Do Que o Amor é Feito | Amore...

By Tayh_Souza

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O que você faria se um estranho descobrisse um segredo seu? Heloísa nutre um amor platônico pelo mesmo garoto... More

Sinopse e Nota
Capítulo 01 - O garoto do corredor
Capítulo 02 - Eu disse isso em voz alta?
Capítulo 03 - Você estava me espionando!
Capítulo 04 - Fui pega em flagrante!
Capítulo 05 - Não vou mais pensar nele
Capítulo 06 - Que tal fazermos um acordo?
Capítulo 07 - Um caso perdido de amor platônico
Capítulo 08 - Sou uma completa e perfeita azarada
Capítulo 09 - Tão cortês quanto um quadrúpede
Capítulo 10 - Você vai voltar amanhã?
Capítulo 11 - A gente meio que começou com o pé esquerdo
Capítulo 12 - Meus amigos favoritos
Capítulo 13 - Você é um desastre ambulante
Capítulo 14 - Uma discussão sobre namorados
Capítulo 16 - Essa foi por muito pouco!
Capítulo 17 - Que espécie de pergunta é essa?
Capitulo 18 - Foi só sua imaginação
Capítulo 19 - Somos best friends para sempre
Capítulo 20 - Uma ideia absurdamente inusitada e idiota
Capítulo 21 - E se fosse você que gostasse de alguém?
Capítulo 22 - O que foi que eu perdi?
Capítulo 23 - Você está diferente
Capítulo 24 - O que me deu na cabeça?
Capítulo 25 - Isso significa o que eu estou pensando?
Capítulo 26 - Esse garoto é impossível!
Capítulo 27 - Ele está me chamando para sair?
Capítulo 28 - O que será que houve com ele?
Capítulo 29 - Que tipo de opinião eu posso dar sobre isso?
Capítulo 30 - O que está rolando aqui?
Capítulo 31 - Detesto segundas-feiras!
Capítulo 32 - Qual é, afinal, o meu problema?
Capítulo 33 - Apaixonado? Por mim?
Capítulo Bônus
Capítulo 34 - Como pude ser tão cega?
Capítulo 35 - Estava sentindo tanta falta dele!
Capítulo 36 - Do que o amor é feito
Capítulo 37 - Clima de desastres amorosos
Capítulo 38 - Ele é um cara de sorte
Capítulo 39 - Ele... foi embora
Capítulo 40 - Clichê?
Capítulo Bônus
Capítulo Final
Agradecimentos
Premiações
Outra Vez o Amor Acontece

Capítulo 15 - 17 anos

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By Tayh_Souza


     16 de março, também conhecido como dia do meu aniversário. 

Eu mal consegui dormir essa madrugada. Sabe aquele frio na barriga? Aquela ansiedade? Nem dá para acreditar que agora eu tenho 17 anos. Sou quase legalmente uma adulta.

Eu deveria me sentir diferente? 

Jogo os pés para fora da cama e me levanto, pronta para começar o dia. Sendo meu aniversário ou não, é só mais um dia do ano, não vou fazer disso um evento.

Quando estou limpa e pronta para ir ao colégio, caminho até a cozinha com a mochila nas costas.

Encontro minha avó arrumando a mesa para o café. 

— Bom dia, vó – digo, me aproximando para deixar um beijo em sua bochecha. 

— Bom dia, querida. – Ela sorri para mim e continua sua tarefa de organizar a mesa de café. 

Franzo a testa. Ela não me parabenizou, o que só pode significar uma coisa: está fingindo que não se lembra, para tentar fazer uma "surpresa" mais tarde. O bolo que eu encontrei "escondido" na geladeira ontem de madrugada também é um grande indício disso.

É a mesma coisa todo ano. Mesmo que eu sempre diga que não quero nada, vó Rute finge surdez e faz uma festa aqui em casa.

Sei que não adianta argumentar, então me sento numa das cadeiras e finjo que não sei de nada.

•••

— Feliz aniversário! – Cristine exclama, me apertando em um abraço de urso. — Passo na sua casa mais tarde para entregar seu presente. Você vai amar!

— Não precisava gastar seu dinheiro comigo, Cris. E fala mais baixo – peço ao me afastar, olhando ao redor do pátio. — Alguém pode ouvir. Ou… pior, um dos professores pode ouvir.

— E qual o problema disso?

— Sabe que eu morreria de vergonha se alguém inventasse de bater parabéns para mim na sala – compartilho meu maior medo e Cristine ri, como se eu tivesse dito algo super engraçado. 

O sinal para a primeira aula bate e o empurra-empurra de alunos querendo chegar nas salas começa.

— Você é uma boba, isso sim. Agora tenho que ir para a sala. A gente se vê no almoço?

— Aham. Até lá. – Começo a me afastar, mas ela me chama outra vez e eu paro.

— Feliz aniversário!!! – Ela ri e some no meio dos alunos antes que eu possa xingá-la. 

Cristine é uma peste às vezes. 

Começo a andar e não demoro a chegar no corredor da minha sala. De longe vejo que a porta está fechada, o que só pode significar que Zoe, a professora de história, já deu início a aula. 

Paro em frente à porta da sala, inspiro fundo, na tentativa de criar coragem para pedir desculpas à professora por mais um atraso. 

