Os Filhos do Tempo 3 - A Bata...

By chaienesantoswriter

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TRILOGIA COMPLETA 🏆Prêmio Wattys livro 1. Ideia Governante: Nós seremos eles e, então, nos criarão. História... More

I - Viagem Perigosa
II - Espião do Planeta Terra
III - Volta às Aulas
IV - Perigo na Terra
V - Confronto entre Espiões
VI - Sombra do Mal
VII - Caçada
VIII - Jogos Alienígenas
IX - Desafio
X - O Início dos Jogos
XI - As Guerreiras
XII - Morte na Arena
XIII - Encontro de Titãs
XIV - Labirinto
XVI - Pirâmide
XVII - Acerto de Contas
XVIII - Última Luta
XIX - Um Novo Plano
XX - Ressurreição
XXI - Uma Nova Realidade
XXII - Despedida
XXIII - O Segredo
XXIV - Triângulo das Bermudas
XXV - A Escolha
XXVI - Agente X
XXVII - Encurralados
XXVIII - Retorno à Terra
XXIX - Revelação
XXX - A Morte é o seu Nome
XXXI - O Destino de Mirov
XXXII - Esperança
Contato e Outras Obras do Autor

XV - Monstro de Gelo

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By chaienesantoswriter

Uma vez dentro do labirinto, os jogadores teriam que superar inúmeros riscos, enfrentar ou evitar obstáculos, além de adentrar em um universo cibernético que, embora fosse fantástico, era muito mais perigoso que poderiam imaginar.

Os engenheiros de computação de Mirov haviam feito um magnífico trabalho na criação daquele ambiente. Os dois comandantes descobririam as armadilhas que os aguardavam no emaranhado caminho de luzes diversas, mundos virtuais que beiravam a realidade e escolhas que poderiam ser fatais. Os hologramas mostravam aos espectadores o que acontecia dentro do mundo virtual que Merko e Kirubi haviam acabado de penetrar. O jogo final tinha início.

O primeiro a encarar o desafio foi Merko. Medindo o chão em que pisava, ele penetrou na passagem que se formou à sua frente. Andou com cautela em um ambiente que, de repente, ficou cercado de gelo. Pôde ver as árvores cobertas de neve e as montanhas brancas no horizonte. O vento frio soprou em sua pele e balançava os galhos das árvores secas.

Ele sentiu, de repente, algo se aproximar. Abruptamente, um soldado surgiu por trás de um dos troncos lenhosos e atirou nele. O capitão virou-se de lado no último instante e o tiro acertou-o no pescoço, deixando um pequeno ferimento de raspão.

Mergulhou no piso escorregadio para se posicionar e ver o seu agressor. Com as duas mãos segurando a pistola, já em posição, disparou uma única vez acertando o centro da testa do inimigo. Merko conseguiu eliminá-lo e a imagem do militar desapareceu.

O capitão colocou a mão sobre o pescoço e viu que não era nada sério, mas mesmo assim passou um creme cicatrizante, que retirou de um compartimento que se abriu no traje. Atento, continuou a caminhar com cuidado para não escorregar na superfície quase vítrea, até que mais dois soldados apareceram, desta vez agarrando-o e partindo para a luta corporal. Ele se enlaçou com os militares, dando um chute no primeiro e um soco no outro, que revidou acertando-lhe o rosto, cortando os lábios. Merko cuspiu o sangue sobre a neve branca e o vento frio soprou em sua pele, coagulando rapidamente o vermelho da face.

O capitão puxou o braço de um deles, que se aproximou para golpeá-lo e jogou-o por cima de seu próprio tronco, arremessando o homem que desapareceu virtualmente ao ser anulado. O outro se levantou e pulou sobre o capitão segurando o seu braço e o lançou a uns dois metros de distância.

Depois tirou uma espada de uma bainha nas costas e se preparou para aplicar um golpe, quando Merko rolou pelo chão e pegou a sua espada que havia caído. Com a lâmina levantada, o capitão se defendeu de um golpe frontal, girando-a de um lado para o outro, cortando o inimigo em dois na linha da cintura. Aquele não lhe traria mais problemas.

Mas Merko ainda não estava só. Outro soldado se materializou no chão e lançou-se em direção ao capitão que, com um único golpe, decepou-lhe a cabeça com sua lâmina afiada.

