Capítulo 32 - Qual é, afinal, o meu problema?

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     Depois de passar numa loja para comprar uma chapinha nova – ouvindo muitas reclamações do Diogo por "minha demora para escolher" – finalmente chegamos na fila do cinema

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     Depois de passar numa loja para comprar uma chapinha nova – ouvindo muitas reclamações do Diogo por "minha demora para escolher" – finalmente chegamos na fila do cinema.

— Já escolheu o filme? – Diogo pergunta, e eu olho para os filmes em cartaz. 

Não demoro a encontrar o filme perfeito. Com um sorriso no rosto aponto para o cartaz que tem um casal apaixonado estampado.

— Aquele ali. – Ele olha para onde estou apontando e faz uma careta ao ver o filme que escolhi.

— Tá falando sério? – Sorrio da sua cara emburrada. — Comédia Romântica adolescente, Heloísa? Eu acho melhor a gente voltar para casa e ver Crepúsculo

— Você disse que a gente iria assistir o que eu escolhesse! – reclamo, fingindo irritação.

— Eu achei que você iria escolher um filme que prestasse. – O encaro, indignada.

— Você nem viu o filme! Como pode saber que é ruim?

— Só pelo título ridículo já dá para saber. – Me preparo para protestar, mas penso melhor e até que, por esse lado, ele tem razão. "Um amor proibido em Veneza" é, de fato, um título pouco atrativo.

— Você disse que eu podia escolher! – insisto no mesmo argumento. 

— Tem certeza de que quer ver esse? Acho que você ainda não conseguiu escolher o pior filme disponível. Espera! – Franze a testa, com ar sério, e olha ao redor. Faço o mesmo, sem fazer a menor ideia do que ele está procurando. — Não, eu me enganei. Esse é o pior mesmo! – Fecho a cara na hora.

Abro a boca, pronta para reclamar de novo, mas percebo que ele está só brincando quando vejo um sorriso cínico aparecer em seus lábios. Um frio estranho se apodera do meu estômago e eu trato de espantá-lo para longe. Chega desses momentos esquisitos quando estou perto dele!

Nossa vez na fila chega, e eu não posso evitar a sensação de triunfo quando ele compra duas entradas para "Um amor proibido em Veneza".

Como ele pagou pelas entradas, eu compro os dois baldes de pipoca e os refrigerantes. Seguimos trocando brincadeirinhas até a sala de cinema, que está parcialmente vazia. 

— O filme é tão bom que ninguém apareceu para assistir – Diogo resmunga. 

— Veja pelo lado bom…

— Tem um lado bom? – ele me interrompe 

— Aham. Não vamos ter aquela dificuldade enorme de chegar às nossas poltronas, tendo que desviar de todas aquelas pernas que sempre ficam pelo caminho. – Diogo revira os olhos de um jeito tão exagerado que não consigo segurar o riso.

Os trailers dos próximos lançamentos começam a passar na tela enquanto nos sentamos nos nossos lugares. Estamos sentados bem na frente, e mesmo com o ambiente totalmente sem luz, a claridade da telona a nossa frente faz eu enxergá-lo perfeitamente. 

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Where stories live. Discover now