Mirella Fernandez
Conversava com Bia que estava em um péssimo humor naquele dia, era até estranho já que ela era sempre muito bem humorada. Quando do nada ela abriu um sorrisão olhando para alguém atrás de mim.
- Srta. Fernandez! - Ele falou e identifiquei a voz nova no local imediatamente. Muryllo tinha finalmente chegado. O abracei o mais forte que consegui e ele correspondia me apertando nele também. Olhei seu cabelo pintado de rosa. Cerrei os olhos na sua direção, então vi Bragança, Vivi e Ya se aproximarem de nós três animadas. Bia o abraçou.
- Quem é vivo sempre aparece! - Ela falou e ele abriu um sorrisão.
- Meu Deus, que gato! - Ya elogiou o mais novo. Ele abraçou todas meninas com carinho.
- O que aconteceu no seu cabelo? - Não pude deixar de implicar.
- Resolvi inovar. - Deu de ombros.
- Ai Mi, deixa ele. - Vih falou e ele riu, passando a mão nos fios.
- Amiga, se o Mu fosse mais velho que você, você tava lascada. Tá muito gato mesmo amigo! - Ya falou e eu cerrei os olhos pra todas elas.
- Nada impede garotas. - Ele falou todo animado. Passei a mão no seu cabelo bagunçando e depois peguei seu rosto.
- Tá um lindão mesmo. Mas não fica se achando não! - Falei pra ele. - Quero nem ver a cara do papai quando ele te ver assim.
- Ele já viu! Eu fiz questão de mandar uma foto exclusiva pra ele ontem. - Deu de ombros eu dei uma gargalhada imaginando a reação do mais velho.
- Grandão sem medo! - Leticia fez um high five com ele.
Ficamos mais um pouco ali e fiz questão de apresentá-lo a Stéfani um tempo depois. Aparentemente eles se deram muito bem!
-x-
A noite mais uma vez estava sendo regada a bebidas, brincadeiras, conversas, paqueras e diversão. Não tinha muito o que esperar de jovens cheios de hormônios e vontade de extravasar as obrigações.
Já fazia um tempo que eu queria chegar e ficar um pouco perto de Stéfani, eu só havia conseguido um tempo com ela no começo da noite. Porém, toda hora alguém me parava, puxando algum assunto, contando algo, lembrando alguma situação. Não era ruim, era até divertido, mas meu foco era outro.
A última pessoa havia sido Thomas, ele me arrastou para uma dança, me elogiou o máximo que pôde e tentou investir um pouco mais, claro que eu o cortei. Ele sabia que eu estava com Stéfani, tudo o que eu conseguia pensar quando ele quase me beijou foi nela, se ela tivesse vendo aquela cena, certamente eu teria um grande trabalho depois.
Me afastei dele e a procurei pelo local, não a encontrando. Me aproximei de Bia e Leticia, as duas me olharam curiosas.
-Vocês viram a Teté? - Perguntei amarrando meu cabelo em um coque.
- Tem a que passou a noite toda tentando se divertir e esperando você se aproximar e tem a que saiu quando viu o Thom tentando te beijar... - Fechei os olhos com a resposta de Bragança, minha melhor amiga podia ser o porto e a tempestade, naquele momento ela havia escolhido ser tempestade.
Saí dali, continuando a procurar por ela, até avistá-la um pouco mais afastada, olhando a noite.
- Você está pensativa essa noite! - Falei tentando chegar com jeitinho.
- Por que você diz isso? - Ela respondeu.
- Bom, eu não acho que você está longe do pessoal apenas para ficar olhando a noite. - Falei sincera.
- Minha cabeça estava começando a doer. - Sorriu. - Precisava de um pouco de ar.
- Se quiser voltar para o quarto e descansar. Eu posso te levar algo para comer. - Tentei ser prestativa.
- Acredito que algumas pessoas não iriam te deixar se afastar por mais de dois minutos e eu morreria de fome. - Stéfani falou com um sorriso irônico.
- Não é o que você está está pensando, não tem nada a vê. - Falei fazendo uma careta.
