Quem Brinca Com Fogo

By BrunaCeotto

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Um ano depois do incêndio que fez com que Valéria deixasse Viveiro em busca de uma vida nova, a garota volta... More

livro #2 | ou ❝quem brinca com fogo❞
prólogo | ou ❝lá vamos nós (de novo)❞
01.1 | ou ❝um dia...❞
01.2 | ou ❝um dia...❞
02.1 | ou ❝má publicidade❞
02.2 | ou ❝má publicidade❞
03.1 | ou ❝eu sou joão jordan❞
03.2 | ou ❝eu sou joão jordan❞
04.1 | ou ❝tudo que vai, volta❞
04.2 | ou ❝tudo que vai, volta❞
05.1 | ou ❝amor antigo, ciúme novo❞
05.2 | ou ❝amor antigo, ciúme novo❞
06 | ou "garotas só querem se divertir"
Capítulo 7 ou "Encurralada"
Capítulo 8 ou "Sabia que você estaria aqui"
Capítulo 9 ou "Falso testemunho"
Bônus 1 ou "Indefeso"
Capítulo 10 ou "Últimos socorros"
Capítulo 11 ou "Você vai ficar bem sem mim"
Capítulo 12 ou "Ciumenta?"
Capítulo 13 ou "Humilhação pública"
Capítulo 14 ou "No recreio"
Capítulo 15 ou "Até que se prove o contrário"
Capítulo 16 ou "Inocente sim, livre nunca"
Capítulo 17 ou "É bom tê-lo por perto"
Capítulo 18 ou "Tímida"
Capítulo 19 ou "Isso é um encontro?"
Capítulo 20 ou "Quebra-cabeça"
Bônus 2 ou "Não faz diferença"
Capítulo 21 ou "Saber ou acreditar"
Capítulo 22 ou "Montanha-russa"
Capítulo 23 ou "Talento para mentiras"
Capítulo 24 ou "Tudo faz sentido"
Capítulo 25 ou "Em tempo"
Capítulo 26 ou "Onde foi parar Lucas Avelar"
Capítulo 27 ou "O incêndio"
Capítulo 28 ou "A toda prova"
Bônus III ou "Acordo de cavalheiros"
Capítulo 29 ou "Do que você tem medo?"
Capítulo 30 ou "Os segredos e seus fins"
Capítulo 31 ou "Persuasivo, esse Avelar"
Capítulo 32 ou "Mudança de planos"
Capítulo 33 ou "Invasão de domicílio"
Capítulo 34 ou "Puro"
Capítulo 35 ou "Adeus, velho amigo"
Capítulo 37 ou "A última despedida"
Epílogo ou "De volta ao começo"

Capítulo 36 ou "Cessar fogo"

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By BrunaCeotto

No fim do dia, eu precisava sair de casa. Não havia nada de errado com a minha casa como edificação em si, era só o ar dentro dela que parecia rarefeito. Além do mais, eu queria fotografar. Queria me concentrar em alguma coisa estúpida e parar de pensar.

A parte boa de ter uma paixão tão intensa por uma forma de arte é que eu sempre encontraria conforto no tempo que eu passasse produzindo arte. Eu só queria um tempo para mim, sem dezenas de pessoas me comendo com os olhos, cochichando ao meu redor, fazendo perguntas.

Não queria ninguém no meu local especial, a praça com o coreto, porque a última vez que eu estive lá foi com Nicholas. Prestes a deixá-lo saber a verdade. A contar o motivo pelo qual eu fugi.

Ele nunca chegou a saber. Não de verdade. E se atirou para a morte de olhos fechados, confiando plenamente em mim.

Eu estava só, mas não sozinha, pensei enquanto trocava as lentes e ajustava o foco da câmera. Um amor como esse te marca para sempre. Nicholas Jordan morreu por amor a mim. Ele nunca me deixaria de verdade.

