A ira familiar causada por uma 𝐏𝐑𝐎𝐅𝐄𝐂𝐈𝐀 e a bondade do guardião Heimdall unem Midgard, o mundo dos homens e deuses, à Asgard, a cidade dourada, trazendo uma jovem deusa guerreira para um mundo ainda desconhecido.
Longe de sua família e tudo...
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𖤍T a l i s s a𖤍
Uma semana havia se passado. Mais uma semana sem notícias de ninguém do Olimpo. Heimdall não podia falar comigo esses dias por estar muito ocupado. Estava acontecendo um evento cósmico que requeria sua atenção e eu não ousaria atrapalhar. Não tinha escolhas senão esperar, e isso estava me deixando ainda mais apreensiva.
Durante esse tempo, li quase todos os livros sobre mitos de outros mundos. Sempre procurando algum ser mitológico alado que não fosse um pégasus ou um grifo. Lembrava-me de ter lido algo sobre uma ave de fogo, imortal e com poderes de cura, mas não conseguia achar qual era o livro, mesmo procurando por muito, muito tempo.
Também acompanhei mais do treinamento do quarteto super-poderoso, me preparando para uma futura batalha com eles. Sabia que Thor já havia comentado sobre os meus poderes, pois Volstagg, bêbado, havia perguntado sobre os raios que eu emanava, mas eu nunca havia sequer mostrado-lhes esse poder.
— Aí está você! — Ouvi a voz baixa e rouca daquele que me acompanhava em todas as tardes de leitura e imediatamente sorri. Levei meu olhar até o moreno, que se aproximava lentamente.
— Estava me procurando?
— Odin quer que duele com Hogun hoje. Vim te chamar para avisar e para trocar suas vestes.
— Hoje? Puxa...
— Está ocupada?
— Um pouco. Estou tentando achar um livro que lembro ter lido esses dias, mas sem sucesso até agora.
— Sobre o que ele fala?
— Criaturas míticas de Midgard. Lembro que vi algo sobre um pássaro de fogo e achei algumas características similares à mim, mas agora não consigo lembrar onde o deixei.
— Acho que sei qual é, provavelmente já li... Posso ajudar à procurar quando tivermos mais tempo.
— Agradeço se o fizer. Já estou perdendo a cabeça... — Digo, fechando mais um livro, bufando em frustração. — Eu preciso saber quem ele é, Loki. Preciso de alguma distração e minha mãe não me manda notícias!
— Ei, calma. Talvez ela só esteja esperando o momento certo. Talvez seja perigoso agora. Você está segura aqui, mas ela pode não estar lá. E eu sei que falar isso não ajuda, mas te faz pensar nas possibilidades e não ter uma epifania, como está quase a acontecer. — Disse, calmo, se aproximando e segurando meus braços, me fazendo arrepiar.
Raramente tínhamos algum contato físico. Loki parecia não gostar disso e eu não ultrapassava as suas barreiras. Ele me tocava quando se sentia à vontade para fazê-lo e eu entendia seu lado.
— Desculpe, eu estou... Acho que estou enfiada nessa biblioteca há tempo demais.
— Tudo bem, eu entendo. Se sente bem pra uma luta?
