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Galing kay onwlifejb

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Alguns pensamentos que gritavam dentro de mim me faziam arrepender de tê-la sequestrado sem saber de quem ela... Higit pa

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60 - parte 1
Capítulo 60 - parte 2
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo - Personagens
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85 - Último
Agradecimento + 2° TEMPORADA
SEGUNDA TEMPORADA POSTADA!

Capítulo 25

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Galing kay onwlifejb

Meus olhos estavam pesados, e minha cabeça doía, mas nada comparado a última noite que eu bebi. Passei as mãos espreguiçadamente pelo meu rosto, e depois me estiquei na cama, e foi ai que notei que alguma coisa estava errada. Eu estava em uma cama de solteiro, e eu dormia em uma de casal. Abri os olhos rapidamente levantando da cama. Olhei o quarto vendo que as paredes eram azuis, havia uma janela pequena ao lado da cama deixando a luz entrar, tinha alguns posters na porta fechada do quarto, e algumas fotos que eu não consegui identificar quem estava nela.

Merda, Barbara. O que você fez?

Ouvi a porta do quarto se abrindo, e Dylan apareceu sem camisa. Ele deu um sorriso assim que me viu, mas eu só sabia olhar aquele tanquinho dele.

- Dormiu bem? -Perguntou vestindo a blusa, desviei o meu olhar.

- O que aconteceu? A gente... -Perguntei o olhando assustada.

- Não, não aconteceu nada. -Ele disse me olhando assustado também, e depois riu.

- Então o que aconteceu?

- Você bebeu muito, então eu te trouxe para a minha casa.

- Meu Deus, Dylan. Desculpa ter te dado trabalho. -Falei enterrando o meu rosto em minhas mãos. Eu estava morrendo de vergonha.

- Ei, não precisa pedir desculpas. Você só deu trabalho para subir as escadas. -Disse rindo me fazendo rir. Senti ele se sentando do meu lado.

- Não acredito que bebi tanto assim.

- Você se lembra do que aconteceu ontem? -Senti um pouco de receio em sua voz, mas eu assenti ainda com as mãos no rosto.

- Nos beijamos uma vez, não foi?

- Sim, mas não foi uma vez. -Ele disse e eu o olhei. - Ficamos a noite toda, Barbara.

- A-a noite toda? -Gaguejei, e ele assentiu abaixando a cabeça.

- Se arrepende? -Perguntou levantando o olhar me olhando no fundo dos olhos. "Sim, um pouco", era o que eu queria falar, mas eu me lembro de ter me divertido com ele. Ele me fez esquecer o Justin por pelo menos uma noite.

- Não, claro que não. -Falei, e sorri fraco. Ele abriu um sorriso enorme.

- Quer comer algo?

- Não, eu preciso ir embora. -Falei me levantando e fazendo um coque em meu cabelo. - Cadê o meu celular?

- Ah, eu esqueci de te falar. O seu celular tocou a noite toda.

- E quem era? -Perguntei com medo.

- Um tal de Justin. -Disse e eu gelei.

- Jus-justin? Tem certeza? -Falei procurando o meu celular.

- Sim. Eu falei com ele. -Disse, e eu me virei o olhando na hora.

- O que você falou, Dylan? -Falei ficando nervosa, ele me olhou estranho percebendo.

- Quem é ele, Barbara?

- Meu primo. -Falei rápido. -Ele é o meu primo, e eu estou morando lá com ele e minha tia. Ela não sabia que eu tinha saído. -Dei um sorriso falso.

- Eu falei que você estava comigo. -Disse, e eu quase cai pra trás.

- Você fez o que? -Tentei controlar a voz, mas não deu.

- Desculpa se eu te causei problema. -Disse triste, e eu me arrependi de falar assim com ele. Dylan não tinha culpa de nada.

- Não, você não causou. Eu tenho que ir pra casa. Cadê o meu celular? -Perguntei dando um sorriso falso, e ele abaixou a cabeça indo pegar o meu celular na cômoda ao lado da porta.

- Quer que eu te leve pra casa? -Perguntou, e eu assenti calçando o meu sapato.

Descemos as escadas, e eu estranhei que a Carol e nem os pais dele estavam em casa, mas não falei nada. Eu apenas entrei no carro, coloquei o cinto e fiquei calada. Não queria falar nada, e se eu falasse, eu iria chorar. Era dez da manhã ainda, então eu poderia ter a sorte de chegar em casa e Justin ainda estar dormindo.

- Você está bem? -Dylan quebrou o silêncio parando no sinal vermelho. Olhei o local que estávamos, e era quase na casa do Justin.

- Estou. É que eu estou pensando na desculpa para a bronca que vou levar da minha tia. -Falei sorrindo falso, e Dylan riu.

- Se quiser eu converso com ela. -Falou arrancando o carro.

- Não! Não precisa. Só vai piorar a situação.

- Ah, você quem sabe. -Disse, e sorriu.

- Pode parar aqui. -Falei assim que Dylan passou na esquina.

- Por quê? -Perguntei parando o carro.

- Minha tia, esqueceu? -Perguntei dando um beijo na bochecha dele. -Tchau, Dylan. Obrigada por ontem.

- Mais tarde eu te ligo para saber o que aconteceu. -Falou sorrindo, e eu sorri sem mostrar o dente saindo do carro.

Comecei a caminhar rápido ouvindo o barulho do meu salto batendo na calçada. Estava um sol um pouco quente, e havia pessoas andando pela calçada. Olhei pra trás vendo o Dylan saindo com o carro, e fiquei mais aliviada. Acelerei meus passos chegando no portão da grande mansão. Os seguranças abriram o portão pra mim, eu tirei o meu salto e comecei a andar para dentro da casa.

Entrei na sala vendo que tudo estava organizado. Parecia que não tinha acontecido nenhuma festa ontem, e nenhuma putaria. A mesa onde estavam a cocaína que aquela mulher cheirou estava limpa e até brilhando, o chão da sala não tinha mais nenhuma roupa das prostitutas, e nenhuma roupa dos meninos.