Não vi o tempo passar, o que era uma boa coisa. Nos últimos dias, cada minuto parecia torturante e eu só conseguia desejar que tudo passasse. Que o depoimento acabasse logo. Que o caminho para casa fosse mais curto. Que eu não precisasse fazer coisas cotidianas como tomar banho ou sentar à mesa com a minha família. Eu só queria que os dias passassem, e colocassem uma distância maior entre mim e o terror que eu tinha vivido.

Senti uma presença atrás de mim. Estava com os olhos colados na câmera, então não tinha como ver para trás. Ia perder a luz perfeita para a foto perfeita. Coloquei minha mão sobre a lente para ajustar o foco, e senti a mão de Lucas sobre a minha. Senti minha palma aquecer, roubando o calor que a pele dele emanava.

Não que eu precisasse de alguma comprovação de quem ele era, e do que faria por mim. Toda aquela história de ele sumir do mapa parecia muito irrelevante agora. Mas era bom tê-lo por perto, e ouvir seu coração pulsando em suas mãos.

Pelo menos Lucas eu não perdi.

Eu me virei, e estava a poucos centímetros dele. Ele buscou a minha mão livre, que não segurava a câmera, e entrelaçou os dedos sobre o meu. Porque parecia certo, deixei que ele me beijasse. Um beijo curto, e foi como se um pulso elétrico percorresse todo o meu corpo.

Por mais que eu não me sentisse viva, Lucas me fazia sentir que ainda havia uma vida a se viver. Era a mesma sensação que tive quando entramos em sua caminhonete e descemos a estrada à beira-mar pela primeira vez depois do incêndio, em Vitória.

Agora, Lucas Avelar não era apenas a aquele garoto insuportável e insistente, que faria qualquer coisa por mim. Ele era meu.

– Eu não quero que você pense que... – comecei a falar quando nossos lábios se afastaram.

– Eu não penso.

– Eu nem terminei de falar.

– Que você só me escolheu porque Nicholas se foi. – ele completou, me conhecendo melhor que eu mesma. Eu abaixei a cabeça, olhando para os meus pés.

Não era esse tipo de amor que eu sentia por Nicholas. Era algo... puro. Amor em sua forma mais primitiva, sem complexidades. Eu o amava como uma parte de mim, que é o que ele era.

– Eu moro na sua mente, Valéria Corrêa. – o sorriso encovado de Lucas apareceu perfeito como sempre, mesmo que não parecesse que ele tinha vontade de sorrir – Você não pode esconder seus pensamentos de mim.

– Eu também queria que você soubesse que eu não te culpo pelo que aconteceu. – falei de uma vez, numa lufada de ar.

– Isso já é mais difícil de acreditar.

– Eu sei que era o seu plano, mas nós todos concordamos com ele. – desviei o olhar. Mesmo que eu estivesse sendo sincera, era difícil encarar Lucas enquanto eu dizia tudo aquilo. Mas eu sabia que ele precisava ouvir. – Nicholas não teria deixado que nós fôssemos sozinhos de qualquer forma. Esse sempre foi o problema com ele saber demais as coisas, esse sempre foi o motivo pelo qual eu fugi da primeira vez.

Um nó de desespero me subiu à garganta. Eu continuei falando:

– Nicholas, uma vez sabendo que eu estou em apuros, era humanamente incapaz de me deixar resolver as coisas sozinhas. Era sempre um caos mantê-lo longe das minhas confusões, e muitas vezes eu tinha que tomar atitudes drásticas para preservar sua inocência, que era o que eu mais gostava nele.

Lucas acenou brevemente com a cabeça, e se perdeu em pensamentos. Provavelmente se lembrando de como Nicholas foi, de como se recusava a ser deixado de lado. Eu nunca saberia exatamente o que havia entre eles, porém, em algum momento, tenho certeza que se tornaram amigos. Nicholas era o tipo de pessoa impossível de não se gostar.

Pensar de Nicholas no pretérito era como mil agulhas no meu cérebro.

