Capítulo 40 - Clichê?

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     O carro mal estaciona e eu já pulo dele, andando apressada em direção às porta do aeroporto

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     O carro mal estaciona e eu já pulo dele, andando apressada em direção às porta do aeroporto. 

O que eu estou fazendo? Não faço a menor ideia. No momento, estou me sentindo em um daqueles filmes de romance em que o ator sai correndo atrás do seu par que está indo embora. 

Mas minha versão é bem menos romântica, pois ainda estou com a roupa do colégio, meu cabelo solto tem mais volume que uma juba de leão e todo mundo na rua está olhando para mim como se eu fosse louca.

Não faço a menor ideia do que vou dizer quando encontrar Diogo. Sequer posso imaginar se vou mesmo vê-lo, já que, se ele for mesmo viajar, a probabilidade de já ter embarcado é grande. 

Respiro fundo e deixo minhas emoções me guiarem, sem pensar muito. Estou quase alcançando a porta de entrada, mas paro quando escuto:

— Heloísa? 

A voz do Diogo faz meu coração gelar no peito. Me viro rapidamente e lá está ele, a alguns metros atrás de mim, me encarando, parecendo genuinamente surpreso. 

O alívio inunda meu peito tão rápido que até sinto falta de ar. No auge da emoção, corro até onde ele está e me jogo em seus braços, que não demoram a me amparar. Estamos tão próximos que até sinto seu coração batendo, rápido e forte, como da primeira vez que tivemos esse nível de contato. Será que ele já gostava de mim naquela época?

Fecho os olhos e escondo o rosto no espaço entre seu ombro e o pescoço. 

— Ah Diogo! Você está aqui! – Me afasto do seu abraço e o encaro, fitando seus olhos castanhos de perto, em total emoção. 

Ele está tão bonito. Como sempre esteve, mas, como a tonta que sou, estava olhando na direção errada esse tempo todo. Nossos rostos estão tão próximos que, se eu inclinar a cabeça só mais uns centímetros, minha boca vai encostar na dele.

— Não que eu esteja reclamando, mas... O que você está fazendo aqui? 

Eu sorrio timidamente, finalmente me dando conta de que estamos abraçados no meio da calçada, e me afasto dos seus braços, sem ter coragem de olhar ao redor para ver se alguém está encarando a gente.

— Vim atrás de você.

— Veio? – ele pergunta, com a testa franzida. Confirmo com a cabeça — Por quê?

— Achei que você iria viajar junto com a Maia.

— O quê? Por que pensou isso? – indaga, com uma expressão divertida.

— Sei lá... Eu só... Foi besteira minha – gaguejo a resposta, só agora me dando conta do quanto fui idiota ao pensar isso.

— Então veio aqui com a intenção de se despedir? – levanta as sobrancelhas, esperando uma resposta.

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Where stories live. Discover now