Os Filhos do Tempo 3 - A Bata...

By chaienesantoswriter

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TRILOGIA COMPLETA 🏆Prêmio Wattys livro 1. Ideia Governante: Nós seremos eles e, então, nos criarão. História... More

I - Viagem Perigosa
II - Espião do Planeta Terra
III - Volta às Aulas
IV - Perigo na Terra
V - Confronto entre Espiões
VI - Sombra do Mal
VII - Caçada
VIII - Jogos Alienígenas
IX - Desafio
X - O Início dos Jogos
XI - As Guerreiras
XII - Morte na Arena
XIII - Encontro de Titãs
XIV - Labirinto
XV - Monstro de Gelo
XVI - Pirâmide
XVII - Acerto de Contas
XVIII - Última Luta
XIX - Um Novo Plano
XX - Ressurreição
XXI - Uma Nova Realidade
XXII - Despedida
XXIII - O Segredo
XXV - A Escolha
XXVI - Agente X
XXVII - Encurralados
XXVIII - Retorno à Terra
XXIX - Revelação
XXX - A Morte é o seu Nome
XXXI - O Destino de Mirov
XXXII - Esperança
Contato e Outras Obras do Autor

XXIV - Triângulo das Bermudas

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By chaienesantoswriter

Escondido em meio ao oceano Atlântico, a Base Internacional de Capturas e Projetos de Origem Alienígena estava totalmente pronta e começava a funcionar perfeitamente, com a mais alta tecnologia do planeta. Fora construída no Triângulo das Bermudas, lugar onde navios, submarinos e aviões evitavam utilizar a rota devido aos sucessivos casos de desaparecimento relatados pela mídia. Este fato ajudava a manter o seu caráter secreto. O atracadouro permitia que naves de grandes dimensões ficassem escondidas e o local era todo iluminado, já que naquela profundidade raramente a luz solar chegava. Tudo que o mundo tinha de mais avançado, baseado em tecnologia terrestre e interplanetária eram projetadas e testadas naquele centro avançado.

O diretor era Ronald Steighem, ex-chefe da antiga agência Alfa-Ômega, que agora se unira a outros órgãos de capturas alienígenas de todo o mundo, criando a nova agência, AMPT — Agência Mundial de Proteção à Terra. Ele fora nomeado ao cargo devido à sua larga experiência em contatos extraterrestres. Países da Europa e Ásia haviam se juntado aos Estados Unidos da América neste projeto, que visava proteger a humanidade de invasores extraterrestres.

O formato arquitetônico da base era discoide na sua porção mais alta e nas torres que o fixavam ao fundo do mar.

Alguns prédios eram arredondados e interligados por veículos subaquáticos e elevadores. O mais estranho é que a tecnologia empregada parecia não ser do planeta Terra e somente o diretor da agência sabia a origem daquele conhecimento. Os representantes dos outros países ficaram atônitos ao verem as construções que o diretor Steighem fazia questão de acompanhar pessoalmente e queriam saber tudo sobre aquela maravilha, mas ele dizia que revelaria tudo no tempo certo. Aquela informação era ultra confidencial.

Uma redoma especial envolvia toda a obra e permitia um controle térmico e gasoso do ambiente interno. Havia áreas de lazer no complexo e uma boa estrutura de defesa militar. Muitas naves se deslocavam neste espaço e tinham a capacidade de transitar no meio aquático e aéreo. As luzes podiam ser vistas a uma distância de cem metros do local e os módulos de transporte, quando chegavam ao hangar entravam em uma câmara de pouso onde sofriam uma despressurização para acessar o interior da base.

Ronald Steighem acompanhava da sala de comando central as últimas novidades sobre as missões de seus agentes. Ann Soliver e Collin Netil já estavam trabalhando naquele local e se preparavam para voltar à escola onde haviam encontrado o extraterrestre para mais investigações.

— Como está sua mão, Ann? — Netil parecia curioso sobre a situação da agente.

— Ainda está imobilizada, mas acredito que daqui a alguns meses já conseguirei atirar e lutar. Meu soco ficará mais forte com esta mão biônica. Mas, por enquanto, posso muito bem atirar com a direita.

— Espero que da próxima vez tenha mais cuidado. Nossos inimigos são fortes e detêm alta tecnologia.

Ela pegou a pistola no coldre com a mão que estava livre e a rodou com o dedo no guarda-mato, perto do gatilho. Depois, parou-a, de repente, apontando-a para frente para mostrar sua habilidade. Todos na sala do diretor a fitaram, admirados.

— Desta vez serei cuidadosa e não o enfrentarei sozinha. Usarei armas para capturá-lo e trabalharemos juntos, em equipe. — Ela parou por um momento, relembrando todo o incidente, pensando em alguma pista que deixara passar devido ao choque daquele dia. Foi aí que uma frase, até então sem importância, voltou à sua mente:

— Enquanto estava no hospital, me lembrei de uma coisa que aquele ET miserável disse...

— O que foi? Houve tempo para conversarem? Agora fiquei curioso — Collin Netil, de uns tempos para cá, parecia agir estranhamente.

