Capítulo 25 - Isso significa o que eu estou pensando?

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     — Você é filho da Maia? – pergunto, só para ter certeza de que o que ouvi não foi só fruto da minha imaginação

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     — Você é filho da Maia? – pergunto, só para ter certeza de que o que ouvi não foi só fruto da minha imaginação. 

Para meu total choque, Diogo confirma com um aceno de cabeça.

— Eu nem sabia que ela tinha um filho! – exclamo, ainda tentando encaixar essa ideia absurda na minha cabeça. 

— Poucas pessoas sabem. – Ele encolhe os ombros e meche a colher dentro do sorvete para lá e pra cá. — A Maia trabalhou duro para esconder isso da mídia nos últimos 14 anos.

Diogo diz tudo isso como se não fosse nada demais, enquanto meus olhos estão quase saltando das órbitas de tão arregalados. 
 
Eu não faço a menor ideia do que falar. Maia e Diogo sendo mãe e filho… essa possibilidade sequer passou pela minha cabeça!

Me lembro da foto que vi quando fui na casa dele e comparo tudo que a Maia disse naquele dia no shopping. De repente, tudo começa a se encaixar como um quebra-cabeça. 

Quando assinamos os nomes para o trabalho de química, Diogo não colocou o Miller na assinatura, e sim um "B" abreviado. Um "B" que com certeza vem do verdadeiro sobrenome da modelo; sendo o Miller só um pseudônimo artístico – coisa que viria bem a calhar para quem deseja esconder que tem um filho.

Agora tudo faz sentido. E agora são tantas perguntas na minha cabeça, que nem consigo juntar tudo e formar algo que faça sentido. 

Pela idade do Diogo e da Maia, ela deve ter sido mãe bem cedo. Provavelmente com uns 15 ou 16 anos. E ainda tem aquele garoto da foto que é a cara do Diogo, o que me leva a crer que se trata do pai dele, quando ainda era mais jovem. 

Mas, se o Diogo mora com tio, onde o pai dele está? E será que o motivo dele ignorar tanto a Maia é porque ela o abandonou para seguir a carreira de modelo? Ou tem outra coisa no meio dessa história toda? 

Saio de minhas divagações quando vejo Alex passar pela entrada da sorveteria e vir em nossa direção. 

— Então, você achou que seria legal me deixar plantado na porta do colégio te esperando? – ele pergunta, encarando Diogo. — Tô te ligando faz tempo, mas só dá em caixa postal.

— Foi mal, tio. Acabei esquecendo de avisar que vim tomar um sorvete com a Heloísa – Diogo se explica. — E eu precisei desligar o celular, você sabe bem o por quê… – Alex assente, compreensivo. — Como me achou? – ele questiona.

— Estava passando com o carro e vi vocês pela vidraça – ele responde, e se vira para mim. — Como vai, Heloísa? 

— Tô bem – sorrio.

— Foi bem na prova? Diogo me disse que o resultado sairia hoje.

— Tirei nove! – respondo, com um sorriso de satisfação. 

— Sério? Parabéns! 

— Tudo graças ao Diogo, e a você, que o ensinou tudo que sabe.

— Não foi nada. Você conseguiu a nota sozinha, só precisava compreender a matéria, coisa que, muitas vezes, o método de ensino do professor não faz – ele diz, e eu não posso discordar. — Já terminaram? – Alex pergunta, se referindo aos sorvetes.

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora