CAPÍTULO 23 - MEU

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||CASSIE||

- EU ACHO MELHOR você ouvir o Russel ou terá sérios problemas. - digo de braços cruzados lhe encarando friamente.

Ela me olha de cima a baixo surpresa com a minha aparição e consigo ver em seus olhos a raiva que tem ao me ver com a camisa de Sebastian.

- Quem você pensa que é? - pergunta balançando os ombros.

Me aproximo alguns passos, fixos meus olhos nos seus e digo firme.

- A mulher do Sebastian.

Russel arregala os olhos abismado com que eu acabei de dizer, a putinha está se mordendo por dentro e eu ainda estou sem acreditar no que acabei de falar em alto e bom som. Por alguns segundos a sala ficou em completo silêncio, os olhos de Marie quase saem fogo de tanto ódio, eu mantenho a minha cabeça erguida, com os olhos fixos nos dela e de cara fechada. Ela desvia se olhar do meu e olha pra cima, ao me virar encontro Sebastian na ponta da escada com as sombrancelha erguidas surpreso segurando um sorriso.

- Agora é a hora em que você some daqui.

- Você acha mesmo que Sebastian vai querer uma mulher como você? Sólo te está usando, no es más que una pira ...

Meu sangue ferve e dou um tapa em sua cara, virando completamente seu rosto com o impacto.

- Não ouse me xingar sua puta de quinta.

Quando ela volta a me olhar seu rosto está todo vermelho marcado com meus dedos, quando ela vai me devolver o tapa eu seguro seu braço e lhe empurro pra trás fazendo com que ela perca o equilíbrio mas ela nao cai e vem em minha direção. Marie agarra meus cabelos e eu seguro seus braços lhe dando uma joelhada no estômago.

- Vaca, me solta. - ela grita.

Ouço Sebastian gritar para parar mas não paro, estou com muita raiva dessa vagabunda e vou mostrar pra ela que comigo não se brinca, nem com o meu macho. Ela cai no chão e eu fico por cima, sinto alguém tentando me puxa mas o empurro com força, ela aproveita a minha distração e me da um tapa na cara. Não deixo pra menos e lhe dou um soco bem dado, as aulas com Alec estão servindo pra alguma coisa.

- PAREM PORRA! - ouço o grito do Sebastian próximo a nós duas.

O nariz dela começa a sangrar, ela consegue arranhar meu pescoço com força, na raiva pego sua cabeça e bato com ela no chão. Quando vou arrastar sua cara no chão, duas mãos me puxam por trás me arrancando de cima dela e Russel a segura.

- Sua vagabunda! Eu vou acabar contigo. - grito tentando me soltar de um dos seguranças de Sebastian.

Minha respiração desregulada revela que a raiva ainda percorre em minhas veias e o ódio por essa puta só aumentou. Meus cabelos estão uma bagunça, estou sentindo arder a onde ela arranhou mas ao ver o belo estrago que fiz nela eu nem ligo para esses pequenos detalhes.

- Vem sua pira...

- CHEGA!

O grito estrondoso de Sebastian quase treme a casa, o silêncio se instaura em sinal de respeito e fico receosa dele ter ficado puto comigo por ter iniciado a briga.

- Saia da minha casa agora Marie e nunca mais apareça aqui, eu não quero te ver ao redor desse bairro e nem ouse chegar perto da Cassie. - ele fecha a cara e aponta o dedo pra ela - Isso não é apenas um aviso.

Ela engole seco visivelmente decepcionada, parece não estar acreditando no que acabou de ouvir. Russel puxa ela pra fora da casa de Sebastian e eu sorrio dando tchauzinho.

Cassi 1 x 0 Putiane.

Sebastian vira pra mim e encaro seus olhos furiosos pela primeira vez desde que desceu.

- Sobe. - ordena sério.

Merda.

Subo as escadas arrumando meus cabelos e batendo os pés por não aceitar que ele fique puto comigo já que ela iria me xingar de algo que eu não sou. Já no segundo andar, ouço ele gritar com seus homens:

- Fora, todo mundo.

Paro no meu do corredor por ficar na dúvida se vou para o meu quarto ou pro dele. Repenso e acabo indo para o do Sebastian, se tiver que conversar sobre isso que aconteceu, que seja agora. Coço a cabeça nervosa indo até a enorme janela de seu quarto, pensando se ele está chateado por eu ter batido na Marie.

