Capítulo 15 - 17 anos

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     16 de março, também conhecido como dia do meu aniversário

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     16 de março, também conhecido como dia do meu aniversário. 

Eu mal consegui dormir essa madrugada. Sabe aquele frio na barriga? Aquela ansiedade? Nem dá para acreditar que agora eu tenho 17 anos. Sou quase legalmente uma adulta.

Eu deveria me sentir diferente? 

Jogo os pés para fora da cama e me levanto, pronta para começar o dia. Sendo meu aniversário ou não, é só mais um dia do ano, não vou fazer disso um evento.

Quando estou limpa e pronta para ir ao colégio, caminho até a cozinha com a mochila nas costas.

Encontro minha avó arrumando a mesa para o café. 

— Bom dia, vó – digo, me aproximando para deixar um beijo em sua bochecha. 

— Bom dia, querida. – Ela sorri para mim e continua sua tarefa de organizar a mesa de café. 

Franzo a testa. Ela não me parabenizou, o que só pode significar uma coisa: está fingindo que não se lembra, para tentar fazer uma "surpresa" mais tarde. O bolo que eu encontrei "escondido" na geladeira ontem de madrugada também é um grande indício disso.

É a mesma coisa todo ano. Mesmo que eu sempre diga que não quero nada, vó Rute finge surdez e faz uma festa aqui em casa.

Sei que não adianta argumentar, então me sento numa das cadeiras e finjo que não sei de nada.

•••

— Feliz aniversário! – Cristine exclama, me apertando em um abraço de urso. — Passo na sua casa mais tarde para entregar seu presente. Você vai amar!

— Não precisava gastar seu dinheiro comigo, Cris. E fala mais baixo – peço ao me afastar, olhando ao redor do pátio. — Alguém pode ouvir. Ou… pior, um dos professores pode ouvir.

— E qual o problema disso?

— Sabe que eu morreria de vergonha se alguém inventasse de bater parabéns para mim na sala – compartilho meu maior medo e Cristine ri, como se eu tivesse dito algo super engraçado. 

O sinal para a primeira aula bate e o empurra-empurra de alunos querendo chegar nas salas começa.

— Você é uma boba, isso sim. Agora tenho que ir para a sala. A gente se vê no almoço?

— Aham. Até lá. – Começo a me afastar, mas ela me chama outra vez e eu paro.

— Feliz aniversário!!! – Ela ri e some no meio dos alunos antes que eu possa xingá-la. 

Cristine é uma peste às vezes. 

Começo a andar e não demoro a chegar no corredor da minha sala. De longe vejo que a porta está fechada, o que só pode significar que Zoe, a professora de história, já deu início a aula. 

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora