Votem e comentem! 🙌❤
Leiam as notas finais, por favor.
-> MÚSICA DO CAPÍTULO: MASTERPIECE, Jessie J.
{"Você fala esse blah blah, esse la la, essa merda de rah rah... Às vezes eu piso na bola, eu atrapalho tudo, não acerto o alvo, mas estou bem, estou tranquila em relação a isso. Ainda quebro a cara algumas vezes e não consigo fazer tudo certo, porque eu sou perfeitamente incompleta."}
Acreditem ou não, apesar da pequena discussão entre Louis e a namorada, eles parecem ter uma relação com a confiança sendo sua base, então o surto como consequência da cena que viu foi uma atitude esperada de Beatrice, mas eu me retirei da sala e poucos minutos depois já podia ouvir seus risos ecoando juntos. Não sabia que Louis tinha namorada e mesmo que não estávamos fazendo nada de errado, levei um baita susto quando ela chegou, o coração quase saiu pela boca. Acho que foi devido a estarmos nos abraçando, até porque tal como aconteceu com ela é uma cena que pode ser interpretada de diversas maneiras. Bom, o importante é que após o expediente de trabalho, na hora do almoço, Louis me chamou para ir almoçar com ele e a namorada e eu pude ver que vamos nos dar muito bem. Ela é toda delicada, tem aquele estilo meio patricinha para quem vê de longe, mas quando começamos a conversar com ela dá pra perceber que ela é toda meiga e simpática. Agora já se passou uma semana desde que nos conhecemos e temos conversado bastante por mensagens. Sinto que podemos ser grandes amigas um dia. Louis teve que explicar para ela o motivo do abraço apertado daquele dia, então ele contou meio por cima a história de como está sendo minha maravilhosa vida nas últimas semanas. E por falar em maravilhas (sintam a ironia)...
- Tenho uma reunião em dez minutos. - meu chefe já sai da sua sala me informando e eu concordo. - Organize a sala de reuniões para mim. E preciso que leve os relatórios que estão na minha mesa para lá. - concordo novamente. - Volto em cinco minutos. - ele avisa e sai.
Ajeito a sala de reuniões rapidamente colocando uma pasta, caneta e um copo de água a frente de cada lugar na mesa que seria usado. Volto para a sala do meu chefe para pegar os relatórios que ele pediu e vejo que tem uma pilha de folhas soltas. Respiro fundo e chego a conclusão que vou ter que fazer duas viagens para levar toda essa papelada para a sala de reuniões. Como vejo que as folhas estão organizadas mensalmente, sei que não posso tirar da ordem, então pego a metade de cima e coloco ao lado, pegando a outra metade para levar para a sala primeiro. As duas viagens ocorrem bem e quando estou terminando de arrumar as folhas ao lado da pasta do Sr. Styles algumas pessoas já estão entrando na sala, entre elas reconheço duas: Louis e Colin.
- Srta. Johnson. - Louis me cumprimenta - Sempre um prazer vê-la!
- Sr. Tomlinson. - cumprimento Louis, com um breve sorriso no rosto. Agora que estou cultivando o que podemos chamar de amizade com sua namorada, nós também estamos ficando mais próximos, e pelo que vi até agora, eles são o casal mais divertido que eu já conheci.
- E por que eu também não recebo esse sorriso bonito de boa tarde? - Colin pergunta, seu jeito galanteador e o sorriso malicioso que parece ser sua marca.
- Boa tarde, Sr. Wright. - digo mais séria e ele revira os olhos.
- Pode deixar comigo que ainda hoje arranco um sorriso desses seus lábios bonitos. - me sinto corar com suas palavras e quando uma voz mais familiar para mim surge no ambiente, já fico tensa.
- Pelo que posso ver a sala já está arrumada, Srta. Johnson.
- Está sim, Sr. Styles.
- Então o que ainda faz aqui? - engulo em seco e abaixo a cabeça, seguindo para fora da sala. Não consigo entender qual a necessidade que ele tem de ser rude, ou pelo menos de ser rude comigo.
Visto que as reuniões costumam demorar, resolvo ir adiantando os documentos que o Styles tinha me pedido mais cedo. Tenho que digitalizar cada um com o nome de seus respectivos clientes, seus endereços, o valor a pagar e as datas limites para o pagamento. Fico admirada com os preços dos casos, agora posso entender porque advogados são tão bem de vida. Já estou quase na metade dos documentos quando a reunião acaba e Harry volta para sua sala. Quando passa por mim ele manda eu ir arrumar a sala de reuniões. Suspiro e faço o que me foi mandado, trazendo os relatórios para cima da minha mesa. Quando volto bato na porta e ele permite minha entrada. Volto até minha mesa e faço novamente duas viagens para colocar os relatórios na mesa do Sr. Styles. Ele parece irritado por ter sido interrompido duas vezes, mas não fala nada apesar da cara fechada.
