CAPÍTULO 25 - A CARTA

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||CASSIE||

- NÃO VAI ABRAÇAR o seu pai? - lhe abraço ainda chocada com a sua vinda repentina - Estava com saudades querida.

- Ah pai, tem dois meses que te vi

- Mais eu sinto saudades filha. - ele sorrir fraco - Às vezes eu me pergunto de quem você puxou esse lado insensível? - sorrio.

- Ah que exagero, entra papai. - lhe dou espaço e ele entra com sua mala.

Ele pretende ficar aqui quantos dias?

- Desde quando está planejando me visitar? Eu te conheço papai... - aperto meus olhos enquanto vamos até o sofá para sentarmos.

- Ah filha, eu só queria passar mais tempo com você. Ás vezes eu me sinto tão sozinho... e fico preocupado com você aqui nessa cidade.

- Ah pai, o senhor me conhece e sabe que sou esperta os suficiente para sobreviver a cidade grande. Moro aqui há anos e sempre me virei. E outra coisa, eu já disse para o senhor sair daquela maldita cidade.

- Eu sei mas não é tão fácil, também me pergunto de quem você puxou esse desapego? - sorrio.

- Dos meus primos. - ele gargalha.

- É a única explicação. - ele passa as mãos nos meus cabelos - Queria ver a minha filha mais vezes...

- Ah papai, também sinto sua falta. - lhe abraço mais uma vez - E o trabalho?

- Pedi férias adiantada.

- Me escutou ao menos uma vez? - ele da de ombros sorrindo - O senhor pode dormir no meu escritório, tem uma cama e uma pequena cômoda.

- Não se preocupe comigo filha, só quero tomar um banho e depois ficar conversando com a minha butterfly. - reviro os olhos.

- Pai...

- Ta bom, sem apelidos.

- Ah só uma coisinha, não mexa em nada no meu escritório, é sobre um caso mega importante. Ok?

- Tudo bem.

Ele leva suas coisas até meu pequeno escritório e peço aos anjos que ele realmente não mexa em nada, ao menos minhas pistas da investigação estão trancadas na gaveta e meu notebook tem senha. Enquanto papai toma seu banho, pego meu celular e mando mensagem para Lou contando a novidade. Ela responde com risos e dizendo que ao menos ficarei dias longe da garrafa de bourbon.

Sebastian acaba de mandar mais uma mensagem acumulando em 18 mensagens não lidas e ignoradas. Ele merece um gelo, o que ele disse foi ridículo e muito sem noção. Fiquei bastante chateada com as suas palavras grosseiras. Independente dele já ter sido traído pela ex puta, isso não lhe da o direito de achar que eu sou igual a ela. E se se ele acha que um dia vai mandar em mim, meu amor ele está muito enganado, Sebastian vai ter que dançar conforme a minha música.

Quando papai saiu do banho eu estava na cozinha procurando algo para fazer pro jantar mas não tem nenhuma comida congelada e eu não suporto cozinhar.

- Como o senhor chegou de surpresa eu não tenho nada pronto para o jantar mas podemos pedir um japonês já que o senhor ama.

- Não tem problemas, eu faço a comida.

- Não precisa se preocupar pai...

- Eu quero cozinhar pra minha filha, posso? - levanto as mãos.

- Tabom, você venceu. Panelas no armário de baixo, comida nos armários de cima, carnes na geladeira.

Enquanto papai cozinhava ficamos conversando sobre assuntos aleatórios e acabo tocando no assunto da viagem.

- Ah o cruzeiro que eu comentei com o senhor que eu e Lou vamos fazer, é daqui a duas semanas. - digo enquanto corto alguns legumes para lhe ajudar.

- Vai ser ótimo para você, precisa sair mais de casa filha.

- Mais eu saio pai.

- Sair para investigar os seus casos não conta. - sorrio.

Me sobre salto ao ouvir a campainha ecoar pela casa, franzo o cenho estranhando mas depois lembro que possa ser Louise.

- Deve ser Louise, ela disse que estava morrendo de saudades do senhor. - reviro os olhos enciumada.

- Ah, mande-a entrar, quero ver a minha segunda filha.

Caminho até a sala e quando abro a porta meu queixo cai ao encontrar Sebastian segurando um buquê de rosas vermelhas e chocolates, com um meio sorriso no rosto.

