Ele Vai Ser Meu

By NaneGrutt

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Até onde você iria para ter a pessoa que ama? E se essa pessoa fosse impossível para você? Quem conhece Lu... More

>Aviso<
Prólogo
Fase 1/Capítulo 1- Mudanças
Capítulo 2- Nadar e Nadar
Capítulo 3- A primeira impressão é a que fica?
Capítulo 4 - A hora da verdade
Capítulo 5-Feliz aniversário
Capítulo 6-BHG
Capítulo 7-Delegacia
Capítulo 8-Banho de mar
Capítulo 9-007 do esporte
Capítulo 10-Amnésia
Capítulo 11-A virgem dos lábios de mel.
Capítulo 12- Apenas amigos
Fase 2/Capítulo 13-TPM
Capítulo 14-Baby Class
BÔNUS-Sonho molhado
Capítulo 15-Verdade ou Desafio
Capítulo 16- Devorador de Almas
Capítulo 17-Disfunção
Capítulo 18-Carnaval
Capítulo 19-Pombo correio.
Capítulo 20-Ritual de iniciação
Capítulo 21-Rápido, intenso e profundo.
Bônus: Prisão
Capítulo 22-Ameaças (Parte 1)
Capítulo 22-Ameaças (Parte 2)
Capítulo 23-Tudo tem um Por que.
Capítulo 24- Segredo não é mentira.
Capítulo 26-Todo mundo tem segredos.
Me Desculpe. Mil vezes!
Capítulo 27-Voar e Nadar
Capítulo 28-Descobertas
Capítulo 29-Passional
Capítulo 30-Impulsiva.
Eu voltarei!!!!!!!!!!!!

Capítulo 25- Toc Toc. Surpresa!

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By NaneGrutt



"O tempo é o melhor autor;  sempre encontra o final perfeito."

(Charlie Chaplin)

Ricco

Poucas vezes na minha vida eu perdi o controle da situação em que estava, ou o controle sobre minhas emoções. Só que ver Luna sendo beijada por Hugo e retribuindo foi demais. Não entendo por que fiquei assim, mas definitivamente foi demais para aguentar. Por isso, nesse momento ela continua amarrada, deitada em sua cama enquanto implora para que eu a foda.

Só que a besta dentro de mim quer fazê-la pagar.

Quero vê-la desesperada e angustiada como eu fiquei. Preciso aliviar esse sentimento que está me sufocando desde quando fiquei sabendo que Hugo havia passado a noite em seu apartamento.

Minha ereção furiosa pulsa em expectativa para realizar tudo o que venho desejando fazer desde quando fui viajar. Pego a camisinha que carrego em minha carteira, depois de colocá-la estou pronto para finalmente fazer Luna implorar.

Esfrego a cabeça do meu pau em sua entrada por um longo tempo. Ela está deitada de barriga para baixo na cama enquanto suas mãos estão devidamente presas ás costas, amarradas para seu desespero e minha satisfação. Busco me controlar ao máximo, vê-la assim imobilizada e entregue a meu bel-prazer é algo que esperei muito, sua vagina e ânus completamente disponíveis para qualquer tipo de jogo de penetração, mas hoje não. Ela disse que nunca foi penetrada por trás, por isso tenho que ir com calma. Hoje vou apenas deixar que ela beire a insanidade sexual.

Cristo! Ela é uma ninfeta. Ingênua e sexy.

– É isso que você quer perra? – xingo a beira de perder o controle sobre minha raiva e tesão.

– Sim Ricco. Por favor! – implora ofegante.

– Você tem certeza...? – esfrego meu membro em seu clitóris.

– S-sim.

Para deixá-la mais angustiada me afasto e ando até o controle do sistema de som, escolho uma música bem familiar e com uma letra boa para meus propósitos, Maroon 5 canta Animals, programo para repetir a música. O quarto ainda está tomado pela escuridão, apenas a claridade fraca do abajur e o brilho prateado do luar. Não preciso dizer muito, a letra fala por mim.

Querida, estou caçando você hoje à noite

Baby, serei seu predador essa noite

Te caçarei, te comerei viva

Como animais, animais, animais

Caminho para a cama e volto para minha posição de tortura, esfregando a cabeça do meu pau na entrada de sua boceta apertada, seguro-a na posição de quatro na cama, ela geme talvez de impaciência, enfio dois dedos em sua entrada para constatar que está encharcada. Quando menos espera enterro meu pau de uma vez até o fundo fazendo-a gritar de surpresa num misto de prazer e dor. Sinto sua boceta espremer meu pau como um convite para a morte extasiante.