Porra ela mereceu né?

Ouço ele abrir a porta mas não ouso virar, quando fecha a mesma o barulho quase me assusta. Respiro fundo, me viro para encara-lo e não consigo decifrar o que ele está pensando ou sentindo.

- Me desculpe pelo que aconteceu... Talvez eu tenha exage...

Ele me interrompe.

- Xiiii, não fala nada...

Ele diz com a voz grave e se aproxima com os olhos grudados nos meus, a intensidade que ele me transmite me deixa confusa. Ele para de frente pra mim e me surpreende quando suas mãos alcançam a minha cintura e ele me puxa colando seu corpo ao meu. Sebastian roça seus lábios nos meus e com os olhos nos meus sussurra:

- Só repete pra mim o que você disse lá embaixo.

Seus olhos brilham entusiasmado e eu não seguro o sorriso ao perceber que ele não está puto comigo e que ele gostou do que ouviu. Levo minhas mãos até seu peito por dentro da camisa e digo pausadamente.

- Eu.Sou.Sua.Mulher.

Ele trava o maxilar leva suas mãos até meu rosto e me beija. Seus lábios puxam os meus com intensidade, suas mãos sobem por meu corpo marcando a minha pele e quando sua língua entra em minha boca o meu corpo amolece em seus braços. Ouço ele puxar a respiração, nossas línguas se entrelaçam e suas mãos me agarram ainda mais juntando nossos corpos. Solto um gemido quando Sebastian roça seu corpo no meu, estou completamente molhada e arranho suas costas por dentro da blusa.

- Fala de novo mi angel... - sussurra entre meus lábios.

- Eu sou sua mulher... - repito ofegante.

- Porra...

Ele puxa meu lábio inferior e me joga na cama deitando- se por cima de mim. Suas mãos arrancam as minhas roupas com pressa, sua boca volta para a minha e necessidade de te-lo é imensa. Tiro sua blusa desastrosamente passeando minhas mãos por seu peito, sorrimos por quase cairmos da cama e logo depois estamos completamente nus. Nossas respirações ofegantes tornam tudo ainda mais intenso e quando Sebastian entra de uma vez em mim eu solto um gemido alto. Suas mãos se entrelaçam nas minhas enquanto ele entra e sai lentamente sentindo toda intensidade que acontece entre nós dois.

Pele na pele, respirações ofegantes se misturando em meio aos gemidos... Deus, ele me enlouquece.

- Tu eres deliciosa. Que saudade de me enterrar em você...

Sebastian morde de leve meu pescoço arrepiando-me por inteira, minhas unhas arranham sua pele a cada investida e minha boca ofegante busca a sua. Ele chupa minha língua e aumenta o ritmo gemendo junto comigo.

- Porra... Fica de quatro.

Ele sai de dentro de mim, fico de quatro e ele volta a entrar de vagar em mim enquanto segura minha cintura. Sinto um pouco de dor mas logo me acostumo e voltamos a gemer de prazer. Sebastian aumenta a velocidade, me movimento junto com ele e ele segura meus seios enquanto sua boca chupa meu pescoço.

- Mais rápido... - peço.

Ele faz o que peço, segura a minha cintura e entra e vai rapidamente me levando ao delírio.

- Ahh gostoso.

- Goza em mim detective...

Sinto o orgasmo se aproximar com um arrepio intenso na espinha e a sensação maravilhosa me preencher antes de eu gozar sobre seu pau gemendo.

- Ah Sebastian...

Ele segura a minha cintura e continua investido até gozar com tudo dentro de mim.

- Caralho, gostosa....

||SEBASTIAN||

ACORDO SENTINDO O CHEIRO delicioso do seus cabelos, abro os olhos sorrindo ao vê-la pelada em meus braços. Sua pele branca e aveludada é como imã para as minhas mãos, seu lindo rosto sempre me lembrará um anjo intocável e os cabelos loiros escondendo parte dos seus seios me confirmam que ela é uma obra rara.

Cassie me faz ter pensamentos futuros no qual eu não imaginava pensar nem tão cedo. Eu sei que tudo está acontecendo rápido demais e isso me assusta mas ao mesmo tempo me instiga.

Quando ouvi ela dizer para Marie que era a minha mulher eu enlouqueci, se não fosse pelo momento tenso que rolou, eu teria puxado para o quarto na mesma hora.