- Oi detective. - quando eu vou falar algo ele continua - Eu vim aqui para lhe pedir desculpas, eu sei, eu errei feio em falar toda aquela merda pra você e também sei que você tem total razão de ficar chateada comigo mas eu estou arrependido.

Cruzo os braços e me mantenho firme mesmo sabendo que lá no fundo o meu coração disparou em vê-lo na minha porta com esse lindo buquê.

- Você foi um babaca, tem consciência disso né? - ele engole seco e da um passo.

Deus, eu não posso permitir que ele entre.

Um: por que ele precisa aprender que nem sempre desculpas vão servir e ele deve saber tratar uma mulher.

Dois: Meu pai está na cozinha e eu não quero promover esse encontro, nem sei qual seria a minha reação ao ter que apresentar eles dois.

- Sim Cass, eu fui um idiota mas porra, esses últimos dias eu fiquei mal pelo que tinha falado a você... - ele se aproxima mais um passo e meu coração acelera mais - Você não merecia, me desculpe. - suspira - Eu não sei o que fazer, na verdade eu nunca precisei fazer essas coisas... - seus olhos parecem confusos mas sinto arrependimento - Espero que ao menos isso amenize a sua raiva. - ele me entrega as flores e o chocolate.

Fico em silêncio enquanto coloco na balança se devo ou não perdoa-lo pelo que fez, urg esse homem me enlouquece.

- Vamos deixar uma coisa bem claro, desculpas não vai servir da proxima vez, ok?

- Não haverá proxima vez. - se apressa em dizer enquanto seus olhos buscam alguma resposta positiva dos meus.

- Outra coisa, flores e chocolate são muito clichê. - ele sorri.

- Isso significa um "está perdoado"? - dou de ombros.

- Quase isso...

Ele se aproxima colocando suas mãos em minha cintura enquanto seus lábios mantém um lindo sorriso.

- Ah detective...

Seu nariz roça no meu antes dele juntar nossas bocas, seus lábios se movimentam junto com os meus em uma sincronia perfeita. Tento lhe abraçar do jeito que da segurando seus presentes clichês. Sua lingua percorre em minha boca, suas mãos me apertam contra sí esquentando meu corpo com seu beijo lento e carinhoso.

Meu coração não parou de saltitar desde o instante em que Sebastian apareceu na minha porta para me pedir desculpas, e mais uma vez ele me surpreendeu. Fiquei chateada mas agora estou feliz que ele tenha reconhecido que errou.

Sebastian desacelera o beijo mas me mantém em seus braços, consigo sentir que o seu cheiro já está impregnado em mim e eu me sinto bem por estarmos bem novamente. Ele finaliza o beijo puxando meu lábio inferior.

- Quero te fazer outra pergunta. - diz passando as mãos em meu rosto.

- O que?

- Quer namorar comigo?

Arregalo os olhos completamente chocada, paro de raciocinar e puxo o ar que me falta enquanto seus olhos analisam as minhas reações. Fico sem palavras e vejo Sebastian segurar um sorriso ao ver a confusão estampada em meu rosto.

Um barulho de panela caindo vem de dentro da cozinha, Sebastian franze o cenho sem entender e eu só penso na merda que isso pode dar.

- Quem está ai?

- A Lou, é... Podemos conversar depois? - forço um sorriso tentando fechar a porta pela metade e ele franze o cenho.

- Cass, o que houve?

Abro a boca para mentir mais uma vez mas antes disso, papai aparece no corredor colocando todo meu plano de não realizar esse encontro por água a baixo. Sebastian fica confuso ao ver meu pai, papai intercala o olhar entre eu, Sebastian e as flores. Encarou o homem tatuado a sua frente e por alguns segundos eu lhe senti receoso.

- Oi, sou pai da Cassie e você quem é? - papai diz firme, tomando a inciativa.

Sebastian parece surpreso em saber que está diante do meu pai, mas logo estende a mãos o comprimentando.

- Prazer Sr. Joplin, sou Sebastian o quase namorado. - abro a boca desacreditada que ele disse isso.

- Cassie por que não me disse que estava namorando?

Fico sem fala.

- Eu...é...

Fico literalmente sem saber o que falar e então Sebastian responde por mim.

- Na verdade eu acabei de pedi-la em namoro mas ela ainda nao respondeu.

