Drag Me Down ( Harry Styles F...

By harrydesordeiro

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Harry Styles saiu de casa aos 15 anos, após o anúncio do divórcio de seus pais, algo que o deixou devastado... More

Prólogo
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Atenção!!!
Capítulo 16.
Parte 2.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Últimos Avisos!!!!!!
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Parte 2.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Epílogo.
Agradecimentos!

Capítulo 10.

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By harrydesordeiro

Apesar de ter dormido tarde, acordei cedo, as sete já estava arrumando a cama. Coloquei o celular para carregar, acabei ouvindo música até dormir, quando acordei estava todo enrolado no fone e o celular descarregado, passei a noite ouvindo música e pensando na Emily, essa garota está me deixando completamente maluco, todas as músicas que ouvi me fizeram lembrar dela, quer dizer, a maioria. Achei que nunca mais uma garota mexeria comigo, para mim todas mereciam ser usadas e jogadas fora, porque para mim todas eram iguais, traidoras, interesseiras, vadias, mas estava enganado, pelo menos uma não é assim. 

Emily pode ser esquisita, quem a olha assim à primeira vista vai achar isso, ela é calada, na dela, é seu jeito, mas ela é especial de alguma forma, é bondosa, doce, tem olhos lindos e um sorrido capaz de derreter o mais duro dos corações, como nunca olhei para ela? Como nunca notei o quanto ela é bonita? PORQUE O BABACA AQUI ESTAVA SEMPRE IMPLICANDO COM ELA, A PERTURBANDO TODOS OS DIAS. Ela aguentou todos os insultos e as humilhações, nunca me fez mal, mas o fato dela ser diferente dos outros, me fez ter vontade de torná-la minha vítima, meu alvo, meu brinquedo, uma garota indefesa, que para mim se mostrou ser diferente do que eu imaginava, mostrou isso nas poucas vezes que conversamos, gentileza e bondade foram coisas que vi nela, a garota que sempre anda de cabeça baixa pela escola sorriu para mim, me deixando completamente derretido.

- Caraca! Não tem nada para comer! - minha geladeira está vazia, exceto pela caixa de leite, que ao cheirar, quase vomito nela, tem alguns ovos, tomates e cebola, eu devorei tudo, até os biscoitos e o cereal - vou ter que fazer compras, mas hoje não, resolvo isso amanhã, vou tomar café na rua.

Como o tempo hoje está fresco, decidi não usar jaqueta, vesti uma camisa branca, meus jeans escuros e meu All Star preto. Ao passar pela portaria vi o porteiro levando uma bronca de um casal de moradores que acho nunca ter visto, só sei que eles reclamavam da mesma coisa que eu pretendia fazer, o fato do tal porteiro nunca estar na portaria. Ele nunca está e dessa forma qualquer um pode entrar, já que o portão não é eletrônico. Resolvo ir andando para a padaria, tem uma na minha rua, mas a última vez que comi lá encontrei um fio de cabelo no croissant, depois disso nunca mais voltei lá, aí comecei a ir em outra padaria, que fica um pouco mais longe de onde moro e onde sei que não vou encontrar cabelo no croissant. Viro duas esquinas e paro, do outro lado da rua vejo uma garota segurando um bebê na frente de uma igreja, dou um passo para trás e me escondo atrás de uma árvore e tiro os óculos.

- Emily?

É ela, toda sorridente brincando com um bebê que parece ter um ano ou menos, ela está tão diferente, arrumada, de vestido, sapato de salto alto e o cabelo está mais volumoso, de longe dá para ver que está linda. Um casal sai da igreja e caminha até ela, o bebê estica os bracinhos, a mulher o pega, eles conversam com Emily, que balança a cabeça e sorri, o casal também sorri, o bebê acena para Emily, que manda beijos para ele, o casal se afasta, Emily continua olhando para eles, até que virem a rua, em seguida ela coloca a mão no peito, parece estar chorando e se não estou errado, suas pernas parecem meio trêmulas, saio de trás da árvore e atravesso a rua.

- Emily? Você está bem? - ela olha para mim, meio assustada e com os olhos cheios molhados.

