Feliz Páscoa amores
mayakthjjk obrigada pela betagem amor meu 💜
Você nunca vai reconhecer a verdadeira felicidade sem ter sentido a mais profunda tristeza.
Após desabafar um pouco sobre tudo o que mantinham guardados, Jeongguk principalmente, o 'encontro' entre o alfa e o ômega fluiu um pouco mais facilmente, alguns assuntos foram evitados, tais como Annelise, Dyllan, ambos focaram no filhote. Taehyung ouvia com atenção, tudo sobre seu filho lhe interessava, avidamente o alfa absorvia a voz que lhe falava sobre Minsoo. Segundo Jeongguk, o filhote amava doces, principalmente os feitos com frutas, - geleias, compotas, torta de maçã e delícias de uva. E qualquer coisa que tivesse morangos no meio. Assim como o alfa, o filhote era apaixonado por morangos; Jeongguk até lhe mostrou fotos do pequeno se empanturrando com a fruta, o que fez o alfa pedir que o outro lhe enviasse taí fotos, e outras também.
Claro que Jeongguk aceitou e prometeu o envio de fotos das mais variadas poses e épocas infantis do filho. Taehyung também soube que o filho tinha medo de alturas, não gostava de palhaços, e para fazê-lo comer abóbora, era um parto, pois alguém havia lhe dito que somente bruxas a comiam, e que se outras pessoas comessem, transformar-se-iam em tais seres.
Nesse momento, Taehyung interrompeu dizendo:
- Isso foi o Yoongi, eu tenho certeza, ele sempre disse que abóboras eram coisas de bruxa, assim como vagens e pavês. Certa vez, a tia Min, fez uma sobremesa que viu em um programa de culinária estrangeira, e era pavê, um doce brasileiro, que leva camadas de creme de algum tipo, e biscoito de amido, ou champanhe, e nossa, quem come creme com biscoito? Desde então apelidamos o doce de caldeirão de bruxa. Então, eu tenho certeza de que a pessoa que ensinou o filhote, foi o Min.
Jeongguk estava tão abobado com a explicação sobre as comidas, que nem mesmo pôde se incomodar com que havia sido um adulto, a pessoa por trás do feito. Afinal, lembrou-se de como Taehyung e Yoongi eram quando mais jovens e suas manias irritantes de colocarem nomes estranhos no que não gostavam, ou amavam demais. Ele mesmo pegou essa mania por um tempo, apelidando alimentos e pessoas, conforme seu nível de apreço por elas.
- Eu havia esquecido dessa mania irritante de vocês, de apelidaram alimentos ou situações. - O ômega disse com um meio sorriso. - Lembra-se da noite em que nós quatro fomos àquele clube? E você e Yoongi apelidaram ele de toca dos gatos? Ou quando fomos àquele restaurante temático e você passou dias cantando Elvis?
- Clássicos Jeongguk, clássicos! Clambake é um clássico, assim como Lyon e os Thundercats também são, não essa versão atual, feita por aquele canal que acabou com outros desenhos clássicos, o tal Cartoon, e sim a original. E você não era muito diferente, mocinho. Eu ainda me lembro de alguém que apelidou o parque de diversões de caverna do dragão e perguntou para cada funcionário, se não era um portal para outra dimensão... Hein?
- Claro Taehyung, como eu iria ter certeza de que não embarcaríamos numa dimensão, onde um velhinho careca com cabelão - isso nem faz sentido -, um demônio de asa quebrada, montado num cavalo voador que não tem asas, e que de quebra, ainda tem um dragão cheio de cabeças, e mais, sabe o velhinho? Com cara de Amado Batista dos desenhos? Ele é o vilão, e o demônio, com cara de sei lá quem, é o mocinho, o unicórnio é um demônio fantasiado de bichinho fofo. É coisa demais Taehyung, eu não ia me arriscar não. - O ômega gargalhou, havia esquecido de como era divertido ter tais conversas com alguém, especialmente o Kim. - Vindo de alguém que toda vez que pegou um trem no Natal, queria perguntar ao maquinista se o trem ia para o Polo Norte! No Polo Norte Taehyung, quando estávamos indo no máximo para Busan ou Daegu, e você se achando no expresso polar. E querendo que o Tom Hanks estivesse no trem, coletando os bilhetes dourados.
Taehyung fez uma cara de ofendido, extremamente ofendido ao ouvir o ômega reclamando de suas pequenas loucuras sobre os trilhos. - Se não me engano, foi você, caro Jeon, que chegou a perguntar para um dos funcionários do trem quando chegaríamos a Hogwarts, e se o chapéu seletor poderia te pôr em duas casas de uma vez, pois o senhor queria ser disputado pela Sonserina e a Corvinal. Pfff! Como se ninguém soubesse o quão superior é ser um lufano.
O Jeon não aguentou e acabou por rir do alfa, até se lembrar de um detalhe, que lhe tirou o sorriso dos lábios e lhe fez franzir as sobrancelhas: - Minsoo é da Grifinória.
