Saia, coroa de flores e batom

By GlauciaCousseau

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Harry sempre fora um menino um tanto quanto diferente. Gostava de saias, coroa da flores, ursinhos de pelúcia... More

Recadinhos inicias
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Recadinhos parte 2
Tweeter
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Leiam, por favorzinho
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Playlist + explicações
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Atenção ⚠️
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Agradecimentos

Epílogo

56 7 29
By GlauciaCousseau

Oioi pessoinhas 🌹
Espero que estejam bem!!

E é isso, chegamos ao fim dessa fic! (Eu quero chorar)

Mas não é bem o fim mesmo, leiam os agradecimentos que tenho notícias e novidades que eu espero muito que vocês gostem!

Boa leitura!! 💙💚
Votem e comentem, gosto muito ⭐

- LOUIS! - Harry gritou da cozinha quando viu que não daria conta sozinho.

- OIOI! - O sorrisinho de Harry foi inevitável, era costume do mais velho, sempre que chamado, responder assim. - Já estou descendo amor, deixa que eu dou café pro Theo, pode ir tomando o seu e ajudando a Joanne.

Toda manhã era assim na vida do casal. Os dois levantam cedo e aprontam o café, daí sobem para o quarto, se trocam - ainda ficando com uma camiseta de casa para não correrem o risco de sujar a do trabalho - e então vão acordar as crianças. Tomam café os quatro juntos, depois Harry leva as crianças para a escola e creche e vai para sua clínica enquanto Louis vai para o Hospital.

Bom, vocês devem estar se perguntando, crianças? Clínica? Como assim, o que aconteceu?

Vou contar para vocês.

Tudo começou quando duas almas se encontraram, foi amor à primeira vista.

Brincadeira! Não é assim que irei contar mas podem ter certeza que Larry é um encontro de almas.

Vocês se recordam de quando, no primeiro aniversário de Louis em que Harry estava em sua vida, Louis falou que queria que o cacheado fosse feliz ao seu lado? Pois bem, ele é.

Nesses dez anos que se passaram muitas coisas aconteceram e eu tentarei contar um pouquinho para vocês.

Podemos começar do começo. Se alguém, tanto da família Tomlinson quanto da Styles tinha dúvida do quão bem um fazia para o outro ou de que eles enfrentariam o que fosse necessário para ficarem juntos, a dúvida foi sanada na primeira véspera de Natal deles em conjunto. A forma como Harry estava confiante e segura de si, deixou a todos presentes admirados, mas sabemos que o amor pode fazer isso com as pessoas. E nem digo do amor romântico. Claro que esse também, se Harry se tornou forte e seguro do jeito que é, óbvio que o amor, a amizade, a lealdade de Louis contribui para isso. Mas estou falando do amor próprio.

Harry sempre se amou. Passou a se amar muito mais depois que criou coragem para ser ele mesmo. Se entender, se aceitar, se respeitar, se admirar e se amar nos faz pessoas fortes para enfrentarmos o que for necessário para sermos nós mesmos, nos faz pessoas corajosas para sermos quem somos independente da opinião do outro, nos faz pessoas seguras para sabermos nosso valor e o que merecemos. E Harry conseguiu isso. Como para todos, foi um processo. Suas lutas para ser quem é foram pesadas, e vou contar pra vocês, dez anos depois e as lutas continuam. Mas ele tinha e tem amor. Ele tem amor por quem ele foi, por quem ele é e por quem ele está se tornando.

No início do ano seguinte ao término do ensino médio, todo o grupinho de amigos começaram a faculdade. Niall, Zayn, Harry e Zendaya fizeram faculdade na mesma universidade que Louis e Liam, já Billie e Cara quiseram ir para fora estudar. As duas contaram da 'amizade colorida' delas no último encontro do grupo antes de viajarem.

Harry fez mesmo a faculdade de psicologia. No começo ele estava com medo de ir para a faculdade ali por conta daqueles meninos que tinham o agredido na saída da escola um dia, por isso Louis decidiu que, como suas aulas já tinham acabado e ele precisava só terminar o tcc, ele ia na biblioteca da faculdade toda manhã para caso Harry precisasse de algo, ele estaria perto. Isso não foi necessário por muito tempo, porque 1: logo Harry ficou conhecido por todos os universitários como 'o menino das saias' e tinha apoio da maioria da faculdade, então ninguém fazia nada contra ele e 2: poucos dias depois de começar a faculdade, Harry foi informado que aqueles três rapazes haviam sido desligados da universidade, como uma de suas punições, além de que, 3: Niall, Zayn e Zendaya estavam sempre com ele na entrada, saída e intervalo.

