A Karol encarou ele diretamente e saiu da cozinha de vez. Subiu as escadas. A Bia e o Luquinhas continuavam rindo, e eu encarei-os e no instante pararam e saíram da cozinha tapando a boca com as mãos. Encarei o Bruno.
— Fernanda: Tinha ordem sim.
— Bruno: Não tinha. Tu mermo dizia que fazia o que queria com ele! Rasgou a farda dele porque ele não quis te dar uma Barbie que tinha lançado!
— Fernanda: Eu jurei que você já tinha esquecido disso da Barbie, sabia?
— Bruno: Tu pode ter amnésia, mas eu não. Lembro até o dia que a gente se conheceu, numa terça. Agora a data não tô lembrado.
— Fernanda: Voltando ao assunto, isso aí da farda e muitas outras coisas eu fazia com raiva, mas quando eu tava de boa, e ele mandava eu não fazer uma coisa, eu não fazia. Mas se eu tivesse com raiva, e eu ficava com raiva por tudo, eu fazia pra debochar da cara dele.
— Bruno: Não tinha ordem sobre tu do mermo jeito.
Bufei e fui saindo da cozinha, e ele me puxou do mesmo jeito que puxou a Karol: pelos cabelos, e me virou de costas pra ele. Me sobe uma raiva quando ele puxa meu cabelo, nossa.
— Fernanda: Solta — Disse bolada
— Bruno: Vai ficar com frescura? Quantas vezes eu já te disse que teu pai não mandava em tu e tu não ficou com raiva? Vai ficar agora? — Disse sério
— Fernanda: Não me olha sério, Bruno — Disse derretendo
— Bruno: Bruno meu pau — Disse sorrindo, todo safado
Ele me puxou, se encostou no balcão e me abraçou com força. Ficamos alguns segundos abraçados, e ele deu um beijo na minha testa assim que me soltou. Tava tão bom aquele love que eu não queria que acabasse, mas depois de ter filhos, momento com o marido não é tão mais livre. A Bia gritou da varanda do primeiro andar. O Bruno e eu fomos ver o que tava acontecendo. Nem pisei na varanda e a Bianca já foi explicando.