Talvez você pense que pode se esconder

Mas consigo sentir seu cheiro de longe

Como animais, animais, animais

Baby

Saio lentamente dela ordeno que deite a cabeça na cama e deixe sua boceta exposta no ar, começo a chupar seus líquidos, passo a língua freneticamente por toda a área do clitóris até sua entrada, ela esfrega a boceta do meu rosto na intenção de parar o latejar que deve estar sentindo, arranho sua entrada com minha barba, algo que sei que a faz perder o controle, um grito sai abafado quando ela afunda o rosto no colchão, seu corpo parece cada vez mais trêmulo, estou adorando a sensação de causar-lhe isso.

Não consigo ter o suficiente do seu gosto, deslizo a língua em sua outra entrada, onde ainda não estive. Ainda. Passo o dedo pegando um pouco do seu líquido doce e esfrego por toda a área anal, brinco com um dedo para testar sua reação. Quando enfio um dedo em sua boceta e brinco com a língua em sua entrada virgem, ela implora para ser fodida.

– Ricco. Dios mio! Me foda, por favor. – ela sabe que o sotaque espanhol em sua voz melodiosa me faz perder o controle. Fizemos isso por telefone várias vezes.

O que está tentando fazer comigo?

Não conseguimos parar, somos inimigos

Mas nos damos bem quando estou dentro de você

Você é como uma droga que está me matando

Te elimino totalmente

Mas eu fico tão alto quando estou dentro de você

Espanco sua bunda, um lado depois o outro, frustrado por estar perdendo o controle que ela deveria ser a única a perder.

Desamarro seus braços e volto a afundar meu pau em sua suavidade melada, nós dois gememos com o prazer do contato. Espero um tempo para ela se acostumar com meu tamanho, com ela ainda de quatro invisto profundamente com movimentos bem lentos contrariando o que ela está pedindo.

Sim, você pode recomeçar

Pode correr livremente

Pode encontrar outro peixe no mar

Pode fingir que era pra acontecer

Mas não consegue ficar longe de mim

Ainda ouço você fazendo aquele som

Acabando comigo, rolando no chão

Pode fingir que era eu, mas não, oh

Ela geme mais e mais me levando a acelerar meus movimentos, sou um viciado fodido em seus sons durante o sexo. Abaixo meu corpo no seu, encaixando para que eu alcance seu ombro e morda, apalpo seus seios e ficamos assim com os corpos encaixados e fodendo como animais.

Puxo seu cabelo para levantar seu corpo fazendo com que fique ajoelhada de costas na minha frente enquanto continuo com investidas profundas e mais rápidas, ela joga a cabeça para trás em meu ombro com a boca bem perto do meu ouvido e diz coisas desconexas em espanhol, tomo seus lábios num beijo feroz mordendo e chupando, amaldiçôo-a por ser tão quente e intensa sabendo meu ponto fraco. Sons primais soam como se fossemos selvagens acasalando.

– Diga Luna! Diga a quem você pertence.

– Ah Deus!

– Fale agora ou não vai gozar.

– V-você. Você... VOCÊ. É você. Só você. – seu desespero me agrada e dou um sorriso satisfeito de lado.

Baby, serei seu predador essa noite

Te caçarei, te comerei viva

Como animais, animais, animais

Talvez você pense que pode se esconder

Mas consigo sentir seu cheiro de longe

Como animais, animais, animais

Baby

Minha mão vai para o bico do seio e a outra passa pelo seu ventre, quando chego em seu clitóris faço movimentos circulares e prendo entre meus dedos beliscando de leve depois belisco o mamilo também, deixando os pontos ainda mais sensíveis, lambo e mordo seu pescoço sentindo sua pele macia em minha boca. Querendo marcá-la como minha.

– Ricco! Oh meu Deus! Assim está perfeito. – ela me arranha nas costa até onde alcança.

– Ainda não. Você não vai gozar agora. – suavizo minhas estocadas.

Luna me xinga exigindo mais, nossos corpos suados grudando, ela na minha frente gritando meu nome, enrosca as mãos nos meus cabelos segurando firme. Me apoio completamente sobre meus joelhos acelero meus movimentos estocando mais e mais rápido sem gentileza alguma.