– Meu pai não quer que eu volte a Viveiro por um tempo. – ele falou, finalmente – Quer que eu vá para casa. Ouvir outros advogados. Ele acha que a Mônica é parcial.

Considerando que a Doutora Mônica, leal aos Avelar, agora era minha madrasta, eu não diria que Edson Avelar estava errado.

– Você devia ir.

– Parece errado ter que me separar de você com tudo isso acontecendo.

– Não tem nada acontecendo.

E meio que não tinha. Nós já tínhamos dado nossas respectivas versões da história à polícia.

– Prometa que não vai fazer nada em relação às filmagens. – Lucas apertou os olhos, provavelmente tentando antecipar se eu mentiria ou não a respeito disso – Não até eu voltar.

– O que você acha que eu vou fazer? Por favor, Lucas.

– Não sei. Eu só quero ser parte dessa decisão. Pode fazer isso por mim?

Lancei um breve olhar contrariado. Não gostava de ser tratada como alguém que precisava ser controlada. Todavia, eu não podia negar que Lucas agora era parte disso. Ele estava até o pescoço enfiado nisso, e tinha o direito de saber o que eu faria com as filmagens.

– Ok.

– Promete.

– Eu prometo Lucas.

Ele me puxou para um abraço, e eu deixei. Lucas apoiou os lábios na minha testa, pressionando-os de leve em um beijo afetuoso.

***

– As autoridades querem checar seu depoimento mais uma vez. – minha advogada se ajoelhou diante de mim no sofá. Era onde eu estava dormindo nos últimos dias, porque eu simplesmente não conseguia dormir no meu quarto.

Não com a minha varanda a poucos passos de distância, com tantas memórias preparadas para me arrebatar no instante em que eu pisasse ali. Nunca tinha parado para pensar em como eu sempre procurava por Nicholas toda vez que ia para o lado de fora, mesmo que inconscientemente. Eu só esperava que ele estivesse na varanda, rabiscando acordes em um caderno velho com sua lapiseira zero sete.

Eu não conseguia lidar com a certeza de que não o encontraria.

– Eu já falei duas vezes. – rebati, cruzando os braços diante do corpo na defensiva – Não tem muito mais o que adicionar.

– É procedimento padrão, Vale. – a mesma advogada dizia, agora com paciência, na condição de madrasta. Ao mesmo tempo em que eu achava estranho ter a Doutora Mônica ocupando os diversos papéis de advogada e namorada do meu pai, eu não vou mentir que, considerando que mais ninguém poderia me acompanhar até a delegacia, era o melhor cenário possível. Eu me sentia acolhida e em casa perto dela.

– Tem câmeras. Use-as. – puxei o cobertor sobre a minha cabeça. Eu não estava para papo.

Nem meu pai se deu ao trabalho de exigir que eu não fosse mal-educada. A Mônica não se importava. Ninguém fazia questão de exigir que eu fosse polida (nem eu mesma), nos últimos dias.

Ainda assim, minha voz tremeu ao falar das câmeras. Só conseguia pensar no pequeno pendrive no bolso do meu pijama de moletom, contendo a prova de que Carlinhos era responsável não só pelo assassinato de Nicholas Jordan, mas também pela morte de Karina Velten e pelo incêndio na Fundação Haroldo Santini.

As imagens do dia que minha vida mudou para sempre.

Instintivamente, levei a mão ao bolso. Senti o relevo do dispositivo, e voltei a respirar. Mesmo que ainda não soubesse o que faria com ele, ficava extremamente paranoica com a possibilidade de perdê-lo.

Como se lesse meus pensamentos, Doutora Mônica anunciou:

– O garoto vai se livrar das acusações do incêndio. Não existem outras testemunhas, nem provas de que ele estava realmente lá. – ela fala para mim, mas lança um olhar às minhas costas. Não ouvi meu pai se juntando a nós, mas senti sua mão apoiar no meu ombro – E o depoimento de Valéria é... parcial.