Respirei fundo sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas de novo.

- Menina Barbara? -Ouvi a voz da Maria se aproximando de mim.

- Oi. -Falei tentando fingir que estava bem.

- Você está bem?

- Sim, eu estou bem. O Justin está em casa?

- Não. O patrão saiu daqui as oito da manhã. Achei estranho já que aconteceu aquela festa dele ontem, mas não disse nada. -Disse, e eu assenti subindo as escadas rapidamente. Eu precisava de um banho.

Assim que entrei no meu quarto, tirei a roupa e fui para o banheiro tomar um banho gelado. Eu precisava de um tempo de baixo do chuveiro para pensar em tudo que aconteceu, e em tudo que irá acontecer. Meus olhos se encheram de lágrimas só de lembrar daquela cena de ontem. Na minha garganta havia um nó enorme por querer ele comigo, e por saber que eu nunca teria. Eu nunca teria o Justin só pra mim.

Eu ainda tentava entender o porquê dele ter me ligado ontem. Ele com certeza estava drogado, ou bêbado, ou os dois juntos. Ele não se preocupava comigo, ele não se importava comigo ou com os meus sentimentos, e isso era o que mais me machucava.

Eu o amava, e isso nunca seria recíproco.

Funguei o nariz, e desliguei o chuveiro. Acho que fiquei tempo demais aqui. Me sequei, enrolei na toalha e sai do banheiro indo direto para o closet. Vesti um short, uma blusa simples, e fiz um rabo de cavalo em meu cabelo. Me olhei no espelho, e meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Respirei fundo, e sai do quarto para comer algo, não queria passar mal novamente.

Comecei a descer as escadas lentamente sem nenhuma pressa, e, quando vi a porta sendo aberta, meu corpo gelou e parou automaticamente.

- Ryan? -Falei assim que ele entrou. - O que você está fazendo aqui?

- Khalil me pediu para pegar algumas coisas no escritório do Justin. -Disse vindo me abraçar assim que terminei de descer as escadas. - Como você está?

- O que aconteceu ontem? -Perguntei saindo do abraço, e o olhando.

- Por quê?

- Tinha mais de 20 chamadas não atendidas sua e do Justin.

- Ah, isso. -Disse, e suspirou. - Aconteceram muitas coisas, Barbara.

- O-o que aconteceu? -Perguntei já sentindo um nó na minha garganta.

- Assim que vimos você na escada, o clima ficou um pouco tenso, mas depois voltou ao normal. Se passou algum tempo, e eu subi para um quarto com a mulher que eu estava pegando. Se passou mais algum tempo, e o Justin abriu a porta do meu quarto falando que você tinha sumido.

- Mas... mas... ele estava com outra, Ryan. -Falei sentindo os meus olhos se encherem de lágrimas.

- Ele transou com ela depois que viu que você tinha saído, Barbara. Antes disso, assim que você viu, ele subiu no seu quarto para ver você, mas você não estava e ele achou que você estava no jardim, então deixou pra lá, mas depois ele percebeu que você não estava em casa. Ele te ligou, e eu também, e depois ele perguntou para algum segurança e ele disse que você tinha saído. -Falou, e eu já sentia as lágrimas descendo pela minha bochecha.

- Então ele foi no meu quarto me ver? -Perguntei dando um soluço.

- Sim. Eu achei até estranho ele despençar a Yovanna, e subir, mas depois ele desceu, e eu subi para um quarto. Ai ele veio falar que você não estava em casa.

- Não, Ryan. -Falei não acreditando e chorando. - Ele não se importa comigo, ele não gosta de mim. Eu duvido que ele foi me ver. Você está mentindo!

- E por que eu iria mentir? Eu fiquei preocupado com você porque tem alguém tentando te matar, e quase matou o Justin. Ele foi sim lá no meu quarto perguntar se sabia aonde você tinha ido. -Falou, e eu abaixei a cabeça começando a chorar. Senti as mãos do Ryan me abraçando.

- Eu tinha saído com o Dylan porque não queria ver ou escutar os gemidos daquela mulher, Ryan. Eu não tive culpa. -Falei chorando, e Ryan me apertou.

- Eu sei que você estava com o Dylan, e também sei que não teve culpa.

- Como você sabe que eu estava com o Dylan? -Perguntei me afastando um pouco, e o olhando.

- O Justin me contou que esse Dylan atendeu o seu celular. -Ryan disse, e eu soltei um soluço.

- Eu não transei com o Dylan, Ryan. Eu juro, eu só beijei ele, e não passou disso. Eu preciso falar isso com o Justin. -Falei saindo totalmente do abraço, e indo em direção a porta, mas as mãos de Ryan me impediram.

- Acho melhor não. -Falou.

- Por que não?

- Barbara, o Justin cheirou muito ontem a noite.

- E dai? Isso foi ontem. -Falei não entendendo.

- Quando ele cheira muito, é porque alguma coisa aconteceu. Não é porque ele cheirou ontem que isso não esteja incomodando ele hoje.

- Acha melhor esperar ele chegar? -Perguntei tentando limpar as lágrimas que insistiam em cair.

- Acho melhor você não conversar com ele, pelo menos não hoje.

- Eu estou me sentindo tão mal. -Falei começando a chorar novamente, e Ryan me abraçou.

- Não precisa, você não fez nada de errado.

- Eu sou apaixonada por ele, Ryan.

- Eu sei. -Falou me abraçando forte.

- Eu tentei, eu juro que tentei não gostar dele, mas foi inevitável. Eu amo o Justin. -Falei, e Ryan suspirou.

- Quer ir para o galpão comigo?

- Mas ele...

- Ele não vai aparecer por lá.

- Tem certeza?

- Tenho, o Chaz e ele vão vender as joias para a Baldwin.

- Vou só colocar um tênis. -Falei me virando, e subindo as escadas rapidamente.

