Sanatório

Capítulo 4 - Começando

Capítulo 4 - Começando.

- Claro que não, Jack. O que o doutor Grey poderia dizer sobre você? Por acaso vocês se conhecem? - Indagou com a sobrancelha arqueada. 
- Não! Quer dizer, sim! Quer dizer... - Resporou fundo - Outro dia encontrei com ele e conversamos rapidamente. É isso! - Se levantou indo até o espelho ajeitar seu topete, que era bastante pronunciado - Sobre o que você e esse Doutor conversaram? 
- Nada demais, ele só me agradeceu por ter custeado a faculdade dele e da irmã mais nova também. - Começou a se despir - Mas não quero falar sobre isso agora, quero é... - Foi até ele, envolvendo as mãos ao redor de seu pescoço - Matar as saudades do meu maridinho lindo. - E ambos se beijaram. 
[...]
Depois de namorar Jack, Anastasia tomou um longo e relaxante banho. 
Em seguida, foi dormir. 
[...]
Era tarde da noite quando Ana acordou, já de madrugada. 
- Que sede. - Murmurou levantando-se da cama. 
Vestiu um roupão, saiu do quarto e caminhou até a cozinha. 
No caminho, viu que a luz da sala estava acesa e a apagou.

Já na cozinha, abriu a geladeira, pegou uma jarra de água, um copo e bebeu um pouco do líquido para matar sua sede. 
- Hum... Delícia. - Murmurou tomando toda a água e sentindo seu corpo todo se refrescar quase instantâneamente. 
Fechou a geladeira e quando retornou a sala, percebeu que a luz estava novamente acesa. 

- Ué? Jurava que tinha apagado esta luz agora há pouco. - Apagou-a novamente - Eu hein?! - Subiu as escadas em direção ao quarto. 
Já no corredor, caminhava tranquilamente até o quarto quando ouviu um forte barulho, levando a mão no peito assustada com o mesmo. Ao virar-se para trás, engoliu em seco ao perceber que o barulho parecia vir do quarto de sua mãe, o que a fez lembrar da tragédia que ocorrera anos antes. 
Assustada, a morena correu de volta para seu quarto. 
- Jack! - Foi até o marido, o cutucando na cama.
- Hum? - Ele murmurou de olhos fechados. 
- Aconteceu uma coisa estranha agora há pouco comigo.
- Querida, está tarde. Quero dormir. - O loiro pediu virando-se para o outro lado. 
- Ta... - A fim de não incomoda-lo mais, Ana o abraçou por trás, dormindo de conchinha com o homem que estava a fim de lhe destruir pouco a pouco. 
[...]
Na manhã seguinte...