– Eu não diria parcial. É a verdade.

– Ele tem um bom advogado. – ela deu de ombros, frustrada. Entreouvi uma conversa entre a Mônica e meu pai no outro dia, sobre boatos de suborno aos investigadores, mas que não tinha como saber. Eu achava altamente provável, considerando os Leal e o que eles representavam para a cidade microscópica em que viviam. – De qualquer forma, Stella e Sarah Marchesini foram levadas em custódia para prestar esclarecimentos. É questão de tempo até alguma delas quebrar com a pressão.

– Elas foram levadas de algemas?

Um sorrisinho imperceptível passou pelos lábios da Doutora Mônica.

– Algemas são apenas usadas quando o suspeito resiste à condução coercitiva. – assenti com a cabeça, mesmo sem saber o que significavam aquelas palavras em advoguês – Elas não ofereceram resistência.

Ouvi um barulho vindo do quarto de hóspedes. Julguei que fosse Lucas acordando. Ele insistia em dormir no chão ao meu lado no sofá, mas depois do enterro de Nicholas – e da descoberta que fizemos poucos instantes antes – eu não o julgava por precisar de uma cama.

Só depois de alguns segundos me lembrei que Lucas não estava na casa: o pai dele tinha obrigado-o a voltar para Vitória quando soube de tudo pela Doutora Mônica. Aparentemente, a mãe dele estava perdendo a cabeça com toda aquela história de Lucas Avelar, seu garotinho, ter presenciado um assassinato a sangue frio.

Contudo, no lugar de Lucas, um garoto de óculos e rosto familiar despontou na porta do quarto.

– Zaca! O que...

– Acredite se quiser, eu estou aqui pela polícia. – ele deu um sorriso desconfortável, levando à mão a cabeça para amassar os cabelos como costumava fazer – Eles pediram meu depoimento sobre a noite em que Carlinhos espancou o Nicholas.

– Ah, certo. Você que ajudou a nos livramos da bicicleta. – me lembrei de ter incluído esse detalhe na minha primeira versão. Não achei relevante o suficiente para dizer na segunda, mas não tinha parado para pensar em Zaca como uma testemunha – Desculpa por fazer você passar por isso. Ir à polícia, e tal.

– Relaxa. Eles foram bem mais gentis comigo do que eu me lembro de terem sido com você. – as sobrancelhas grossas de Zaca se ergueram em rancor. Eu não estava ali para defender a polícia de Viveiro, mas certamente não era culpa deles. Não tinha como eles saberem. Não com todo o esforço que eu fiz para esconder a verdade.

– Zaca, posso falar com você em particular?

Meu pai, que estava calado durante todo o tempo, lançou um olhar severo para a Doutora Mônica. Ela pareceu dar permissão para que ficássemos sozinhos. Talvez Arthur estivesse preocupado que fôssemos combinar alguma mentira, só que não havia mais o que combinar. Já tínhamos contado tudo que sabíamos, sem espaço para ocultar nada.

Bom, quase tudo.

Nós subimos até o meu quarto. Assim que entrei, fechei as cortinas para não ter que olhar para a varanda.

– O que é isso? – ele se questionou, quando tirei o objeto do bolso e estendi na palma da minha mão.

– Um pendrive. Com as imagens do dia do incêndio.

Zaca franziu o cenho, tentando entender. Certamente, um pendrive não estava incluído na versão dos fatos que eu e Lucas demos para a polícia. E eu não tinha contado nada a ele até aquele momento. Era o meu acordo com Lucas. Não contaríamos a ninguém. Já havia pessoas demais sabendo, contando conosco e David Velten.

– Então o plano de vocês deu certo? – sua voz vacilava, talvez por achar que eu me enfiaria em mais problemas se continuasse mentindo para a polícia – Você conseguiu pegar o pendrive?