Entrei no meu quarto indo direto para o closet pegando um tênis da adidas branco. Calcei, e me olhei no espelho. Minha cara estava um pouco inchada, e meus olhos estavam vermelhos. Senti o meus olhos marejados novamente assim que lembrei o que o Ryan disse. Limpei rapidamente as lágrimas que caíram, e me virei indo em direção a porta. Eu só esperava não encontrar o Justin no galpão. Desci as escadas vendo Ryan me esperando com uma mochila nas costas, ele deu um meio sorriso assim que me viu.

- Para de chorar, por favor. -Pediu me abraçando de lado enquanto íamos para fora de casa.

- Eu amo um cara que nunca vai me amar de volta, Ryan. Está doendo como nunca doeu antes. -Falei abrindo a porta do carro, e me sentando.

- Você não sabe o dia de amanhã.

- Amanhã vai ser pior que hoje. -Disse deitando a minha testa no vidro enquanto Ryan corria pelas ruas.

- Você bebeu ontem, não bebeu? -Perguntei me olhando.

- Sim.

- Você tem que parar com essa mania de beber toda vez que está triste com algo.

- O Justin faz a mesma coisa.

- O Justin é doente. Ele não é um dependendo químico, mas quando quer se afundar nas drogas, ele se afunda. Um exemplo disso foi ontem.

- Eu só bebi para me divertir. Eu estava em uma boate ontem, e ia beber água?

- Só estou falando que isso pode se tornar uma doença. -Falou, e eu me calei.

Ryan não disse mais nada o caminho todo, eu agradeci internamente por isso. Eu não queria conversar, ou escutar algum conselho de alguém como: "você precisa parar de gostar do Justin." "O Justin não te merece.", ou algo do tipo. Queria que fosse tão fácil assim parar de amar ele, e parar de querê-lo por perto.

O primeiro amor a gente nunca esquece.

- Chegamos! -Ryan me deu um pequeno susto assim que falou. Olhei para o lugar que estávamos vendo o galpão, e dois carros que eu tinha certeza que seria do Chris e Nolan. Sai do carro acompanhada pelo Ryan.

- Tem certeza que o Justin não vai vir pra cá, né?

- Tenho, relaxa. -Disse, e começamos a subir as escadas.

- Os meninos sabem de alguma coisa de ontem?

- Não. -Falou entrando na sala. Logo vi Nolan e Chris conversando sentados na cadeira.

- Barbara!! Como você está? -Nolan gritou alegre, e eu dei um sorriso falso.

- Estou bem, e vocês?

- Estou ótimo. -Nolan disse sorrindo.

- Eu estou mais que ótimo, estou sensacional. -Chris disse me fazendo rir.

- O que vocês estão fazendo?

- Estamos atoa esperando o Chaz aparecer. -Nolan disse sorrindo. Ryan se sentou na mesa com eles, e eu sentei no sofá ouvindo eles conversarem.

POV Justin Bieber

- Qual é, essa mulher está demorando demais! -Chaz reclamou pela milésima vez do meu lado. Estávamos em uma estrada afastada da cidade esperando ela aparecer.

- Dou mais 5 minutos para ela aparecer. -Falei começando a ficar nervoso.

- Estava aqui pensando, será que a Barbara ficou chateada com o que viu ontem? Porque tipo, acho que ela nunca tinha visto tanta putaria assim. -Chaz disse, me fazendo bufar.

- Tenho certeza que ela se divertiu muito ontem a noite também. -Falei lembrando da voz daquele filho da puta.

- Por quê? Não entendi.

- Chaz, cala a boca. Não me estressa.

- Eu só queria saber, cara. Parecia que ela estava chateada, sei lá.

- Se ficou, o problema é dela. -Falei sem paciência para essa conversa.

- Mas... -Começou a falar, mas eu interrompi.

- A Baldwin está chegando. -Falei vendo três carros vindo na nossa direção.

- Será que ela é gostosa?

- Vamos saber agora. -Falei vendo os carros pararem bem na nossa frente.

A porta dos carros se abriram, e dois seguranças vestindo um terno saíram do carro. Um foi até o segundo carro abrindo a porta fazendo sair uma mulher loira e com um corpo escultural. Ela vestia uma saia preta apertada, uma blusa branca apertada fazendo seus peitos quase pularem para fora, ela usava um sapato de salto preto. Seus cabelos eram loiros até um pouco acima do peito e um pouco ondulado nas pontas.

Caralho, que mulher gostosa.

Ela caminhou na minha direção abrindo um sorriso.

- Você deve ser o Bieber. -Falou parando bem na minha frente esticando a sua mão esquerda.

- E você deve ser a Baldwin. -Falei apertando a sua mão. Ela sorriu me fazendo sorrir.

- E você deve ser o Chaz. -Disse esticando as mãos para Chaz que estava quase babando a olhando. Ele demorou um pouco para apertar a sua mão.

- Ouvi falar muito de você, Bieber! -Hailey falou me olhando sorrindo.

- Tipo o que?

- Muitas coisas. -Falou mordendo os lábios me fazendo sorrir. Ouvi Chaz bufar.

- Vamos aos negócios? -Chaz disse entediado.

- Eu ia me apresentar para você na festa do Peter, mas você infelizmente estava acompanhado. -Disse me fazendo rir pelo nariz.

- Ela era só a minha acompanhante, nada demais. -Falei sorrindo a olhando.

- Fiquei sabendo que ela era sua mulher.

- Vamos aos negócios? -Perguntei não gostando do rumo da conversa.

- Claro! -Disse, e se virou. Deu para ver a sua bunda perfeitamente. - Por favor, a mesa. -Disse para um segurança que trouxe uma mesa.

- Você é ágil. -Falei vendo a mesa na minha frente.

- Você não sabe o quanto. -Falou me olhando, deu para entender o duplo sentido daquilo.

- Quanto? -Chaz perguntou olhando para as malas.

- Depende das joias que vocês roubaram. -Hailey falou.

- Roubamos 98% da mercadoria. -Falei a olhando.

- Primeiro a mercadoria, e depois o dinheiro. -Falou séria me fazendo rir. Ela me encarou com cara fechada.