Quando respirava fundo para buscar forças, o capitão viu uma pedra se elevar do chão. Ela começou a se transformar, unida ao gelo, até se converter em um grande monstro. A criatura mostrou os dentes pontiagudos como se fossem estalactites, andando na direção do capitão. Era um gigante branco, com o aspecto de um urso faminto, rugindo feroz para destruir o que entrasse em seu caminho. As garras afiadas saíram de seus dedos grossos e a cabeça avantajada se aproximava, criando uma sombra ameaçadora para cobrir o capitão que parecia uma simples presa, pronta para ser abatida.

O monstro glacial, com um movimento de sua pata, acertou Merko movendo o membro da direita para a esquerda, lançando-o a uma grande distância, fazendo-o colidir contra uma rocha e desmaiar. Depois a criatura continuou a avançar, pronta para pisoteá-lo.

Quando o ser levantava a perna para acabar de vez com sua presa, Merko abriu os olhos e, em um ímpeto de necessidade, rolou pelo chão frio, livrando-se do perigo no último momento. Apanhou a espada e atacou-o com um golpe, acertando-lhe as costas, mas parecia que nem surtira efeito. Ele continuou a atacar o capitão, que já não sabia como derrotá-lo.

Merko olhou para um lago adiante, recoberto por uma fina camada de gelo. Sentiu que ali seria a sua única chance de derrotar o forte oponente.

Caminhou pelos cantos até onde o gelo aguentava bem o seu peso, e com passos leves chegou ao outro lado da lagoa, medindo a espessura do gelo a cada passo. Do outro lado, a coisa observava curiosa os seus movimentos.

— Desgraçado! Está com medo de vir até mim? —Merko incitava a fera para ir atrás dele.

A besta rugiu alto e algumas partes de gelo soltaram da montanha por sobre eles quase acertando o capitão que olhou para o alto e se desviou para o lado para não ser atingido. O gigante branco o seguiu até o meio da lagoa e com alguns passos já dava para ver a trinca que se formara na fina camada de gelo por debaixo dele. Merko torcia para que a fera andasse mais alguns passos.

— Venha filho da mãe, somente mais um pouco. Ande....

O ser continuou a caminhar, quebrando todo o gelo à sua volta. Com o peso, como previsto, acabou afundando dentro do lago. O capitão contornou a área de perigo e voltou ao ponto de partida, onde a ameaça gelada havia aparecido.

Era hora de tentar descansar um pouco, mas seria possível?

Na parede de uma encosta cheia de neve, uma porta se abriu para Merko. Ele se deparou com um corredor fechado, iluminado de azul. Começou a seguir por ali quando duas caveiras se materializaram no final da passagem, os olhos emitindo uma luz vermelha que aumentava o aspecto assustador daqueles seres.

Foi a última coisa que ele viu antes da luz se apagar. Os esqueletos partiram para cima dele, apenas o som das armas se chocando se faziam ouvir.

Por instinto, o capitão esperou até o momento certo e revidou, cruzando sua lâmina com as deles. Uma luz se acendeu no elmo de seu uniforme de combate e, no escuro, as faíscas se transformaram em golpes furiosos. Ele arrancou uma cabeça com um soco poderoso, utilizando a sua mão direita após prender a espada do rival com a sua que estava na mão esquerda.

O outro monstro o atacou por trás, quando ele se defendeu com a espada posicionada em suas costas. Em seguida, com um movimento lateral, acertou o inimigo e o dividiu em duas partes, fazendo com que sua cabeça em forma de caveira caísse no chão. Esses monstros se desintegraram ao serem destruídos e um vento carregou seus restos em forma de poeira. As luzes de cor anil se acenderam mais uma vez.

Depois deste nível concluído, uma porta de elevador se abriu e ele subiu para outro andar no labirinto.

"O que será que vem agora?", pensou.

Era a vez do rival. Kirubi entrou por um caminho que parecia uma trilha de uma floresta. Logo nos primeiros passos, um mundo virtual novo foi criado diante dele, que se viu diante de pássaros ocupando um céu aberto, emoldurando uma paisagem cheia de verde, recheado por copas de árvores que se elevavam, exuberantes.

Ele ficou atento porque um ambiente selvagem como aquele podia esconder muitas armadilhas. Para Kirubi, não foi diferente do seu oponente. De repente, soldados virtuais saíram das árvores e começaram a atacá-lo ferozmente.

