Meu Querido Monstro ( Andamen...

By AnaC_Oliveira

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Está história é totalmente fictícia! Tudo que Adônis queria era ver a ruína de seu pai, Klaus, poder tomar a... More

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Prólogo

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By AnaC_Oliveira

Desculpe-me qualquer erro.
Tenham uma boa leitura.

Antes de iniciar a leitura quero que estejam cientes que essa história é um clichê de uma mocinha ingênua e um mocinho frio com o passado sombrio. Se você não gosta desse tipo de história, por favor não leia!
Bjs♥️

= * =

Existem anjos disfarçados de monstros, e monstros disfarçados de anjos....assim como há monstros que são realmente monstros, e anjos que felizmente são anjos, de verdade.

Catarina

Caminhava rápido, quase correndo. Eu estava atrasada de novo, suspirei cansada e frustrada.

Vitória com certeza já estava lá, ela é sempre tão pontual, queria ser como ela mas...

- Aí! - gemi ao cair de bunda no chão, uma papelada havia se espalhado em mim, olhei para a pessoa que havia me esbarrado e por um momento me senti hipnotizada, uma sensação estranha cresceu dentro de mim e respirei fundo várias vezes. Ele era tão lindo e enigmático.

- κορίτσι ηλίθιος!¹ - ele disse ao se agachar e pegar os seus papeis.

Eu não entendia muito bem o grego ainda mas sabia que ele me insultou. Levantei do chão, sentindo uma dor no quadril, mas não me importei.

- Desculpa - falei e ele nem me olhou, dei de ombros e voltei a andar rapidamente, precisava chegar logo em meu trabalho.


****

- Atrasada de novo, Catarina - disse Tomás, o meu chefe, enquanto me olhava com os seus olhos acusadores - Qual é a desculpa da vez? - me questionou.

Pensa rápido!

Pensa rápido!

- Ah... Eu estava sentido umas cólicas infernais, sério! E você sabe como são essas coisas femininas. São um pé no saco, sabe...- menti enquanto torcia mentalmente para ele acreditar em mim.

- Quer que eu acredite nisso? - perguntou ironicamente.

- Bem, é a verdade - disse, mordi os lábios apreensiva.

Acredita homem!

- O que eu faço com você?

- Não me demite, prometo que não vai acontecer novamente - implorei. Ele me olhou.

- Tudo bem Catarina - ele suspirou impacientemente - Dessa vez você se salva, mas se isso acontecer novamente você perdera o seu emprego, entendeu? - indagou e eu assenti - Agora pode ir.

Sai de sua sala, indo direto para o meu posto. Agora não posso vacilar.

- E aí? Foi demitida? - Vitória perguntou ao meu lado.

- Não, mas agora eu tô por um fio - sorri ao respondê-la enquanto ela balançava a cabeça negativamente.

- Precisamos comprar um alarme mais potente para você, nega - ela me olhou divertida - Mas vamos trabalhar né? - ela apontou para um senhor que havia acabado de entrar - Vá atendê-lo.

Caminhei até a mesa dele, e notei o quanto o mesmo estava elegante. Ele mexia em seu tablet quando o ofereci o cardápio.

- θέλω μόνο ένα καφές² - ele disse, sem ao menos me olhar.

vi que vou passar vergonha!

Eu sei que já devia falar a língua grega, afinal eu morava na Grécia, mas eu não falo muito e entendo bem pouco dessa língua.

Quando Vitória me convidou para vir morar aqui com ela, eu pensei: sou órfã, não tenho nenhum emprego aqui no Brasil, Grécia sempre foi um país que sempre desejei conhecer, então? O que tenho a perder? Nada. Simplesmente aceitei o convite de minha amiga, que ao contrário de mim, fala essa língua como se fosse a sua língua nativa. Além disso sempre usei ela como tradutora particular

Que bom que ela sabe falar em grego!

O café onde trabalhamos é Brasileiro, tipo: um pouco do Brasil aqui na Grécia, o que foi ótimo para mim. E a maioria das pessoas que vem aqui sabem falar a língua portuguesa.

Nunca tive um problema desse tipo, até agora.

- κορίτσι³? - voltei minha atenção para o homem a minha frente, que desta vez me olhava em curiosidade. Sorri sem graça.

Preciso aprender falar essa língua o mais rápido possível!

Olhei para Vitória que estava ocupada atendendo outra mesa, procurei com os olhos um dos meninos, Jason, Brian, Gustavo, ambos estavam ocupados.

Primeira coisa que irei fazer quando eu receber o meu salário desse mês, irei me matricular em um curso.

- Ãh... Desculpe-me senhor, mas eu não entendi direito o que você disse - falei pausadamente.

É claro que ele iria me entender, sua burra !

Me insultei mentalmente, eu estava merecendo um tapa.

- Percebi - ele sorriu e eu o acompanhei, muito sem graça - Eu disse que vou querer apenas um café - traduziu.