- As coisas não funcionam assim comigo. Primeiro o que eu quero, e depois o que você quer. -Falei.

- Parece que comigo é a mesma coisa. -Falou, e sorriu falso. - Não te mostrarei o dinheiro até ver as joias. 

- E eu não te mostrarei as joias até ver o dinheiro.

- Você é difícil, Bieber, mas felizmente eu sou mais.

- Que pena, porque eu acho outro comprador em questão de segundos.

- Calma, galera! -Chaz disse dando um sorriso. -Vamos chegar a um acordo.

- E qual seria? -Perguntei cruzando meus braços o olhando.

- Mostramos juntos. -Falou, e sorriu. -Não acho que a senhorita Baldwin iria trair meu amigo Bieber, estou correto?

- Sim, está.

- Então vamos fazer o seguinte, você coloca o dinheiro na mesa, e nós colocamos as joias. Pode ser? -Chaz perguntou, e eu assenti juntamente com Hailey. Os meus seguranças se aproximaram da mesa segurando as três malas, e as colocaram na mesa. Fiquei em frente as malas, caso aconteça algo. Os seguranças da Hailey se aproximaram assim que ela os chamou. Eles rapidamente colocaram as duas malas na mesa.

- Posso olhar as joias, Bieber? -Hailey me perguntou, e eu assenti abrindo as malas. Ela observou as joias da primeira mala, e até pegou algumas. - Essa mala vale 300 milhões. -Apontou para a primeira. Ela começou a olhar a segunda mala, e pegou um relógio de ouro que era meio rosado. Notei um pequeno sorrindo abrindo em seus lábios.

- Pode me dar a mala de 300 milhões? -Perguntei a olhando, e ela fez um movimento com as mãos fazendo um segurança abrir a mala na minha frente. Observei os dólares na mala, e sorri vendo a quantidade de dinheiro. Olhei para Hailey, e ela já estava na terceira mala.

- Parece que está tudo ok. As duas vale 300 milhões cada que dá o total de 900 milhões. -Falou sorrindo fazendo com que eu abrisse um sorriso também. Fechei a primeira mala, e abri as duas que os seguranças me entregaram. Comecei a conferir o dinheiro.

- Está tudo certo! -Falei entregando as malas para os meus seguranças que as colocaram no meu carro.

- Foi um prazer, Bieber! -Hailey sorrindo disse apertando a minha mão. Ficamos nos encarando por alguns segundos até a voz de Chaz nos interromper.

- Foi um prazer, Baldwin. -Chaz disse com uma voz de tédio.

- Digo o mesmo, Somers. -Falou soltando minha mão, e olhando para Chaz. - Qualquer coisa que vocês precisarem, pode me ligar.

- Pode deixar. -Chaz falou simpático. Hailey sorriu para nós dois, e se virou indo para o carro, mas, assim que ela deu mais ou menos quatro passos, ela se virou olhando pra mim.

- Assim que você se cansar da vida de comprometido, o seu amigo tem meu número. -Falou depois dando um sorriso safado. A olhei surpreso, e me virei para entrar no carro.

- Irmão, você vai traçar, né? -Chaz perguntou entrando no meu carro.

- Talvez. -Disse saindo com o meu carro.

- Você vai para a boate, não vai? -Perguntou, e eu assenti. - Vamos para o galpão contar esse dinheiro.

- Pode ser. -Falei dando de ombros.

POV Barbara

- Eu quero mais um pedaço! -Falei me esticando pegando mais um pedaço da pizza de queijo com bacon.

- Caralho, esse é o seu quarto pedaço. Está com lombriga? -Chris implicou me fazendo revirar os olhos enquanto mordia um pedaço.

- É fome mesmo. Não como desde ontem.

- Ou pode ser um mini Bieber. -Nolan disse rindo, e eu o olhei incrédula. Senti o meu corpo tremer lembrando da nossa transa sem camisinha dias atrás, e a nossa última no dia do racha. Eu não tinha tomado a pílula do dia seguinte, mas seria impossível eu estar grávida, eu acho.

- Rarara, que engraçado. -Falei revirando os olhos. -Eu sempre comi muito.

- Não sei como continua gostosa. -Chris disse pegando outro pedaço de pizza.

- Não sei como você não está gordo já que esse pedaço de pizza é o seu sétimo. -Impliquei.

- Eu gasto muita energia na cama, por isso. -Chris disse rindo.

- Vamos comer tudo antes que o Chaz chegue e acabe com a pizza. -Ryan disse dando uma última mordida na pizza, os meninos riram.

- Coitado, Ryan! Que maldade. -Falei incrédula com essa atitude dele. Quando Ryan foi responder, escutamos um barulho de carro. Senti um frio na barriga pensando que poderia ser o Justin, mas Ryan me garantiu que ele não viria para o galpão hoje.

- Relaxa. -Ryan disse em meu ouvido. Assenti e bebi um pouco do meu refrigerante.

- Qual é, Justin! -Ouvi Nolan gritar me fazendo gelar. Não tive forças para o olhar, mas eu sentia o seu olhar sobre mim. Olhei tão assustada para Ryan que parecia que eu estava vendo um filme de terror. Ryan me olhou assustado também, mas logo desmanchou a sua cara.

- Caralho, PIZZA! -Chaz gritou quase subindo em cima de mim pegando um pedaço. Tive coragem de olhar para Justin que me encarava com o maxilar travado, mas desviou o olhar.

- Você não disse que não ia vir para o galpão hoje? -Ryan perguntou olhando para Justin.

- É, mas eu mudei de ideia. -Disse caminhando até a sua cadeira de chefe. O que me impedia de ficar perto dele era o Ryan.

- Essa pizza está boa demais! -Chaz gritou com a boca cheia.

- Chaz, o Ryan disse que era pra todo mundo comer antes de você chegar, eu achei um absurdo, e te defendi, cara. -Nolan disse me fazendo rir.

- Falso! -Disse rindo.

