Aumentei os capítulos, vou conseguir resumir a historias deles em 10 capítulos, ou eu não me chamo Adriano. Não quero que a historia fique muito extensa, tenho outros livros para postar. São umas bostinhas, mas eu gosto...
Espero que gostem.
-ooOoo-
Eu estava tendo um sonho muito gostosinho quando eu acordei assustado com o Noah gritando no meu ouvido, bom, não foi bem no meu ouvido, mas eu acordei assustado, por que até lembrar que eu tinha uma criança em casa... Já tinha tido uma arritmia.
— Noah... Por quê? — eu disse quase chorando e me arrastando até o quarto de hospedes.
Depois da briga que eu tive com o Rafael eu me recusei a dormir no mesmo comodo que ele, o mesmo disse que eu estava sendo muito dramático e que não iria dormir em outro lugar que não fosse o seu quarto, então eu mandei ele enfiar um cactus no anus e sair por ai cantando ABBA.
Então eu fui dormir na sala, mas acordei com o seu filho.
Rafael tem um sono muito pesado e eu não estava falando com ele.
— O que foi? — eu perguntei para o Noah que estava chorando.
— MAMA...
— Você quer mamar? Ou quer sua mãe?
— MAMA — ele gritou mais uma vez...
— Noah, eu não falo bebezes... Me ajuda, vou te levar para cozinha e esquentar aquela mamadeira que eu comprei para você, se você parar de chorar nós vamos constatar que é a primeira opção.
Peguei ele no colo e o mesmo colocou a cabeça no meu ombro enquanto continuava soluçando. Quando passei na porta do quarto eu dei um chute e pude ouvir o corpo do Rafael indo de encontro ao chão.
Cheguei na cozinha e coloquei o Noah sentado na cadeira e fui preparar a sua madeira. Peguei meu telefone e liguei para o Maurício, eram 03:00 da manhã, mas eu acho que não terá problema.
— Alô...
— Oi meu bem, o que estava fazendo?
— Quem é?
— O David!
— Quem?
— Não se faz de sonsa mulamba, sou eu. O rei da porra toda.
— Diego... O que você quer?
— Estava sem sono e resolvi te ligar, atrapalho um pouco?
— Um pouco?
— Que bom, pensei que fosse muito. Mas então, me conta as novidades.
— Vou me casar.
— Como é?
— É uma novidade... Eu vou me casar, Marcelo me fez o pedido.
— Espera... Está me dizendo que Marcelo te pediu em casamento pouco dias depois de te pedir em namoro, poucos dias depois de te conhecer? — eu perguntei tirando a mamadeira do fogo e colocando na água gelada para esfriar.
— Falando desse jeito parece estranho...
Eu fiquei chocado olhando para a parede.
— Agora eu entendo pelo fato da Elsa ter ficado chocada quando a Anna disse que ia se casar com o ruivo irrelevante e secundário no mesmo dia que o conheceu.
Eu dei a mamadeira para o Noah que quase arrancou a minha mão.
— Não exagera, Marcelo e eu não nos conhecemos a um dia.
Eu revirei meus olhos e Maurício continuou me contando que ele tinha sido pedido em casamento depois que saímos da sua casa, pelo visto foi um dia cheio de surpresas, Noah brotou na porta, Maurício vai se casar com um homem que acabou de conhecer... Foi um ano turbulento.
Quando eu olhei para o Noah percebi que estava estava dormindo com a cabeça em cima da mesa e Maurício estava roncando do outro lado da linha. Revirei meus olhos e desliguei meu telefone.
Eu peguei um frango que estava na geladeira e me sentei na mesa, alguns minutos depois Rafael brotou ao meu lado na cozinha com a cara inchada.
— Quem foi que chutou a porta do quarto?
— Foi o Noah, não viu que ele tem pernas grossas e uma força sobrenatural nos pés.
— Ainda está com raiva de mim?
— O que você acha?
— Diego... Eu sei que fui um idiota, me perdoa? — ele se ajoelhou na minha frente e pegou na minha mão. — Olha, eu estou muito assustado com toda essa situação, mas o Noah despertou em mim um sentimento que eu não conhecia, um sentimento paterno... E só de pensar que algo pode acontecer com ele... Sei que fui um idiota e nada do que eu diga vá mudar isso, mas já ouviu as coisas que você fala?
Eu fiquei olhando para ele, mas concordei com a cabeça.