- Irei trazer o seu café - avisei e sai dalí.

Enquanto Michael preparava o café, Misha gargalhava ao meu lado.

- Demorou muito lá com o velho - começou - Ele tava te cantado é? - quis saber e a olhei.

Vaca, invejosa, traíra, mal amada, puta e irritante.

Isso não é nem a metade do que ela é.

- Não - respondi apenas, quado a mesma abriu a boca para falar algo Michael me entregou o café. A deixei sozinha quando fui entregar o pedido do cliente.

- Obrigada - ele disse.

- De nada - sorri ao me virar para sair dalí.

- Qual é o seu nome mocinha ? - me virei para olhá-lo.

- Catarina.

- Prazer Catarina, eu sou o Klaus - ele beijou a minha mão.

Que senhor educado

- A quanto tempo mora aqui? - deu um gole em seu café.

- Quase um ano, vim morar com a minha amiga já que eu não tinha nada no Brasil - o respondi e ele sorriu graciosamente.

O homem era bom em ser elegante!

- Você parece ser uma pessoa que gosta de desafios - comentou e sorri empolgada.

Sim, eu adorava desafios e principalmente enfrentar de cara as limitações e supera-las.

-- Sim, eu gosto de desafios, principalmente aqueles mais difíceis - comentei ainda em pé ao seu lado.

- Até, mesmo aqueles que parecem ser impossíveis? Como, domar uma fera monstruosa, impiedosa e selvagem? - ele me olhou com atenção e tive a impressão dele estar descrevendo alguém.

Estranho.

Quem seria essa fera impiedosa?

- Olha, eu tentaria até morrer - sorri e ele me acompanhou, mas seus olhos continuavam sérios e enigmáticos - Por acaso o senhor está descrevendo alguém? - o olhei curiosa.

- Talvez... acha que pode existir alguém assim? - me questionou

Pensei. Talvez?

Nunca em minha vida conheci pessoas que pudessem ser assim.

Feras selvagens e monstruosas. Mas será que existem pessoas assim? Pode até ser que sim...

Ou pode ser que não.

Então me lembrei daqueles olhos verde, sombrios e sem vida. O homem em que eu havia me esbarrado hoje.

Por que me lembrei dele?

Que coisa sem sentido!

- Acho que com amor tudo se resolve - o respondi.

Eu apenas acho.

- Você é uma jovem encantadora, gostei muito de te conhecer - sorri - Bem, creio que devo estar atrapalhando o seu serviço, não quero incomoda-la mas pode voltar para o seu trabalho - ele disse.

- O senhor não me incomodou em momento algum, mas realmente preciso voltar para o meu posto- sorri para ele - Tenha um bom dia! - disse ao sair.

*****

O dia havia finalmente terminado e Vitória e eu estávamos voltado a pé para casa, como sempre fazíamos. As ruas de Molyvos eram espetaculares, principalmente a noite.

- O que você tanto conversava com aquele homem? - ela continuava olhando para frente.

- Nada demais, ele é apenas um senhor gentil - a respondi e olhei para o céu - Sabe? Ele me perguntou uma coisa que me fez lembrar de alguém - comentei e Vitória me olhou.

- Que pergunta? E quem é esse alguém? - perguntou.

- Ele me perguntou se eu acreditava que pessoas ruins tipo, monstros existiam.

- Ele acredita em monstros? - ela gargalhou.

- Não né? Pessoas que eram tão más como os monstros, entende? - perguntei e ela assentiu - Eu o respondi que com amor tudo se resolve - Vitória me olhou e revirou os olhos.

- Até parece que você é romântica - sorri, eu não era muito ligada nessas coisas sobre sentimentos, não corria atrás, mas também não fugia - Existem pessoas que não são amáveis - ela disse.

Claro que sim...

ou não?

Todo mundo tem a necessidade de ser amado, então...

Esses monstros tem cura.

- E em quem você pensou?

- No homem em que me esbarrei quando vinha para o trabalho - disse, e e outra vez me vi pensando nele.

ficando esquisito

- Que história é essa? - ela me perguntou animada.

- Bem, eu estava apressada para chegar logo no trabalho quando - suspirei - Quando me esbarrei nele, nossa! Quando o olhei eu... - foi como se estivesse revivendo o momento - fiquei paralisada, parecia que tudo havia parado por poucos segundos eu o olhei nos olhos e... e foi como se estivesse sendo sugada para um abismo na cor verde escuro, os olhos dele eram tão sombrios e misterioso - a olhei e suspirei frustrada - Mas ao mesmo tempo eram tão suplicantes - parei - Ah! Foi estranho - terminei e Vitoria me olhou atentamente.

- Você acredita em amor a primeira vista? - perguntou ela com um ar pensativo. Estávamos quase perto de casa, o vento fresco beijava o meu rosto, enquanto me permitia olhar para as variadas flores que enfeitavam a rua.

