As Incertezas da Fortuna

By Noveletter_

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Autora: Marina Orli "Mylène Dupain e Gaspard Orléans estão noivos!" E em meio à nobreza de Chambeaux, os dois... More

Conheça os Personagens!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 - Fim da Temporada
Disponível em E-book!

Capítulo 4

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By Noveletter_

Aviso: Essa obra de ficção contém cenas incômodas envolvendo abuso psicológico e gaslighting parental.

--

Pelo estrondo e a força do impacto, Gaspard entendeu que a explosão não tinha sido perto o suficiente para feri-lo ou ferir Mylène. As pessoas à sua volta, civis em sua maioria, entretanto, não compreendiam isso; os horrores da Guerra do Leste nunca chegaram à capital. Gritos, choros, palavras de desespero tomaram seus ouvidos.

Estariam em guerra novamente?

Como capitão, estava ciente de que deveria agir, e agir rápido. Avisar quem estivesse por perto para proteger a cabeça — apesar de não acreditar que nenhum projétil pudesse atingi-los, Gaspard não arriscaria a vida de nenhum cidadão sabendo que existia essa possibilidade —, orientar essas pessoas a buscarem um abrigo o mais distante possível da explosão e tentar descobrir o que havia acontecido. Mas antes de tudo, seu principal dever como noivo de Mylène era conduzi-la a um local seguro.

Mesmo tendo consciência do que precisava fazer, os lábios da Romaine proferindo o nome de Marianne o paralisaram por alguns segundos. Só havia uma linhagem em toda Chambeaux que concebia descendentes de olhos cinzentos — pelo menos entre a nobreza. Era a dele, os Orléans. Quer dizer, Gaspard até encontrara registros de olhos parecidos com os seus, mas apenas numa ilha gélida para lá de Kremlim durante uma de suas missões. Também investigou em sua juventude por toda a capital algum bastardo de seus parentes para confirmar essa peculiaridade da família, mas a busca não resultara em nada.

Poderiam existir outras pessoas, quem sabe até outros parentes em outras regiões do país, mas tinha a certeza de que a Romaine falava de sua irmã desaparecida. Quantas mulheres chamadas Marianne teriam essa característica tão específica de sua família? Só podia ser ela.

Marianne.

Ouvir o seu nome em voz alta parecia ter lhe acordado de um feitiço, libertando anos de memórias da infância que havia deixado de lado porque parecia se afogar todas as vezes que pensava nelas.

Ambos de mãos dadas no velório do irmão do meio, Martin, que já nascera com um problema nos pulmões. Gaspard tinha cinco anos e a irmã, dez. Marianne apertara sua mão um pouco mais forte, um lembrete de que não podiam chorar na frente das pessoas que enchiam a sala abafada e rodeavam o caixão do irmão.

Ao piscar, Gaspard voltou ao presente e a dançarina não estava mais à sua frente. Aonde fora? Precisava encontrá-la, precisava entender o que ela sabia sobre Marianne.

— Gaspard? Está tudo bem? — Mylène perguntou.

Ele assentiu, mas demorou para reagir.

As lembranças vinham em ondas e Gaspard não conseguia recuperar o fôlego.

Dois anos após o velório. Marianne e Gaspard corriam pelo jardim, em plena chuva de verão. A mãe lhes deu um baita sermão depois, principalmente porque ambos ficaram doentes. Na próxima chuva estavam lá os dois, mais uma vez, pulando nas poças ao som de suas gargalhadas, mas agora estavam espertos: entraram em casa na ponta dos pés, se enxugando escondidos para não levarem uma outra bronca.

— CUBRAM SUAS CABEÇAS E PROCUREM ABRIGO! — uma voz que parecia a sua gritava ao fundo.

Mais um ano se passara. Agora ele e Marianne estavam na biblioteca. A irmã exibia uma expressão taciturna, enquanto fingia ler algo. Pelo que ouvira dos criados, os pais a haviam proibido de manter uma amizade com Adele, a filha mais nova do visconde Curriel, com quem Marianne estava passando bastante tempo nos últimos dias. Sua irmã parecia muito triste e Gaspard nunca gostou de vê-la daquela maneira, então precisava animá-la. Queria perguntar o que havia acontecido entre as famílias para aquela decisão tão abrupta, mas tinha medo de magoá-la ainda mais. Devia ser uma situação difícil, Gaspard nem sabia o que faria se não pudesse falar mais com Marianne, que era sua melhor amiga. Então, em vez de conversar, ele se aproximou timidamente com seu tabuleiro de damas. Ela sorriu de leve, fez um sinal para que ele se sentasse com ela e jogaram a tarde toda. Marianne terminou aquele dia com um sorriso no rosto.