Meu pai parece um pouco confuso assim como eu, minha cabeça não consegue raciocinar desde a hora em que Sebastian me fez essa pergunta, e só piorou quando meu pai apareceu na porta e os dois automaticamente se apresentaram.

- Vai deixar o rapaz sem resposta minha filha? - meu pai diz e então me viro para ele com uma interrogação no meio da testa.

- É, responde Srta. Joplin. - insiste Sebastian segurando um sorriso.

Fecho os olhos e balanço a cabeça nervosa com tanta pressão.

- Urg, parem com isso, é muita pressão na minha cabeça. - papai sorri e para amenizar muda de assunto.

- Sebastian, estou preparando o jantar e quero saber das suas intenções com a minha filha, entre e se junte a nós.

Isso não soou como um convite e sim como uma ordem.

- Seria ótimo! - Sebastian diz sorrindo antes de seguir meu pai para dentro.

Porra, Sebastian e meu pai.

Juntos.

Deus que me ajude!

Os dois não pararam de falar durante o jantar e eu fiquei em choque ao saber de tantas coisas que eles tem em comum. Sebastian sentou ao meu lado na mesa e papai de frente para nós dois, por diversas vezes senti ele o analisando disfarçadamente enquanto o tatuado comia.

Será que papai desconfia que Sebastian é um bandido? Sei lá né, ele trabalha no jornal da cidade e sabe das principais notícias...

Não Cassie, não viaja.

Papai questionou sobre as suas intenções comigo, Sebastian tentava ficar sério enquanto respondia o questionário do meu pai mas sempre que ele desviava o olhar para mim acabava sorrindo.

Quando eu iria imaginar que Sebastian estaria jantando na mesma mesa que o meu pai? Nunca.

- E então, como se conheceram? - papai pergunta e respondemos juntos.

- Nos esbarramos na rua.

- Na sala dela.

Viro meu pescoço em 180° para Sebastian sem acreditar no que respondeu, ele levanta os ombros defendendo a sua versão.

- Isso parece confuso. - papai diz antes de enfiar um garfo cheio na boca.

Tento pensar em uma solução rapidamente.

- Nos esbarramos na rua mas ele diz não se lembrar disso, dias depois ele quebrou a minha janela da sala brincando de bola com alguns meninos daqui da rua, e eu fiz ele contratar alguém para consertar. Por isso Sebastian diz que nosso primeiro encontro foi na minha sala. - em parte é verdade.

Olho para Sebastian e aperto sua coxa por baixo da mesa para confirmar o que disse e ele segura um sorriso antes de confirmar a minha versão lúdica de fanfic.

- Eu não quero nem imaginar o quanto Cass deve ter ficado furiosa quando viu a janela quebrada, ela tem um gênio muito forte.

- Ôh se tem, só faltou me decepar. - reviro os olhos sorrindo e lhe dou um tapa o fazendo sorrir.

- Que exagero!

Papai observa nós dois por alguns segundos e logo em seguida vejo seu semblante ficar mais sério.

- Sebastian, você bebe?

Lá vem...

- Moderadamente sim.

- Deveria orientar a Cassie a fazer o mesmo.

Travo o maxilar encarando papai pois sei que pelo rumo da conversa isso não vai acabar bem.

- Já conversei com ela sobre isso. - Sebastian me olha - Também não concordo com o jeito que ela lida com o álcool.

Certo, dois contra um.

Justo né?

- Podemos mudar de assunto? - pergunto já sem paciência.

- Não! Você deveria escutar nós dois minha filha e parar de beber, isso me preocupa muito pois eu sei que você bebe para esquecer a tragédia que...

Solto o garfo no prato e me levanto da cadeira com os olhos fulminantes em cima de papai, ele não deveria ter tocado nesse assunto.

- Chega! - grito - O jantar acabou, vamos?

Direciono meu olhar para Sebastian que franze o cenho perplexo com a minha atitude. Eu sei, não é das melhores mas meu pai não deveria ter tocado nesse assunto, ele mexe demais com meu psicológico. Vejo a confusão através de seu olhar sem entender o por que tomei essa atitude.

Depois de alguns segundos, ele se levanta e se despede do meu pai sem jeito, é a primeira vez que o vi sem graça. Em momento algum eu direcionei meus olhos para papai, com certeza ele deve estar furioso comigo e irei evitar uma conversa quando estivermos a sós, ele estragou tudo.

