Penúltimo Capítulo - Assombrando

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[...]

31 de outubro. 

 
Halloween. 

O famoso dia das bruxas amanheceu cinzento e mais frio do que de costume. 
Curiosamente, Leila havia dormido muito mal naquela noite. 
Tinha tido ao menos três pesadelos naquela fria madrugada, todos com Anastasia. 
Talvez, aquele fosse o presságio de que a jovem estava prestes a viver um verdadeiro inferno. 
— Você também não dormiu bem? - Jack perguntou esfregando os olhos. 
— É. - A loira confirmou se levantando - Hoje é o dia que segundo a vidente, vai acontecer algo muito ruim e...
— Nem completa essa frase, Lê. - A interrompeu - Não vai acontecer nada de ruim contigo, confie em mim. - Garantiu mas Leila não confiava mais nele. 
Não como antes. 
— O que vamos fazer hoje?
— Você não sei, já eu vou para a empresa trabalhar como todos os dias, afinal, a vida não pode parar. Como é halloween, voltarei bem cedo para casa hoje. Aí podemos sei lá, ver um filme, dar uns pegas no sofá. Que tal comprar uma lingerie nova gatinha? 
— Posso ir com você? 
— Pra quê?! - Franziu a testa. 
— É que estou com medo de ficar sozinha nesta casa, Jack. - Confessou sendo sincera. 
— Está bem. - Concordou sentindo certa pena da mulher. 
[...]
— Chegou o grande dia. - Anastasia disse para si, caminhando de um lado para o outro do quarto - Será um dia muito feliz para mim. Já para aqueles dois... - Gargalhou - É a minha vez de assombrar agora. Vamos ver se tendo o troco, vocês aprendem de uma vez por todas. 
[...]
Horas depois...

17:30

— Chegamos... - Jack disse tirando o casaco.  
— Você viu as fantasias das pessoas na rua? São assustadoras! - Leila comentou sentindo certo arrepio na espinha. 
— O que está acontecendo contigo? Você mudou tanto nos últimos dias, Lê. Nem parece a mulher que eu gostava tanto. Está chorosa, chata, medrosa, sempre pra baixo. 
— É a cigana, Jack. As ameaças dela não saem da minha cabeça desde aquele dia - Assumiu cobrindo o rosto entre as mãos - Cada palavra. 
— Argh... - Jack revirou os olhos indo subir as escadas - Já está escurecendo, espero que essa noite contigo passe bem rápido porque pelo jeito, vai ser um saco. 
— Por quê será que sinto que essa noite vai ser muito longa? - A loira perguntou-se levando as mãos ao peito. 
[...]

18:00

 
Anoiteceu

No condomínio, havia algumas crianças e adultos, todas fantasiadas de formas assustadoras, como o halloween exigia, a fim de assim como todos os anos, repetir a famosa tradição de gostosuras ou travessuras. 
Porém, uma forte tempestade parecia ter interrompido um dos feriados mais famosos dos Estados Unidos. 

Mas Ana já havia combinado tudo com seus parceiros, amigos e agora, era hora de colocar a tão sonhada vingança em prática

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Mas Ana já havia combinado tudo com seus parceiros, amigos e agora, era hora de colocar a tão sonhada vingança em prática. 
Doa a quem doer. 
— Hum... Que banho bom - Jack murmurou quando de repente, a água ficou fria e com um cheiro estranho - O que é isso? NÃO! - Gritou assustado ao perceber que a água do chuveiro estava vermelha, como se fosse... 
Sangue. 
— Jack? - Ao ouvir o grito do amado, Leila correu para o quarto, tomando um susto ao vê-lo aparentemente ensanguentado - Céus, o que é isso? Sangue?! - Perguntou tremendo. 
— Eu... Não sei. Céus... - Assustado, Jack fechou o chuveiro, enquanto Leila foi abrir a torneira da pia. 
— QUÊ ISSO?! - Assustada pela água da torneira também ter saído vermelha, a loira a fechou rapidamente - Jack, de onde esse sangue todo surgiu?  
— Não sei!! - Exclamou colocando um roupão - Mas tem que ter uma explicação lógica, isso não é sangue. É molho de tomate, ketchup! É isso! Alguém está pregando uma peça na gente! Só pode! - Tentou dar risada, mas não conseguiu. 
— Jack, é sangue! Não está com cheiro de nada disso, sinta! - O avisou. 
— É... Não está mesmo. Vamos, vamos ligar pra segurança do condomínio, isso mesmo. - Ambos caminharam para fora do banheiro, quando de repente, tudo se apagou ao mesmo tempo em que ouviram um forte estrondo de trovão. 
— Que isso?!
— A luz acabou por causa da chuva, é isso. Só pode ser isso, está tudo bem. - Suspirou tentando se acalmar - Vamos procurar o celular pra pedir ajuda.  
— Está muito escuro, não estou achando o meu. 
— Nem eu. 
[...]

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