- Eu não estou pedindo explicações Mirella. - Falou com uma feição difícil de ler, mas ouvir ela me chamar de Mirella a entregava de várias formas, já que ultimamente era apenas "Mi" e "Linda"
- Bays eu não estou te dando explicações. - Comecei a falar. - Simplesmente acho que você está enganada. - Dei de ombros.
- Não parecia engano você e aquele cara colados. Não parecia engano o jeito que ele te olhou ontem a noite toda. - Ela não me olhou ao falar aquilo.
- Teté... - Tentei falar, mas ela me cortou.
- Mas seja como for, não é assunto meu! - Arqueei a sobrancelha deduzindo que nada do que eu falasse naquele momento adiantaria. Ficamos em silêncio por alguns segundos, observei a música que havia acabado de começar a tocar.
- Dança comigo...
- O quê? - Ela perguntou surpresa e confusa.
- Dança comigo essa música. - Repeti estendendo a mão.
Stéfani que estava com os braços cruzados todo esse tempo observou minha mão estendida ainda confusa e virou-se para olhar em meus olhos. Eu a observei da forma mais intensa que pude.
- Não dá para ouvir bem a música. - Stéfani falou claramente arrumando uma desculpa pra negar.
Sorri surpresa com a resposta dela, minha mão que estava estendida alcançou os seus braços ainda cruzados, forçando ela sair daquela posição defensiva e quando isso aconteceu eu colei nossos corpos. Colei meus lábios em seu ouvido e o seu corpo ficou completamente imóvel.
- Eu canto! - Sussurrei abraçando a cintura da mais alta, esperando pacientemente por uma resposta corporal sua.
Enquanto minha voz sussurrava em seu ouvido, pude sentir ela relaxar os seus músculos.
Então seus braços ancoraram no meu pescoço, como se sua vida dependesse disso. Era como se ter o corpo da outra mulher contra o meu fosse natural, como se fôssemos o refúgio perfeito uma para aquela noite cheia de contradições.
- ... Lembro que eu te vi caminhar, já havia um brilho no olhar. - Comecei a cantar em sussurros, gravada em um nova versão na voz do Gabriel Elias, eu amava aquela música. - E junto com um sorriso seu, o teu olhar vem de encontro ao meu...
A pele de Stéfani estremeceu enquanto ela me escutava, seu corpo agora estava relaxado, se balançando em uma velocidade lenta, no ritmo da música e da minha voz que eu esperava que fossem diretamente ao seu coração.
Não cantei o refrão, ligeiramente separei nossos corpos, conseguindo que seus olhos se encontrassem mais uma vez com os meus e Stéfani pareceu compreender de uma vez, o que nos unia era forte demais.
O tempo realmente mudava quando eu olhava para aqueles olhos.
- Eu fico o tempo todo a imaginar, o que fazer quando te encontrar... - Continuei cantando e dançando com a menina de olhos verdes. - Mas se eu fizer, o que vai dizer. Será que é capaz de entender... - Cantei sorrindo pra ela. - ...Mesmo se não for eu vou tentar, vou fazer você me notar. Por isso eu vim aqui te dizer... - Nós duas sorrimos. - Me namora, pois quando eu saio eu sei que você chora. E fica em casa só contando as horas, reclama só do tempo que demora, abre os braços vem e me namora. Eu quero dar vazão ao sentimento, mostrar que é lindo o que eu sinto por dentro, beleza essa que eu te canto agora, abre os braços vem e me namora.
E logo os nossos lábios estavam unidos, conseguindo com que cada centímetro da minha pele se arrepiasse, meu coração pareceu parar de repente e meu estômago apertou tentando controlar a revolução e a explosão de sentimentos que estavam dentro de mim.
- Você é maravilhosa! Sério! Eu não tava preparada pra isso aqui não! - Falou bem mais calma agora. Eu estava tão feliz por estar ali com ela. Estávamos ficando a pouco tempo, mas deixei meu coração me guiar quando proferi as palavras seguintes.
- Me namora?
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Oi meus amores,
Vim meio tarde mas vim!
Inverno chegando com tudo, como está na cidade de você? Bem frio, aqui ta bastante.
O que acharam do capítulo! A Mirella é perfeita né?!
Cês acham que a Teté vai aceitar?
Se tiver bastante comentários eu volto amanhã pra não deixar vocês esperando ate quinta ou sexta.
Beijos ❤️