- Eu sei que o Ryan falou isso. É bem a cara dele.  -Chaz disse pegando o terceiro pedaço de pizza.

- Pior é a Barbara que comeu quatro pedaços. -Chris disse me olhando. Revirei os olhos.

- NOSSA! -Chaz gritou. - Eu preciso contar para vocês.

- Contar o que? -Ryan disse bebendo um pouco da sua cerveja.

- Hailey Baldwin. -Chaz disse se jogando na cadeira sorrindo.

- Ih, é gostosa? -Nolan perguntou. Revirei os olhos sabendo que o assunto "mulher" iria começar.

- Gostosa? Aquela ali é uma maravilha! -Chaz disse, e eu relaxei na cadeira.

- Ficou de olho na gatinha! -Chris disse rindo fazendo os meninos rirem.

- Fiquei mesmo, mas ela ficou de olho no nosso amigo, Justin Bieber! -Chaz disse sorrindo, e os meninos começaram a gritar zoando o Justin. Senti os olhos de Ryan em mim na hora, mas eu não tive coragem de o olhar.

- E ai, vai pegar? -Nolan perguntou quase gritando.

- Lógico que vou. -Ouvi sua voz, e tive coragem de o olhar. Ele tinha um sorriso vitorioso na cara, como se tivesse ganhado um prêmio. - Gostosa daquele jeito não tem como escapar. -Disse, e me olhou por relance. Chaz, Chris e Nolan começaram a gritar.

Seja forte, Barbara!

Não mostre para ele que isso te abalou, e que isso te destruiu por dentro.

Eu repetia isso para mim mesma a cada grito que eu escutava dos meninos. Senti um nó em minha garganta, e meus olhos se enchendo de água. Peguei o meu corpo de refrigerante o bebendo de uma vez tentando fazer o nó se desmanchar. Eu sentia os olhos de Ryan em mim, mas não o olhei. Eu tinha que continuar na minha pose como se isso não me afetasse.

De novo

Não mostre para ele que isso te abalou, e que isso te destruiu por dentro.

- Queria ter visto ela. -Nolan disse se lamentando.

- E o dinheiro? -Ryan perguntou tentando mudar de assunto. -Quanto?

- 900 milhões, rapaz! -Chaz gritou batendo na mesa.

- Bora contar esse dinheiro agora? -Nolan perguntou empolgado.

- Porra, eu tenho que conversar com vocês sobre o acidente do Justin. -Chaz disse torcendo a boca.

- Vamos contar o dinheiro agora, e amanhã vamos pra casa do Justin. -Chris deu a ideia. Os meninos pareceram pensar no que fariam.

- Pode ser. -Justin disse. - Na minha casa amanhã as dez.

- Então vamos contar o dinheiro. -Ryan disse. Chaz jogou todo o dinheiro na mesa. Meu queixo caiu quando eu vi a montanha de dinheiro sobre a mesa. Notei o sorriso dos meninos ao verem a quantidade de dinheiro.

- Por isso que eu amo essa vida! -Nolan disse sorrindo pegando as notas. Me levantei, e me sentei no sofá deixando a mesa livre para eles contarem o dinheiro.

...

Eu já estava deitada no sofá entendiada e com dor nos olhos de tanto olhar aquele dinheiro na mesa. Os meninos não paravam nem por um segundo de contar, e pareciam nem piscar. Olhei para Justin, e ele estava tão lindo com aquela roupa, e com a cara fechada mexendo no dinheiro. Ele vestia uma blusa preta, uma calça jeans e um vans. No seu pulso tinha um relógio de ouro, em seu pescoço uma corrente de ouro, e usava um boné preto para trás. Dei um pequeno sorriso o olhando antes de desviar o olhar. Eu tinha que parar com essa mania de o olhar, e ficar hipnotizada. Eu parecia uma boba apaixonada.

- O total deu quase 180 milhões pra cada. -Chaz disse levando suas mãos para a nuca com uma cara satisfatória.

- Ah, papai. É hoje. -Nolan bateu na mesa feliz me fazendo dar um sorriso torto.

- Tem que separar a parte dos seguranças, e do Khalil. -Justin avisou.

- Vou separar. -Chris disse pegando algumas notas. Levantei com muita preguiça para me sentar ao lado de Ryan. Assim que sentei, Ryan me abraçou de lado. Olhei de relance para Justin e ele conversava com o Nolan.

- Me leva embora? -Perguntei baixinho o apertando contra o meu corpo.

- Por que quer ir embora? -Perguntou baixo também.

- Você sabe o porquê. Não estou me sentindo bem com ele aqui. -Admiti, e Ryan suspirou.

- Que foi, Barbinha? -Chaz perguntou fazendo um leque com as notas de 100. Eu ri fraco daquilo.

- Eu só quero ir embora. -Falei, e sorri sem mostrar os dentes.

- O Justin te leva. -Nolan disse, e eu senti a minha barriga gelar. O olhei na hora, e ele já estava me olhando. Engoli a seco, e desviei o olhar.

- Nã-não precisa. -Sorri nervosa. - O Ryan me leva.

- O Justin já está indo pra casa agora, então fica mais fácil para você. -Nolan disse, e eu não disse nada. O clima começou a ficar tenso, e ninguém falava nada para mudar isso. Vi Justin se levantando, e indo em direção a porta.

- Se quer a carona, é melhor vir logo. -Ouvi sua voz antes dele sair da sala. Olhei para Ryan que assentiu me dando confiança com o olhar.

- Vai com ele. -Falou, e eu respirei fundo me levantando. Me despedi dos meninos, e desci vendo a range rover preta ligada ainda estacionada. Respirei fundo uma, duas, três vezes antes de chegar até o carro. Respirei fundo mais uma vez, abri a porta do carro e entrei. Justin não esperou nem um segundo para arrancar com o carro.

Como já era de se esperar, o clima estava tenso, tenso até demais. Eu olhava para a janela notando que o céu já estava ficando escuro. Algumas luzes da cidade já estavam acesas, o céu limpo, e com algumas nuvens estavam em um tom azul escuro. Eu poderia ficar olhando esse céu pra sempre.