Pensei por um instante em dizer a Zaca exatamente como aquele troço tinha vindo parar em minhas mãos. Que estava o tempo todo na jaqueta que David me emprestou quando tivemos o nosso encontro.

Deus, parecia que uma década havia se passado desde aquele dia.

Mas isso significaria dizer a ele que David me entregou. E não que eu não confiasse em Zacarias – ele era meu irmão e melhor amigo – mas era o tipo de coisa que eu não podia deixar escapar a quem quer que fosse, ainda mais com Zaca indo à polícia contar o que sabia. A pressão que os policiais faziam na cabeça do interrogado poderia ser mais que suficiente para fazê-lo falar.

David tinha dito que não podia me entregar o pendrive, porque não podia ser implicado nas investigações. Ele era maior e idade, seria preso se soubessem que ele cometeu um crime. Dois, na verdade: roubar as filmagens privativas da Mansão Leal, e ocultar evidências de um crime da polícia, com uma investigação em andamento.

– Deu certo. – menti, odiando o gosto que uma inverdade tinha na minha boca. Eu achava que nunca mais precisaria fazer isso.

– Lucas sabe?

Fiz que sim com a cabeça. Por que não saberia?

– E?

– Prometi que não ia fazer nada idiota até ele voltar de Vitória.

Isso era verdade. Eu me sentia melhor por não estar mentindo sobre isso.

– É um bom plano. – Zaca concordou, para o meu alívio – Já teve coragem de assistir o que tem aí dentro?

– Nem passou pela minha cabeça.

***

– Valéria Corrêa está oficialmente liberada de prestar o serviço comunitário que lhe fora designado. – meu pai jogou um pedaço de papel sobre a mesa em tom de vitória.

– Não fizeram mais que a obrigação. – rebati, sem tirar os olhos do meu cereal. Eu e Zaca tomávamos café na cozinha. Quer dizer, eu tomava um chá preto. Apesar de achar que estava entrando em abstinência de cafeína, eu não conseguia tomar um gole de café sem sentir meu coração disparar e começar a tremer.

Obrigada, doutora Mônica. – Arthur fez uma parca imitação minha, estendeu a mão para uma Mônica compenetrada em seu jornal matinal e apertou-a. Eu dei uma risadinha e repeti suas palavras para ela, e ela dispensou-as com um aceno de cabeça.

Eu sabia que a Mônica tinha feito um excelente trabalho. Mas não fazia muito sentido que eu continuasse obrigada a prestar serviço comunitário na Fundação Haroldo Santini, para reparar um crime que eu sabia que não tinha cometido.

– O que aconteceu com os outros? – perguntei, tentando não parecer desesperada.

– O Ministério Público vai dar conta deles agora. Eles não são problema nosso.

É problema meu sim.

– Nem uma dica? – Zaca pediu, também curioso para saber o desfecho.

– O Carlos vai para uma instituição, com certeza. – ela tinha dificuldade em dizer penitenciária, porque advogados não gostam de encarceram jovens, por mais maníacos que eles fossem. – As garotas, pela minha experiência, devem prestar serviço comunitário.

– Vão pegar de onde você deixou. – meu pai falou, achando que estava sendo engraçado.

– Elas merecem coisa pior. – murmurei para o meu cereal. Um silêncio sepulcral tomou conta da mesa.

– A Justiça vai decidir o que elas merecem. – Mônica afirmou, dando uma golada generosa em seu cappuccino caseiro.

A Justiça não estava lá quando Karina Velten caiu dura no chão, de overdose por drogas que Stella e Sarah a forçaram a tomar. A Justiça não estava lá quando Carlos Henrique tentou queimar o seu corpo de quatorze anos e simular um incêndio, além de tentar me matar pelo fato de eu saber de tudo.

A Justiça não estava lá quando a vida deixou permanentemente os olhos de Nicholas Jordan, antes mesmo de o cão da pistola esfriar.

Mas eu estava.

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