Falling

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– Você vai ter um ENCONTRO com Hirai Momo! – a taiwanesa a olhou desacreditada pela terceira vez apenas aquela manhã, mesmo após a Kim ter explicado de diferentes maneiras que aquilo não se tratava de fato de um encontro.

Pelo menos, não do jeito que a mais nova imaginava.

Há exatos 2 dias, Momo havia entrado em contato para informá-la e tranquilizá-la a respeito da situação de Daiki, e sem ao menos perceber, Dahyun se viu aceitando o convite da mais velha para se encontrarem, pouco antes de seu expediente na escola.

Ela teria que admitir, a Hirai era surpreendentemente boa de lábia, pois mesmo após falar que não seria necessário e que não gostaria de incomodar, a modelo insistiu que queria agradecê-la de alguma forma e que gostaria de conversar melhor, sem estar no clima tenso do outro dia.

– Não é um encontro! – Dahyun tornou a falar praticamente de dentro de seu guarda-roupa, buscando pela blusa que aparentemente havia desaparecido.

– Então por que você está sendo tão seletiva na escolha de uma simples peça de roupa, se vocês vão tomar somente um café? – Tzuyu questionou da porta do quarto. Um sorriso maldoso brilhava em seus lábios.

E foi naquele momento que a Kim parou bruscamente sua busca.

Droga.

Talvez, apenas talvez, a coreana realmente estivesse buscando algo em seu armário que fosse minimamente apresentável para alguém como Momo.

Sim, ela estava sendo patética, mas ela não conseguiu evitar o pensamento de que a outra mulher era um poço de elegância, enquanto ela própria aparentava se vestir como alguém que sequer havia um espelho em casa.

Certo, talvez ela estivesse exagerando um pouco, mas o suspiro de frustração veio seguido de um bico descontente em seus lábios, por ter admitido –mesmo que apenas para si mesma– que gostaria de passar as melhores das impressões para a mãe de seu aluno.

– Você não deveria estar a caminho do seu trabalho agora? Hm? – a coreana perguntou mal humorada, voltando a encarar a mais nova que ainda estava encostada ao batente da porta.

– Ok, Ok, não está mais aqui quem falou! – Tzuyu riu baixo, levantando os braços em rendição e deixando a mais velha sozinha de vez no local.

Dahyun bufou derrotada e por fim resolveu o que vestiria, nada de mais como ela havia imaginado, mas para alguém que não queria impressionar ninguém –como Tzuyu mesmo havia falado– estava de bom tamanho.

O dia havia amanhecido mais frio do que havia previsto, então ela não deixou de pegar o casaco que estava guardado há alguns dias em seu armário antes de se direcionar até Dubu, o pequeno mas confortável carro que aos poucos dava sinais de que seu fim estava próximo.

Dahyun sabia que o automóvel já não estava mais em seu perfeito estado como alguns anos atrás, porém, seu apego emocional por ele era grande demais e a impedia de buscar por um novo naquele momento.

Assim que se acomodou no assento, a coreana logo apertou o botão que ligava a rádio, deixando o volume da música invadir o ambiente. Já era para a professora ter se enjoado da melodia que tocava há semanas nas estações, mas ela não conseguiu evitar de se apaixonar pela canção melancólica que era acompanhada pelos acordes nostálgicos do piano.

– Esqueça o que eu falei, não era o que eu queria dizer... – Dahyun cantarolou baixo, dando início a sua pequena viagem até a cafeteria em que havia marcado de se encontrar com Momo e Daiki. – ...E não posso retirar o que eu disse, não posso desfazer a mala que você deixou... – a Kim continuou sua cantoria, deixando-se emergir no refrão que veio logo em seguida.

A professora do meu filho - SaiDahMo (samo,dahmo,saida)Where stories live. Discover now