O alfa parou de rir na mesma hora. - Isso é culpa do Jimin, aposto.
Jeongguk sinalizou positivamente com a cabeça, e complementou:
- Dele e de Hoseok, ambos tornaram o meu lindo filhote, aspirante a Corvinal, em um laranjinha... Eles levaram Yieji e Soso a um evento e quando ele voltou de lá um mini Harry Potter, com direito a coruja branca e tudo, já não havia nada que eu pudesse fazer. Meu filho foi para o lado laranja da força.
Nesse momento, Taehyung colocou uma das mãos sobre a do outro e disse num tom sofrido:
- Sinto a sua dor. Pelo menos, Yieji é lufana.
- E Mierin, Corvina. - Jeongguk se referiu a filha de Seokjin, Namjoon e Hoseok. A alfinha era apaixonada pelo universo de Harry Potter.
- O mais novo? - Taehyung se referia ao filho mais novo do trisal, Hianon, um ômega de dois anos, e completamente adorável.
- Ainda não tem uma escolha definida. - Jeongguk disse, para em seguida sorrir para o alfa: - Você está pensando no mesmo que eu?
- Com certeza que sim, Gukkie. - o apelido de Jeongguk não passou despercebido a ambos, porém, não sinalizaram isso, em vez disso, disseram em simultâneo, praticamente gritando:
- Ele será um Lufano!
- Sonserinos acima!
A conversa se estendeu por mais algum tempo, então Jeongguk disse precisar ir, ainda tinha que buscar Minsoo na casa de Jimin, e ainda passariam no mercado, o ômega tinha vontade de cozinhar algo diferente para o jantar. O alfa então se levantou, e juntos entraram na cafeteria, e mais uma vez, era como se o tempo não houvesse passado, ambos dividiram a conta, como faziam quando mais novos, afinal, Jeongguk já havia deixado claro, inúmeras vezes, que ser um ômega não queria dizer ser alguém fraco, indefeso, ou inferior. E o Kim concordava. Se lhe perguntassem hoje, ele diria que o ômega, à sua frente, era mais forte do que qualquer outra pessoa que já havia conhecido, ou não.
O que ambos não faziam ideia, era que na casa dos Park-Min, um Minsoo ouvia com atenção, Yieji dizer como o tio TaeTae era o melhor tio do mundo, e como ele sempre fazia de tudo para que ela estivesse feliz, desde levá-la ao parque, ao clube de equitação, tomar banho de piscina, ou até mesmo viajar para Seul, para as suas festinhas de aniversário. O coração do pequeno, sentia-se feliz pela melhor amiga, mas algo lá no fundinho, sabe aquele lugarzinho, onde quase ninguém consegue ver ou tocar? Sim, bem nesse lugarzinho, o ômega sentia um dorzinha, uma certa necessidade de ter alguém assim, que o amasse tanto - mesmo sem ser um papai -, que acabasse viajando pelo mundo apenas para o ver. Alguém que lhe levasse para nadar, que o levasse nos brinquedos mais perigosos no parque - não que Minsoo fosse corajoso assim, ele apenas tinha essa vontade dentro de si, de que houvesse no mundo, alguém que fosse que nem o tal tio TaeTae, era com Yieji, para si.
Minsoo não era uma criança invejosa, ele nunca havia sido, assim como era totalmente grato pelo papai que tinha, Jeongguk era o melhor, o mais amável, carinhoso, protetor e inteligente de todos, seus beijos eram os melhores, seus abraços os mais protetores, assim como estar com ele, o fazia se sentir o mais amado de todos os filhotes, porém, Minsoo não era bobo, ele via os olhares na rua, vindos de outros pais, ele sentia os olhares no modo como Jeongguk muitas vezes lhe pegava no colo e o abraçava apertado, sussurrando, - como se não quisesse que Minsoo ouvisse, - um me desculpe, ou vários eu te amo, seguidos por beijos carinhosos e sua presença protetora sendo liberado.
Minsoo não entendia o mundo lá fora, mas ele sabia que nem sempre era um bom lugar, como na vez que a professora da outra escola, não lhe deixou colorir um desenho, porque era para o dia dos pais alfas, e segundo ela, o ômega não tinha pai, e provavelmente, seu pai ômega nem fazia ideia de quem era e seu outro pai. Ele não contou para o pai, mas contou para o tio Namjoon, que no dia seguinte foi na direção da escola e reclamou. Minsoo não sabia o que aconteceu, mas ele foi mudado de sala, e tempos depois, de escola. Não sentia nem um pouquinho de saudades da antiga, nem mesmo do sanduíche que serviam no lanche. Ele nunca o comia de toda forma, não era um alfa. Ômegas comiam mingau.