— Sei que sou difícil as vezes, mas não teria coragem de jogar um ser tão pequeno em uma caçamba, como eu disse eu só bato naqueles que sabem se defender, mas que ainda são mais fracos que eu.
— Ninguém é mais fraco que você, nem a Kendra...
Ele disse sorrindo e eu acabei sorrindo também.
— Mas mesmo assim eu ainda consigo dar umas porradas nela.
— Sei que consegue.
Ele se levantou e me estendeu a mão. Eu me levantei e dei um abraço apertado nele que me levantou e me deu um beijo no meu pescoço.
— Somos uma família agora... — ele disse me olhando. — Mas não podemos ser uma família completa sem você.
— E você acha mesmo que eu vou para algum lugar?
— Eu te amo meu Ninfeto.
— Eu também te amo meu ursão.
Ele pegou o Noah no colo e fomos para o nosso quarto, ele colocou o garoto no meio de nós dois e nos deitamos na cama, eu fiquei olhando para o teto pensando em como seria o futuro, acho de verdade que eu nunca pensei no futuro.
— O que faremos agora? — eu perguntei para o Rafael.
— Tentamos dormir sem esmagar o Noah?
— Estou me referindo ao futuro.
— Não vamos pensar muito, vamos apenas viver o momento.
Eu olhei para ele e sorri.
— Boa noite amor.
— Boa noite amor.
E ele desligou as luzes.
XXX
O tempo foi passando e Noah foi colocando as suas garrinhas de fora. Ele conseguiu quebrar uma mesa de vidro, conseguiu virar a TV em cima dele, conseguiu quebrar uns vasos que graças a Deus eu tinha comprado na feira e derrubar uns quadros que estava na parede, como ele conseguiu... Só Deus sabe.
Rafael dizia que é coisa de criança, é normal quebrar tudo.
Vou mandar o Noah quebrar seus malditos perfumes importados e vamos ver qual a sua maldita reação.
— Repete comigo, não posso quebrar as coisas.
— Não... Posso... Quebrar... Coisas.
— Isso mesmo, se eu quebrar o bicho papão vai me pegar.
Ele negou com a cabeça e os olhos arregalados.
— Meu trabalho aqui está feito.
Eu fui até a cozinha e pedi para a senhora que estava cuidando do Noah tomar conta dele direitinho e que se ele fizesse alguma bagunça era pra trancar ele no quarto escuro, claro que ela disse que caso isso acontecesse ela iria chamar a policia.
Um amor de pessoa.
Eu sai e fui até onde um carro me esperava.
— Kendra coração, por que você está com essa cara de louca?
— Pela primeira vez na minha vida tudo o que você me disse faz sentindo.
— Que você é feia e para ficar bonita precisa morrer e nascer de novo?
Eu entrei no carro e esperei ela gritar, ser possuída e fazer um escândalo, mas ela não fez nada disso. Muito pelo contrario, ficou quieta e apertou o volante com força como se fosse o pescoço de alguém.
— Está me assustando amor.
— Eu acho que sou corna.
Nesse momento eu fiquei em silêncio pois não queria levar uma.
— Acho que o Samuel está me traindo.
— E por que acha isso?
— ...
Do nada Kendra pisou acelerador e o carro se moveu na velocidade da luz. Eu gritei um pouco, talvez eu tenha gritado muito, tentei pedir socorro do lado de fora do carro, mas foi em vão. Ela parecia um pouco possuída.
— Kendra vai devagar.
— É hoje.
— O que é hoje?
— É HOJE QUE EU VOU DESCOBRIR SE O SAMUEL ESTÁ ME TRAINDO.
— E POR QUE ME TROUXE JUNTO?
— EU NÃO SEI... SE EU MATÁ-LO, VOU PRECISAR DE UM ÁLIBI.
— EU QUERO IR PRA CASA — eu fichei meu olhos e comecei a rezar, mas do nada o carro parou de uma maneira um tanto quanto desnecessária e quase voei para fora como um anjo lindo e loiro que eu sou.
— Chegamos...
Era uma balada onde só tinha gente feia, bem a cara do Samuel. Ela então saiu do carro e passou na frente de todo mundo jogando o dinheiro no rosto do homem que ficou um pouquinho revoltado.
Eu ri um pouco.
— Onde está aquele desgraçado?
— Em algum lugar ele deve estar.
— O armário de limpeza!
