Capítulo Final

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     — Não deveríamos estar aqui, Diogo! – reclamo, mas ele nem me dá atenção, só continua andando pelo corredor pouco iluminado do colégio, com a mão agarrada na minha

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     — Não deveríamos estar aqui, Diogo! – reclamo, mas ele nem me dá atenção, só continua andando pelo corredor pouco iluminado do colégio, com a mão agarrada na minha.

Estamos em plena festa de comemoração ao fim do primeiro semestre escolar, prontos para umas semanas de férias merecidas. 

Tanta coisa aconteceu nesse último mês e meio. 

Diogo e eu estamos "saindo" juntos desde o dia do aeroporto. As coisas continuam bem parecidas com o que eram antes. Saímos juntos, ele ainda me ajuda nas atividades de química quando preciso, vemos filmes, nos provocamos… É como se nada tivesse mudado, exceto o fato de que agora beijos foram acrescentados ao pacote. 

A maior surpresa mesmo foi quando eu descobri, puramente por acaso, que tia Lúcia e Alexandre, tio do Diogo, estão saindo. Os dois se conheceram naquele primeiro dia que Diogo foi almoçar lá em casa e, ao que parece, foi atração instantânea. Eu não sei ao certo como tudo aconteceu, e ainda sou a única que sabe dos tais encontros além do Diogo – já que, por razões óbvias, tia Lúcia ainda não quer contar para vó Rute – mas estou feliz pelos dois. O pouco que convivi com o Alex, já deu para perceber que ele é um cara legal, e minha tia é a pessoa mais amável que eu conheço. Estou torcendo para que os dois deem certo juntos.

Já minhas amigas, Cristine e Alice, mostraram ser mais confusas em relação a relacionamentos amorosos do que eu. As duas se meteram em tantas confusões, num espaço tão curto de tempo, que estou começando a achar que passei meu azar para elas. 

E, diferente do que tinha dito, Cristine se apaixonou por alguém, e dessa vez não parece que será algo passageiro. Eu devia ter entrado naquela aposta!

Quanto à festa em que estamos, tudo estava sendo incrível (pela primeira vez na vida eu estava, de verdade, curtindo uma!), mas Diogo me chamou para conversar em um lugar mais silencioso e começou a me puxar para dentro do colégio. 

Mas eu não pude deixar de notar um sorrisinho suspeito no rosto da Cris quando nos afastamos, o que me deixou com uma pulga atrás da orelha.

— Se algum professor nos pegar aqui, sozinhos e sem permissão, sabe que a gente vai levar uma bronca daquelas, não é? – murmuro.

— Relaxa. A gente já chegou – ele diz, e paramos em frente a porta trancada e escura da nossa sala. 

— Então... – digo, cruzando os braços. — O que a gente está fazendo aqui?

Diogo me encara e não diz nada. Coloca as mãos no bolso da calça, depois as tira de novo, respira fundo e solta o ar lentamente.

— Você está bem? – pergunto, estranhando suas reações. 

— Estou! – Ele respira fundo mais uma vez. — Isso é mais difícil do que eu imaginava.

— Isso o quê? – o encaro, sem entender.

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Where stories live. Discover now