The Real Side

By hiddles-evans

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Segredos e mentiras fazem parte do nosso dia-a-dia. Em alguns momentos, simplesmente mentir ou ocultar fatos... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36¹
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40

Capítulo 3

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By hiddles-evans


Tony desligara a energia da torre e pediu para que as mulheres ligassem o reator, fazendo a Torre Stark se iluminar e um sorriso satisfeito se formar em seu rosto.

– Bom trabalho, Sr. Stark – disseram Avril e Pepper juntas.

– Vocês duas também podem se dar um pouco de créditos – lembrou Tony, enquanto pousava na plataforma para retirar a armadura – Doze por cento para a Pepper e cinco para a Avril.

O capacete da armadura foi retirado a tempo de Tony ver as expressões indignadas das mulheres de sua vida.

– Doze por cento do meu projeto? – reclamou Pepper.

– Cinco por cento por ter corrigido todos os erros do seu projeto? – Avril se juntou a ela, inconformada.

– Eu vou pagar sutilmente pelos por centos, não é?

Quando as mulheres iam abrir a boca para continuar a pequena discussão, o elevador se abriu, revelando o agente Phill Coulson.

– Quebra da segurança – ofegou Tony.

– Phill? – estranhou Avril.

– Phill! – festejou Pepper, se levantando – Entre!

– Phill? – resmungou Tony, também se aproximando do homem – O primeiro nome dele é Agente.

O agente Coulson continuou com a expressão inalterada, se aproximando do grupo.

– Preciso da ajuda de vocês dois – disse o homem – Quando digo vocês dois, quero dizer seu pai e você, Avril.

– "Avril"? – repetiu Tony – Posso saber que intimidade é essa?

Phill estendera uma pasta para Tony, que reclamou que não pegava coisas assim. Pepper acabou pegando a pasta, passando um Tony emburrado que não teve outra opção a não ser pegar a bendita pasta. Avril continuava a encarar o agente. Com o breve silêncio instalado, Tony foi checar o conteúdo do que recebera.

– O que aconteceu? – perguntou a garota, sem receber resposta, já que seu pai a chamara.

– Pepper, Avril... Venham aqui – pediu Tony, vendo elas se aproximarem enquanto J.A.R.V.I.S. copiava as informações – Posso saber que história é essa de Phill e desde quando minha filha conhece um agente da S.H.I.E.L.D.?

– Sobre o que é isso? – perguntou Pepper, quando todas as informações começaram a se espalhar pela sala em projeções azuladas. Avril conhecia todas as pessoas que apareceram nos arquivos. Aqueles eram os arquivos da Iniciativa Vingadores, as anotações de Selvig e algumas informações alteradas sobre o Projeto Tesseract e como o artefato havia sido roubado. Um arrepio ruim percorreu seu corpo ao registrar superficialmente o que estava acontecendo – Acho que vocês estarão bem ocupados. Vou ir fazer a divulgação da Torre.

Avril viu Pepper deixar a sala na companhia de Coulson, que apenas acenara para a dupla de Stark, seu olhar se demorando um segundo a mais em sua direção. O pedido de ajuda era para os dois, não apenas para Tony. Não havia nenhuma menção à Fase 2 nos arquivos. O pedido de ajuda era para os dois e fora feito na presença de Tony, o que significava que ela estava sendo convocada sem ser agente.

Ou que a situação era tão crítica que sua presença era necessária mesmo que houvesse o risco de comprometer as relações delicadas de Tony com a S.H.I.E.L.D.

– Pai, eu... Eu preciso ir ao banheiro, já volto – ofegou a garota de uma vez, saindo correndo em direção às escadas antes que Tony pudesse se opor.

Ele realmente não conseguira de fato.

– Pausa! Espera aí, você me chamou de "pai"? – repetiu o homem, não sabendo se ficava contente ou chocado, antes da garota sumir pela porta – Está passando mal ou alguma coisa? Av?