Essa posição facilita para que eu chegue profundamente como eu gosto. Ela cavalga no meu pau embevecida pela luxúria rebolando quase perco o controle. Não posso ver muito ao redor e isso parece intensificar tudo, vejo apenas seu corpo em minha frente, esqueço tudo quando estou com ela, somos só nós com um bater de corpos, gemidos inebriantes misturados a urros e gritos.

Se eu correr, não será suficiente

Você continua na minha cabeça, presa para sempre

Então pode fazer o que quiser, sim

Amo suas mentiras, vou devorá-las

Mas não negue o animal

Que ganha vida quando estou dentro de você

Bombeio forte e duro preenchendo-a completamente sentindo o colo do seu útero na cabeça do meu pau, nossos corpos molhados batendo produzindo um som erótico.

–Ricco... Estou quase... Ah!

Quando sinto que está prestes a gozar diminuo o ritmo fazendo-a gritar frustrada. Tudo para torturá-la.

–Nãããão... – choraminga.

– Quero que implore.

– Ricco... Oh Cristo. P-pelo amor de Deus. Acabe com isso, por favor.

– Você vai beijar outro além de mim? – estoco fundo.

– NÃO!

– Vai deixar outro te tocar? – outra estocada profunda, mexo em seu clitóris.

– Não eu juro. Apenas faça. Me deixe gozar eu te imploro. – suplica aos gritos.

Após um tempo com investidas incessantes e entre gemidos e maldições sinto um aperto pulsante no meu pau, seus gritos de êxtase carnal e espasmos de prazer me dizem que ela está gozando. Tomo seus lábios para engolir seus gemidos, desejo tomar tudo, cada parte do que estamos fazendo.

Não diga mentiras

Você não pode negar

A besta que vive aí dentro

Sim, sim, sim

– Oh Deus! Ohhh – ela grita com olhos fechados jogando a cabeça no meu ombro.

– Isso mi perra. – ofego em seu ouvido. – Minha vez.

Volto a estocar como se minha vida dependesse disso, estou tão fundo preenchendo-a tão duro que não demora para que minha própria liberação venha.

Carajo Luna – um grito animalesco me escapa. Eres Tan buena.

Meu corpo convulsiona com o prazer, sinto a pele do meu corpo inteiro se arrepiando, meu gozo por muito tempo contido agora está jorrando onde eu gostaria que fosse pele com pele, estou esvaziando meu pau latejante em sua quentura suave.

Woah, woah, woah

Como animais, animais, animais

Como animais, animais, animais

Ah, ooh!

Mesmo após os dois gozarem continuamos nos movendo, desacelerando aos poucos, ela fica esmorecida em meus braços soltando pequenos gemidos quando saio lentamente dela. Deslizo seu corpo suavemente para deitá-la.

Não só estou tirando o atraso, mas também estou liberando todos os sentimentos confusos em relação a ela que venho ignorando o significado.

Quero apenas me fartar em seu corpo sem racionalizar e dissecar cada pensamento direcionado a ela.

Vou ao banheiro e descarto a camisinha. Quando volto, ela parece apagada, porém saciada. Desligo a música que repetiu várias vezes e a deixo descansar. Saio do seu apartamento e vou para o meu.

****

Observo seu corpo exaurido e inanimado sobre a cama. Sua respiração está tranquila, posso dizer que ela alcançou a exaustão enquanto eu a fodia com suas mãos amarradas nas costas. Eu a fiz gemer e gritar, mas só gozou quando chegou ao estado de súplica como eu disse que faria. A porra fodida em tudo isso é que não estou nem perto de estar saciado.

Preciso de mais. Muito mais.

Seus lábios carnudos ainda inchados dos meus beijos estão levemente entreabertos com sua respiração suave. Seus grandes cílios são tão curvados que é como se as pontas recusassem tocar suas bochechas. Os cabelos longos e escuros estão espalhados por todo o travesseiro enquanto ela dorme de bruços, completamente nua. E há algo novo em seu corpo, uma tatuagem nova, em sua costela esquerda.

As horas que tivemos até o momento não foram suficientes para que eu deixasse de sentir o que venho sentido desde minha partida para São Paulo. Se ela tirasse esse dia de folga no trabalho e faculdade talvez eu possa lhe propor ir passar uns dias comigo na capital paulista, pensando agora sobre o assunto, a incerteza sussurra em meu ouvido me deixando inseguro quanto a sua resposta.