Era uma memória preciosa, mas Gaspard não poderia se prender às memórias do passado. Precisava assegurar que Mylène estaria a salvo. Não podia se dar ao luxo de perder mais nada. Pegou a mão da noiva e começou a levá-la para a carruagem.

Pelo menos era o que ele pensava estar fazendo.

Gaspard havia se divertido muito na primeira vez que ele e Marianne foram ao festival da primavera. Ela ainda estava bastante chateada por não poder ver Adele, então ver a irmã sorrindo de verdade era um bálsamo para a sua alma.

Mas o festival da sua memória não se parecia em nada com a cena que presenciava naquele momento. E, apesar de ter gritado mais uma vez para que as pessoas procurassem por abrigo, ninguém parecia ter lhe dado atenção. O que ele estava fazendo? Precisava deixar Mylène na carruagem, os guardas de plantão que cuidassem dos outros. Segurou as mãos da noiva e percorreu pelas ruas do centro da Capital que conhecia tão bem.

Porém as memórias não o deixavam em paz. Quando tinha dez anos, e Marianne quinze, foram mais uma vez ao festival depois de implorarem muito aos pais. Entretanto, Gaspard estava chateado porque queria ver todas as barracas, enquanto a irmã insistia que eles ficassem perto de um palco. Quantas vezes eles repetiram o diálogo?

— Vamos, Marianne! — ele pestanejara.

—Só mais essa apresentação, pode ser? Eu prometo que depois a gente vai ver as barracas.

— Gaspard, para onde estamos indo? — Mylène perguntou, sua voz distante.

O pequeno Gaspard acordara de madrugada por conta do calor. Ele se levantou da cama, ficando na ponta dos pés para abrir a janela. Ao fazê-lo, percebeu um vulto correndo e entrando por uma passagem da cerca viva. Não havia dúvidas que o vulto era de sua irmã. Ficou preocupado, mas resolveu não contar nada aos pais ou empregados. Até porque fazia dias que Marianne não saía do quarto, chateada pela proibição de não poderem ir ao festival daquele ano. Então, aquela escapada significava que ela estava se sentindo melhor, não é mesmo?


— Gaspard!

Marianne estava mais uma vez trancada em seu quarto. Seu choro era alto e Gaspard podia ouvi-lo do lado de fora da porta. Gostaria de entrar para consolá-la, mas a governanta apareceu e o mandou voltar para as práticas de piano. Aquilo não era assunto para ele e embora quisesse perguntar, era um garoto obediente. Voltou a tocar como se nada estivesse acontecendo.

Porém a melodia que chegou aos seus ouvidos foi a do desespero de quem estava à sua volta. Gritos, lamúrias, medo de uma nova guerra; tudo misturado. Ninguém tinha ideia do que estava acontecendo.

A última vez que vira Marianne parecia mais real do que o centro da cidade em que estava. Ele acordara assustado com a irmã o balançando com cuidado, aninhando-o em seu colo como se ele ainda fosse uma criança pequena. Seu semblante estava radiante pela primeira vez em tempos. Ela sorriu, olhou para ele e disse:

— GASPARD! — a voz de Mylène o transportou de vez para o presente. Foi naquela hora que ele percebeu que o lado esquerdo da face estava dolorido. — Gaspard, está me ouvindo?

— Sim... você está bem? — Perguntou automaticamente, massageando a bochecha.

— Desculpe pelo tapa, foi a única maneira que encontrei para chamar a sua atenção! E agora quer saber se eu estou bem? — Mylène perguntou, rindo num misto de sarcasmo e incredulidade. — É você que estava me puxando pelas ruas sem rumo, sem prestar atenção nenhuma. Estou preocupada com você, isso sim.

— Por que preocupada? — ele indagou, olhando para os lados, sem encará-la. Sentia como se tivessem virado seu coração do avesso e não queria responder as perguntas que Mylène sem dúvida faria.


— Olhe para mim, Gaspard — Sua noiva lhe ordenou.

Ele seguiu a ordem de Mylène quase por reflexo, sem entender direito o que ela queria. Os arredores pareciam seguros o suficiente.

— O que está acontecendo? O que você está fazendo? — Questionou Gaspard.

— Continue olhando.

Ele o fez. Mylène franziu a testa, encarando-o de forma quase engraçada e ele levantou uma sobrancelha. Ela colocou as mãos na cintura e pareceu satisfeita com o que vira.

— Certo, agora você realmente parece melhor. Seus olhos perderam o foco completamente agora pouco. Fiquei te chamando, mas você não me ouvia. O que houve? Foi o barulho da explosão? Já li casos na literatura que relatam esse tipo de reação em soldados que voltaram da guerra.