- Não - e para minha surpresa, ela se joga em mim e me abraça.

- Calma, vai ficar tudo bem - retribuo o abraço, passo a mão em seu cabelo - o que aconteceu? - ela não responde - vem, vamos sair daqui, tem uma padaria aqui pertinho, vamos ir lá, para você tomar um copo de água - ela balança a cabeça - vem - ela se apoia no meu braço.

Começamos a caminhar devagar, em silêncio, Emily chora baixinho. A sensação de tê-la abraçado pela primeira vez deixou meu coração agitado, suas mãos se agarraram com força na minha camisa, como se naquele momento eu fosse o seu escudo. Quando ela me olhou, vi tanta tristeza em seus olhos, não só tristeza, vi dor também, como se algo a tivesse atingido. Viramos a rua e chegamos na padaria, que mais parece um desses cafés chiques, por fora o letreiro rosa da fachada chama atenção, combinando com os canteirinhos de flores das duas enormes janelas, tanto a lateral, quanto a da frente, os vasinhos que ficam nas mesas pequenas do lado de fora também combinam com o letreiro.

- Chegamos - empurro a porta e deixo Emily entrar primeiro. O lugar não está cheio, das cinco mesas, duas estão ocupadas, uma por três senhoras e a outra por um casal - vamos sentar ali, perto da janela - aponto para o lugar, Emily vai na frente, dou uma olhada discreta em seu vestido, é de renda, em um tom meio creme e combina com seu tom de pele. Arrasto uma cadeira para que ela possa se sentar, ela faz um aceno de cabeça, faço o mesmo, só que arrasto minha cadeira para ficar mais perto dela, um rapaz se aproxima com o cardápio e sorri ao parar em nossa mesa.

- Bom dia, posso anotar o pedido?

- Você pode trazer primeiro um copo de água com açúcar? - o rapaz olha para Emily - depois você pode trazer dois chás de camomila e croissant por favor.

- Já trago o copo de água e em seguida seu pedido - o rapaz se afasta apressado.

- Você gosta de chá de camomila? Se você não gostar eu troco por outro - Emily passa as mãos no rosto.

- Não, eu gosto, tudo bem - ela diz baixinho, tira a bolsa e a coloca em cima da mesa, perto do meu óculos e do meu celular.

- Aqui, a água - o rapaz entrega o copo para Emily - volto em seguida com o pedido.

Olho Emily, ela bebe a água em pequenos goles, sua bochecha está meio manchada de preto, assim como o canto de seus olhos, pego um guardanapo de papel, coloco uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha e passo o guardanapo em sua bochecha.

- Estou suja? - ela olha para mim.

- Só um pouquinho, não se preocupe, você continua bonita - termino de limpar sua bochecha e depois limpo os cantinhos de seus olhos - pronto, terminei - amasso o guardanapo e coloco em cima da mesa.

- Obrigada - ela termina de beber a água e coloca o copo na mesa.

- Se sente melhor? - ela assente e mexe nas mangas compridas de seu vestido.

- Não conhecia essa padaria - ela olha ao redor - na verdade não conheço muita coisa aqui em Liverpool.

- Essa padaria é muito boa, o croissant daqui é o melhor, fica meio longe de onde moro, mas aqui sei que não vou encontrar cabelo no croissant.

- Você já encontrou cabelo em croissant?

- Já, na padaria que tem na minha rua, fui lá doido por um croissant quentinho com manteiga e quando eu parto no meio... Um fio de cabelo enorme - faço careta - nunca mais voltei lá.

- Seu pedido - o rapaz chega com uma bandeja, coloca as duas xícaras de chá na mesa, junto com os croissants e dois potinhos redondos e pequenos, um com manteiga e outro com geleia de morango - precisando de mais alguma coisa, é só chamar, com licença - ele pega o copo que Emily bebeu a água e se retira.

Me afasto só um pouco da Emily para poder comer.

- Bebe o chá enquanto está quentinho, vai te deixar ainda melhor - empurro uma xícara para ela, que aceita, pega a xícara e assopra o chá - fique a vontade para pegar um croissant, também está quentinho - mordo meu croissant.

