Capítulo 17 - Determinação inabalável

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Aviso: Este capítulo apresenta conteúdo pesado como sangue, mutilação, violência e mortes. Este tipo de conteúdo pode servir como gatilho emocional para algumas pessoas.

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O vento frio e cortante uivava entre as fileiras de soldados

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O vento frio e cortante uivava entre as fileiras de soldados. O som se misturava ao marchar ritmado. Assim como John previra, havia nevado e a névoa densa parecia uma parede branca no caminho. A temperatura caíra muito, e os soldados não saberiam dizer se tremiam de frio ou de medo. Uma voz ecoou à distância, se sobressaindo aos demais barulhos na campina.

– Formação!

O urro de confirmação do exército andunëare à ordem do general fez Aria se arrepiar e seu coração acelerou. Estava começando mais uma batalha. Um grito semelhante também soou no lado do exército inimigo. Então a linha de frente andunëare avançou, o andar de milhares de pés enviando vibrações pelo chão. Da retaguarda, Aria levantou seu arco e os arqueiros se endireitaram.

– Arqueiros – Aria bradou.

Centenas de arcos apontaram e a primeira saraivada de flechas foi atirada. Logo em seguida os dois exércitos se colidiram. O som metálico e estridente de espada contra espada, o baque seco e firme de armas pesadas contra escudos. Gritos de dor e de raiva ecoavam nos ouvidos de todos.

Uma segunda remessa de flechas seguida de uma terceira. As flechas perfuravam a névoa deixando um rastro por onde passavam, mas logo a névoa voltava a se condensar. Era espessa, nívea e dentro dela espreitava a morte. Lá dentro, silhuetas difusas se moviam, lutavam, caíam e outras tomavam seu lugar.

As flechas atiradas cruzavam o ar numa mesma direção, sempre em frente. Mas essas flechas podiam acertar tanto aliados quanto inimigos e, no caos da batalha, ser atingido por uma flecha aliada era tão mortal quanto ser atingido por uma flecha inimiga.

Aquele já era o quarto adversário de Tumen. O lanceiro estocou sua arma na direção do rosto do jovem rei que, com o escudo, desviou o golpe para o lado. Usou a guarda da espada para quebrar a lança e investiu contra o soldado desarmado, derrotando-o. Outro veio pela esquerda, a armadura não o protegia na garganta, que logo estava cortada, jorrando sangue.

Aquela batalha tinha acabado de começar, mas parecia mais intensa que as anteriores. Ou talvez fosse apenas impressão. Tumen sentia o sangue pulsar em seus ouvidos. A cada golpe que ele dava se sentia mais confiante. Ele sabia que não deveria gastar toda sua força agora, deveria se guardar para quando a batalha alcançasse seu clímax, mas Tumen se sentia enérgico.

Ele se embrenhava cada vez mais na linha central inimiga, cortando, destroçando, mutilando qualquer um que aparecesse em seu caminho. "Eu preciso vencer!" Este era seu único pensamento. Sua determinação não seria abalada por nada. Tumen não podia fraquejar.

Série Guerreira - Livro 3 - Hîth DagorWhere stories live. Discover now