As aulas iniciaram em fevereiro, no final de março Louis e Liam entregaram e apresentaram seus TCC e em abril foram suas formaturas. A partir de então Louis começou sua especialização. Já Harry estudava pela manhã e à tarde trabalhava na biblioteca da faculdade. Com as vidas corridas o casal não conseguia se encontrar muito durante a semana, alguns dias Louis conseguia conciliar seu horário de almoço com o de Harry, mas era raramente. Foi pensando nisso que quando completaram dois anos de namoro Louis convidou Harry para morar com ele no seu apartamento.

E assim fizeram. Quando Harry ainda estava no segundo ano de faculdade já tinha ido morar com o namorado. Por Louis eles teriam se casado antes do cacheado terminar a faculdade, mas o mesmo não quis pois, segundo ele, era injusto que Louis pagasse tudo, então alguns meses de formado, Harry já estava começando sua pós, se casando e trabalhando em uma clínica.

Com Zayn e Liam foi quase do mesmo jeito, a diferença foi que eles casaram antes mesmo do moreno terminar a faculdade. Diferente de Harry, Zayn deixou que seus pais ajudassem no financeiro do casamento. Zendaya e Luke e Niall e Hailee, assim como Harry, se casaram só após concluir a faculdade, e Cara e Billie assumiram que namoram mas mesmo dez anos depois ainda não casaram.

Logo após a especialização, Louis começou a trabalhar como pediatra em uma clínica da cidade, e agora, alguns anos depois ele continua trabalhando na mesma clínica, a diferença é que é um dos pediatras - se não o mais - procurado da cidade e região. Já Harry começou trabalhando em uma clínica e uns três anos depois estava inaugurando a sua própria.

- Vamos crianças, a mamãe vai levar vocês, e lembrem-se que hoje quem busca vocês será a vovó Jay. - Louis falou para as crianças, as direcionando para o carro.

- Nós vamos posar na vovó hoje papai? - Joanne perguntou.

- Vão filha. Lembram que hoje é um dia especial para os papais? - Louis esperou os dois confirmarem antes de continuar. - Então, eu preparei uma surpresa pra mamãe de vocês, mas amanhã cedo nós vamos buscar vocês e tomar café com seus avós e tias.

Agora você pode estar se perguntando que dia especial? Como assim mamãe?

Bom, vamos lá! Nesse dia Harry e Louis estão comemorando quatro anos de casados. E para presenteá-la, Louis decidiu organizar um jantar para os dois.

Tá, mas e a parte da mamãe?

Simples! Mas para vocês entenderem terão que saber primeiro sobre Theo e Joanne.

Quando Harry ainda estava na faculdade, mais especificamente no quarto período, ele fez seu estágio obrigatório no orfanato da cidade, desde então ele passou a ser um voluntário das tardes recreativas. Já fazia sete anos que de quinze em quinze dias ele tirava algumas horas para passar com as crianças, quando Joanne e Theo chegaram lá. Dois irmãos que foram abandonados lá após seus pais falecerem e nenhum parente querer ficar com eles.

Joanne chegou com cinco anos e Theo com um.

Quando Harry os conheceu e conheceu suas histórias, não conseguiu evitar de ficar mal por eles e, até eles se adaptarem a casa, acabou os ajudando. O amor que sentiu por eles logo de início foi tão genuíno e sincero, se apegou tão rápido que acabava frequentando a casa mais vezes só para ver como eles estavam. E, toda vez que chegava em casa após uma visita, passava bons minutos contando para Louis sobre o quão fofos e amáveis são os irmãos. Sobre quão bem Joanne cuidava de Theo, tanto que nem parecia ter cinco anos.

Louis ouvia tanto sobre aquelas crianças e já estava tão apegada a eles que decidiu ir conhecê-las. Desde quando Harry começou a frequentar o orfanato como voluntário Louis e Harry faziam algumas doações, e Louis ia com Harry algumas raras vezes. Não porque ele não queria ir mais vezes, mas porque sua vida sempre estava corrida e sabia que se apegaria demais àquelas crianças.

