Capítulo 7 - Enlouquecendo

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Capítulo 7 - Enlouquecendo. 




No fim da noite, Jack trocou os remédios da esposa novamente mas desta vez, por um sonífero. 
[...]
- E aí? A mosca morta já dormiu? - Leila questionou assim que o amante saiu do quarto. 
- Sim, está dormindo feito pedra. - Jack afirmou sorrindo - Agora podemos preparar tudo para amanhã com mais tranquilidade.
- O que vamos fazer? 
- Lê, você é muito lenta. - O loiro revirou os olhos enquanto ambos desciam as escadas - Temos que fazer algumas coisinhas, como por exemplo... Hum...
Me arruma uma tesoura? 
- Um instante. - A loira saiu de lá e três minutos depois, voltou a sala com uma tesoura - Pra que isso?
- Pra cortar o fio do telefone e assim, evitar que minha querida esposa peça socorro amanhã.
- Jack! Você não pretende mata-la, não é? Não quero ir pra cadeia. - A governanta reforçou vendo-o cortar os fios.
- É claro que não. Já falei que não sou assassino, só quero que Ana fique doidinha de pedra, não morta. Esconda isso. - Deu os fios para ela - Agora vamos deixar o telefone assim como se estivesse funcionando normalmente. - O colocou de volta no gancho. 
- O que mais vamos fazer?
- Sumir com o celular dela para que também não possa pedir ajuda, além de quebrar o interfone para que ela não chame a segurança da portaria do condomínio. Você precisa pegar um lençol velho e sujar com ketchup, molho de tomate, sei lá. Depois, irá colocar no quarto da mãe da Ana para que pareça sangue. Também procurei umas óperas daquelas bem assustadoras, sabe? E misturei no computador com aquelas gravações da atriz imitando a Carla pedindo socorro, ficou perfeito. É aquela coisa, trabalhar na área da tecnologia tem suas vantagens.
- Gatinho, você está preparando o inferno para sua esposinha, hein? - Leila gargalhou. 
- Lembre-se que as portas e as janelas da casa precisam estar trancadas com cadeados e que a Anastasia não pode te ver de jeito nenhum, okay? Senão o plano vai por água abaixo na hora. 
- Está bem. E agora? 
- Agora vamos aproveitar a noite porque pela quantidade de sonífero que dei a minha esposa, ela só vai acordar amanhã mesmo. - Afirmou puxando a morena para si e tascando um beijo caliente em sua boca. 
[...]
Na manhã seguinte....

12 de outubro, aniversário de dez anos da morte de Carla Steele.


- Querida, hoje vou demorar um pouquinho mais para voltar. Certo? - Jack questionou a mulher durante o café da manhã - Ei, você está bem? 
- Não sei... Apaguei totalmente essa noite como se tivesse tomado sei lá, um sonífero. Minha cabeça está bem dolorida.  Semana que vem vou ao médico pedir pra trocar os remédios. Estes não estão me fazendo nada bem e é estranho, nunca me aconteceu algo assim antes. - Desabafou tomando um pouco de leite. 
- Isso querida, semana que vem. - Jack sorriu beijando a mão dela. 
- Não quero ficar sozinha hoje. Esses dias nessa casa não estão me fazendo bem, sem contar que hoje faz dez anos da morte da Carla. É um dia muito triste para mim.- Apertou a mão dele. 
- Eu sei querida, mas tenho uma reunião com os empresários de Houston. Mas prometo fazer o possível para voltar depressa. O que pretende fazer hoje? 
- Cozinhar, ver televisão, tomar um banho de piscina, o de sempre. - Deu de ombros. 
- Ótimo. - Levantou-se dando um beijo na testa dela - Tenha um ótimo dia, te amo. - Pegou sua maleta e saiu de casa.
[...]
Depois de fazer uma sobremesa gostosa para o marido e deixar na geladeira, Anastasia foi assistir televisão enquanto Leilaa, sem que ela soubesse, terminava os preparativos para a noite infernal que planejava para ela. Ao longo do dia, a morena procurou seu celular, mas não encontrara em lugar algum. E como estava cansada e sonolenta pelo remédio que tomara sem saber na noite anterior, procrastinou demais ao longo do dia. 
Era quase noite quando após ir ao banheiro fazer xixi, a morena percebera que a televisão estava desligada. 
- Ué... - Murmurou - Vou ligar para Kate, como não acho meu celular, irei ligar do fixo mesmo. - Pegou o telefone em mãos, mas viu que a linha estava muda. - Eu hein?! - Colocou o telefone no gancho de novo quando de repente, tomou outro susto. 

SanatórioWhere stories live. Discover now