está me expulsando da sua casa? - ela pergunta de boca aberta, apesar de tom de brincadeira.

- Sim, estou cansada Lou.

Ela me olha indignada, eu sei que ela vai ficar bolada comigo depois por estar levando as coisas do meu jeito, que não é o jeito muito certo mas hoje eu não estou com cabeça pra conversar.

Ela se levanta levemente irritada, pega sua bolsa e não olha na minha direção até chegar na porta.

- Não se esqueça que não adianta você fugir do amor, uma hora ele vai te encontrar e ai parceira você está fodida. E não diga que eu não avisei.

Ela sai pela porta e eu reviro os olhos antes de me agarrar a garrafa de whisky já pela metade.

Eu sei que em parte Louise tem razão mas eu quero me esconder dessa palavra chamada amor e farei de tudo para ela não em encontrar novamente. Já sofri de mais por permitir uma pessoa entrar em meu coração, passar por aquilo de novo é de mais pra mim.

________________
NOTA DA CAAH: Acho que alguém já está se apaixonando...
ahhh eu amo esse casal ❤️

Feliz Páscoa meus bebês 🐰🐇 ❤️

Desejo Perigoso Where stories live. Discover now