Avril descera apenas alguns degraus até terminar sua varredura e confirmar que não havia alguém nas proximidades que poderia a ouvir ali. Um pouco tomada pela velocidade que as coisas estavam acontecendo, ela se permitira utilizar a linha de emergência com seu supervisor, já levando o aparelho ao ouvido após apertar o botão da chamada.

- Phill, me atualiza no que está acontecendo – pediu ela assim que ele atendeu, agradecendo mentalmente quando ela ouviu o pedido rápido de Coulson para Pepper aguardar um segundo que era uma ligação importante. É claro que eles ainda não tinham deixado o prédio, deveriam estar no máximo na recepção.

Você por acaso chegou a ler o que eu entreguei?

– Aquele monte de informação alterada e ausente que você passou para o Tony? – devolveu ela, praguejando baixo antes de pedir para J.A.R.V.I.S. bloquear o acesso de Tony às câmeras e áudio das saídas de emergência – Se eu estou sendo convocada junto preciso de mais informações do que isso, senhor.

Lembra do Thor? O Asgardiano que teve um probleminha em Novo México ano passado? – suspirou o homem. Era melhor ter a garota bem informada e ajudando do que no banco – O irmão dele, Loki, roubou o Tesseract e levou alguns agentes de bônus.

– Quem Loki levou que eu conheço?

O Gavião Arqueiro e o Selvig.

– O Clint? Como ele conseguiu levar o Clint? – ofegou a garota inconformada – Eles estão bem? Já chamaram a Romanoff?

Deixe que nós cuidamos dessa parte. Foque em trabalhar com seu pai no que já foi solicitado – ordenou Phill – Até o momento, você pode se envolver no caso como um suporte, um consultor, assim como seu pai. Se for necessário de convocar para valer, você será informada.

– Mas... – antes contra-argumentar, Phil encerrou a ligação, voltando para a companhia de Pepper e fingindo com maestria que estava tudo bem, enquanto Avril voltou para a companhia do pai, sussurrando mentalmente todos os xingamentos que conhecia para Phill.

Como ele ousara deixá-la sem informações? Como o Diretor autorizara tal coisa? Ela devia ter sido convocada não apenas para trabalhar no rastreamento do cubo, mas também para auxiliar na busca e resgate de Clint e Selvig. Ela precisava falar com Natasha o quanto antes.

– Ah, Avril! – exclamou Tony quando a filha retornou na sala, completamente alheio a seu turbilhão de pensamentos por segundo, enganado pela expressão neutra que ela trazia – Tenho algumas perguntas para te fazer!

– Perguntas sobre o quê? – desconversou ela, se sentando perto dele, analisando as informações que Phill trouxera. Chegava a ser ridículo ler aquilo. S.H.I.E.L.D. trabalhando com energia sustentável? Quem acreditaria nisso? Que tipo de idiota eles pensavam que Tony era?

– Perguntas como "de onde você conhece o agente Coulson?" e "desde quando você voltou a me chamar de pai?".

Das duas perguntas, a segunda desconsertou a garota. Ela tinha deixado escapar?

– Conheci Phill em Oxford – explicou Avril, a resposta se organizando com facilidade em sua mente – Ele tinha acabado de se formar em Psicologia e estava fazendo algumas pesquisas quando eu cheguei. Apenas o conheci de vista, se falei com ele duas vezes, tirando hoje, já foi muito.

Tony desviou os olhos das anotações de Selvig para encarar a mais nova. Sua filha não tinha razões para mentir, mas a história de Phill ter estado em uma faculdade na Inglaterra na época que sua filha começou seu curso era estranho. Eles teriam tido topete o suficiente para tentar recrutar a sua filha?

– Então... – continuou ele, observando as mínimas mudanças na expressão de Avril, na expectativa de encontrar algo que lhe fosse dar as respostas que esperava – Você não tem nenhum envolvimento com a S.H.I.E.L.D.? Sabe que organização é essa?