Talvez eu deva ter um plano caso sua resposta seja não.

Mas posso jogar a carta das aulas. Ela tem sido uma aluna muito aplicada, cumpriu com todas as tarefas que passei para ela em minha ausência. Fizemos sexo por telefone muitas vezes, se masturbou todos os dias e até mesmo me mandou nudes que foram material suficiente para que eu me masturbasse como um adolescente.

Ligo para o meu tio informando-o que estou no Rio, com toda essa confusão não tive cabeça para isso antes. Ele se surpreende e pergunta o motivo, eu digo que foi algo pessoal, sinto o tom de divertimento em suas palavras quando diz que entende, então faz um ultimato para que eu leve Luna em seu apartamento hoje no jantar que fará para nós. Deixo o convite em aberto, pois não sei se Luna irá topar o dia de travessuras que vou lhe propor faltando assim seus compromissos.

Ao alvorecer do dia vou para sua cozinha fazer o café da manhã determinado a lhe convencer a passar o dia comigo, acredito que será difícil, pois Luna é muito responsável com seus compromissos, nunca faltou um dia sequer ao trabalho por um motivo que não fosse sua saúde e se realmente não tivesse uma dispensa médica.

Quando entro em seu quarto com uma bandeja de café da manhã contendo suas coisas favoritas, vejo que ela já acordou, mas ainda está sonolenta.

– Bom dia. – digo colocando a bandeja sobre a cama e seus olhos se iluminam.

– Bom dia. – diz sorrindo preguiçosamente e cobre os seios com o lençol quando fica sentada.

– Garanto-lhe que não há nada em seu corpo agora que eu já não tenha visto.

– Ainda assim acho que não devo abusar para que você não enjoe de vê-lo.

Isso seria impossível, minha cara.

Não demora nada para começar a comer as torradas com sua geléia favorita, menta. Os olhos verdes Ágata estão um tom mais claro devido aos raios de sol que passam pela cortina, seu cabelo está em uma confusão matinal e ela não poderia estar mais bonita. Um gemido de gratidão sai de seus lábios mastigando e meu pau se retorce no aperto da cueca.

– Tenho uma proposta para você. – faço a primeira tentativa.

– Hum! Só temos que esperar um pouco para eu me recompor.

– Não é esse tipo de proposta Luna. Quero dizer, não só desse tipo.

– Ok! – diz dando outra mordida na torrada.

– Eu estava pensando em passarmos o dia todo juntos, eu sei que tem o trabalho e a faculdade, mas talvez pudesse abrir uma exceção hoje para que aproveitemos esse dia.

– Na verdade, eu acabei de falar com um dos meus chefes e pedi um dia de folga, já que possuo muitas horas extras na casa, tantas horas que podem até ser divididas em dias, veja só! – sorri orgulhosa de seus esforços.

– Ótimo! E quanto a faculdade?

– Posso pedir para alguém filmar as aulas mais importantes. Cansei de fazer isso para várias pessoas, depois eles me mandam os vídeos. E agora? O que faremos?

– Por enquanto só iremos conversar. Quero saber como foram essas semanas que não estive aqui, e agora você tem um cachorro. – acuso sem rodeios.

Seus olhos se fecham apertados brevemente, ela parece decidir o que dizer.

– Eu sei. Não é justo.

– Só quero entender o que mudou, tentei te dar um cachorro de presente, você disse que não tinha tempo para cuidar de um.

– Ricco ele não foi comprado, foi adotado e já está com certa idade, está cego. Você sabe como sou com os animais. O Hugo disse que ele seria sacrificado e por isso ele me deu. Olha só pra ele. Tão fofo. – convenientemente o cão sobe na cama e começa a brincar com Luna.

Ela diz bom dia várias vezes para o cão que abana o rabo alegremente como se retribuísse o cumprimento matinal.

– E qual é o nome? Ou devo chamar de fofo?

– Bom, pensei em chamá-lo de Charlie Chaplin. – diz ficando de pé envolta pelo lençol.

– Faz sentido, ele é seu artista favorito.

– Exatamente. Mas acho que o Charlie era único assim como ele deve ser. Pensei em Derek Karev ou Alex Shepherd, para misturar o nome dos meus personagens masculinos favoritos de Grey's Anatomy.

– Não acredito que você sequer cogitou isso realmente. É sério Luna, só você teria coragem de misturar nomes de personagens de uma série. – falo sem conter uma risada.

