Encenação Mortal

By JoeFather

26.7K 3.3K 3K

Era para ser somente mais uma apresentação teatral da Modern English School of Bedfordshire, que sistematicam... More

Ideia inicial
1 - O palco de tudo
2 - Da amizade ao desprezo
3 - A inspiração
4 - A ideia
5 - Os diversos papéis
6 - Um pequeno giro no passado
7 - A repetição
8 - Gerard
Momento Descontração: Quem é a Vítima?
9 - Sob o lençol
10 - Um culpado
11 - A prisão
12 - A testemunha
13 - Pistas
14 - A acusada
Momento Descontração: Quem é o Assassino?
15 - Algumas peças
16 - Uma xícara de chá
17 - A dor
18 - O julgamento
19 - A defesa
Momento Descontração: Qual Será o Veredito?
20 - O veredito
Momento Descontração - Algumas Perguntas!
21 - O caminho para a prisão
22 - Retornando
Momento Descontração - Entrevista com Agatha Taylor King
23 - Sob outra ótica
24 - Ligações
25 - Uma luz
26 - Contatos
27 - A agressão
28 - Passeio noturno
29 - Uma tela
30 - O jardim
31 - O novo aluno
32 - Mais uma vítima
Momento Descontração - Quem será o vilão?
33 - O pedido do garoto
34 - Pequenas revelações
35 - A volta
36 - Uma reportagem
Momento Descontração - 1° Concurso "JoeFather" de Escrita!
37 - Outras questões
38 - Pesadelos
39 - Diálogos cruzados
40 - A visita
Momento Descontração - O que acontecerá com Agatha?
41 - O diário
42 - As provas
43 - O recado
44 - O conto
45 - O cerco
Momento Descontração - A que se referia Catarina?
46 - Como um mágico
Momento Descontração - Novidades na Encenação Mortal
47 - A pergunta
48 - A fuga
49 - A busca
50 - Um encontro
51 - Outro desaparecimento
52 - As provações
53 - O telefonema
Momento Descontração - A Encenação Mortal na reta final!
55 - Um enterro
56 - Um rastro
57 - O novo cerco
58 - Meia-noite
59 - Um visitante
60 - Sob a neve
61 - A familia Campbell
62 - Um disparo na escuridão
Momento Descontração - Os Porquês de Derick!
63 - A última encenação - Parte 01
64 - A última encenação - Parte 02
AVISO!
Personagens da Encenação Mortal
Considerações do Primeiro Ato
Roteiro para criação do Primeiro Ato
Roteiro para criação do Segundo Ato
Roteiro para criação do Terceiro Ato
Resultado do Concurso do SuspenseBr
Wattys 2017 - Boas Notícias!
Prêmio Wattys 2017 - Grandes Descobertas
Agradecimentos
Encenação Mortal na Amazon

54 - Mensagens

160 22 4
By JoeFather

Desta vez ele não vai escapar - Thompson pensou ao vê-lo chegando.

Já estava vigiando a casa há vários dias e viu quando o professor entrou e menos de uma hora depois, saiu e adentrou num sedã escuro.

Ligou seu próprio veículo e o seguiu pelas ruas de Londres, rumo a outra periferia da cidade.

Adam estacionou nas proximidades de uma zona portuária e partiu a pé através de vielas escuras.

Foi no encalço e viu quando ele entrou numa casa onde todas as luzes estavam apagadas.

Deve ser uma casa que ele usa como esconderijo - imaginou o investigador.

Decidiu ficar oculto por algum tempo, até que o professor dormisse, para poder ter uma vantagem sobre ele.

Mais de uma hora depois, invadiu com cuidado a residência por uma janela e ao entrar num tipo de sala, ouviu uma voz atrás de si.

- Por que demorou tanto?

O ataque veio rápido e certeiro na sua perna direita, antes que ele pudesse tirar o revólver de dentro do paletó.

Caiu de joelhos com uma dor alucinante na panturrilha, agarrando a perna com as duas mãos.

Ficou esperando um novo e fatal ataque, mas este não veio. Só teve tempo de ouvir uma porta sendo aberta e o barulho de um taco de madeira sendo jogado no chão, enquanto procurava o celular.

- Alô, venha me ajudar.

Passou para seu parceiro as instruções do lugar onde se encontrava e ficou massageando a perna até que ele chegasse.

- Mas que idiotice o senhor fez, podia ter sido morto...

- Mas não fui! Me ajude a levantar.

Pouco tempo depois, a dor já amenizava e percebeu que foi somente uma pancada e não havia um trauma em sua musculatura para se preocupar.

Após investigarem o local, descobriram algumas anotações deixadas pelo professor e uma pista que Thompson não queria encontrar.

Uma jaqueta azul feminina suja de sangue indicava que ela estivera ali ou que ele trouxera a peça e a deixara de propósito. O investigador não tinha certeza nem de uma coisa ou de outra, e precisava descobrir quais seriam as motivações para isso, a não ser tentar se livrar de alguma incriminação injusta, o que na sua opinião conspirava justamente para o contrário.

Revirou a jaqueta, encontrando um papel amassado dentro de um bolso interno e após o ler, teve uma triste suspeita.