— Eu... — Gaspard estava pasmo com a informação porque ele, como soldado, nunca tinha ouvido falar disso. Entretanto, aquele não era o momento para discutir sobre aquilo. Aquele não era o momento para discutir qualquer coisa. — Eu estou bem agora. Foi um lapso, já passou.

— Um lapso? — Mylène repetiu, descrente. Então se aproximou e abaixou a voz, apoiando uma mão no ombro de Gaspard. — Que tal se passarmos rapidamente no Refúgio? Poderei te examinar direito!

Na maior parte do tempo, Gaspard admirava bastante a curiosidade de sua noiva — ela apreciava conhecimento além de tudo, e mesmo com as limitações que lhe eram impostas, dava seu jeito de aprender. O Refúgio era um dos lugares que ela havia encontrado para alimentar sua sede por saber e, embora ele só soubesse dos detalhes por cima, sabia que era um local bem equipado para receber enfermos de todos os tipos.

Mas ele não estava doente, não precisava de tratamento e naquele momento a última coisa que queria era despertar a curiosidade de Mylène.

— Não há necessidade disso, Mylène. — Ele faz um gesto vago. — Precisamos sair daqui. Garanto que não foi nada grave...

— Você não sabe se foi "nada grave"! Pode ter sido uma confusão mental causada pelo estrondo, mas também pode ter sido um derrame! — Mylène gritou, mas ninguém fora o próprio Gaspard a ouvira porque muitos à sua volta também estavam gritando. — Precisamos sair daqui sim, mas vamos devagar, OK? Porque se for algo no seu cérebro, quanto menos esforço fizer, melhor.

— OK. Vamos devagar — Gaspard respondeu da boca para fora, para que a noiva não se preocupasse mais.

A resposta pareceu agradar Mylène, para seu alívio. Os dois deram as mãos e saíram a passos largos em direção à carruagem.

Agora mais calmo, Gaspard os guiou pelo mesmo caminho pelo qual haviam passado mais cedo. Os aromas e a alegria Romaine haviam sido substituídos por um cenário um tanto desolador. No chão, objetos de todos os tipos haviam sido deixados para trás. De um lado para outro, alguns Romaines e Beaus se misturavam com semblantes perdidos, enquanto recolhiam o que conseguia de seus pertences e mercadorias.

Provavelmente o segundo dia do festival da primavera não aconteceria mais naquele ano.

Gaspard gostaria de apoiá-los (apesar de sua má vontade com os Romaines) de alguma forma, assegurar como capitão do exército que estava tudo bem, que se tivesse sido algum ataque inimigo ele não pararia somente com uma explosão. Porém, a segurança de Mylène continuava sendo a sua prioridade.

Andaram mais um pouco. Logo estariam perto da carruagem e finalmente ele poderia parar e pensar com mais clareza em tudo que havia acontecido. Uma leve dor de cabeça começou a se formar em suas têmporas, fazendo com que ele se perguntasse por um instante se Mylène realmente tinha razão e ele estava tendo um derrame.

— Capitão Orléans! — alguém o chamou de repente, fazendo com que Mylène e Gaspard parassem onde estavam. — Alferes Renaud se apresentando, senhor. Venho em ordem do general Nord.

Algumas vezes era irritante ter uma aparência tão distinta dos outros Beaus, porque era muito fácil identificá-lo na multidão. Gaspard não questionava mais nada disso, mas demorou um pouco para entender como o general soubera que ele estava no festival de primavera. Então se lembrou do plano de exibição com a noiva e, com a velocidade que as fofocas corriam pela capital, o general devia saber não só onde ele estivera com Mylène, como até partes de suas conversas.

— O que o general deseja, alferes? Tem relação com a explosão que acaba de acontecer?

— Sim, senhor. Poderíamos conversar pelo caminho? — o alferes então olhou em direção de Mylène, desconfortável.

Gaspard arqueou a sobrancelha em desafio. O alferes teria a audácia de pedir para que ele dispensasse a noiva?

O homem limpou a garganta e se aproximou, desviando o olhar.

— Certo. Ao que tudo indica que... — Ele hesitou. — A nossa fonte finalmente cometeu um erro ao tentar atacar a Maison d'Argent. Sua presença no local é requisitada.

Gaspard quase não acreditou no que acabara de ouvir. As pistas do seu departamento o levaram à divisa sudeste com Sálaga e agora De la Source havia tentado atacar a Casa da Moeda. Havia algum conflito nas informações que chegavam até eles e precisariam rever as investigações.