– Pensei na junção de alguns personagens de The Walking Dead e Game of Thrones também como Rick Snow ou Drogo Negan. Não ria de mim Ricco Calazans. – ela vai para o banheiro furiosa por eu estar gargalhando agora com a cabeça jogada para trás.

– Desculpe. Só que você é louca. Não consigo evitar. São nomes horríveis estou começando a ficar com pena desse cachorro.

Ouço o chuveiro e ela fica lá por um tempo. Depois de sair do banho digo para caminharmos na praia e ela coloca uma roupa de ginástica.

– Então? Qual é o nome dessa pobre criatura? – pergunto ainda sentado próximo a cama.

– Depois de todos esses nomes, achei que ele deveria ter algo só dele, mas que ao mesmo tempo representasse algo pra mim. – diz se alongando no chão

Quase perco minha atenção em nossa conversa com seus movimentos bem convidativos.

– Diga logo o nome. Cristo!

– O nome escolhido e apreciado pelo dono é... Tan tan tan tan – cantarola a última parte. – Uma mistura de duas pessoas pelas quais possuo muito carinho. Misturei Ricco com Hugo. Rigo! – ela grita o cachorro e ele ressurge animado.

– É sério? Você deve estar brincando, acho que prefiro Drogo Negan.

– Não seja bobo. Acho que na verdade quem escolheu esse nome foi o próprio Rigo. E diga com sotaque espanhol ele prefere assim.

– Ok. Chega de bizarrices. Vamos correr na praia.

Sentamos na areia apreciando o nascer do sol na linha do horizonte, caminhamos por algumas horas pela orla, conto para ela como foi tudo em São Paulo omitindo o fato que terei que voltar. Falamos também sobre os ensaios das aulas de ballet e ela agradeceu pela música que dei-lhe de presente para o dia da apresentação. Criei um remix só para ela dançar com suas meninas, ela disse que agora com uma música definida está bem mais fácil para fazer as marcações dos passos, principalmente com as meninas pequenas.

– Vai me contar sobre essa nova tatuagem ou tem um segredo aí também?

Aponto para sua costela que possui o desenho de bailarina dançando sobre um grande livro no chão que solta notas musicais e a lua clareia a cena solitária, porém bonita, da bailarina. É um belo trabalho e bem original.

– Foi um presente da Jô, ela sabe que eu sempre sonhei em fazer essa tatuagem. Desenhei isso quando ainda estava no colegial.

– Ficou muito bem feita.

– Sim. Eu amei. É a mistura das coisas que eu amo. O livros, música, dança e a lua claro, que é o nome que meu pai escolheu.

– Seu nome tem um motivo especial? – inquiro curioso.

– Totalmente. Meu nome seria Bruna. Mas como nasci numa data bem peculiar, meu pai quis me dar um nome que tivesse a ver com o dia vinte e nove de fevereiro. Ele era um cara muito especial. – sua expressão cai e me amaldiçôo por tirar o seu sorriso.

– Deve ter doído bastante. A tatuagem.

– Nossa! E como doeu, mas mesmo assim ainda quero fazer mais uma. Será a última.

– Como será?

– Ainda não posso dizer, estou pensando nos detalhes, mas tem a ver com você.

– Sério? Agora fiquei curioso.

– Na hora certa você verá. – ela pisca sorrindo.

Sorrimos e continuamos na praia, na hora do almoço vamos a um restaurante que sempre frequentamos.

– Sua mãe te ligou ontem? – pergunto enquanto aguardamos os pratos.

– Sim. Conversamos um pouco, não mais que cinco minutos você sabe. – ela abaixa a cabeça e encolhe os ombros.

Passamos a tarde rindo e nos divertindo. Antes das sete da noite estamos saindo do edifício para o jantar no meu tio. Como sempre meu tio a bajula bastante e puxa minha orelha por não ter avisado que voltei ontem.

Uma conversa agradável se instala e rimos bastante, senti pena de Ivan em alguns momentos com as coisas que meu tio contou que aprontou. Admiro o relacionamento deles, embora eu não acredite em amor, acho que eles só dão certo por serem ambos homens, uma mulher na equação só estragaria. Com eles é mais simples.