Quando Louis os conheceu, entendeu porque Harry os amava tanto. Na hora em que Harry chegou várias crianças vieram cumprimentá-lo e, como a maioria ali já conheciam Louis, ficaram mais animadas ainda ao vê-lo. Ao final de todas aquelas crianças que iam correndo em direção a eles, mais atrás vinha uma menina morena, alta, de cabelos cacheados, segurando no colo um bebê, também moreno, que com uma mão agarrava seus cachos e a outra estava na boca, e ao lado, uma das funcionárias dali.

Quando Joanne chegou próximo a Harry, ele e Louis já haviam cumprimentado todas as crianças ali.

- Oi Hazz! - Joanne chegou sorrindo grande, estava com saudades do cacheado. - Olha, o Theo agora não para de pegar meu cabelo. Ele deixa tudo babado. - Ela falou, dando aquelas risadas gostosas de criança.

- Olá Jo, então esse rapazinho está te dando trabalho? - Harry perguntou, enquanto abraçava os dois.

- Não, nunca. Ele é meu amorzinho, Hazz.

- Hazz... - Louis falou, tentando sussurrar, mas Harry e as crianças ouviram, o que resultou em Joanne e Theo o encarando. O sorriso presente no rosto de Louis estava ali desde o momento em que viu Joanne com o Theo no colo.

- Crianças, - Sim, Harry falava como se o Theo fosse entender e conversar com eles também. - esse é Louis, meu esposo. Lou, essa é a Joanne e esse é o Theo.

- Wow, ele é tão lindo quanto você fala pra gente. - E é claro que Joanne pegou o costume dele de falar incluindo Theo.

- Obrigada querida, você e o Theo são muito lindos também!

- Hazz fala isso toda vez que nos vê. - Agora Joanne tinha um sorriso tímido.

- Tenho certeza que ele diz. - Louis olhou de canto para Harry e o viu sorrindo tanto que pensou que logo o mais novo iria rasgar os cantos da boca. - E eu posso saber como a senhorita sabe o apelido que eu dei a ele?

- Ele nos contou. Um dia ele estava nos mostrando uma foto de vocês dois e em algum momento que ele estava contando algo que agora eu não lembro ele falou sobre o apelido. Daí eu falei para ele que faz sentido chamá-lo de Hazz, porque encaixa tanto quando ele está vestido assim como você ou quando ele está vestido como eu.

- Como? - A cara de espanto de Louis fez Harry rir, o cacheado não havia contado ao mais velho sobre Joanne já entender sobre sua 'diferença'.

Era raro Harry ir ao orfanato usando saias ou vestidos porque era um pouco desconfortável para brincar com as crianças, mas nunca foi um problema ali, nem para a diretora nem para os funcionários. A alegria e o bem que ele fazia para os pequeninos era o que importava. Disso Louis sabia. O que Harry deixou de atualizar foi sobre Joanne entender sobre.

- Simples, tio Lou, o Hazz já me explicou. Tem dias que ele se sente melhor usando roupas como as suas, daí a gente se refere a ele como ele, e tem dias que ele se sente melhor usando roupas como as minhas, aí a gente se refere a ele como ela. - Harry sentiu seus olhos lacrimejando, ver que Joanne, com cinco anos o entendia e o aceitava, e estava 'ensinando' seu marido sobre isso. - Daí Hazz fica melhor que Harry, olha: A Harry, fica estranho, mas tudo bem falar se ele não se incomodar, mas ó: A Hazz, fica melhor.

Louis estava de queixo caído com a inteligência da criança a sua frente, tanto que a encarava e não sabia o que falar. Estava surpreso também sobre a maturidade e desenvoltura dela tanto na conversa, quanto ao cuidado com o irmão mais novo, mas entendia que boa parte dessa maturidade ela foi meio que obrigada a ter levando em conta tudo o que passou.

- Tio Hazz, acho que o tio Lou quebrou. - E foi com isso que Joanne levou os adultos presentes a caírem na gargalhada.

Depois desse momento, Harry, Louis, Joanne e Theo se reuniram com as outras crianças para passar a tarde brincando, mas Joanne e Theo não desgrudaram mais de Louis.