- Merda! -Ouvi Justin murmurar para ele, e virar o carro com brutalidade para a esquerda. Não entendi muito bem, mas não perguntei nada. Eu acho que ele não ia me abandonar no meio da rua, ou me matar.

Fiquei olhando o céu até sentir o carro parando. Olhei para a direção do Justin, e ele entrava em uma garagem, ou melhor, em uma oficina. Justin parou o carro totalmente, e saiu no mesmo me deixando sozinha. Não sabia se descia, ou se continuava dentro do carro, mas preferi a segunda opção. Olhei de rabo de olho e Justin estava conversando com um cara alto, com cabelos grisalhos com uma macacão de mecânico. Virei meu rosto assim que os vi caminhando na direção do carro. A porta foi aberta, e eu nem me mexi.

- Barbara, desce do carro. -Justin disse me olhando. Tirei o cinto, e desci.

Justin começou a conversar com o cara, e eu me assustei quando um cachorro pulou em meus pés. Sorri ao ver que ele era um filhote de vira lata, e todo marrom claro. Era a coisa mais linda do mundo.

- Começou com esse barulho assim que passei pela rua 10. -Escutei Justin falando com o cara, e, já que não tinha nada para eu fazer, peguei no colo aquele cachorrinho que estava pulando no meu pé.

- Ei, neném, você é tão bonitinho. -Falei fazendo carinho em sua cabeça. Ele balançava o rabinho dele rapidamente gostando do carinho. O coloquei deitado em meus braços fazendo carinho em sua barriga, e sorrindo vendo que ele não parava quieto nos meus braços.

- Gostou? -Ouvi uma voz desconhecida, e olhei para frente vendo Justin e o homem me olhando. Fiquei com vergonha, e abaixei a cabeça olhando para o cachorrinho.

- Gostei, é de rua? -Perguntei baixo.

- Ele é do meu filho. Não sei nem o que está fazendo aqui. -Disse, e eu o olhei sorrindo.

- Ele é lindo.

- Chama Bob.

- Ei, Bob, você é muito lindo. -Disse fazendo carinho em sua barriga, escutando a risada do homem. Notei que ele abriu o capô do carro, e começou a mexer em algo lá dentro. Olhei ao redor procurando algum lugar para sentar. Achei um banco de madeira, e me sentei com o Bob.

- Barbara, vamos! -Ouvi a voz do Justin, e me deu pena ter que deixar o Bob. O coloquei no chão, e ele veio pulando nos meus pés até o carro.

- Ei, vai pra lá. -Disse batendo o pé de leve no chão tentando o intimidar, mas ele achou que era brincadeira tanto que latiu. Bufei e o homem o pegou no colo. Sorri para ele, e entrei no carro. Justin deu ré, e saiu.

Já estava noite. O céu já estava todo escuro, e a lua estava linda, tirando o calor que estava quase insuportável. Justin começou a mexer no painel do carro, e ligou o rádio. Começou a tocar a música Just A Dream do Nelly.

"Eu estava pensando em você, pensando em mim

Pensando em nós, o que nós vamos ser?

Abro meus olhos, sim, foi apenas só um sonho

Então eu viajo de volta, por esse caminho

Será que vamos voltar? Ninguém sabe

Eu percebo, sim, foi apenas só um sonho"

Olhei para Justin que estava concentrado no volante. Por que ele é tão lindo, e tão filho da puta ao mesmo tempo? Por que ele foi no meu quarto ver como eu estava mesmo com uma mulher pronta para dar o que ele queria? Por que ele era tão frio, e arrogante? Ele com certeza não é uma pessoa assim, eu acho.

Eu pergunto, ou não?

Quando ia abrir a boca para perguntar, ele parou o carro, e eu percebi que já estávamos na garagem da sua casa. Bufei baixo saindo do carro, e indo para a sala. Notei que ele estava atrás de mim dando passos pequenos. Respirei fundo entrando na sala indo em direção a escada me virando vendo ele entrando na sala.

- Sai da frente. -Falou assim que parou na minha frente.

- Por que você foi no meu quarto ontem? -Perguntei, e percebi a cara de surpresa dele, mas mesmo assim ele tentou disfarçar.

- Eu não fui.

- O Ryan não ia mentir pra mim.

- E o que você tem a ver com isso?

- Tem a ver que eu quero saber o motivo de você ter ido no meu quarto ontem assim que eu vi aquela putaria.

- Eu estava drogado, então não tem motivo.

- Para de mentir! -Falei sentindo um nó na minha garganta. - Ryan disse que você começou a se drogar depois que percebeu que eu tinha saído.

- Não vou falar de novo, sai da minha frente. -Falou entre os dentes me olhando nos olhos.

- Por que você foi no meu quarto? -Perguntei sentindo uma lágrima descer. Não tinha motivo algum para ele ir a não ser que ele se importa com o que eu sinto.

- Não vou te responder isso.

- Para com isso. O que custa admitir? -Perguntei, e ele riu pelo nariz.

- Admitir o que?

- Não sei, me diz você.

- Não tenho nada para admitir. Agora sai da minha frente, e para de ser mimada!

- Mimada? -Agora foi a minha vez de rir. -Eu posso ser tudo, menos mimada.

- Inclusive puta. -Disse, e eu o olhei incrédula.

- Do que você me chamou?

- Agora você é surda?

- Tem certeza que a puta dessa história sou eu? -Disse, e ri com o deboche sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto. -Vamos analisar tudo que aconteceu ontem, e vamos ver quem é a puta. Fico imaginando... se eu sou puta, você é o que então?

- Para de ser chata, porra! -Gritou me assustando. - Some da minha frente, ou sai com o seu amigo, eu não me importo.

- Você é um idiota, Justin! -Gritei no mesmo tom que ele.

- Quem é idiota nessa história é quem sente algo. Eu posso te garantir que essa pessoa não sou eu. -Falou totalmente frio, e aquilo me machucou de uma forma inimaginável.