- Não obrigada, vou ficar só no chá mesmo - com duas mordidas acabo com o croissant, bebo um pouquinho de chá, está quentinho e gostoso.

- Você está frequentando aquela igreja? - pergunto, enquanto passo manteiga em outro croissant.

- Na verdade é a segunda vez que vou - ela bebe mais um pouco de chá - eu vim domingo passado com minha vizinha e hoje acabei vindo sozinha, eu ia muito a igreja em Lenoir e aqui vou tentar manter esse costume, a igreja fica longe da minha casa, mas gostei de lá, como vim sozinha, quase me perdi.

- Sua vizinha não pode vir com você? - limpo a boca com o guardanapo.

- Não, ela estava toda ocupada com a arrumação da casa e como eu já estava arrumada, decidi vir sozinha - termino de beber meu chá, já estou de barriga cheia.

- Gostou do chá?

- Sim, estava gostoso - ela pega a bolsa e tira o celular de dentro dela - vou mandar uma mensagem para minha mãe, para ela não ficar preocupada, eu a chamei para vir comigo, mas ela não quis, ficou em casa descansando.

- Sua mãe faz o quê? - volto a arrastar minha cadeira para ficar mais perto dela.

- Ela é enfermeira - ela enfia o celular na bolsa e a coloca na mesa - é a enfermeira com os horários mais malucos que conheço, hoje ela está de folga e como meu padrasto trabalha de segunda a sábado, ela quis ficar em casa com ele.

- E por falar nele... Ele não tentou nada, tentou?

- Não, essa semana nada aconteceu, nada - ela me olha - foi uma semana tranquila - ela levanta a mão e mexe nos fios do meu cabelo, que estão escapando da touca - você... Você fica bonito de touca.

- Você acha? - pego sua mão, ela balança a cabeça.

- Você sempre aparece quando eu preciso de ajuda, é a segunda vez que você me ajuda.

- Eu estava perto da igreja e vi você, brincando com um bebê, depois os pais dele chegaram, eram os pais? - ela assente - eles pegaram o bebê e foram embora, fiquei te olhando e vi você chorando, o que aconteceu? Você se sentiu mal?

- É, foi isso, me senti mal - sua voz vacila um pouco, ela não parece estar falando a verdade, resolvo não insistir.

- Emily, eu... Eu quero falar sobre o que aconteceu na escola, na sexta, olha, eu não estava mentindo, muito menos brincando com você, fui sincero em todos os momentos que tivemos juntos, sinto algo por você.

- Quem está acostumado a mentir, mente o tempo todo Harry, o que mais tem por aí é gente falando gosto de você da boca para fora - ela suspira - você não gosta de mim, você tem a Savannah, eu sei que vocês tem alguma coisa, a escola inteira sabe.

- Eu fico com ela de vez em quando, quer dizer, ficava - Emily continua me olhando - já tem um tempo que não rola nada entre ela e eu, é sério - olho nossas mãos rapidamente - você sente algo por mim não sente? Nem que seja algo pequenininho, você foi no meu apartamento levar as anotações da escola, até cuidou de mim, como ninguém faz, foi gentil comigo, logo comigo, que sempre fui um idiota com você, nós conseguimos até rir juntos - seus olhos lacrimejam - você mexe comigo, estou encantado por você Emily, por sua bondade, você é doce e está bagunçando a minha cabeça.

- Não fale essas coisas, por favor - lágrimas começam a escorrer por seu rosto, passo a ponta dos dedos para enxugá-las - eu não posso.

- Você tem alguém? Você namora?

- Não - ela sussurra.

- Então porquê você diz que não pode? Você acha que não sirvo para você? - chego mais perto - você me acha tão lixo que não posso gostar de ninguém ou que alguém não deve gostar de mim? Sou tão nojento assim? Você acha que quero te usar?

- Não Harry, não é isso, não fale essas coisas de você - sua boca está bem perto da minha.