O segundo sinal bate, e quando decido erguer a mão para bater na porta, alguém é mais rápido e o faz por mim. Olho para o dono da mão e vejo Diogo ao meu lado.

— Oi – eu digo, ajeitando a alça da mochila nas minhas costas. 

— Oi – ele responde e entra na sala, pedindo licença à professora.

Entro logo atrás, agradecida por não ser a última a chegar, como já é comum na minha vida.

Me sento e Diogo faz o mesmo ao meu lado. Olho para o loiro por alguns segundos, notando que hoje ele ostenta mais um dos seus moletons pretos, mas dessa vez o tecido tem uma estampa do Pac-Man na frente. 

Faz pouco mais de um mês que Diogo começou a estudar no colégio, e já tivemos duas aulas nesse meio tempo. E, por falar em aulas, hoje teremos a terceira delas.

Surpreendentemente, estou aprendendo mais de química com ele do que no segundo e terceiro ano do ensino médio inteiro. 

Quanto a nossa convivência, não está tão diferente de como era no começo. Quer dizer, a gente não discute mais, mas também não estamos nem próximos de ser amigos. O máximo de conversa que temos além das aulas, são os "ois" ocasionais quando nos esbarramos no colégio.

Sou tirada dos meus devaneios quando a professora Zoe termina a chamada e se levanta da cadeira.

— Muito bem, turma, abram seus livros na página 52. Vamos continuar de onde paramos ontem. 

•••

Estou no meio da aula com o Diogo quando Cristine irrompe pela porta da livraria com uma sacola de papel rosa e extremamente chamativa em uma das mão.

— Olá, aniversariante! – ela diz, tão alto que aposto que metade da rua ouviu, enquanto se aproxima da mesa onde estou sentada. 

— É o seu aniversário? – Diogo sussurra a pergunta.

— É. – Encolho os ombros, bastante sem graça. Eu vou matar a Cristine! 

— Por que não cancelou a aula?

— E porquê eu cancelaria? – questiono. 

Diogo abre a boca para responder, mas Cristine chega e ele desvia os olhos para ela. 

— Eai, Diogo – ela o cumprimenta com um sorriso enorme.

— Oi.

— Então… – Cristine se senta em frente a gente e coloca a sacola em cima da mesa. — A aula de vocês ainda vai demorar para acabar?

— Si…

— Na verdade, a gente já acabou – Diogo me interrompe, e eu o olho sem entender. Não faz nem meia hora que ele chegou!

Ele parece ler a confusão no meu olhar, pois logo responde:

— Tenho umas coisas para fazer hoje.

— Ah… okay. – Me levanto também. 

Ele pendura a mochila nas costas e começa a andar, eu o acompanho logo atrás. 

Quando estamos do lado de fora livraria, ele me surpreende ao dizer:

— Então… Ãn… feliz aniversário. 

Sorrio de canto e escondo as mãos no bolso do casaco que estou usando.

— Obrigada – eu digo, levemente sem graça. — Até a próxima sexta, então – me despeço.

— Até – ele começa a andar em direção ao ponto, e eu me viro para entrar, tomando um susto quando encontro Cristine bem atrás de mim.

— Que susto, garota! – reclamo, pondo a mão no peito. — Um dia você vai acabar me matando do coração. 

— Deixa de ser tão dramática. – Ela ri. — Agora vem logo abrir seu presente! – Cris agarra minha mão, me obrigando a andar. — Você vai amar, sério! E ainda vai querer usar ele para irmos ao shopping. 

— E desde quando a gente tinha marcado de ir ao shopping hoje? – Eu paro de andar. — E o que você está fazendo aqui a essa hora? Hoje não é seu dia de folga. O que você está aprontando?

— Nossa, Helô, você é uma péssima amiga – ela dramatiza. — Mudei meu dia de folga no mercado, só para passar o dia com você e é assim que você retribui? 

Ela põe a mão no peito e faz um bico. Eu reviro os olhos. 

— Me poupe, Cristine. – Eu me sento e ela faz o mesmo, ficando de frente para mim. — Eu vi o bolo não tão escondido na geladeira. Eu sei que vó Rute planejou uma festa e também sei que você é álibi dela nisso. 

Cristine arregala os olhos e (ao menos) tem a decência de ficar sem graça. 

— Eu disse que não queria uma festa – sussurro, menos sabendo que estamos longe demais para minha tia ouvir a conversa.

— Eu sei. Mas sua avó não queria deixar a data passar em branco. Vai ser um bolo e alguns doces, nada demais. Só finge que está surpresa, tá bom? – ela pede, fazendo um carinha de cachorro que caiu do caminhão da mudança. 

E, no fim, eu não resisto. 

— Tá bom, tá bom. Eu vou fingir que estou surpresa. – Ela volta a sorrir.

— Ótimo! Agora abre logo os presentes. A gente tem que sair  para sua avó começar a arrumar tudo. – Ela me passa a sacola, me dando pressa.

Sorrio e começo a abrir o embrulho que tiro de dentro da sacola.

O que a gente não faz por quem gosta...

Olá, leitores!!!

Estou quase terminando de revisar o livro, e a qualquer momento eu posso voltar aqui e repostar todo o livro de uma vez para vocês... quem aí quer isso???

Não esqueçam de votar e deixar o opinião de vocês no capítulo, tá? É muito importante para mim saber o que estão achando.

Mil beijos ♡♡♡

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