Tem Alguém Ai? - Volume 3

By SOFGDS

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[Oi! Bem, se você está aqui e não leu os primeiros livros, aconselho muito que você leia antes, para melhor e... More

Dedicatórias
Coisas boas vs Coisas ruins - Capítulo um
Bruxaria
Ainda há tempo
Acorde!
Teclas de piano
Satisfação*
Sensitivo
Provas
Descubra
Um passo por vez
Eu era
Igual a você
Entrevistas? Sim!
Respostas
Perdão...?
Vida
Tempo certo
Padre
ALOOO
Promessa
Dormiu bem?
Irei rezar por você, mais tarde
Ok, como vocês pediram:
Cegos e calados
Frágil
Férias
Irreconhecível
Bons modos
Arrogância
Não há saídas
Lado forte
Distúrbio
Agindo bem?
Grupo
Vazio
Proteção
Possível?
Procura-se um corpo
Alerta
Á esquerda de nós
Viagem de uma última hora
Última chance
Ok, ok
Sem saída
Em alta madrugada, assassinatos e injustiças são as principais atrações do circo
Unicamente, feliz
Vida no necrotério
• Wait for it •
Tempo
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Até mais!
Eu?
No name
É isso aí, gente

Inferno

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By SOFGDS

Feche seus olhos
Me diga quantas vezes pensou em voltar
Me diga quantas vezes rogou por equilíbrio
Me diga quantas vezes o destino te decepcionou.
E se você realmente pudesse voltar?
Se o relógio trabalhasse à seu favor
Trocaria algumas palavras? Anularia ações impensadas?
Feche seus olhos.
Veja através de suas pálpebras a escuridão do dia e a clareza da noite.
Não se sinta assim, não é sua culpa. Não se persiga, não seja seu próprio fantasma.
Abra seus olhos. Olhe ao seu redor, veja o que eles fizeram. Não parece tudo horrível? Não parece tudo assombrado?
Você anda por um mundo sem cor, tem certeza que é o que precisa?
Permaneça sentada, olhe para o céu claro da noite. Não é melhor pensar sobre os ramos amigos da solidão?
Quantas vezes já pensou em fugir? Pare onde está, me dê a mão para eu lhe guiar se assim for fazer.
Você é tão jovem para tantos planetas desarrumados em sua cabeça
Por que deixar que eles vençam? Por que se deixar para trás assim, tão depressa?
Não diga que já desistiu
Podemos parar com tudo agora. Podemos esquecer tudo por hora.
Não volte pra lá. Viva essa noite. As coisas vão voltar a existir com você.

**
Narrador

A leitura de Sam foi interrompida pela voz de Logan que vinha de seu lado. Pelo seu tom, não era a primeira vez que lhe chamava.

A garota ergueu os olhos, lhe dando chance de perguntar novamente. 

- O que é isso? - Ele repetiu, dando um breve riso. Sam piscou levemente, ainda no êxtase da leitura do poema.

- Ahn... São poemas - Explicou, voltando os olhos para os papéis em seu colo. - De Agatha. Ela costuma escrever, mas sempre acha que não estão bons - Riu levemente. - Então... Eu estava vendo esse lado da sala e vi o a caixa que ela guarda o que escreve - Appntou para a caixa com a tampa meio tombada para o chão.

- Pelo visto você gosta de ler as coisas dela - Logan sorriu, se sentando direito do lado da mesma. Não era a primeira vez que a via com tais papéis. 
- São bons. Eles me ajudam, de certa forma - Riu de modo vazio.

- Você está desanimada ultimamente. - Falou, a olhando. Sam deu de ombros.

- Eu perdi meus pais quando tudo começou. Depois meus amigos de lá. Entrei em uma escola com demônios, e meus amigos são fantasmas. Recentemente o namorado da minha melhor amiga morreu, e qualquer um de nós pode ser o próximo. - Falou - Acho que tenho motivos por estar assim. - Se retraiu.  

O rapaz pareceu que iria dar algum tipo de resposta consoladora, mas parou no momento que ouviram um pequeno barulho perto da janela, mais alto do que a água que caia serenamente do telhado.

Arya, do outro lado da sala semi iluminada, ergueu os olhos, sendo puxada de pensamentos internos.

- O que foi isso? - Ela perguntou. Sam olhou para cima, de onde vinha o barulho, se levantando e olhando pela janela sem hesitar. Talvez agora fosse mais fácil. Ela quase já não ligava se fosse morrer, ou coisa parecida.

A vidraça da janela estava levemente trincada. Embaçada pelo frio, fez a garota passar a manga da blusa, tentando visão.

Um cemitério com portões fechados. Esculturas de anjos negros se viam ao longe, cortando a neblina levemente.