Quando aquela situação se resolvesse, ela iria solicitar um bônus. Fury e Coulson haviam a colocado em uma situação complicada sem a menor necessidade.

– Não, se me perguntasse sobre essa coisa há meia hora eu diria que nunca tinha ouvido falar – mentiu ela, satisfeita ao notar os pequenos sinais de que Tony começava a acreditar que estava sendo paranoico demais. Bom, se ele continuasse a pensar assim, ela sairia disso com os menores danos possíveis – Apenas vi esse nome umas duas vezes nas informações que Phill te entregou.

Tony esboçou um sorriso torto, se aproximando de Avril, sem se lembrar ao certo como era adotar uma postura mais protetora em relação à garota. Não importava se ainda mantinham um relacionamento conturbado, a última coisa que precisava era de sua filha envolvida com toda aquela gente.

– Nem procure se informar sobre eles – brincou Tony, voltando sua atenção para as anotações – Soube que o salário deles é horrível.

– O salário de presidente das Indústrias Stark não está pagando suas contas? – disse a morena risonha.

– Pois é, agora eu sei o que alguns pais passam. Criar filhos no exterior custa caro.

– Ninguém mandou me acostumar com luxo. Agora aguenta.

– Você por acaso tem alergia a emprego?

Durante a conversa ambos analisavam as informações concedidas. Eram tantos absurdos que Avril não sabia se maior era a vontade de rir ou a vontade de matar quem modificara seu tão precioso trabalho.

– Ninguém mandou criar uma pesquisadora – explicou ela – Serei uma eterna dependente de financiamentos.

– Boa profissão para a filha de um bilionário, não? – riu Tony.

– Acho que você descobriu o que eu levei em consideração na hora de escolher minha profissão.

---

Horas se passaram enquanto os dois Stark analisavam atentamente o material que receberam e até começaram a montar um rascunho de programa para rastrear o cubo. Ambos estavam focados no trabalho, embora Tony ainda soltasse uma piada ou outra. Ele não sabia como agir perto da filha e isso fazia muito tempo. Ela não era mais um bebê que riria até chorar de suas caretas, ou uma criancinha que ri quando escuta palavras estranhas aos seus ouvidos. Mesmo enquanto ainda era alguém que morava debaixo de seu teto, ela já tinha crescido em alguém que ele não conhecia mais. Todas as pouquíssimas interações que tiveram nesses últimos anos houvera a intervenção de Pepper, que não retornaria tão cedo.

Então ele tentava ao máximo trabalhar em silêncio, assim como ela.

De princípio, Avril pensou que seria difícil trabalhar fingindo ter acesso apenas às informações limitadas e manipuladas que seu pai recebera, mas acabou que nem todo seu histórico no projeto estava ajudando tanto assim. Ele poderia estar em qualquer lugar do planeta, era uma área muito extensa. Elaborar um programa para rastrear o cubo exigia mais tempo do que Avril estava disposta a gastar, mesmo dividindo o trabalho.

Graças aos céus pelo menos o programa de reconhecimento facial entragara algum resultado antes, fazendo com que Avril saltasse de sua cadeira para correr para o lado do pai, seus olhos passeando rapidamente pelas informações enquanto Tony também se colocava de pé e se afastava.

– O que ele está fazendo na Alemanh...? – estranhou Avril, só então notando que Tony deixara a sala – O que você vai fazer?

– J.A.R.V.I.S., prepare a armadura.

Avril arregalou os olhos, levantando com um pulo se sua cadeira.

– O que você vai fazer? – perguntou ela novamente, a urgência mais clara em sua voz e seus movimentos. Tony não deu resposta, as peças da armadura se fechando ao redor de seu corpo enquanto caminhava pela plataforma. Sozinha na sala, Avril sequer precisar evitar transparecer como estava encantada com a tecnologia, assistindo seu pai deixar a Torre e voar em direção do que só poderia ser o território germânico.

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