"Majestade. Vai receber um recado em breve. Esteja preparado."
A situação de Andunëar finalmente se estabilizou após o casamento de Aria e Tumen. Mas a suposta paz que abraçava o reino do Mar do Leste é desfeita quando Tumen recebe uma mensagem escr...
Aviso: Este capítulo apresenta conteúdo pesado como sangue, mutilação, violência e mortes. Este tipo de conteúdo pode servir como gatilho emocional para algumas pessoas.
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A tática de John havia se mostrado perfeita para aquela batalha. Com os soldados san ruinlachis desorganizados, foi muito fácil derrubar a linha defensora e cercá-los. Após se certificar que todos os blocos haviam desempenhado seu papel de forma eficaz, o general voltou sua atenção para a busca do líder de San Ruinlach.
John procurou por Pauragren e Tumen desde que os perdera de vista. Rodeou a área, mas a névoa o fazia andar em círculos. Durante esse período ele notou que a batalha já havia alcançado seu clímax, muitos dos oponentes estavam se rendendo, largando suas armas no chão, desistindo de lutar, tentando fugir. San Ruinlach sabia que já havia perdido a guerra e que era só uma questão de tempo para que seu líder fosse derrotado.
Qualquer uniforme vermelho e dourado que entrasse no caminho de John era rapidamente cortado, empurrado, levado ao chão. Mas nenhum era quem ele queria atacar. Porém John não desistiu, continuou procurando pela campina, enquanto diminuía os números inimigos, até que finalmente ele o viu novamente.
Pauragren estava ferido. Seu ombro direito fora golpeado, o sangue escorria pelas frestas da armadura. Mas o lorde parecia não se importar, pois continuava golpeando com seu martelo, embora seus movimentos estivessem mais lentos. John adiantou-se. Quanto mais incapacitado Pauragren estivesse, menos perigo ofereceria a Aria, e o general não poderia perdê-lo de vista novamente.
John correu na direção do lorde, a espada descrevendo um arco no ar, pronta para atingir seu lado esquerdo. Pauragren notou a aproximação e no último segundo conseguiu desviar a lâmina com sua manopla. A peça de armadura, que lhe rendera a alcunha de Punho de Ferro, não servia apenas como proteção, mas desempenhava um papel perigoso. Era a força física de Pauragren sua melhor arma e com a ajuda de sua manopla com placas de ferro, o lorde socava, esmagava e destruía tudo o que tocava.
O general se assustou com a defesa repentina. Eram poucos os homens tão fortes quanto ele, e encontrar um, que mesmo ferido, ainda mantinha tamanha força, era de se espantar. Colocando a cautela na frente, John rodeou Pauragren, observando-o atentamente. O lorde o seguia com os olhos, o martelo de guerra tremendo em sua mão direita, enquanto a mão esquerda abria e fechava, pronta para atacar ou defender.
– Primeiro aquele garoto que se diz rei, e agora o general de confiança dele – disse Pauraren. – O que vocês, malditos do Leste, estão pretendendo fazer? Por que não tentam acabar comigo de uma vez?
Preferindo não responder e acabar se distraindo, John arriscou mais um ataque. Já que Pauragren passaria a utilizar seu braço esquerdo para não sobrecarregar o ombro direito ferido, então seria ali que John focaria seus golpes. Com o escudo erguido, o general avançou em direção ao lorde, que novamente desviou a lâmina para o lado e atacou com o martelo de guerra. John defendeu e tentou perfurar o abdome do outro.