- Eu sei que fiz muitas coisas terríveis com você, só fiz merda, mas porra, eu me arrependo de cada uma delas, juro que me arrependo, mas conforme as coisas foram acontecendo, nos aproximamos e eu me encantei por você - ela passa a ponta dos dedos no meu queixo, estremeço com seu toque - acredita em mim por favor.

- O que você viu em mim? Eu nem sou bonita, eu não... Não faço o seu tipo, não faço o tipo de ninguém.

- Você é linda Emily, faz o tipo de qualquer um, principalmente o meu - roço a boca em seus dedos - você só se esconde dos outros, do mundo, parece que você quer afastar os outros de você.

- Talvez eu queira - ela abaixa a cabeça - talvez eu queira afastar os outros de mim.

" Todo mundo esconde uma dor, você não? "

As palavras dela surgem na minha cabeça.

- Mas você não deveria, por que afastar os outros de você? - passo o polegar por sua bochecha.

- É o melhor para mim, assim evito muitas coisas.

- Tipo o quê? Alguém gostar de você? Tem algo que você não quer dizer, eu sei que tem - Emily fecha os olhos - eu não sou esse monstro que todo mundo diz que sou, você já me conheceu um pouco, fala para mim.

- Me leva para casa? - ao olhar para mim, mais lágrimas escorrem por suas bochechas.

- Levo sim, mas por favor, responde minha pergunta, você sente algo por mim?

- Não faça perguntas das quais não possa te dar uma resposta, você não... Você não me... Por favor, me leva para minha casa.

- Tudo bem, te levo.

[...]

No caminho para a casa da Emily, ela se manteve em silêncio e um pouco distante de mim. Eu olhava de canto de olho para ela e a via passar a mão no rosto, eu queria ter falado algo, mas o medo de piorar as coisas entre nós foi bem maior, segui em silêncio durante todo o caminho, ela só abriu a boca quando chegamos na casa dela.

“ - Obrigada pelo chá e por ter me acompanhado até a minha casa - ela diz e me surpreende me dando um beijo na bochecha. ”

Fiquei alguns segundos parado feito um idiota com a mão na bochecha, vendo-a caminhar na direção de sua casa, quando ela entrou e fechou a porta, despertei. Fiz o resto do trajeto pensando em nossa conversa, é incrível como sempre acabo pensando em nossas conversas, foram poucas as vezes que conversamos, mas me senti bem de alguma forma nessas poucas vezes, eu fui eu mesmo, fui o garoto que costumava ser, que se importava com os outros, que era bom ouvinte, que estava sempre disposto a ajudar, o garoto brincalhão, que ria de coisas bobas. Se hoje sou como sou, rebelde, grosseiro, babaca com todo mundo, foi a forma que encontrei para me proteger, para que ninguém me faça de otário, para que ninguém pise mais em mim, é só um escudo, uma barreira, barreira que começou a enfraquecer com a aproximação da Emily, ela está destruindo aos poucos tudo que levei um bom tempo para construir.

- Algo aconteceu com ela, algo aconteceu com seu coração, alguém deve tê-la enganado, a machucado, só pode ser isso.

" - Responde minha pergunta, você sente algo por mim?

- Não faça perguntas das quais não possa te dar uma resposta "

- Algo aconteceu com você Emily e eu vou descobrir.


[N/A] Oi gente, como vocês estão? Espero que estejam bem, aqui estou mais uma vez com uma nota, prometo não me prolongar, eu sempre falo isso e escrevo algo gigante rsrs muito obrigada pelos comentários e votos, vocês tem sido muito bons comigo e eu só tenho a agradecer pelo apoio e carinho, até quem só visualiza e não comenta, ou vota e não comenta, muito obrigada mesmo. Como eu disse na última nota, vocês vão começar a conhecer mais a Emily, e nesse capítulo ( espero que vocês tenham gostado ❤ ) teve uma coisinha que meio que já da indício do que vai vir no próximo capítulo, um segredo da Emily será revelado, será que vocês tem algo em mente? O que será que ela esconde? Se tiverem algum palpite, deixem nos comentários. Continuem comigo, acompanhado Drag Me Down e Friends, votem, comentem, é importante para mim, muito obrigada por tudo, eu amo vocês. All The Love ❤

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