- Por que você é assim? O que aconteceu com você? -Gritei.

- Eu nasci assim.

- Não, você não nasceu assim.

- O que você sabe da minha vida para ter tanta certeza assim?

- Sei que você sempre foi mimado!

- Eu sempre fui mimado? Mais uma prova que você não sabe de nada do meu passado.

- Você é assim por que a sua mãe não te mimou mais? Você é assim por que sua mãe não te amava o suficiente? Você é assim por que seu pai nunca te viu como um filho exemplar, e sim como um marginal que precisa roubar para sobreviver? -Gritei com raiva.

Foi tudo muito rápido. Eu apenas senti o meu rosto indo para a direita, e de quase perder o meu equilibrio com o tapa que Justin tinha acabado de me dar. Levei minha mão em minha bochecha que estava formigando. O olhei incrédula com os olhos marejados. Sua expressão era de surpresa, acho que nem ele estava acreditando no que tinha feito. Seu peito subia, e descia rapidamente. Senti algo escorrendo em meu nariz, e coloquei minha outra mão no mesmo vendo sangue descendo do mesmo. As lágrimas desciam para a minha bochecha fazendo a mesma arder. Olhei para Justin novamente, e ele já tinha olhos de arrependimento.

- Barbara... -Começou a falar, mas eu não o deixei terminar. Me vire rapidamente subindo as escadas de dois em dois enquanto o meu choro estava entalado na garganta. Notei que ele corria atrás de mim, mas eu fui mais rápida, e entrei dentro do quarto trancando a porta.

Escorreguei pela porta ainda com as mãos na bochecha, e escutando seus socos na porta. Eu só sabia chorar, só sabia sentir raiva, e tristeza. Fechei os olhos sentindo as lágrimas descerem, enquanto a porta balançava com os fortes socos que Justin dava.

- Barbara, abre essa porta, e vamos conversar. -Falou, mas eu não conseguia responder. Eu não conseguia parar de chorar. - Barbara, vamos conversar, por favor. Eu estou te pedindo... por favor.

- Va-vai embora. -Falei dando vários soluços enquanto as lágrimas ainda desciam. Coloquei minha mão no meu nariz, e ele tinha parado de sangrar.

- Me desculpa. Me perdoa, eu não quis fazer isso, eu juro. Me desculpa. -Falou ofegante, mas eu não respondi. Isso me fez chorar mais.

- Vai embora... -Minha voz saiu em um sussurro que eu mesma quase não escutei.

- Você quer que eu admito o que? Que eu gosto de você? Eu não odeio você, Barbara. -Falou como se alguém tivesse o forçando. Ri pelo nariz. Será que ele não percebeu que isso acabou mais comigo?

"Eu não odeio você, Barbara."

- Vai embora, é tudo que eu quero. -Tentei gritar, mas minha voz saiu normal de novo. Escutei seus passos se distanciando. Me levantei acendendo a luz, e indo quase correndo para a varanda a trancando por medo do Justin pular, e entrar aqui.

Fui quase rastejando para o banheiro acendendo a luz, e me olhando no espelho. A imagem que eu vi me fez chorar mais. Minha bochecha estava começando a ficar roxa devido ao tapa, minha cara estava inchada, e meus olhos estavam mais vermelhos do que nunca. Eu estava horrível, eu estava totalmente horrível.

Comecei a tirar minha roupa lentamente enquanto chorava muito ainda. Liguei o chuveiro deixando uma água quente cair. Entrei em baixo do chuveiro não me importando se meu cabelo estava molhando também. Eu precisava de um tempo pra mim.

Fiquei mais ou menos duas horas em baixo da água pensando em tudo que acabou de acontecer. Eu deveria desculpar, ou não? Eu deveria continuar ficando com ele, ou deveria deixa-lo seguir sua vida e eu seguir a minha? Eram perguntas que eu não sabia as respostas, e talvez eu nunca saberia.

Desliguei o chuveiro me enrolando na toalha, e saindo do banheiro indo para o closet. Vesti uma pijama de seda já que estava fazendo calor, e eu tinha tomado banho quente. Penteei meu cabelo os deixando soltos, e olhei o roxo no meu rosto novamente. Aquilo estava ficando cada vez pior. Respirei fundo não querendo chorar de novo, e me levantei indo para a minha cama. Peguei meu celular vendo que já era oito da noite, e tinha várias ligações da Carol, e uma do Dylan. Suspirei e liguei para ela. Demorou quatro chamadas para ela atender.

- Aleluia, você apareceu! O que houve? -Carol perguntou preocupada.

- Coisas sobre o que te contei aquele dia. -Desconversei. Ela não precisava saber que o Justin tinha me batido.

- Ah... mudando de assunto. -Ela deu uma risadinha. -Soube que saiu com o meu irmão ontem.

- Sai sim, ele te contou o que?

- Que vocês ficaram, que você ficou muito bêbada e você dormiu na cama dele. -Falou, e riu com maldade.

- Vergonha de olhar para a cara dele de novo.

- Ele gosta de você, eu sei disso.

- Ah... -Eu não sabia o que falar.

- Você não sabe quem conseguiu o meu número, e me chamou para sair. -Carol disse afobada.

- Quem?

- O Christian. -Falou baixo, e eu fiquei incrédula.

- O Christian? Amigo do Jus... -Tossi um pouco querendo não falar o nome dele. -Meu amigo, e dos meninos?

- Esse mesmo. Me ligou hoje.

- Você aceitou, certo? -Falei começando a ficar empolgada por ela.

- Não.

- NÃO? -Gritei incrédula.

- Barbara, ele é um criminoso, e eu gosto da minha vida.

- Ele não vai fazer mal algum pra você, ele é muito gente boa e engraçado. Liga pra ele de novo, e aceita. -Quase implorei.

- Tem o meu irmão também que se descobrir que o Christian, ele é capaz de me matar, e contar para os nossos pais.