— Duvido que ele esteja lá.
Ela procurou um amario de limpeza e entrou que nem uma louca, tempo depois saiu segurando um cabo de vassoura e eu soube que era para matar o Samuel, bem tipico dela. Kendra então começou a procurar pelo Samuel igual a um cão de cassa, mas desistiu.
— Ele não está em nenhum lugar...
— Foi para isso que você me tirou de casa em pleno sábado? Para nada.
— O que quer que eu faça? Ele deve ter ido para outra boate quando eu disse que não queria sair com ele, Samuel parece burro, mas ele é bem esperto. Sei muito bem, namoro com ele á dois anos, sei o que se passa naquela cabeça careca dele.
— Samuel esperto... Conta outra — eu disse sussurrando. — Bom, já que vamos embora, posso ir no banheiro antes?
— NO BANHEIRO!
— Ai que susto — eu disse com a mão no peito.
— Ele só pode estar no banheiro.
— E lá vamos nós de novo.
Kendra pegou a madeira que estava de lado e entrou no banheiro masculino passando por cima de todo mundo. Gente, o que tinha de gente se pegando no banheiro... Tinha até mulher lá dentro, mas o que chamou nossa atenção foi o Samuel agarrando um pequeno loirinho em cima da pia.
Que nojo... Em cima da pia, vai saber o que passou lá...
— Se controla amiga...
— Serio? — ela estava transtornada. — Se fosse você no meu lugar?
— Tem razão, vai lá e mata ele.
— SAMUEEEEEEEEL.
Ele levou um susto e eu peguei meu celular para gravar a cena.
— Kendra... Eu posso explicar...
— Você vai explicar, mas não pra mim... Vai explicar pro capeta como você chegou no inferno.
O pequeno loirinho estava realmente assustado. Ele aprecia uma pouco perdido e sem saber o que fazer, então eu cheguei perto dele e disse em seu ouvido:
— Se tem amor a sua vida, suma daqui antes que ele se lembre de você!
O garoto me olhou e arregalou os olhos.
— Eu te conheço... — eu disse para ele, mas o mesmo só negou com a cabeça e saiu correndo do banheiro. — Bom, a vida vai se encarregar dele.
Quando eu olhei para o Rafael e para a Kendra os dois pareciam que iam se matar, na verdade Kendra que estava matando, ele estava tentando correr, o que não estava dando muito certo já que ela quebrou o cabo de vassoura nas pernas dele.
Dois seguranças entraram no banheiro e seguraram a minha amiga que parecia mais um bicho.
— ME SOLTAM EU VOU MATAR ESSE DESGRAÇADO.
— FICA CALMA — um deles gritou.
— EU VOU FICAR CALMA, QUANDO EU MATAR ESSE MALDITO.
— Levem ela por favor? Minha amiga não está em seu juízo normal — eu disse sorrindo para os homens que carregaram ela para fora do banheiro. Eu olhei para o Samuel e ele estava deitado no chão tentando respirar. — Que triste...
Peguei meu celular e liguei para o Rafael para ele buscar o amigo e então deixei ele lá morrendo. Quando cheguei no carro vi que Kendra estava chorando.
— Depois que matou vai chorar?
— Me deixa em paz.
— Kendra, eu sei que você o ama, mas pelo amor de Deus, acorda. Esse homem vem te traindo desde que ele disse: Quer namorar comigo. E você é mais burra que a Estefanía de a Usurpadora, sempre defendendo o macho e nunca vendo as coisas com clareza. Seja melhor que isso, não vale a pena chorar por aquele que não te ama, por que com certeza ele não te ama. Então levanta a cabeça e vai procurar um novo macho. Caso contrario vai sofrer pelo resto da vida. Agora sai do volante, por que eu não quero morrer.
Ela trocou de banco comigo e parou de chorar.
— Você tem razão, vou me valorizar mais.
— Que bom amiga!
"Mas sei que vai levar mais chifres."
É como um circulo vicioso, quando um ser humano nasce para ser trouxa ele é trouxa pela eternidade, até no Nosso lar a coisa consegue ser trouxa, Kendra nasceu para carregar esse maldito fardo... É uma mula.
Eu liguei o carro, coloquei em alguma musica legal e sai a 100 km por hora.
XXX
Estou com preguiça de escrever agora... Saiba que eu amo vocês.
Até mais seres inferiores.
Beijinhos nos corações.