E aquela definitivamente não era a melhor hora para isso.

— Pois bem, preciso apenas conduzir minha noiva até a carruagem e garantir que ela estará em segurança. Não devo demorar. Espere-me aqui.

— Sim, senhor! — o alferes afirmou, batendo continência.

Gaspard e Mylène voltaram a andar em passos rápidos. Ao virar a esquina, longe dos olhares de Renaud, os dois pararam. Como já era esperado por ele, Mylène estava furiosa.

— Volte lá e invente uma desculpa para o alferes! Você precisa ser examinado! — ela exclamou, num tom que só os dois podiam ouvir.

— Não posso! Se houver a captura de nossa fonte é essencial que os capitães estejam presentes — Gaspard respondeu quase de reflexo, a frase pronta que usava quando os serviços do Capitão do Oeste eram necessários.

— Alguém já disse para vocês que é completamente óbvio que a 'fonte' de vocês é o De la Source? — Mylène falou, com um suspiro pesado. — E do que te adianta estar presente na captura de um homem, se depois você vai cair morto no chão?

— Eu não vou cair morto... — Gaspard revirou os olhos. Uma dor de cabeça e um bocado de memórias nunca havia matado ninguém.

— Ah, não? E se você realmente tiver tido um derrame? Se não tratarmos logo, pode ter consequências graves! — Exclamou, gesticulando. — De repente não vai morrer, mas pode perder a fala ou capacidades motoras, aí nunca mais vai poder fazer nenhuma obrigação de Capitão que você ama tanto.

— Mylène...

— Por favor, Gaspard. — Ela implorou. — Isso é muito grave. Eu preciso te examinar e, se for o caso, já começar o tratamento com ervas medicinais. O Refúgio não fica longe daqui. Vamos, por favor!

— Mylène! Eu não tive um derrame — Ele falou de forma firme. — Eu não estou tendo um derrame.

— É exatamente o que uma pessoa que teve um derrame diria antes de começar a ficar confuso e sentir uma dormência na face. E você já estava apresentando sinais de confusão mais cedo, quando estávamos na carruagem!

Gaspard nunca venceria aquela batalha, já que sua noiva havia colocado na cabeça que seu semblante pensativo era sinal de derrame. Talvez devesse só parar de pensar perto de Mylène, para evitar mais dor de cabeça. Mas o estrago já estava feito e a única alternativa que Gaspard via para que pudesse cumprir seu dever em paz era contar de Marianne. Não era a hora ou o local adequados, mas era a única estratégia que provavelmente acalmaria Mylène.

— Eu fiquei perplexo porque a dançarina disse o nome da minha irmã — ele soltou de uma vez.

Claramente sua noiva esperava ouvir qualquer coisa menos aquela declaração.

— Co-como? Sua irmã? Você tem uma irmã!?

Se a expressão que ele tinha era minimamente parecida com a de Mylène, ele entendia por que ela estava preocupada.

— Sim — Respondeu, fechando os olhos e massageando as têmporas. — Marianne. Ela fugiu de casa quando eu tinha doze anos.

— Então faz...

— Faz quinze anos que não ouço notícias dela.

— Como nunca ouvi falar disso? — Mylène se perguntou, ainda incrédula.

— É uma história antiga. E, com a morte dos meus pais, os jornais respeitaram o luto da nossa família e nunca mais publicaram nada sobre a "má sorte dos Orléans" desde então. O tópico também virou um tabu dentro de casa, mas quando a dançarina falou o nome dela eu...

— Você ficou em estado de choque — foi a vez de Mylène completar a frase de Gaspard. — Entendi. Acho que eu também agiria da mesma forma se soubesse que o meu irmão, por algum milagre, ainda estivesse vivo.

Mylène voltou a segurar as mãos de Gaspard. Era o jeito deles de mostrar apoio um ao outro. Ele só não esperava que ela o puxasse para perto e o envolvesse num abraço tenro.

— Vá cumprir seu dever, capitão Orléans. A carruagem está logo ali, você sabe que eu sei me virar — Ela falou, levantando o rosto para encará-lo. — Só me prometa que no nosso próximo encontro falaremos sobre a Marianne.

Gaspard ficou alguns segundos sem reação, mas retribuiu o abraço por fim. Quem passasse pelo local perceberia que a sua boca estava levemente arqueada, numa cena rara: ele sorria.

— Eu prometo, Mylène.

Continua...

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CRÉDITOS
Autora: Marina Oliveira
Edição e Preparação: Bárbara Morais e Val Alves
Revisão: Mareska Cruz
Diagramação: Val Alves
Ilustração: Fernanda Nia

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