Virei as costas e caminhei até a pequena varanda sem esperar por Sebastian, ele veio logo atrás e ao passar fechou a porta nos dando um pouco de privacidade. Ele para na minha frente, cruza os braços e me encara com semblante franzido.

Por favor não toque nesse assunto.

Não toque nesse assunto.

- O que foi isso?

- Nada. - bufo.

- Cassie, estava tudo bem até você gritar com seu pai. Eu quero entender o que te deixou tão furiosa?

- Meu pai fala demais, o problema é esse.

Ele descruza os braços e segura os meus com as suas mãos de uma forma carinhosa.

- Não é... Me diz de que tragédia ele estava se referindo? - ele pergunta com seus olhos perdidos grudados nos meus.

Ele quer saber mais e eu não consigo lhe dar mais.

Eu sei que está tentando entender o que se passa na minha mente, o por que que eu tomei aquela atitude... Mas eu não estou preparada para falar com ele sobre essa parte quebrada da minha vida, não por enquanto.

- Sebastian, eu não quero falar sobre isso. Tudo bem?

Ele respira fundo e sei que não gostou da minha resposta mas me surpreende ao levar suas mãos até o meu rosto me acariciando com seus dedos macios.

- Claro linda, irei respeitar o seu tempo.

Me puxa para um abraço e beija minha testa em sinal de respeito. Não seguro o sorriso e envolvo minhas mãos nele afundando meu rosto na curva do seu pescoço me afundando em seu cheiro maravilhoso.

- Mudando de assunto, você não respondeu a minha pergunta. - me afasto um pouco para lhe encarar.

- Que pergunta? - me faço de desentendida.

- Se você aceita acasalar comigo? - sorrio e bato em seu ombro - Ops, namorar comigo?

Mordo os lábios sentindo o mesmo frio na barriga de quando ele fez essa pergunta mais cedo.

Namorar Sebastian?

Analisando rapidamente as vertentes, seria uma grande loucura.

Sim seria, mas uma loucura muito gostosa.

Primeiro: Eu não imaginava que iria namorar tão cedo.

Segundo: Que a pessoa seria o Sebastian.

Terceiro: O mesmo cara que eu odiava há dois meses atrás.

Quarto: Porra, ele conheceu o meu pai e o meu pai gostou dele.

Quinto: Esse homem literalmente virou a minha vida de cabeça para baixo.

Sexto: Fudeu.

- Sim. - respondo segurando um sorriso.

Ele abre o seu sorriso lindo/cafajeste, me puxa para sí e colando nossos corpos antes de tomar meus lábios em um beijo quente. Suas mãos desceram descaradamente para minha bunda e seu pau roçou em minha entrada me fazendo arfar contra sua língua que circula lentamente em minha boca me levando ao delírio. Sebastian enfia uma de suas mãos na minha blusa encostando seus dedos em minha pele, que solta faísca, sobe de vagar até meus seios e a sua outra mão agarra meus cabelos acelerando o beijo. Ele deixa minha boca e distribui beijos por meu maxilar, pescoço até chegar em meu ouvido e sussurrar.

- Você é minha.

God!

Seus dedos prendem meus seios e eu mordo meu pescoço evitando gemer, porra estamos quase transando na minha varanda.

- Sebastian... Estamos na minha varanda.

- Ah se o seu pai não estivesse em casa...

Sorrio e então ele volta a me encarar enquanto seu corpo encurra-la o meu na parede.

- O sogrão é legal. - gargalho.

- Sogrão?

- Já somos íntimos. - balanço a cabeça sorrindo.

- Seu humor está ótimo hoje.

Ele aproxima sua boca da minha e sussurra sorrindo.

- O meu pau também está ótimo hoje, louco pela sua buce... - tampo sua boca.

- Para! - sorrio com rosto erubecido - Deus, você não tem filtro.

- Só estou falando a verdade, aliás. - ele desvia o olhar para a lateral da varanda - Esse sofazinho aguenta uma trepada...

- Para de safadeza, as minhas vizinhas devem estar na janela espiando a gente. - ele sorri.

- Aposto que elas iriam gostar de um pornô ao vivo.

- Sebastian!

- Brincadeira linda mas se quiser tentar...

