CAPÍTULO DEZ:
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Impressão.
Os Cullen foram inteligentes em nos atrair para uma clareira longe dos humanos que residiam naquela região. Eu não tinha exatamente um pressentimento sobre o que viria a seguir, as coisas pareciam confusas... indefinidas.
─ Jeanna, minha querida, pode nos contar qual a sua impressão sobre este encontro. ─ Aro questionou-me, me olhando com expectativa.
Meus olhos passaram por todos na guarda. Cada um deles me encarava a espera de uma resposta positiva para nós, alguns deles na verdade estavam bastante confiantes, afinal, ninguém nunca foi contra os Volturi e sobreviveu para contar a história.
Meu olhar finalmente parou em Aro novamente. Caius parecia impaciente ao seu lado, mas não ousou dizer nada.
─ Não tenho uma impressão concreta ainda. ─ Respondi por fim.
Aro alcançou a minha mão, constatando que o que eu havia acabado de dizer era a mais cristalina verdade. Eu pude ver no seu semblante que aquilo abalou um pouco sua confiança, mas ele logo tratou de disfarçar e retomar a sua pose otimista.
Após algumas palavras do mesmo para o restante da guarda e para nossas testemunhas, todos nós voltamos a nos mover em direção aos Cullen.
Ao chegarmos na clareira, eu não me surpreendi ao ver o pequeno exército que os Cullen haviam reunido, eu já esperava por isso. Entretanto, o que me surpreendeu fora os lobos enormes que os acompanhavam, inclusive, havia um lobo marrom avermelhado ao lado da tal criança.
Inicialmente, eu não quis acreditar que os Cullen haviam cometido tal crime, mas ao vê-la... Talvez eu estivesse errada desta vez, apesar de algo me dizer que não.
Meus olhos voaram por cada um dos vampiros daquele lado. Reconheci os Denali, e me virei para encarar Irina entre nós. Ela parecia desesperada ao ver seu clã ali, ela certamente não estava esperando por este desfecho. O que mais uma vez me fez duvidar do suposto crime cometido pelos Cullen, afinal, não acho que alguém do clã Denali lutaria para proteger uma criança imortal depois do que houve com a antiga matriarca do seu clã. Mais alguns rostos conhecidos foram avistados, mas o que eu mais queria ver, não estava entre eles.
Ele não estava lá. Por mais que meus olhos o procurassem. Talvez ele tenha fugido? Talvez ele não quisesse enfrentar uma guerra onde eu seria seu inimigo? Ou talvez tenha acontecido algo com o mesmo? Ou ele tenha deixado o clã? Minha mente estava cheia de indagações sobre ele e eu pude sentir o olhar de Edward Cullen sobre mim. Eu sabia sobre o dom do vampiro e sabia que ele estava lendo a minha mente.
E se eu só...?
Ele está bem? A pergunta simplesmente deslizou na minha mente. Eu pude ver o início de um sorriso no canto dos lábios do vampiro, enquanto ele discretamente acenava em concordância olhando para o vampiro ao seu lado, mas eu sabia que aquilo era apenas para não levantar suspeitas entre nós.
Mas ele não está aqui, certo? Mais uma vez o vampiro maneou a cabeça discretamente sem me olhar, mas dessa vez em negação. Talvez eu deva ficar aliviada?
Os três Reis se comunicavam através do dom de Aro. Então a maioria de nós não tinha nação do que viria a seguir, apesar de eu ter a sensação muito forte de que não iríamos resolver isso apenas com um diálogo civilizado.
Quando Aro começou a vasculhar os rostos do outro lado, eu sabia o que ele procurava e só então, eu dei pela ausência de mais um dos Cullen, a pequena vampira com o dom de prever o futuro. Tínhamos um dom semelhante, mas ao contrário de mim de que tenho apenas sensações sobre ações e desfechos, as quais na grande maioria do tempo estou certa, ela pode prever o futuro de acordo com as decisões dos envolvidos. É um dom muito poderoso e Aro é ambicioso demais para não cobiça-lo.