Vivia com uma curiosidade incomum quando o assunto era o antigo ataque.

— Aquele desgraçado revelou que ambos procurávamos o mesmo alvo ali, na escola. Isso quer dizer que seja lá quem for que tenha movimentado aquele esqueleto na sala de aula, também era procurado pelo alienígena.

— Precisamos ir rápido para lá. Se aquele verme estava atrás de quem estávamos investigando é porque este alvo deve ser importante.

Os agentes Ann Soliver e Collin Netil procuraram o diretor da AMPT em sua sala para comunicar a informação e pedir permissão para irem à escola.

— Essa é uma ótima oportunidade de prendermos dois coelhos com uma só cajadada. Inauguraremos assim essa base com chave de ouro, ou seja, com a captura de espécimes valiosos. Chamem as equipes de apoio e vamos imediatamente para esta escola. Irei acompanhá-los. Não admitirei falhas dessa vez.

— Sim, senhor, já deixamos tudo pronto para a invasão do local e desta vez nada sairá errado.

— Espero que esteja certa, agente. Agora vamos rápido. Não podemos perder tempo.

Ronald olhou para Collin e sorriu, como se ambos dividissem algum segredo.

Alguns dias depois, logo pela manhã, o comunicador de Dargan começou a piscar mais uma vez. Ele atendeu, já imaginando quem fosse. Como se confirmasse as suas suspeitas, o holograma da figura desconhecida surgiu à sua frente:

— Alguma nova informação sobre o nosso alvo, sargento? — Indagou o agente X.

— Ela está na escola neste momento. Por enquanto, não foi detectada nenhuma anomalia. Helen segue a sua rotina normalmente.

— Não podemos mais esperar. Peço que me encontre lá em cinquenta minutos. Prepare a abordagem direta — a voz do outro lado verbalizou o momento que ele temia.

O espião sabia que os agentes do governo provavelmente estariam vigiando o local. Se muitos deles aparecessem por lá, a missão poderia se tornar devastadora.

"Melhor tentar achar um modo de capturar a menina sem machucá-la", pensava. O que mais queria, na verdade, era preservar a vida de Sophia e das pessoas que ela amava. Estavam se dando muito bem, e ele sabia que qualquer atitude impensada faria um grande mal à moça. "Não concordo com isso e acho um grande erro. Mas, preciso antecipar minha chegada lá para o bem da menina e de Sophia. Posso adentrar o local antes deles e retirar a menina da sala, deixá-la a salvo. Depois acompanharei a missão em detalhes para não a perder de vista. Nós viemos capturar o capitão Merko e nada justifica usar a pequena como isca."

O coração do espião começou realmente a falar mais alto.

Dargan chegou à escola vinte minutos antes do horário combinado. Cronometrava a operação em seu bracelete e sabia que tinha pouco tempo para pegar a garota. O que ele não imaginava é que, enquanto isso, um avião a jato pousava no aeroporto de Los Angeles. Um helicóptero transportou a equipe AMPT para o local da missão e uma grande operação foi montada, com o uso de tropas de elite das forças armadas. Havia muito pouco tempo para ele resolver a situação.

Para não perder tempo, se teletransportou direto para a sala do diretor, James Haunter. O homem, que estava verificando uns documentos em sua mesa, tomou um susto ao vê-lo surgir, de repente, ao seu lado:

— Quem é você? Como ousa invadir a minha sala?

Antes que ele chamasse a atenção de alguém, o espião rapidamente o neutralizou com uma arma paralisante. Logo em seguida, deitou-o atrás de sua mesa e copiou-lhe a aparência. Assim que viu que estava tudo em ordem, saiu da sala e foi até à secretária.

— Por favor, Judith, mande chamar a aluna Helen Traveler. Peça a ela para vir até à direção, o mais rápido possível. A mãe dela quer falar com ela ao telefone. Nos falamos agora pouco e ela retornará dentro de poucos minutos. Portanto, seja rápida e não faça alarde.

A secretária achou inusitada a atitude do diretor. Geralmente, os recados das mães eram recebidos por ela, e nem ao menos ouvira o telefone tocar. Mas como manda quem pode e obedece quem tem juízo, prontamente ela assentiu e foi buscar a menina.

Neste exato momento, Lorena chegava à escola. Seu semblante magro com um olhar cabisbaixo denunciava a condição física. Ela foi autorizada a entrar assim que disse que precisava falar com o diretor e, se possível, ver a neta. O desejo dela era observar a escola e averiguar com seus próprios olhos se tudo estava bem. A senhora, que agora aparentava ser mais idosa, resolveu passar primeiro pela sala de Helen e dar uma espiada. Subiu então as escadas devagar para chegar ao corredor da sala em que ela estudava.

A secretária bateu à porta da sala e a professora interrompeu a aula para atender.

— O que houve, Judith?

— O diretor pediu que a Helen comparecesse à sala dele.

Os alunos se entreolharam pensando que a garota receberia uma advertência por algum motivo que eles não sabiam, dando início a um grande murmurinho. Ao ouvir a conversa generalizada, Judith justificou-se com a professora:

— A mãe quer falar com ela.