Ele acertava alguns com a pistola e outros com a lança, eliminando os adversários com movimentos laterais e precisos. O capitão usava as suas habilidades nas artes do combate com eficientes golpes corporais.

Ao extinguir os algozes, em um piscar de olhos eles desapareciam rapidamente. Mas não era isso que ele e Merko sentiam ao lutarem no labirinto virtual. Tudo parecia ameaçador, a morte se aproximava deles tocando-lhes a pele, gritando os seus nomes, chamando-os para perto dela.

Quando viu os militares armados sumirem, Kirubi pensou que teria um minuto de paz, mas estava redondamente enganado.

De repente, o cenário mudou. Uma caverna se formou diante dele e adentrou-a, pronto para encarar o próximo desafio. Permaneceu em estado de alerta. O espaço ficou escuro a cada passo, fazendo com que ele acendesse a lanterna em seu capacete, clareando o caminho.

Logo ele percebeu que havia um riacho correndo sobre o chão e decidiu segui-lo, na esperança de encontrar a saída. E, apesar de andar com cautela, em um momento da caminhada o chão desapareceu, pegando-o de surpresa. Kirubi despencou no vazio, mergulhando abruptamente dentro de um tanque cheio de água.

Imediatamente, o capacete do extraterrestre se fechou, impedindo-o de se afogar. O acessório começou a liberar oxigênio para a respiração dele, mas ele sabia que não teria muito tempo de ar. Precisava sair dali rapidamente, encontrar a superfície. Começou a nadar em direção a única claridade que vislumbrava, determinado a sobreviver quando sentiu algo se agitar na escuridão.

"O que diabos está acontecendo?"

Uma escotilha se abriu próxima a ele e dois crocodilos saíram para devorá-lo. Eram criaturas hediondas, com cerca de sete metros de comprimento. Um deles abriu a enorme boca e partiu ao encontro do capitão, já sentindo o sabor de sua carne fresca. Kirubi nadou com velocidade e pegou a lança, que se estendeu pronta para o ataque. Ele disparou contra o animal, porém o outro arrancou a lança de sua mão com seus poderosos dentes afiados.

Kirubi deu novas braçadas, fugindo do gigantesco animal, e chegou rapidamente ao outro lado. Percebeu que estava dentro de algo parecido com um tanque. Como não havia como fugir, tirou uma adaga da cintura e atacou o crocodilo, que vinha em sua direção, furando a parte inferior de mandíbula, rasgando-a. O crocodilo começou a sangrar, deixando as águas subterrâneas rubras. Sem esmorecer, o capitão continuou a aplicar golpes contínuos na criatura, até que ela parou de atacá-lo e mergulhou ao fundo, de encontro à morte.

Kirubi começou então a procurar a lança que havia perdido, jogada longe pela criatura. Como se pudesse pressentir o movimento, o outro crocodilo veio em sua direção, para abocanhá-lo. Quando ele se virou, deu de cara com o animal assassino.

O povo observava pelas telas holográficas toda a ação e aplaudia, entusiasmados a cada perigo que os capitães enfrentavam para salvarem suas vidas. Muitos estavam loucos para ver o sangue derramar.

Nícolas permanecia nervoso porque os desafios eram piores do que imaginara e torcia para que seu pai escapasse incólume.

Kirubi usou toda a sua força, girando os maxilares do crocodilo para fora do eixo de rotação. Foi grande a força empregada pela fera para devorar-lhe, mas o esforço do capitão para segurar a fúria do monstro foi maior. Subitamente, ele quebrou a mandíbula do crocodilo, que sangrou abundantemente e ficou zonzo.

Isso deu tempo ao competidor de encontrar a lança que, com um movimento frontal o golpeou letalmente, destruindo o que restou do segundo réptil. Assim que se viu só, uma janela se abriu e a água sangrenta do tanque escoou, permitindo também que o capitão saísse com movimentos de nado embora já estivesse cansado.

A água escorreu de seu corpo e Kirubi voltou ao corredor que se formou diante dele, na caverna. Quando uma parede se abriu expondo uma passagem para outro setor, junto a um elevador, ele subiu para o próximo nível sem hesitar, disposto a conquistar aquela batalha.

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