Aro estava decepcionado. Perder alguém com um dom tão precioso quanto o de Alice Cullen? Ele não esperava por isso e eu podia ver isso em seu semblante.
Os Cullen tinham sua própria forma de comunicação. Era bom ter um telepata entre eles, apesar de vazar algumas de suas conversas.
Eu ainda não tinha uma sensação concreta sobre qual seria o desfecho aqui, mas devo dizer, as chances dos Cullen e seus amigos aumentaram consideravelmente. Além do mas, os laços que os unem são muito mais fortes do que os nossos e ainda que pareça besteira, ou um mero detalhe para muitos de nós, esse é um fator decisivo quando se entrar em uma guerra.
Não me surpreendeu quando Carlisle corajosamente deu um passo a frente. Ele sempre fora contra os nosso métodos de resolver as coisas. Carlisle era a favor do diálogo, não da violência. Não seria ele se não tentasse resolver isso de forma amigável. O grande X da questão é que, esse não é o desejo de Aro.
─ Aro, meu velho amigo, já se passaram séculos. ─ Carlisle se pronunciará, com seus braços para cima, como se demonstrasse suas boas intenções.
Jane já estava preparada para pará-lo a qualquer momento, mas Aro deu um passo a frente.
─ Paz. ─ Ele disse a guarda, que se encontravam inquieta. ─ Palavras justas, Carlisle. Elas parecem deslocadas, considerando o exército que você reuniu para me matar e para matar meus entes queridos.
─ Você só precisa tocar minha mão para saber que essa nunca foi minha intenção. ─ Carlisle ofereceu sua mão. Pelo visto, ele realmente não tinha o que esconder, mas não acho que isso seja suficiente para parar Aro.
─ Mas como sua intenção pode importar, querido Carlisle, em face do que você fez?
─ Eu não cometi o crime pelo qual você está aqui para me punir. ─ Carlisle argumentara.
─ Então se afaste e vamos punir os responsáveis. ─ Disse Aro. ─ Na verdade, Carlisle, nada iria me agradar mais do que preservar sua vida hoje.
─ Ninguém infringiu a lei, Aro. Deixe-me explicar. ─ Carlisle, mais uma vez ofereceu sua mão para Aro.
Observei de canto de olho a aproximação de Caius para se juntar a Aro.
─ Nós vemos a criança, Carlisle. ─ Caius rosnou. ─ Não nos tratem como tolos.
─ Ela não é uma imortal. Ela não é uma criança vampira. Posso facilmente provar isso com apenas alguns momentos...
─ Se ela não é uma das proibidas, então porque você reunião um batalhão para protegê-la? ─ Caius mal esperou que Carlisle terminasse.
Meus olhos voaram mais uma vez para a garotinha. Ela era linda, e sim, muito me lembrava as crianças imortais, mas ao mesmo tempo parecia tão diferente.
─ Testemunhas, Caius, assim como você trouxe. ─ Carlisle argumentara.
Os vampiros do nosso lado não pareciam em nada felizes com tal comparação.
─ Qualquer um desses amigos pode lhe contar a verdade sobre a criança. ─ Carlisle continuou. ─ Ou você poderia apenas olhar para ela, Caius. Veja o rubor de sangue humano em suas bochechas.
Meus olhos voltaram mais uma vez para criança, captando o detalhe perdido. Carlisle tinha razão.
─ Artifícios! ─ Caius bradou, sem se quer considerar o argumento do Cullen. ─ Onde está o informalmente? Deixe-a avançar! ─ Ele olhou em volta, procurando pela Denali que estava meio escondida pela multidão. ─ Você! Venha!
Encarei a informante. Eu não tinha boas notícias para ela...
Oioi, pessoinhas!👋🏼
Algumas pessoas me perguntam qual é o dom da Jean... Bom, como foi citado no capítulo, a Jean tem pressentimentos sobre o que vai acontecer, ela não tem visões, apenas sensações, que normalmente estão certas, mas que também podem faltar.
Além de ter o dom de anular outros dons, assim como ela já fez com o de Jane nos primeiros caps, não lembro exatamente em qual deles, mas vocês devem se lembrar.