Reviro os olhos e grudo minha boca na sua mas antes do beijo se aprofundar o seu celular toca e ao ver quem é ele diz.

- Desculpa mas preciso atender. - atende - Galvani.

Silêncio.

- Quando? - pergunta franzindo o cenho.

- Merda, estou indo pra ai. - desliga.

- O que houve?

- Problemas na distribuição, preciso ir.

Ele me da um selinho demorado e se afasta.

- Eu te ligo amanhã, não se esqueça de sonhar comigo. - sorrio vendo entrar no carro - Hasta luego detective.

Ah tatuado...

Ao entrar encontro meu pai na sala, sentado no sofá com as mãos impacientes, ele fica assim quando está nervoso. Respiro fundo e reconheço que exagerei um pouco.

- Desculpa papai, não deveria ter agido daquela forma com o senhor. - sento ao seu lado e ele me encara.

- Tudo bem querida, eu acabei falando de mais... Não imaginei que ainda não tinha comentado sobre o que aconteceu no passado com Sebastian.

- É, eu não falei. É tudo muito recente e novo pra mim, confiança vem com o tempo e eu ainda não estou pronta para falar sobre isso com ele. - encaro minhas mãos - Ainda dói falar sobre isso. - papai pega as minhas mãos.

- Em mim também querida mas devemos superar nossas perdas e você mais do que ninguém deve conseguir seguir em frente, sem medo... Fiquei tão feliz em saber que você está namorando, Sebastian parece ser um bom rapaz.

Então né...

- Sim, ele é.

- Só não o afaste de você como você fez com Andres.

- Tudo bem papai... Vou dormir. - lhe abraço - A cama do senhor ja esta arrumada, fique a vontade só não me acorde antes das 10h da manhã por favor. - ele sorrir.

- Continua dorminhoca - deixa um beijo em minha testa - Boa noite minha filha.

- Boa noite pai.

Me jogo na cama depois de um banho maravilhoso desse dia tão turbulento. Começando pelo lance o notebook, o meu pai chegando de surpresa, Sebastian me pedindo desculpas com chocolate e flores, depois me pedindo em namoro, papai conhecendo sebastian, papai se dando bem com sebastian...

Encaro o jarro de rosas vermelhos sobre a cômoda e abro um sorriso bobo relembrando de mais cedo. Ele me surpreendeu, jamais imaginaria que Sebastian foi desses homens que dão flores... Afinal ele é um bandidao. Mas fiquei feliz em ver que ele reconheceu o erro e veio até mim pedir desculpas.

Sebastian nem imagina o que está causando dentro de mim, a cada dia ele está derrubando parte do muro que construí nesses últimos anos e ultrapassando as barreiras até chegar em meu coração.


(...)

APÓS O ALMOÇO fui até a oficina buscar minha moto, quase lhe abracei quando o mecânico a me devolveu. Sai de lá e fui direto para o meu escritório, com papai em casa não da para eu dar continuidade aos processos do caso. Durante o trajeto tive a leve impressão de que estava sendo seguida mas logo descartei essa possibilidade já que Sebastian me prometeu que não faria mais isso.

(...)

Quando chego em casa não encontro papai por ali e vejo um bilhete pregado na geladeira avisando que ele foi passear por Toronto e que voltaria mais tarde com o jantar.

Clico em uma série qualquer da Netflix e fico assistindo sem muito interessante, óbvio você está conversando com Sebastian por mensagem. Meu subconsciente lembra.

A campainha toca e fico imaginando que seja meu pai que esqueceu a chave, largo o celular no sofá e caminho até a porta. Quando me aproximo, vejo um envelope pardo enfiado debaixo da porta, estranho na mesma hora por que o carteiro coloca todas as correspondências na caixinha de correios. Olho pela janela e não vejo ninguém por ali, meu instinto me diz que isso não é coisa boa.

Pego o envelope receosa e quando abro vejo que é uma carta anônima montada com letras picotadas de revistas e jornais formando uma frase que me deixa com o coração na boca.

"Largue o caso da filha desaparecida do governador antes que você acabe morta. Estamos de olho em você e no seu amante de merda."

__________
NOTA DA CAAH: Nossa detetive em apuros 😧😧 #tenso
De quem vocês desconfiam?
Teorias, now.

Besssos😘

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