- Para de arrumar desculpas. -Disse, e bufei.

- Não é desculpas, são os fatos.

- Um encontro não mata. É só fingir que ele é universitário também, ué.

- Ok, eu vou pensar. Eu disse pensar, e não que vou ir.

- Quando o encontro acabar, me fala como foi. -Disse rindo.

- Vai cagar, Barbara! -Disse, e desligou na minha cara. Eu ri baixinho, e me deitei na cama querendo esquecer o que tinha acontecido mais cedo.

(...)

Acordei sentindo o sol invadir o quarto. Me estiquei na cama pegando o celular vendo que era nove horas. Cocei os meus olhos passando a minha mão na minha bochecha sentindo a mesma ainda dolorida. Um filme passou pela minha cabeça, e então decidi me levantar para tomar um banho. Eu não iria sair do quarto hoje, e muito menos conversar com o Justin.

Tomei um banho rápido, e, assim que sai do banheiro, ouvi alguém batendo na porta do quarto. Dei um pulo de susto dando um passo para trás com medo do que Justin seria capaz de fazer comigo.

- Vai embora! -Gritei para que ele possa escutar.

- Barbara, sou eu, Ryan. O que aconteceu? -Suspirei com alivio por saber que era só o Ryan.

- Vou só vestir alguma roupa. Eu acabei de tomar banho. -Falei indo para o closet pegando um short, uma blusa simples, e um tênis. Passei base em meu rosto para cobrir o tapa que Justin tinha me dado. Peguei uma mochila pequena, e coloquei algumas coisas dentro dela. Fui em direção a porta, a destrancando e abrindo.

- Pra que essa mochila? -Perguntou vendo a mochila nas minhas mãos.

- Posso ficar na sua casa só hoje? Por favor, eu juro que não faço nada demais. -Pedi. Na verdade, quase implorei fazendo Ryan me olhar assustado.

- O que aconteceu?

- Não aconteceu nada. -Sorri falso. -Eu só quero um tempo daqui. Deixa, por favooor.

- Ok, eu deixo. Vamos descer porque os meninos estão esperando lá em baixo. -Falou saindo em direção as escadas, e minhas pernas travaram. Eu não queria encontrar o Justin, eu não queria conversar com ele, eu não queria nem falar o nome dele. Respirei fundo, sem opção,  indo em direção a escadas vendo todos sentados no sofá. Justin me olhou, mas eu desviei o olhar.

- O que aconteceu? -Perguntei me sentando perto do Ryan.

- Nolan foi no orfanato tirar as fotos pra mim, e o nosso menino conseguiu do primeiro, e do segundo andar. -Chaz começou.

- E... -Falei.

- E que só falta o Chris ir, já que tentaram matar o Justin.

- Então o mistério está quase solucionado? -Perguntei, e Chaz assentiu.

- Chris deve ir amanhã, então, até o final de semana, eu consigo ver qual funcionária estava no dia que você entrou no orfanato, e consigo ver se você está registrada lá. -Chaz disse piscando pra mim.

- E sobre o meu acidente? -Justin perguntou, e eu senti o meu corpo estremecer.

- Cara, aconteceu uma coisa muito estranha.

- O que? -Justin perguntou confuso.

- Eu consegui ligar as câmeras novamente, e vi as gravações, mas não aparece nada demais. Os carros são de vidro fumê e sem placas. Só que, depois do acidente, eles fugiram e foram para os bairros pobres de Atlanta que não tem câmeras, ou seja, não deu para ver para onde eles foram. -Chaz disse, e suspirou.

- Merda, porra! -Justin deu um soco no sofá.

- Esses caras são bons, Justin. Temos que tomar cuidado. -Nolan disse, fazendo todos assentirem.

- Esse silêncio é que me assusta. Qualquer hora esse cara pode atacar. -Ryan falou.

- Eu sei disso tudo. -Justin disse bravo.

- Vou vazar. -Chris disse se levantando e fazendo um toque estranho com os meninos.

- Liga pra Carol de novo. -Falei sorrindo, e ele me olhou surpreso.

- Ela falou algo? -Perguntou esperançoso.

- Só liga, ok? -Disse rindo.

- Vou ligar. -Ele disse sorridente me dando um abraço, e saiu.

- Vamos, Ryan? -Perguntei me levantando. Senti o olhar confuso de Justin em mim.

- Vamos. -Ryan disse se levantando. Peguei minha mochila no chão, e coloquei nas costas.

- Barbara, podemos conversar? -Ouvi a voz de Justin, mas eu não respondi.

- Vou tirar o carro. -Ryan disse saindo, antes que eu pudesse o impedir.

- Vou vazar também. -Chaz disse pegando seu notebook, me dando um beijo na bochecha e saindo junto com Nolan.

- O que você quer? -Falei cruzando os braços o olhando.

- Ontem eu estava exaltado, e acabei fazendo coisas que não deveria.

- Só isso? -Perguntei tentando não demonstrar que conversar com ele estava me abalando mais. Justin bufou.

- Barbara, eu só quero que você saiba que eu não faço esses tipos de coisa.

- O Ryan está me esperando. -Falei me virando, mas senti sua mão me segurando de leve me fazendo virar.

- Você vai pra casa dele?

- Vou. -Falei sentindo um nó se formando na minha garganta.

- Não vai... -Ele falou em um sussurro, e suspirou parecendo tomar coragem para falar algo.

- Eu tenho que ir. -Disse me soltando dele.

- Fica. -Justin pediu me olhando, fazendo com que meus olhos se enchessem de lágrimas.

- Você se lembra de quando você me salvou porque tinha alguém me seguindo? -Perguntei sentindo as lágrimas nas minhas bochechas.

- Lembro.

- E você lembra que eu te pedi para ficar, e você virou as costas pra mim e foi embora? -Perguntei, ele demorou um pouco para assentir. -Então, é isso que vou fazer agora.

- Barba...

- Amanhã eu volto. -Falei o interrompendo, e saindo pela porta começando a chorar.

NOTAS FINAIS

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