Capítulo 13 - Comemorando

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— Nunca vi na vida, um casamento tão sólido quanto o de vocês. O amor que os une é a coisa mais linda da face da terra. Por isso, quero pedir um brinde. Um brinde para comemorar os trinta e três anos de casamento de Carrick e Grace, os melhores pais do mundo. - Mia disse erguendo sua taça de vinho. 
— Parabéns pais, amamos muito vocês. - Christian disse brindando com o casal e a irmã mais nova, com um sorriso aberto no rosto. 
— Obrigada filhos, vocês são o grande amor da nossa vida. - Feliz, Grace tomou um gole de sua taça também quando o telefone fixo tocou. 
— Deixa que eu atendo. - Mia falou correndo até o telefone na sala de estar e o pondo no gancho - Alô? O QUÊ? COMO ASSIM? - Engoliu em seco - Está bem... Obrigada. - E desligou mudando visivelmente sua expressão alegre para uma triste, enquanto retornava para a sala. 
— Mia? O que aconteceu filha? Você está branca como uma pedra. - Carrick perguntou preocupado com a apreensão da filha mais nova. 
— É que... 
— Fala logo Mia! - Christian exclamou a puxando para perto. 
— Christian, sua clínica, o sanatório... Está em chamas. - Revelou vendo o irmão arregalar os olhos.
— O quê? Céus... - Christian correu até a sala para pegar seu casaco e chaves do carro - Preciso ir até lá imediatamente. 
— Vou com você filho. - Carrick avisou o acompanhando. 
— Nos mandem notícias! - Grace pediu vendo o marido e filho sair rapidamente de casa. 
Em seguida, abraçou Mia.
[...]
Quando Christian chegou com o pai na frente da clínica psiquiátrica, a encontrou completamente em chamas. Os bombeiros já tinham chegado, mas o fogo também já tinha se alastrado completamente. 
— Só pode ser um pesadelo. Como isso foi acontecer? - O moreno questionou abraçando o pai quando os bombeiros se aproximaram deles - E então? Meus pacientes? Os enfermeiros? Como estão?
— Parece que o fogo surgiu na cozinha, ainda não sabemos como, mas vamos investigar. Já encontramos infelizmente muitos corpos, tanto de pacientes quanto de funcionários do sanatório, mas há alguns sobreviventes também. Precisamos da ficha de nomes dos funcionários e dos pacientes, de preferência com fotos para termos certeza das vítimas. 
— Está bem... Posso conseguir a ficha para o senhor. Vou... Resolver isso em instantes. - Christian respondeu passando a chorar copiosamente, sendo amparado o tempo todo por Carrick - Pai, acho que a Ana está morta também. Não quero que ela esteja morta pai, não quero. Nem ela, nem ninguém. 
— Calma filho, vai ficar tudo bem. - O homem prometeu dando um forte abraço no filho. 
~*~
— O que está fazendo com essas malas Lê? - Jack questionou pois enquanto via um filme de comédia na televisão, reparou que Leila estava andando para lá e para cá com malas, mochilas e maletas. 
— Estou desocupando aquele meu quartinho imundo e levando minhas coisas para a suíte principal da casa, ou seja, nosso novo quarto. Estou levando pouca coisa, minhas roupas são tão surradas - Revirou os olhos - Vou usar as da mosca morta que são chiques e carissímas. Se tem uma coisa que aquela tonta tem, é estilo. E olha, nunca mais vou colocar meus pés de salto quinze naquele quarto de pobre. Aliás, nunca mais vou entrar dentro de um quartinho de empregada pelo resto da minha vida, que nojo. 
— É isso aí, gata. - Jack gargalhou e o telefone tocou - Argh, que saco. - Pegou o telefone e o atendeu - Alô? COMO É QUE É?! MENTIRA, SÉRIO? - Sorriu - Está ótimo! Quer dizer, que horror! Estou arrasado! Sinto que meu coração está em pedaços agora. De qualquer forma, muito obrigado por me informar. - E desligou. 
— Que ceninha foi essa gatinho? Aliás, você é um péssimo ator. Sorrindo e fingindo que estava triste... É algo sobre a mosca morta? Já sei! - Estalou os dedos - O atestado de insanidade mental já está na sua mão. 
— Nós não precisamos mais de atestado, gata. - O loiro falou se levantando do sofá - E sabe por quê? Porque minha querida esposa não existe mais. Estou viúvo agora. 
— Viúvo? Como assim? Espera... - Ela ficou séria - Anastasia está morta?
— Sim. - Jack abriu um enorme sorriso - O destino está do nosso lado.
— Você mandou mata-la? Jack, não era pra termos nos tornado assassinos. Você enlouqueceu, seu imbecil?! - Deu alguns socos no peito dele que segurou seus braços e a olhou nos olhos. 
— Calma, não é nada disso. Acredita que o hospício onde enfiamos aquela idiota pegou fogo? Encontraram neste exato momento o corpo de uma vítima vestida com as roupas da minha querida esposa, aliança, tudo. Estava completamente carbonizado, que dó. - Gargalhou soltando os braços da amante - Vou ter que ir lá reconhecer o corpo, fazer ceninha e cuidar dos preparativos do velório e afins. 