A partir de então Louis passou a frequentar o orfanato quase tanto quanto Harry. Foi num desses dias, quando os dois estavam indo para casa a pé, que Louis simplesmente soltou "Hazz, o que você acha de nós adotarmos a Joanne e o Theo?"

Claro que os dois já haviam conversado sobre construir uma família, mas tinham chegado à conclusão de esperar mais um tempo. Parece que os planos mudaram.

- Sim, por favor! Eu queria muito isso, mas não sabia como abordar o assunto contigo.

Então os dois deram meia volta e voltaram para o orfanato. Ao falarem sobre seus quereres para a diretora do local, ouviram apenas "achei até que demoraram, vou dar entrada no processo hoje mesmo". Poucos meses foram necessários para que Joanne e Theo estivessem deixando aquela casa para irem morar com seus novos papais.

Foi numa tarde de domingo, em que todos estavam reunidos na casa de Jay e Mark, quando Harry estava sentada na grama, escorado na árvore dando mamadeira para Theo que quase dormia, Joanne sentou ao seu lado e perguntou se poderia conversar com ele. Seu tom de voz séria a deixou um pouco preocupada.

- Eu estava pensando, a gente te chama de Hazz porque encaixa melhor tanto para ele quanto ela, mas a gente tem te chamado de papai desde que fomos morar com você e com o papai Lou. - Nessa hora todos já estavam em silêncio escutando o que ela iria falar, mas por sorte Joanne não havia percebido. Caso tivesse, já iria ficar tímida e desistir. - E papai não se encaixa para dias como hoje, em que você está vestida como eu. - Não tinha um adulto presente que não tivesse entendido onde a criança queria chegar, assim como também não tinha um que não estivesse com os olhos lacrimejando. - Então eu estava pensando e conversei com as tias Daisy e Phoebe sobre a gente te chamar de mamãe e papai, conforme os dias que você se sente bem com cada um.

Harry queria poder abraçar Louis e chorar como uma criança naquele momento. Foi como se um filme passasse em sua mente, tudo o que ele passou e enfrentou para ser livre, todo o medo que ele sentia ao andar na rua, tudo compensado ao ter uma filha de agora seis anos dando a ideia de chamá-la de mamãe

- Ô meu amor, claro que vocês podem. Eu vou ficar muito feliz com isso! Eu te amo tanto quanto você nem imagina. - O sorriso no rosto de Harry era imenso, mesmo com várias lágrimas escorrendo por seu rosto.

Foi deste domingo em diante que Joanne e aos poucos Theo passaram a chamá-la tanto de mamãe quanto papai, sempre cuidando para não errar. Mas não por medo de chatear Harry, e sim porque Joanne queria que sua nova mamãe fosse tão feliz quanto ela a fazia.

- Hazz, as crianças já estão nas cadeirinhas. - Louis falou para Harry quando o viu se aproximando do carro.

- Obrigada amor!

- Até que horas vão suas consultas hoje? - Louis o agarrou pela cintura, o puxando para perto.

- Vão até as sete, teve paciente marcando de última hora, desculpa amor. - Pelo semblante de Harry ela estava chateada por naquele dia especial deles ela ter que atender até mais tarde, mas na verdade Louis agradecia, assim teria mais tempo para preparar a surpresa.

- Está tudo bem vida, as crianças vão posar na mamãe hoje, quando você chegar eu vou estar te esperando. - Geralmente a frase poderia ser levada para um sentido mais, digamos safado, pois eles teriam a noite só para eles, sem filhos por perto, mas Harry sabia que não se tratava disso.

- Ok amor, vamos conversando durante o dia. Me avisa se vamos poder almoçar juntos hoje.

Antes de se afastar, Harry deixou um selinho nos lábios de seu marido e ganhou um beijo na testa.

O dia passou tão rápido que nenhum dos dois percebeu. Louis infelizmente não pode ir almoçar com Harry, mas para compensar ligou numa floricultura e pediu que o levassem um buquê. O dia de Harry estava sendo um dia de casos mais pesados, o buquê foi como se tivesse recarregado suas energias para os atendimentos da tarde.