Termino de digitalizar todos os documentos uma hora antes do expediente acabar e fico orgulhosa do meu trabalho rápido. Mando o anexo para o e-mail do meu chefe e começo a organizar as folhas de novo. Cinco minutos depois meu chefe me chama, sua voz é alta e nada simpática. Eu nem sei pra que serve a linha para nos comunicarmos nesse telefone se ele não usa. Vou rapidamente para a sala dele e quando tenho a autorização para entrar, vejo seu olhar furioso para o computador.
- Eu não sei que merda você fez, mas você digitalizou todos os documentos errados. Você digitalizou os dados do mês retrasado sendo que eu te pedi os do mês passado. - seu tom é rude e sua expressão completamente irritada. - Qual o seu problema? Estava dormindo? Estava pensando nas cantadas baratas dos meus amigos e não pôde ter a competência de realizar seu trabalho corretamente? Ou estava planejando novas formas de fazê-los gostar de você para poderem te defender e te impedir de ser demitida? - ele pergunta com um tom acusador e debochado ao mesmo tempo e eu me sinto irritada por ele estar me fazendo parecer uma interesseira ou até mesmo uma vagabunda, uma pessoa amoral. Eu posso até ser inocente, boba até aos olhos de muitos, mas não quer dizer que eu não saiba dos meus direitos, e meu chefe ou não, ele não tem direito de insinuar coisas sobre mim.
- Você não tem direito algum de dizer essas coisas para mim. - me exalto e não só o respondo como meu tom de voz não é nada respeitoso e meu dedo está sendo apontado acusadoramente para ele - Eu posso ser sua subordinada aqui, mas isso não te dá o direito de me ofender e eu não vou permitir isso.
- Srta. Johnson... - meu chefe se levanta e ele carrega um sorriso de canto, debochado para mim - creio que você se alterou e isso não foi uma escolha sábia. - seu atual tom calmo me irrita ainda mais e só falta eu começar a rosnar aqui.
- E vai fazer o que, me demitir? - pergunto e me arrependo no mesmo momento quando o vejo arquear as sobrancelhas em surpresa pela minha ousadia, porém sem tirar aquele sorriso irritante da cara.
Por Deus, já não basta tudo que eu estou passando em casa? Por que ele tem que ser tão rude? Qual a necessidade de me tratar tão mal? Tudo bem que o erro foi meu, mas não acho que isso justifica tamanha agressividade. Eu nunca fui uma pessoa orgulhosa, nunca achei desaforo ser corrigida ou precisar de conselhos ou ajuda, então eu aceitaria de bom grado se ele tivesse falado a mesma coisa, porém de outra forma. Mas não foi isso que ele fez, ele foi rude e ainda caluniou sobre mim. E eu não sou esse tipo de pessoa. Eu não sou interesseira, não sou uma vagabunda. Eu só quero trabalhar e poder ajudar a manter meus irmãos não satisfeitos, mas pelo menos saudáveis, quero que eles tenham pelo menos o alimento necessário e roupas que sirvam e que não estejam cheias de furos e rasgos para se vestir. Eu só queria ser útil para minha família, mas temo que acabei de perder essa chance, porque é improvável que meu chefe insensível e indiferente dê a mínima para minha situação, ele provavelmente só está pensando nas palavras certas, nas próximas palavras cruéis para então me demitir. E quando noto, eu já estou chorando, sem perceber deixei minhas lágrimas desesperadas saírem dos meus olhos e estou me humilhando na frente do meu rude chefe. Levo a mão a boca e começo a soluçar. Peço licença e saio rapidamente da sala, vou direto para o banheiro que fica a poucos metros da minha mesa e desabo de vez. Acho que essa situação foi o ápice de tudo o que vem acontecendo. Eu estou tão decepcionada com meu pai, triste por como minha mãe está chateada, tão desesperada querendo ajeitar tudo e deixar tudo melhor pra minha família, e a correria ainda não tinha me permitido parar para pensar em tudo isso, mas a dor em meu peito parece tão grande que quanto mais eu choro, mais a necessidade de chorar aumenta. Estou encostada na parede, tentando respirar fundo e controlar meu choro quando leves batidas na porta me dão um leve susto.
- Já estou saindo. - murmuro e depois de uma tentativa falha de secar meu rosto, abro a porta mesmo assim, e arregalo os olhos ao ver Harry Styles na minha frente. Passo minhas mãos pelo rosto novamente na tentativa de parar aquela cachoeira saindo dos meus olhos, mas não adianta. Dou alguns passos até a minha mesa de cabeça baixa, com medo de ser ainda mais humilhada.
- Ei, espera... - me surpreendo pelo tom calmo e contido do meu chefe e seu toque gentil no meu braço na intenção de me fazer olhar para ele. O encaro e ele coloca as mãos nos bolsos parecendo constrangido. - Hmm... venha até a minha sala, por favor. - ele pede após olhar ao redor e creio que esteja com medo de ter alguém vendo que ele sequer tem um tom de voz que pode chegar a soar gentil. Resolvo não criar caso e o sigo até sua sala.
Meu chefe se recosta em sua mesa e então volta a me olhar nos olhos.
- Eu não costumo fazer isso, mas acho que me assustou a forma desesperada com que começou a chorar e... - ele faz uma pausa. Seu tom é tão agradável que chego a pensar que ele ficou preocupado, mas depois de sua próxima fala vejo que estou errada. Ele limpa a garganta e volta a falar - e eu preciso saber qual o motivo disso porque não seria sensato manter pessoas tão descontroladas na empresa. - tenho vontade de dar um soco nessa cara - infelizmente muito bonita - dele. - E então, foi o que eu disse ou há algo mais que resultou em tudo aquilo? - ele diz, se referindo ao meu surto. Sinto a vontade de chorar voltando devido aos flashes que passam na minha cabeça de tudo que vem acontecendo em casa e meus olhos ficam marejados de novo.
- São apenas... problemas em casa. - vejo a surpresa em seus olhos pela minha resposta e não entendo o porquê, apenas continuo a falar - Mas vou cuidar para que isso não aconteça de novo. Por favor, me desculpe pela forma como falei e pelo modo descontrolado como agi. Eu realmente preciso do emprego e não deveria ter lhe faltado com respeito.
- Qual o problema em casa, Srta. Johnson?
- Não é nada demais... - tento ser evasiva visto que por motivos óbvios não me sinto a vontade para me abrir com ele. Mas ele me interrompe.
- Qual o problema, Srta. Johnson? - ele pressiona - Você parece ser daquelas famílias perfeitinhas onde os pais são os melhores do mundo e que tem orgulho de cada passo dos filhos, então qual poderia ser o grande problema?
- Perfeitinha? Experimenta viver embaixo de um teto que não é seu, com um pai que está se tornando um bêbado agressivo, uma mãe que está perdendo a alegria de viver, quatro irmãos que estão crescendo e precisam de roupa, comida e atenção enquanto seu salário tem que ser devida e minimamente fracionado para pagar todas as contas e ainda colocar o que comer na mesa! - acabo me alterando de novo, mas fecho os olhos e respiro fundo assim que paro de falar. Sinto as lágrimas descendo novamente pelo meu rosto e minhas mãos estão trêmulas. - Me desculpe, de novo. - digo em um sussurro. Estranho o silêncio do meu chefe e levanto a cabeça, o olhando de soslaio. Ele passa a mão pelo rosto, parecendo indignado e aperta um botão que está acoplado na sua mesa, fazendo as persianas se fecharem, deixando-nos na privacidade de sua sala, sem possibilidade de qualquer plateia. Me sinto apreensiva com isso, mas decido que vou esperar algum sinal mais claro antes de começar a gritar por socorro. Meu chefe se aproxima de mim e não poderia ficar mais surpresa pelo se gesto. Harry Styles, meu chefe, me abraça. Ele coloca seus braços em torno de mim e sua respiração está irregular desde que eu meio que contei o que está acontecendo com minha família. Dois minutos depois acabo aceitando o abraço e coloco meus braços em torno do moreno também. As lágrimas que escorriam suaves pelas minhas bochechas se sentem livres para vir com mais força, o que faz Harry apertar mais o abraço, me incentivando a colocar para fora o que preciso. Eu só não contava que justamente o abraço dele, do meu maldito chefe rude e irritante, me faria sentir assim: aliviada, talvez até mesmo... segura.
É, a vida tem dessas de nos deixar de boca aberta.
Continua...
Bom, vamos lá...
Eu estou muito insegura quanto a reação de vocês a esse capítulo, então por favor, comentem!!! Ficou confuso? Ficou sem noção? Podem falar. kkk
Quanto à reação do nosso Sr. Styles no final (o abraço e a empatia), talvez faça vocês pensarem "ah, tá indo rápido demais", ou "como assim? Ele estava sendo um babaca até agora e de repente já vai virar o mocinho bonzinho?". Eu também pensaria isso, mas a questão é: nosso Harry agiu assim agora (por motivos válidos que serão esclarecidos mais pra frente), porééém não quer dizer que por causa desse momento as coisas entre ele e Lizzy agora estarão na paz e de boa na lagoa. Rs' Sim, eu sei de algo que vocês não sabem. (cof cof) kkk
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo! Me deixem saber, por favor.
E ahhh, era para eu ter postado ontem, mas os que foram meus leitores em Over Again sabem que não me dou muito bem com dias certos de postagem kkk acho que me sinto sob pressão, sei lá. De qualquer forma, me desculpem, e tentarei postar um capítulo por semana (independente do dia).
Chega de falar. Até o próximo caaap...
All The Love,
P.I. 💞🖤