Essas e outras coisas, o faziam se perguntar porque ele não tinha um papai alfa, o que havia de errado nele, para que somente seu papai ômega o amasse. Seu papai ômega, sempre havia lhe dito que não fora possível que seu papai alfa, estivesse por perto, que ele era um homem ocupado, mas que amava Minsoo, mas se ele o amava, porque nunca veio lhe ver? Porque não mandava presentes? Escrevia cartas? Ou ligava? Yieji tinha papais, e mesmo assim o tio TaeTae, viajava para vê-la, e nem era seu papai. O que havia de errado com Minsoo, para que ele não tivesse o mesmo?
Enquanto o pequeno ômega, se perguntava coisas das quais não saberia a resposta, nem pelas quais era culpado, visto que ninguém tem culpa da maldade que abriga os corações alheios, e a pequena alfa, continuava a lhe contar como o tio TaeTae era seu super-herói favorito, mais do que o Thor, inclusive por lhe contar historinhas para dormir, ainda que fosse através de um computador.
O alfa e o ômega, saíam do café e iam rumo ao estacionamento do outro lado, eles nada falavam, cada um imersos em seus próprios pensamentos, quando o ômega notou que Taehyung abria no celular, um aplicativo de corridas. - Posso lhe dar uma carona. Ou você pode vir comigo, buscar Minsoo, e depois nós dois o deixamos na sua casa, o que acha?
- Eu não quero incomodar você, mas adoraria ver o filhote, e sentir o cheiro dele - era uma necessidade de seu lobo, sentir o cheiro dos filhotes, para assim reconhecê-los -, e também Yieji, prometi a ela que iria lhe fazer uma visita em breve. E Jeongguk, o que acha de irmos ao parque de diversões esse fim de semana? Nós três? Eu realmente quero me aproximar do nosso filho.
Jeongguk pensou um pouco, tinha uma lista enorme de coisas a fazer no fim de semana, mas nada era mais importante para si do que o bem-estar do filho, então ele concordou. - Podemos sim, Tae. Agora venha, buscaremos Minsoo, daremos beijos em Yieji e deixaremos você em casa.
Ambos entraram no carro, e se foram, Jeongguk acabou optando por passar no mercadinho próximo à casa do casal de amigos e comprou alguns itens que precisaria, sabia por conhecimento de causa, que Minsoo estaria cansado o bastante para querer ir às compras. Eles chegaram à casa dos amigos, cerca de uma hora mais tarde e foram recebidos por Yoongi, que os abraçou alegremente.
Caminhando para a sala, o alfa foi recebido por um grito estridente e feliz da pequena alfa, sorrisos da parte de Jimin. Yieji estava muito feliz com a chegada de seu TaeTae, e expressava isso para quem quisesse ver. O próprio alfa, no que lhe concerne sentia o coração alegre por ver a afilhada. O clima na sala, estava tão cheio de aromas e sentimentos, que ninguém mais percebeu que Jeongguk estava calado demais, observando a cena, seu antigo alfa, abraçando feliz outra criança que não a sua própria.
E infelizmente, ninguém notou que os olhos do pequeno ômega, haviam adquirido a tonalidade arroxeada, característica de quando os lobos assumem o controle, e isso significava somente uma coisa: O lobo de Minsoo, havia acabado de reconhecer no alfa recém-chegado, o seu appa, graças a ausência de supressores, o cheiro do alfa estava nítido, assim como a presença de Höör, - o lobo estava radiante por ter seu filhote próximo, assim como por estar perto da pequena alfa. E para a cabecinha do ômega, não havia outra explicação para que o alfa estivesse abraçando Yieji, em vez dele mesmo.
O seu papai alfa não o amava. E nada pode ser mais doloroso para o coração infantil, do que ter a certeza de que todos os seus medos infantis, são realidades.
Minsoo não era amado pelo papai alfa, o papai alfa preferia Yieji, seu papai alfa, era o tio TaeTae, ele nunca havia lido uma historinha para Minsoo. - V-você...
Todos se viraram para o pequeno, e viram o ômega em uma posição de dor, com os olhos coloridos. Foi então que Jeongguk entendeu o que acontecia. - Filhote...
Se virando para o pai, Minsoo chorou e se jogou nos braços que tanto amor lhe davam. - Ele ama Yie, mas nunca me amou, o que o Soso tem de errado, papai?
E só então, Taehyung se deu conta. Seu filho o havia reconhecido, e não era como ele desejava. - Minsoo... eu... - o alfa tentou se aproximar deles dois, porém foi impedido pelo olhar azul de Jeongguk, os ômegas não o queriam por perto, e mesmo que doesse, ele aceitou.
O que ninguém mais esperava, era o que se sucedeu. Yieji chutou a perna de Taehyung, enquanto dizia bravamente: - Você fez o meu Soso chorar tio Tae, eu não gosto mais de você.
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Bom dia. Desejo que o capítulo tenha ficado bom e que eu tenha conseguido passar meus sentimentos que desejava com ele, como viram, o foco começa a ser Minsoo e as dores que o seu coração tão jovem, já carrega, tenham paciência, que devagar as coisas vão melhorar, para os três.
E com isso, eu recordo a vocês que os taekook tem perfil no twitter;
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Até breve!