O último atendimento, que estava marcado para às seis horas e que foi marcado com um pouco de urgência, era o caso de um rapaz que está passando por uma depressão profunda e na noite anterior estava se machucando. Nesses anos trabalhando Harry já tinha atendido vários casos de adolescentes passando por essa dificuldade, e ele ainda não sabia lidar tão bem com os sentimentos que o atingiam após um atendimento assim.

Quando Harry mandou mensagem à Louis avisando que estava saindo da clínica, foi logo pedindo desculpa se por acaso chegasse em casa pra baixo e falou que o último atendimento foi pesado. Por isso Louis não estranhou quando ouviu o carro encostar na garagem e Harry não sair do carro. Esse foi um costume que Harry começou a ter para que não acabasse chorando em frente as crianças ou para elas não o verem mal. Lembrando disso, Louis se dirigiu até o carro, pensando em como poderia ajudar seu amor.

- Hazz.. - Louis sussurrou ao abrir a porta e ver o mais novo chorando com a cabeça escorada no volante. - Venha amor, deixe-me te levar para dentro. - Com jeito, Louis conduziu Harry a voltar a se escorar no banco, tirou seu cinto de segurança, em seguida o pegou no colo, o levando direto para o quarto. - O que você acha de um banho de banheira e uma massagem? Podemos conversar se você quiser.

- Banheira, por favor. - Harry sussurrou, ainda com a cabeça escorada no ombro do mais velho.

Isso já havia acontecido antes, quando Harry estava fazendo um dos estágios finais da faculdade. Louis estava seguindo o mesmo processo daquela vez. Ao se dirigir ao banheiro, colocou Harry sentado sobre o vaso enquanto colocava a banheira para encher, em seguida o ajudou a se despir. Nesse momento Harry continuava de olhos fechados, mas já não chorava tanto.

- Pode entrar amor, a água está bem quentinha.

- Entra comigo, por favor. - Louis nunca negaria isso, apenas queria ver seu cacheado bem e confortável.

Louis ajudou Harry a entrar e entrou logo em seguida, ficando atrás dele. Os dois ficaram alguns minutos em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro e a água quentinha.

- Estava pensando em passar esse caso para outro psicólogo acompanhar... - Harry falou após um suspiro.

- Amor, você sabe que pode fazer isso sempre que necessário. Se acha que está pesado, que não vai dar conta, faz isso mesmo. - Louis respondeu, fazendo cafuné no cacheado.

- Segunda eu penso pra quem encaminhar e marco um horário com o paciente. Eu só quero que ele fique bem e vivo. - Mais um suspiro. - Desculpa atrapalhar nossa noite, amor.

- Nunca, Hazz, nunca que você estará atrapalhando um momento ou algo. Nós não temos como controlar as coisas, muito menos sentimentos. Mantenha em mente que independente do que esteja acontecendo, você e seu bem estar sempre serão minhas prioridades.

Os dois ficaram na banheira por quase meia hora, o tempo de Louis dar banho em Harry, fazer uma massagem em suas costas e tomar banho também. Após isso, deixou Harry se trocando no quarto enquanto descia para colocar a comida na mesa em que havia deixado pronta.

Como havia conseguido sair mais cedo do consultório, Louis fez uma lasanha para a janta. A mesa da cozinha estava arrumada só na ponta, com as louças, um vaso de flor, vinho e velas. Simples, mas bonito e romântico. Exatamente como Harry gostava.

Quando Harry viu, óbvio que ficou emocionada. Amava quando Louis preparava pequenas surpresas para si. Os dois jantaram e tomaram a garrafa de vinho, ora conversando, ora em silêncio, apenas aproveitando a companhia um do outro.

E é isso que eles querem para os próximos muitos anos que eles desejam estar juntos. Amor, carinho, confiança, apoio, refúgio, felicidade. Poder contar com o outro quando o dia foi ruim, poder comemorar juntos as conquistas, ver seus filhos crescerem, quem sabe dali alguns anos mais filhos, resumindo, estar juntos para tudo o tempo todo.

Nenhum dos dois sabem como estarão daqui cinco, dez, quinze anos, assim como não sabiam a dez anos atrás que estariam ali comemorando seus quatro anos de casados, com dois filhos, Harry com uma clínica própria e Louis um médico tão reconhecido. Mas do fundo do coração dos dois, esperam que estarão se amando cada vez mais, de forma mais intensa e sincera, desejando serem assim, felizes até ficarem bem velhinhos. 

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