Meu tio pergunta se Luna não vai provar do prato com camarão que preparou e ela me surpreende quando mente para ele novamente que é alérgica, minha cabeça vira para ela imediatamente, ela apenas me ignora e continua como se nada tivesse acontecido. Depois meu tio pergunta como é seu relacionamento com sua mãe e Luna mais uma vez mente dizendo que é ótimo. Não deixo de me decepcionar com isso, precisaremos conversar sobre isso mais tarde. Não tem por que ela mentir com coisas tão bobas. Ela sabe que detesto mentiras.

Entramos em seu apartamento ainda sorrindo do que ela disse no elevador, enrijeço quando ela pergunta se vou dormir com ela em sua cama. Nós nunca dormimos juntos, eu sei que isso é ridículo ainda mais quando já fizemos coisas mais íntimas, mas dormir é algo que eu não posso controlar, e se eu disser ou fizer algo enquanto durmo? E se eu feri-la ou assustá-la? Nunca iria me perdoar por isso.

– Talvez seja melhor que você descanse. – falo e ela me olha decepcionada.

– Ok. Mas ainda é cedo. Podemos tomar um vinho e conversar mais sobre sua viagem. – ela morde o canto interno da boca mostrando seu nervosismo.

– Parece bom para mim.

Quando já estamos sentados no sofá com nossas taças de vinho reabastecidas depois de várias outras, ela está com a cabeça deitada em meu ombro esquerdo enquanto cheiro seu cabelo passando os dedos por eles, nossas pernas estão esticadas na mesa de centro e a coletânea de Elis Regina que eu dei de presente para ela está tocando na sala.

– A Carol nos chamou para ser os padrinhos dela. Eu aceitei por mim, mas quanto a sua parte eu disse que iria falar com você primeiro. O casamento será lá para o final do ano e eu não sei se você está fazendo planos a longo prazo aqui no Brasil, vai que você volte para a Espanha antes? – ela parece sondar meus planos.

– É claro que eu aceito. Ainda que eu volte para a Espanha, não estarei sendo extraditado Luna. Posso voltar muito bem para o casamento da Carol. Ela me pareceu uma boa moça todas as vezes que conversamos.

– Sim. Ela é um amor. Com um péssimo gosto para vestidos de madrinhas. Quase chorei quando ela me mostrou a cor e o modelo do vestido. É marrom, mas insiste em dizer que é "castanho", tive que mostrar estar impressionada, era esse ou o rosa pálido, mas ele estava mais para anêmico. Nunca vi um rosa tão feio em toda a minha vida. Eu disse apenas que era lindo.

Decido tocar em um assunto que está me incomodando há um tempo, talvez ela seja mais honesta agora que está relaxada com o vinho.

– Por que você mente tanto Luna? – indago sem rodeios.

– Do que está falando? – diz sorrindo com a cabeça deitada no meu ombro.

– São mentirinhas bobas, mas que me intrigam bastante. Você diz que é alérgica a camarão, mas é só dizer que não gosta, disse que o vestido de madrinha que sua amiga escolheu é lindo quando na verdade você detestou. Você disse para o meu tio que seu relacionamento com sua mãe é ótimo só que... Não é. Vocês mal conversam nas raras vezes em que ela te liga e quando você liga ela está sempre muito ocupada. Então, novamente, Por que você mente tanto?

Ela me encara por muito tempo antes de responder com um suspiro exaurido, umedece os lábios e coloca a taça na mesa de centro se virando para me olhar nos olhos.

– A vida me ensinou assim Ricco. Ou você acha que seu tio iria gostar ouvir de mim que eu detestei o prato com camarões frescos que ele passou horas na cozinha preparando com uma receita que ele muito se orgulha de saber fazer? Você acha que a Carol quer ouvir que eu achei horrível o vestido de suas madrinhas cujo o modelo ela sonhou desde garotinha? Será que minha mãe gostou de ouvir que seu amado marido, um homem tão doce e apaixonado, que ela acreditava ser seu bilhete premiado, abusou de sua filha durante anos debaixo do seu nariz? Você acha? Ou será que talvez tivesse sido menos doloroso para ela se a mentira continuasse, já que durou seis dos oito anos em que ela foi casada? Minha mãe não suporta olhar na minha cara Ricco, porque eu a faço lembrar da verdade que ela ignorou por muito tempo.

Tento engolir o nó que se formou na minha garganta, sinto nojo e ódio ao mesmo tempo de toda a situação. Uma vontade de esmurrar o maldito me acomete e faço o meu melhor para não deixar transparecer. Gostaria de gritar com sua mãe "o que há de errado?".