Helen ficou feliz e achou que Zara havia finalmente chegado de viagem. Saiu correndo, com um sorriso nos lábios. Acompanhou Judith em direção à sala do diretor. Mas o destino fez com que no caminho ela encontrasse com Lorena, que andava no sentido contrário. Assim que viu a avó, Helen pulou nos braços dela, toda feliz, quase a derrubando. Lorena retribuiu-lhe com um gostoso abraço apertado.

— Minha neta querida!

— Vovó.... Que bom que você está aqui! O diretor mandou me chamar e disse que a mamãe quer falar comigo. Será que ela voltou?

Lorena arregalou os olhos e encarou a secretária. Achou estranho o fato de Zara chegar e sequer ter avisado a ela de sua presença. Nem o seu marido ou filho...

— O diretor recebeu uma ligação dela. Disse que em minutos voltaria a retornar.

Algo estava estranho naquela história. E ela descobriria o que era. Deu a mão à sua neta e foram juntas em direção a sala do diretor.

Os barulhos de helicópteros já podiam ser ouvidos aproximando-se da escola. Daquela vez resolveram não evacuar a área, evitando assim fugas desnecessárias. O que importava para a agência era a captura do espécime que ali se encontrava. O agente X, junto de Ann Soliver e Steighem, chegava ao local do encontro.

— Por favor, me dê os óculos de reconhecimento de transmutados. Quero ter o prazer de ver primeiro o nosso alvo.

— Ann, eu deixei os óculos na nova base. Os nossos engenheiros estão tentando copiar a tecnologia deles com engenharia reversa. Além do mais, nós já sabemos que o ser que buscamos capturar é uma menina chamada Helen Traveler.

A última coisa que o agente X queria naquele momento era ser descoberto pelos próprios companheiros. Nunca poderiam descobrir que ele era um extraterrestre em meio aos humanos.

— Como descobriu esta informação? Por que não me contou antes? Alguém mais sabe?

— Temos um agente nosso infiltrado na escola. Ele fez uma investigação minuciosa há alguns dias e nos entregou um relatório ontem.

Ela olhou para os outros que estavam ali, inclusive o diretor, que nada disse. Pela janela da aeronave, Ronald Steighem observava a escola que se aproximava. Parecia ignorar as perguntas. Ann achava que algo estava estranho, mas nem desconfiava que o inimigo estava mais próximo do que imaginava.

Na escola, a secretária bateu à porta do diretor:

— Aqui está a menina, senhor.

— Obrigado, Judith. Deixe-a entrar.

A secretária fez Helen entrar na sala e fechou a porta. Mas logo em seguida, Lorena resolveu entrar. Estava disposta a saber o que estava acontecendo. E se tivesse acontecido algo com eles? Porque a nora não a procurou?

— Onde está minha mãe? Pensei que ela estivesse na escola... — Ouviu assim que abriu a porta.

O diretor tomou um susto com a entrada da avó. Ele a reconheceu, mas fingiu desconhecer a informação:

— Quem é a senhora?

— Sou Lorena, a avó de Helen. Porque Zara ligou para o senhor?

Dargan pensava em que explicação dar, mas o barulho dos helicópteros invadiu o recinto. Ele percebeu que não havia mais tempo a perder.

— Preciso que vocês duas fiquem calmas e ouçam o que tenho a dizer. Prestem bem atenção. Estou aqui para protegê-las. Pessoas da Terra e do meu planeta desejam sequestrar vocês, e eu tentarei impedir. Mas peço que confiem em mim.

— Você o quê?! Quem é você e onde está o diretor? — Lorena parecia apavorada com o homem que dizia absurdos diante dela.

A garota que sabia da existência dos extraterrestres não sentia medo. Apenas preocupava-se com a reação de avó, que não estava bem.

Dargan precisava que a mulher acreditasse nele. Por isso, se dirigiu até o lado da mesa, empurrou-a para a esquerda e deixou que vissem o diretor desmaiado.

— O que você fez com ele? Ele está morto? Vou avisar a polícia, é um criminoso. Vamos, Helen! Dona Judith! — Ela tentou bater à porta, mas sem resposta.

Mal sabia ela que Dargan isolara a acústica da sala da secretária, com um de seus dispositivos, afim de evitar que algo mais desse errado. Para ela a escola estava no mais calmo e súbito silêncio.

— Acalme-se, senhora. Ele está apenas dormindo. Pode ver com seus próprios olhos — mas o que mais apavorava Lorena era que os dois homens eram idênticos.

"São irmãos gêmeos?", pensava.

Helen se aproximou do diretor e escutou as batidas de seu coração e a respiração normal, mesmo a certa distância.

— Ele está bem. É verdade, vovó — dirigiu-se então a Dargan. — Você é amigo dos meus pais e do meu avô? — Ao ouvir aquilo, Lorena ficou sem entender mais ainda. O que Merko, Nícolas e Zara teriam a ver com isso?

— Sou um soldado de outro planeta. E sim, conheço a sua família. No momento, preciso tirar vocês daqui antes que a escola seja invadida. Muitas crianças podem se machucar e até morrer. Eles não medirão esforços até alcançar você.

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