Verifico as horas no celular sobre o criado mudo e vejo que precisamos levantar para voltarmos a Toronto. Ontem mesmo os médicos me liberaram para eu fazer a viagem e hoje eu não sinto mais nenhuma dor. A única coisa que sinto é cansaço mas isso foi por ter tido uma noite gostosa com Cass.

Porra, essa mulher acaba comigo.

Espalho beijos em seu rosto enquanto acaricio sua pele com meus dedos para lhe acordar, ela se vira pra mim deixando seus seios completamente a mostra quando seus braços envolvem meu corpo.

- Acorda linda. - beijo sua testa e acaricio seus braços - Precisamos voltar para Toronto.

- Huum... Tem que ser agora? Aposto que são 7h da manhã Sebastian, vamos mais tarde...- diz com a voz manhosa sem abrir os olhos.

Sorrio por ela está certa sobre as horas e por saber que ela odeia acordar cedo.

- Infelizmente não mi dulce, são 12h de viagem e precisamos sair cedo daqui, o piloto estará esperando a gente às 8h.

Ela abre os belos olhos azuis lentamente para me encarar e faz uma careta, sorrio percorrendo meus dedos em sua boca.

- Bom dia angel. - deixo um beijo em seus lábios.

- Você sabe que eu odeio acordar cedo... - faz biquinho.

- Eu sei mas temos que ir linda.

- Ta bom... - revira os olhos - Não temos outra opção.

Seguro seu rosto com as mãos sorrindo.

- Você fica linda irritadinha. - Cass cora - E uma fera quando está com raiva, ontem eu puder perceber isso e estou mais cauteloso depois que eu te vi batendo na Marie. - ela gargalha.

- Até que eu gostei de dar umas porradas naquela vadia, ela mereceu.

- É, eu também gostei. Acho que ela não vai mais perturbar.

- Assim espero.

Sorrio, rolo com ela na cama ficando por cima e beijo seus lábios viciantes.

Sorrio, rolo com ela na cama ficando por cima e beijo seus lábios viciantes

(...)

Toronto, Canadá.

Dias depois...

ESTOU ANALISANDO as últimas encomendas e a produção da fábrica quando o celular que utilizo para falar com meus informantes toca, ao ver o numero com DDD do Texas eu atendo no segundo toque.

- Sebastian? - é o meu infiltrado.

- Descobriu alguma coisa? Sabe sobre a minha irmã?

- Mudaram ela de lugar depois que vocês invadiram, eu não sei a onde colocaram. Mas Nunes estava puto, ficou irado quando soube da invasão.

- Merda... Tem algum Stuart entre os homens do Mascarenhas?

- Sim, o 2B. É o homem de confiança dele. - a detetive estava certa.

- Tenta descobrir a onde ela está Stacy, preciso de alguma loca...

Paro a fala ao ouvir socos e porradas, fecho os olhos sabendo exatamente o que aconteceu. Eles o pegaram, descobriram tudo.

- Desgraciado, entonces es usted o informante. Me dice quien te mandó. - silêncio - Habla carajo. - ouço o tiro através da ligação.

Puta que pariu.

- Su infiltrado de mierda está muerto, y el siguiente es usted. - diz ao pegar no telefone.

- Te voy a matar primero a tu desgraciado. Voy a acabar con usted y sus hombres de mierda. - desligo a ligação com raiva desse filho da puta.

Derrubo metade das coisas da minha mesa no chão junto com o celular que amasso com os pés destruindo.

Passo as mãos pelos cabelos antes de pegar um cigarro. Russel entra na sala e ao me ver inquieto e nervoso, já sabe que aconteceu alguma coisa. Conto o que aconteceu, que agora eu não tenho mais infiltrado e que voltamos a estaca zero.

- O que faremos agora?

- Eu não sei, vou pensar em alguma estratégia para ataca-lo mas preciso de informações sobre a minha irmã se não eu irei enlouquecer. - caminho de um lado para o outro - Não da para atacar ele agora, com certeza Mascarenhas deve ter triplicado seus homens... Precisamos pensar em algo e rápido.

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NOTA DA CAAH: Nervos a flor da pele 😓😮
O que vocês acham que vai acontecer?

Votos e comentários pfv ❤️
Amo vocês!

Desejo Perigoso Where stories live. Discover now