– Me desculpe, jogar isso assim em você. Minha experiência de vida me ensinou que as pessoas pedem a verdade, mas se confortam na mentira. Nenhuma mulher quer ouvir que está gorda quando pergunta se está, assim como nenhum homem quer ouvir que seu membro é pequeno ou que é péssimo de cama, confie em mim, a Jô falou isso para um cara e quase apanhou dele. A mentira já faz parte de quem somos. Se tem uma coisa que uma pessoa adulta não morre sem fazer, é mentir.

– Mentir é uma forma muito baixa de amenizar algo. Apenas diga a verdade. Luna a verdade nunca vai doer tanto quanto uma mentira descoberta. Vai por mim a verdade pode evitar uma tragédia.

– Ninguém gosta cem por cento da verdade, Ás vezes a mentira é bonita. Não é que as pessoas não gostam de mentira, o que não gostam é de descobrir que é mentira.

– Talvez se você tivesse falado com sua mãe logo que começou tudo...

– Ah Ricco! Eu tentei. Juro. Muitas e muitas vezes ao longo dos anos. – ela meneia a cabeça como se eu nunca fosse entender. – Não quero mais falar sobre isso. Eu só quero relaxar e... – ela derruba vinho em nossas roupas e pragueja de raiva. – ela ficou abalada e tudo é culpa minha.

Luna diz que vai tomar um banho sumindo no corredor. Amaldiçôo minha insensibilidade com sua situação. Ela possui muito mais dor que realmente deixa transparecer. E sua mãe? A pior espécie de covarde. Como consegue se afastar da filha quando tem a obrigação de ampará-la?

Sigo atrás dela no banheiro, vejo o cachorro dormindo em sua cama, ele parece bem tranquilo. A porta do banheiro em seu quarto está encostada, quando entro ela está sentada em baixo do chuveiro abraçando o próprio corpo. A vontade de me socar é instantânea. Tiro minha roupa para me juntar a ela e tentar lavar suas emoções.

Pego o mousse de banho de lavanda e a esponja, seguro seu corpo e ela se assusta quando arranco-a do seu mergulho angustiante ao passado. Vejo que ela quer chorar, possui muito a desaguar dentro de si, mas seu bloqueio a impede. Seus olhos permanecem fechados, sua expressão é dolorida, mas nenhuma lágrima rola de seus olhos.

Esfrego a espuma em seu corpo, ela segura minha mão como se quisesse que eu lavasse sua alma, suas memórias, seu passado. Beijo seu rosto passando todo o meu carinho na tentativa de confortá-la. Ensabôo seu corpo todo deixando a água fazer a parte dela.

Beijo seus olhos, depois desço para seu rosto angustiado, finalmente chego aos seus lábios.

– O que você quer que eu faça Luna? – pergunto em seus lábios.

– Leve isso embora.

– Não seria errado? Se eu te tocasse agora?

– Não se eu estou pedindo. Implorando. – seus lábios encostam nos meus levemente e eu aprofundo o beijo.

– Mas não posso começar uma lição sexual com você nesse estado. – aponto o óbvio.

Ela parece se aborrecer. Mesmo com olhos tristes vejo decisão e coragem neles também.

– Vamos estabelecer uma coisa Ricco. Você disse antes que gostou do sexo, o que é ótimo já que você não pode transar com mais ninguém desde aquela bendita matéria que saiu, ou seja você tem suas necessidades, eu tenho as minhas. Para você é sexo e para mim um aprendizado, então vamos ajudar um ao outro sem focar apenas nas aulas. Quando você estiver com tesão como agora que seu pau está duro feito uma pedra na minha barriga, apenas faça. Quando nós pudermos ter as aulas, teremos.

Ela observa minha reação com expressão cautelosa. Suas palavras são como um tapa na minha cara, porque são realistas. Eu tenho que transar com alguém e não posso confiar em ninguém no momento, desejo-a como nunca desejei alguém antes, então tenho que parar de mentir para ela e para mim mesmo como se isso fosse só por ela porque não é. Pode ter sido essa a intenção, mas as coisas mudaram muito naquele do carnaval em que seus olhos suplicaram por atenção. No mesmo dia em que entendi que ela sentia algo físico por mim assim como sinto por ela.

Mordo sua boca carnuda, minhas mãos estão por todo o seu corpo sentindo cada centímetro da pele macia e morena como um doce jambo.