— Ela morreu queimada? Que morte horrível! - Cobriu o rosto entre as mãos - Não era pra ser assim, Jack. Não era! 
— Qual é gata? Não está entendendo que agora sou um dos viúvos mais ricos do Vale do Silício? - Tentou beija-la, mas Leila o empurrou. 
— Jack, você está zombando da morte de uma pessoa. 
— E você quer que eu faça o quê? Que chore? Não queria exatamente que ela morresse. Meu objetivo era somente pegar a herança dela, mas já que aconteceu, melhor ainda. - Deu de ombros - Agora preciso me preparar. Vou ter que ir reconhecer o corpo da Isabella e fingir que estou sofrendo como um cão. Vou até levar umas cebolas pra ver se ajuda. - Deu risada novamente, mas a ruiva continuou séria - Para com isso, relaxa. - Falou acariciando o rosto dela quando a campainha tocou - Quatro da manhã e alguém na porta? Quem será? - Perguntou-se indo até a mesma para abri-la.
Quando a porta se abriu, Jack não teve tempo de pensar pois Elliot já entrou dando dois socos em seu rosto, que o fizeram cair no chão. 
— Seu desgraçado! Você matou a Anastasia! - O loiro gritou chutando Jack no chão.
— Seu filho da mãe, como teve coragem de fazer isso com a Ana? Ela te amava! - Kate gritou chorando muito. 
— Como souberam disso?! Já sei, deve ter passado na televisão já que a mosca morta era rica e famosa. - Leila analisou. 
— Cala essa boca imunda! - Kate foi pra cima da ruiva, lhe desferindo um tapa no rosto - Você... Vocês são as piores pessoas que já conheci na vida. 
— São dois abutres que acham que agora que a Ana está morta, vão se dar bem. - Elliot completou chutando Jack novamente. 
— Mas não vão porque nós vamos fazer justiça em nome da nossa amiga. - Katherine deixou claro encarando-os - Vamos detonar vocês na imprensa também. 
— Terminou? - Leila ironizou revirando os olhos. 
— Espero que sim, pois agora é minha vez de falar - Jack avisou se levantando do chão e ajeitando sua roupa amassada - Agora que minha esposa se foi, irei ficar com sua herança, minha por direito por ter aguentado a chatice dela durante tantos anos. Além da herança, tem a empresa e como agora sou o dono legal de tudo, acabo de tomar minha primeira decisão. Caiam fora da minha empresa, vocês estão demitidos. 
— Você não pode fazer isso. - Elliot retrucou incrédulo. 
— Não só posso como irei. - Jack deu de ombros - Estão demitidos e se não saírem da minha mansão agora mesmo, irei chamar a polícia. 
— A polícia vai vir aqui sim Jack, mas vai ser pra te prender um dia. Pode demorar, mas você e essa vadia terão o castigo que merecem. Eu garanto. - Kate afirmou indo embora da casa acompanhada do marido. 
— Jack, muita gente da empresa vai nos atacar quando souber o que houve, assim como eles. - Leila avisou fechando a porta. 
— E daí? Somos os donos da TecnoLux, ninguém tem cacife para fazer nada contra nós, fique tranquila gatinha. - O loiro prometeu piscando para a jovem que ficou mais calma depois de ouvir suas promessas.
~*~
— Sinto muito, maninho. 
Já em casa, deitado em seu quarto, Christian estava sendo consolado pela irmã mais nova. 
— Parece um pesadelo. Anos lutando pra ter minha própria clínica para agora, tudo virar cinzas. Mas se ainda fosse só isso, eu poderia suportar, tentar recomeçar. - Deitou a cabeça em um travesseiro que estava no colo da irmã - Perdi funcionários, vários pacientes. Como vou olhar para os familiares deles agora? A vida deles estava sob minha responsabilidade e eu falhei. 
— Chris, você não tem culpa. Foi um acidente como os bombeiros disseram. O capitão disse que uma das sobreviventes confessou que foi uma paciente que começou tudo isso para fugir.
— É, a Penélope. Parecia tão calma, não percebi que estava querendo fugir. Sou um péssimo psiquiatra, não é mesmo? Sequer consegui cumprir minha promessa à ela. 
— Para a Penélope? 
— Não. Para a Ana. - Levantou-se - Prometi para ela que ajudaria, que a protegeria mas não consegui. 
— Não é só isso, não é? - Mia reparou. 
— Você realmente me conhece - Suspirou - Eu... Gostava dela. Minha vontade agora era de ir na casa daquele marido desgraçado dela e enchê-lo de porradas, mas isso não vai trazê-la de volta. Estava apaixonado pela Ana, Mia. Achava que ia trata-la, ajuda-la e que depois que toda aquela confusão passasse, íamos ficar juntos. Era utopia, eu sei. Mas realmente sonhava com isso. É isso, estava apaixonado pela senhora Steele e agora, vou sofrer até o fim da vida por não ter sequer tido a coragem de dizer isso à ela. - Desabafou sendo abraçado de imediato pela irmã. 

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Christian está sofrendo :(

Novidades da Ana no capítulo de amanhã!

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