- Por que não ligou para mim quando o descobriu? Poderíamos ter colocado as mãos nele...

- Eu queria encontrá-lo sozinho para podermos conversar, Turner.

- Precisamos retornar até a casa da Srta. King e ver se ele deixou algo por lá - continuou Thompson.

- Quando ela retorna?

- Daqui um mês, quando as férias dos seus pais acabarem.

- Quer que eu guarde esta prova?

- Por favor! - o investigador entregou a jaqueta, mas ficou com o bilhete encontrado - Vamos retornar para o centro.

Na casa de Agatha não precisaram vasculhar muito para encontrar num criado-mudo um recado do professor, pedindo que ela tivesse cuidado com todos aqueles que conhecia, pois poderia haver um assassino entre eles.

Poderia não - havia riscado Adam na mensagem e escrito acima dele que "havia" um assassino à espreita.

Thompson desconfiou que um simples recado era algo que o professor poderia fazer de muitas outras formas e não seria prudente se expor tanto para isso.

- Tem que haver mais alguma coisa, Turner. Vamos continuar procurando.

Perderam mais uma hora dentro da madrugada, percorrendo a residência se utilizando de pequenas lanternas, procurando assim não chamar a atenção dos vizinhos e, consequentemente, da polícia.

Quando estavam para desistir, Turner achou estranho um quadro que notou num pequeno corredor que dava acesso para o quarto da Sra. King. Esta obra lhe chamou a atenção quando bateu a iluminação sobre ela, pois não existia nenhuma imagem sendo retratada nele.

O arrancou da parede e ao virá-lo, notou preso por uma fita um pequeno envelope. Chamou o parceiro para que juntos lessem o seu conteúdo, que se mostrou mais um enigma do que uma descoberta.

"Querida Agatha, roubei essa moldura da escola. Não está linda a Srta. Catarina Campbell nele?"

Thompson olhou para Turner, sem nada entender, mas decidiu que deveriam deixar o quadro onde estava e depois discutir a sua razão de existir com a Srta. King.

Ele lembrou-se também que o diário de Catarina se encontrava em poder dos detetives da Scotland Yard, então, sem perder tempo, tirou diversas fotografias da moldura e enviou para o seu contato naquela instituição, pedindo que verificasse se havia alguma referência ao mesmo dentro do diário ou em mais algum material apreendido do suspeito, no caso o Sr. Green.

Ao mesmo tempo, aproveitou para tirar uma foto do bilhete encontrado na jaqueta que estava no último esconderijo conhecido do professor, e pediu para que seu contato desse andamento àquela investigação, que estava sob a responsabilidade da polícia especial londrina.

- Não temos mais nada a fazer aqui, Turner. Vamos retornar para Luton, pois logo teremos que iniciar mais um dia de trabalho.

- Essa jornada dupla está acabando comigo...

Thompson olhou para o parceiro e concordou. Ele parecia que não dormia há dias.

- Vamos fazer o seguindo: ao chegarmos em Luton, o senhor me deixa na central e vai descansar um pouco. Eu lhe cubro por lá.

- Eu só tenho a agradecer por isso - ele conseguiu dizer.

Pela manhã, com a rotina investigativa iniciada, Thompson recebeu uma ligação importante do seu contato.

- Infelizmente não trago boas notícias. O bilhete nos levou até uma solução nada agradável para o desaparecimento da detetive. Eu sinto muito.

Thompson ficou por um tempo mudo, com um aperto machucando seu coração.

Ossos do ofício - pensou.

- E quanto a aquele seu outro pedido nada normal, sobre o retrato, parece que consegui encontrar uma cópia perfeita dele, num livro que conta a história da MES. Pelo menos da moldura dele, já que na imagem que encontrei no livro existe a pintura de uma moça...

- Sinceramente, parece uma história de fantasmas... - completou ele rindo sozinho, pois o investigador estava triste demais para rir.

O seu contato lhe contou os pormenores da novidade e disse que seria bom recolherem a moldura.

- É melhor não! - pediu Thompson - O professor o deixou ali por algum motivo que somente a Srta. King pode nos contar. Creio que seja melhor deixarmos ela nos dar uma explicação.

Após desligar o telefone, ele pensou em quantas coisas ainda teriam que acontecer para aquele caso finalmente chegar ao fim.

E a única constatação que chegou em sua mente foi de que mais alguma morte ainda estaria por vir e eles não tinham como fazer nada para impedir que isso acontecesse.

Nesse ponto ele concordava com a correção que o professor fizera no bilhete deixado para Agatha: havia um assassino solto e a espera para agir novamente. Restava descobrir a sua identidade.

Continue Reading

You'll Also Like

8K 655 10
" Creio que no fundo, todos nós somos doentes. No entanto, se você quiser, eu posso ser a sua cura." Aviso: A fanfic pode conter gatilhos relacionado...
45.5K 2K 7
histórias curtas de terror que eu ouço a muitos anos
494 148 6
Poesias sobre a vida e o mundo na minha visão que escrevi e escrevo.
9.1K 625 4
"Eles não eram antônimos que se completavam, eram antônimos que se perdiam."