Eu amo esse lugar

- Em amor a primeira vista, não - a respondi - Acho que é obviamente impossível um sentimento tão forte como o amor surgir através de simples trocas de olhares, isso é tão fictício - a olhei e sorri - Como amar um estranho que você só viu uma único vez? Isso não tem lógica - completei.

- Eu acredito nesse amor, sabia? - revirei os olhos ao ouvi-la - O amor pode te surpreender - sorriu - Um dia ele te pega.

- Eu não fujo do amor, eu só acho ridículo essa idéia de amar alguém a partir do primeiro momento - disse.

- Você é engraçada, por que eu jurei que você poderia está sentindo algo pelo homem que você se esbarrou - comentou.

Que coisa mais sem sentido!

- Por que?

- Porque você fica diferente quando fala desse homem, parece estar em outro mundo - comentou com seu sorriso travesso.

- Você está imaginando coisas - revirei os olhos - E nem vem com essa de amor a primeira vista - avisei e ela levantou as mãos em forma de rendimento.

- Eu não disse nada - gargalhou ao dizer.

****

Naquele dia o local estava cheio, o que significava...

Muito trabalho.

Ainda bem que havia chegado no horário

- Nega, olha só o senhor de ontem - ela me apontou.

Então eu olhei...

E comecei sentir tudo novamente...

- Olha o homem que está acompanhando o mesmo...

Não consegui ouvir minha amiga, pois minha mente estava presa naquele par de esmeraldas profundas.

Era como se eu estivesse sendo sugada por uma espécie de buraco negro, minhas mãos começaram suar meu coração batia tão rápido, parecia que havia corrido uma maratona.

Era ele...

Aquele homem misterioso.

- Catarina? Você está bem? - ela me olhou preocupada.

- S-sim eu es-estou bem - a respondi me sentindo desnorteada.

- Então vá atendê-los - arregalei os olhos.

- Vai você! - a olhei, nervosa demais.

- Qual é o problema? - me olhou atentamente.

- O homem que me esbarrei, lembra? É ele, aquele homem que está com o Klaus, é ele - disse enquanto passava minhas mãos pelo uniforme do meu trabalho.

- Entendi... Por isso você está assim - ela sorriu - Aquele homem te afeta demais. Mas o Klaus já te viu e está te chamando, vai ter que ir - ela me empurrou levemente.

Tudo bem

Não vai acontecer nada.

Ele é apenas um estranho.

Coração se acalma

- Bom dia Catarina! - Klaus me cumprimentou e ele me olhou.

Os olhos dele eram tão hipnotizante, ele me parecia ser tão intenso e...

Irritado?

Limpei a garganta, eu estava pensando demais.

- Bom dia! Hum... O que vão querer? - perguntei olhando para o tablet em minhas mãos.

- O que há com você? Parece nervosa - ele comentou.

Era só dizer o que iria querer.

- É impressão sua, eu estou ótima - o respondi e meus olhos traidores me fizeram observar aquele homem.

- Este é o meu filho, Adônis. Adônis essa é a...

- Poupe-me, eu não vim aqui para conhecer empregadinhas - ele disse ao interromper o seu pai, e quis me bater ao percebê quando gostei da sua voz grossa e irritada.

Mas ele era um idiota!

- Desculpe-me pelo meu filho - Klaus me olhou.

- Sem problemas, educação as vezes não é o forte de muitas pessoas - sorri quando vi Adônis ficar ainda mais irritado - O que vão querer?

- Eu quero um suco de limão e um pedaço de torta de amora - Klaus respondeu e digitei o pedido do mesmo

- E o senhor? - perguntei ironicamente.

- Nada - respondeu a contra gosto e revirei os olhos.

- Com licença - disse ao sair. Entreguei a Michael os pedidos e apoiei meus cotovelos no balcão.

Suspirei decepcionada, e eu nem sabia o motivo de estar assim.

Vai ver ele não está num ótimo dia

Minha mente argumentou, e por que eu me importava.

Ele não é ninguém para mim, apenas um desconhecido.

- O que foi? - perguntei irritada.

Vitória me olhava como se estivesse descoberto algo.

vem...

- Está assim por que? - a olhei com tédio.

- Assim como ? Estou como devia estar - olhei para os lados mas meus olhos me traíram.

Meu Deus!

O que há comigo?

- Sei... - ela acompanhou o meu olhar - Hum, ai, ai - ela piscou para mim - O pedido está pronto - ela me avisou com um sorriso besta estampado em seu rosto.

Depois de ter servido o Klaus e ter sido iguinorada por Adônis, eu resolvi ocupar meus pensamentos com outra coisa.

Foi uma grande perda de tempo.

Meus pensamentos sempre me levavam a ele. Meus pensamentos eram dele.

E eu sentia que estava perdida e totalmente envolvida a ele.

E algo me dizia que isso não era algo bom.









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¹ garota estúpida
² vou querer apenas um café
³ mocinha

Oi! O que acharam desse prólogo?

Gostaram? Então vote e comente.

Até!

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