– Eu não tenho mais camisinha. – digo pesaroso.

– Estou tomando pílula desde aquele dia em que fui a médica como você disse e fiz todos os exames. – ela sussurra como se estivesse com medo de cogitar a idéia de sexo sem proteção.

– Também fiz exames recentemente de todos os tipos. Estou limpo.

Volto a beijá-la, gemidos escapam de sua boca me deixando louco, desço até sua boceta, levanto uma perna sua descansado-a em meu ombro, ela geme mais alto, manipulo seu clitóris e passo a língua preguiçosamente, enfio um dedo em sua entrada apertada alcançando seu ponto G, ela segura minha cabeça para impedir que eu pare.

Chupo seu clitóris e movimento meu dedo em seu interior apertado. Quando ela goza gritando meu nome sei que está molhada e pronta para receber meu pau que está latejando.

Subo dando beijos por todo o seu corpo até chegar em seus lábios, ela prova seu gosto em minha boca e nos beijamos freneticamente.

– Veja como você é doce Luna. Prove seu gosto viciante.

Seguro sua perna esquerda e me posiciono em sua entrada, a expectativa de senti-la assim está fazendo meu corpo trêmulo. Prendo seu olhar no meu, e pergunto se ela tem certeza, Luna me responde com um beijo, não resisto mais e entro nela. Um grunhido de prazer me escapa, essa é a melhor sensação do mundo. Estar em sua boceta sentido o seu calor meu momento preferido da vida agora.

Levo um tempo para me movimentar rápido, ela está impaciente mordiscando minha boca, perco a batalha de ir devagar e acelero, nós dois gememos, tomo sua boca na minha, levanto o seu corpo tirando-a do chão, imprenso-a na parede estocando fundo em sua boceta, seus braços se enrolam em meu pescoço e ela morde meu ombro abafando seus sons.

Deus, isso aqui é o paraíso!

Estocadas profundas a fazem gritar meu nome, aperto sua bunda redondinha e cheia com força para me parar, estou indo muito fundo, ela pede mais, me deixando na miséria, não sou tão forte como pensei que fosse, pelo menos não com ela. Estoco mais e mais querendo que ela grite meu nome com deleite, seus olhos fechados e cabeça jogada para trás em profunda lascívia não me ajudam.

Coloco-a no chão e mando que ponha as mãos na parede, volto a me afundar nela e uma nova série de investidas profundas acontece.

– Busque seu prazer, se toque para mim Luna. – falo entre dentes.

Ela obedece e não demora muito para vir, ela avisa que vai gozar e com isso me tem no mesmo ponto, gememos e grunhimos ao mesmo tempo quando gozamos juntos, explodo dentro de sua boceta que está me apertando com seu orgasmo, uma sensação primal de gritar que ela é minha me atinge em cheio, desacelero meus movimentos ofegando.

Depois de lavá-la e secá-la beijo seus lábios fechando seu roupão, ela sorri docemente e não vejo mais a sombra de seu passado que estava escurecendo seu olhar, pego outro roupão e saímos do banheiro.

Estaco no lugar, meu coração acelera batendo com toda a força, xingo minha sorte mentalmente quando vejo Vinícius, o dono do apartamento de Luna sentado na cama de cabeça baixa, Luna deixa escapar um suspiro de susto. Vinicius levanta a cabeça nos encarando com raiva nos olhos.

– Vini? O que está fazendo aqui? – Luna diz num sussurro.

– Parece que não avisaram da minha volta. – ele se dirige a ela. – E você Ricco... Não é você que não curtia mulheres? Vejo que muita coisa mudou na minha ausência. Isso é bem interessante!

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Chegueiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

Que capítulo hein? Foi para esquentar vcs nesse frio.

Eu sei demorei demais. Mas não tá fácil gente. A rotina tá puxada e como não quero fazer um capítulo de qlq jeito... estou demorando mais q o normal.

Minha rotina mudo agora que meu filho está na escola, tenho que ficar com ele todo dia até o fim da aula sem contar que ele faz a terapia para autistas na parte da tarde, mas ele entrou de férias e aqui estamos. 

Essa semana é niver da minha princesa e estou há dois meses correndo atrás de tudo pq a festa é toda feita à mão.

Me desculpem por tudo de vdd. Eu gostaria de chegar e postar o livro todo mas acho que vcs entendem.

Boa semana e deixem seus comentários

Beijos.

Fui...

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