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   Pisei fundo, indo direto para a casa onde estava antes, sim, essa mesma. Quando parei em frente a grande mansão de Jeon Dan, respirei fundo, eu não tranquei a porta ao sair, aliás ninguém entrava aqui, ninguém ousava, esse lugar era considerado pior que assombrado.

   Desci do carro, com a adrenalina a mil, fato que me fazia criar mais coragem para ir até o fim. Sem enrolações fui até o corredor onde ficava o escritório do falecido Dan. Segurei na maçaneta, firme Ivy, isso é passado, você consegue.

   Tentando consolar a mim mesma, abri a porta, que por sorte estava destrancada, quem sabe Jeon veio aqui nesse tempo que ficava no seu quarto. Certo, vou procurar o que preciso e ir embora daqui o quanto antes?

   Acabei pegando inpiração do que meu irmão disse, meu plano envolvia barganha também, porém eu tinha a noção que tinha que ser algo grande, algo que Jeon Dong não tinha... Achei.

   Ainda é a mesma senha. Mas não custava pegar todos os dados, peguei a pasta com os papéis e corri dali, me limitando a lembrar do que aconteceu naquele cômodo específico. Está tudo dando certo, meu plano vai funcionar!

   Entrei no carro, trancando a porta e deixei os papéis no banco ao meu lado, ok, primeira etapa concluída. Procurei meu celular que havia jogado pelo carro, e quando o achei olhei o visor por horas... isso é meio óbvio, mas será que... Coloquei o número para chamar... e desligaram na mesma hora. Então quer dizer que o celular dele está ativo?... persisti e liguei novamente

— Alô? — perguntei quando pareceu que alguém havia atendido.

— Jungkook não se encontra, e não, não darei a ele suas últimas palavras — a pessoa com uma voz masculina disse rindo, consegui ouvir outras risadas de fundo, porém ignorei, precisava ter a voz firme. Nessa altura eu já sabia que o Tio de Jungkook havia jogado ele para os leões, e provavelmente o garoto estava entre outra máfia poderosa, já que era preciso fazer isso para Jeon Dong conseguir respeito após alegar que seu sobrinho tinha o traído como fez com o Pai.

— Não quero falar com ele. Quero falar com você — me apressei a dizer antes que o homem desligasse.

— Não adianta implorar para que...

— Tenho uma proposta para vocês — disse firme.

— Não estamos interessados — ouvi da outra linha

— Que pena — tentei mostrar desinteresse e liguei o carro — foi bom não fazer negócios com você, até a próxima — até a próxima, Ivy? quem fala isso para um assassino?

— Espera — agora parecia ser outra pessoa — quem é você?

— Eu quem pergunto, você é o chefe? porque eu não quero falar mais com nenhum capanga idiota — ele pareceu achar graça.

— Você é engraçada. Sim, sou eu. A quem devo o prazer?

— Sou filha do John Lins, e isso é tudo que precisa saber.

Dei a partida no carro, me sentindo ansiosa com cada frase dita, eu nunca tinha feito nada parecido antes, mas bancar a durona não era tão difícil assim.

— Que honra — foi o que o Homem disse do outro lado da linha.

— Sejamos breve, tenho uma proposta para você, podemos nos encontrar?

— Como quiser — e a chamada foi finalizada.

Eu não entendi bem o final, mas apenas joguei o celular no banco, pois estava dirigindo. Quando parei no sinal vermelho, peguei o aparelho novamente, e agora havia uma mensagem de um número desconhecido, com um endereço.

My Mistake - JK (Duologia) Where stories live. Discover now