No chão, estava um pequeno gatinho siamês. Encolhido pela chuva, provavelmente sentia frio, era apenas um filhote. 

- Ah - Sam deu de ombros - É só um gato. - Voltou a sentar. Arya ergueu uma sobrancelha, levantando e indo até a janela.

- Ele parece assustado e com frio - Observou - A gente pode pegar ele.

Sam franziu o cenho.

- Alguém tem como cuidar? - Perguntou. Arya devolveu um olhar intrigado.

- A gente se vira - Devolveu - É melhor ele aqui dentro do que lá fora. - Insistiu. Logan concordou de leve com a cabeça, olhando para Samantha, que continuava a fitar os papéis em seu colo novamente.

**

A garota passava a mão sobre o parapeito empoeirado da janela.

- Escolha, Helena. - Uma voz de mulher abalou pela sala. A garota apenas se virou minuciosamente.

- Eu escolho a morte - Deixou a cabeça pender levemente para o lado.

Alyce abriu um sorriso. Lee brincou com o machado no canto do aposento, com um sorrido de um canto à outro do rosto.

**

A máquina ao lado da cama da mãe de Arya ia cessando o som.

Os médicos tentavam reanimar o corpo em cima da maca.

Mas era só um corpo.

O bebê fora levado para fora. Chorava alto, e se remexia mais que o normal no colo da médica. 

A mãe de Arya já não estava mais ali. O pai fora levado para fora, com as insistências dos outros médicos, mas seu rosto demonstrava desespero de ficar viúvo com dois filhos.

Pianista olhava a tudo. Permanecia à frente da maca, vendo o corpo com olhos frios, não se abalando em ver a morte.  
Ergueu os olhos opacos para um dos médicos, dando pequenos passos para trás, minuciosamente. 

Depois deu uma última olhada para o corpo da mulher.

O inferno ganhava mais uma alma.

Pianista fez uma mesura em respeito, deixando que os médicos voltassem a tentar reanimar a mesma. Mas ele já sabia que não haveria voltas.

Em sinceras palavras baixinhas de consolo, sumia vagamente. Um ponto à Alyce. Um ponto ao demônio.

**

- O que é isso? - Isabela perguntou, com um sorriso infantil, olhando a figura corpulenta à sua frente, que carregava o machado nas mãos.

- É algo que pode machucar. Muito. - Lee devolveu, com um sorriso maldoso, encarando a criança. 

- Por que tem isso? - A garotinha perguntou, arregalando os olhinhos de leve com a resposta dele.

- Vou precisar dele depois, criança - Devolveu, se inclinando levemente para frente.

- Em que? Pra fazer aquelas histórias de morte que me conta? - Perguntou. 

O fantasma arreganhou os dentes em um sorriso.

- Sim - Confirmou - E você vai comigo depois. - Disse. Isabela parou, o olhando com inocência nos olhos.

- Para onde? - Questinou.
- Vamos brincar em um parque aqui perto - Continuava a sorrir. Qualquer um poderia ver que seu sorriso era demoníaco, mais do que o normal. Menos a criança.
- Eba! - Deu pulinhos alegres, sorrindo, mas parou e se virou rápido quando ouviu a voz de Márcia  da janela.

- Isabela! O que está fazendo ai?! - A mulher parecia aflita - Entre agora mesmo, já está tarde da noite! - Gritou, com leve irritação. 

A garotinha deu uma leve olhada para o fantasma, como se ele fosse seu melhor amigo, e estivesse pedindo desculpas por ter que ir.

- Já vou, vovó - Devolveu, e correu da parte coberta do jardim, passando pela fina chuva que ainda caia, entrando na casa, sendo acolhida pelos braços da avó.

Esta, ergueu os olhos, os vagando pelo jardim, a procura de alguém. Seus olhos estavam aflitos, algo não queria contar.

- Vamos, entre, criança. Não quero você sozinha lá fora. - Ralhou, fechando a porta atrás de si quando se viram dentro da sala.

Lee observava a tudo com os dentes arreganhados, se divertindo.

Pianista, do lado de dentro, balançava a cabeça vagamente.

Alyce estava conseguindo o que queria. Já tinha Helena, a mãe de Arya, e estava atrás de Isabela.

Havia uma ligação entre essas pessoas.

Mas ninguém poderia saber. Apenas pianista sabia. Precisava proteger aquilo, e tentar impedir em silêncio. 

O fantasminha suspirou, vendo pelo canto do olho a garotinha subir com a avó para o andar de cima.

Da vidraça da janela, os olhos de Lee se encontraram com os dele.
E então o sorriso demoníaco do mesmo se fechou friamente, em ódio na expressão.

 

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