- Bom dia, querida. Dormiu bem? - Jack questionou dando um selinho na morena durante o café da manhã e se sentando à mesa em seguida. 
- Não muito. 
- O que houve? - Questionou fingindo nada saber, enquanto seu café era servido por Leila. 
- Ontem quando fui beber água a luz da sala estava acesa. A apaguei, mas minutos depois, estava acesa de novo. 
- Vai ver nossa governanta passou por lá e acendeu a luz. Foi você senhorita Leila? - Jack sugeriu tranquilamente tomando um gole de leite.
- Não, ontem não saí do meu quarto para nada senhor. Estava lendo um livro maravilhoso, Crepúsculo. Sei que é um livro de adolescente, mas sou tão meiga, gosto muito dessas leituras mais fantasiosas e românticas. - A loira mentiu esboçando um sorriso, forçando certa simpatia.
- Então querida, você deve ter se confundido com essa história da lâmpada acesa. - Jack argumentou continuando a se alimentar - Só pode ser isso, não acha? 
- Com licença, senhores. Vou deixa-los a vontade para conversarem. - Leila pediu saindo da sala de jantar, mas ficando escondida atrás da porta ouvindo a conversa dos patrões.
- Não foi só isso, Jack. Depois eu ouvi um barulho estranho, forte, vindo do quarto da mamãe. Pensei em ir lá para ver, mas sei lá, fiquei com um pouco de receio. 
- Receio de quê? De fantasmas? Fantasmas não existem, querida. 
- Eu sei, Jack. Mas você sabe que nunca mais entrei naquele quarto depois de tudo o que aconteceu. Pra mim é muito difícil, mesmo depois de todos esses anos. 
- Ana, você deve estar impressionada afinal, daqui alguns dias fará dez anos que seu pai matou sua mãe. - Triste, a morena baixou a cabeça ao se recordar de tudo novamente - Só isso. 
- É, deve ser. - A CEO concordou mordendo um pedaço de sua torrada. 
- É por este tipo de coisa que acho que precisamos de umas boas férias, o mais longe possível daqui. 
- Você sabe que não curto muito viajar, Jack. 
- Nem que seja para ficarmos juntinhos aqui em casa mesmo, querida. Só quero ficar um pouco mais a sós contigo para quem sabe, fazermos nosso filhinho tão amado e esperado por mim? - Segurou a mão dela.
- De novo essa história de filho? - Revirou os olhos. 
- Qual o seu problema comigo, Ana?! - Jack fingiu estar nervoso, afastando sua mão da dela e se levantando - Não me ama mais? 
- Jack!
- Estamos juntos há anos, quero ter uma família com você como qualquer outro casal mas pelo jeito, você não está nem aí pra mim, muito menos para meus sonhos. - Tentou forçar um choro, não se saindo muito bem. 
- Está bem, Jack! Vou tirar uns dias de férias, okay? Mas não quero viajar, a data da morte de Carla está próxima e você sabe que prefiro sofrer meu luto aqui, onde me sinto mais perto dela de certa forma.  
- Ótimo. - Jack sentou-se sorrindo - Mas para isso, precisarei que você assine aquela procuração, okay? Para que eu possa cuidar dos seus negócios durante sua ausência, já que Elliot, nosso outro diretor, também está viajando com sua adorada Kate. E não quero deixar o comando da empresa na mão de subalternos.
- Claro querido. - Ana concordou tomando um gole de suco e sorrindo para o amado.
~*~
- Sabia que você está cada dia mais maravilhosa? - Carrick indagou entrando na cozinha e agarrando Grace por trás. 
- Carri, estamos no trabalho. Não é lugar para isso! - Sorrindo, Grace afastou o marido - Deixa eu te contar uma coisa. Sabe a Amy? 
- A diarista? O que tem ela? - O motorista questionou com as sobrancelhas arqueadas. 
- Ela estava limpando a casa outro dia e disse que acha que... Trocaram as portas da casa, acredita?
- Como assim? Para mim estão todas iguais. - Carlisle olhou para os lados - E a senhorita Steele não comentou nada disso conosco. 
- Para mim também, mas ela jura de pé junto que mudaram algo sim, o que me intrigou. Lembra que o senhor Jack deu folga para nós durante alguns dias?
- Sim, mas ele explicou o motivo. A senhora Steele estava viajando e como não teríamos muito o que fazer, quis nos dar um descanso. Aliás, amei aqueles poucos dias de férias. - A puxou para si - Aproveitamos tanto. - Mordiscou o lábio da morena, que o afastou novamente, entre risadas.
- Para com isso, Carri. Já disse que no nosso ambiente de trabalho não! 
~*~
- Sério que vai tirar férias mesmo? É pra valer desta vez? Nesses anos todos você nunca tirou férias, parece até um milagre! - Katherine indagou chocada após ouvir as novidades da melhor amiga durante uma ligação na mansão. 
- Jack insiste há anos nisso e desta vez, resolvi atender seu pedido. - A morena explicou se ajeitando no sofá da sala.
- Você sabe que nunca fui fã do Jack e que sempre achei que o que ele quer é seu dinheiro, mas neste caso ele está certo sim. Você precisa descansar a mente. Vai viajar pra onde? Paris? Xangai? Já decidiu? Quer ajuda para decidir? 
- Lugar nenhum, ficarei em casa mesmo. 
- Quê?! Ana! - A repreendeu. 
- Vai fazer dez anos, Kate. Não tenho clima algum pra viajar. - Explicou quando Jack apareceu na sala com alguns papéis em mãos - Preciso desligar. Nos falamos depois. Beijo! 
- Está bem sua maluca. Beijos! - E desligou.
- Querida... - Jack deu um selinho nela, sentando-se ao seu lado com um sorriso enorme no rosto - Trouxe os papéis da procuração para você assinar. 
- Ah... - Ele entregou os papéis e uma caneta para ela - Vou só lê-los com calma e já assino para você. 
- O quê?! Você quer ler os papéis para poder assinar? Não confia em mim? É isso mesmo Anastasia? 

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Estou tentando atualizar mais rápido ❤

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