capítulo 27

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- Eles estão acabados. – Any se jogou na cama. – E eu também. – Aquela era nossa última noite de férias, já estávamos cansados, mas nossos filhos pareciam ter um fôlego inesgotável.

- Eles nos deram um baile hoje. – Falei me deitando ao seu lado.

- Coloca baile nisso, mas apesar do cansaço eu estou feliz. – Ela sorriu encarando o teto. – A alegria deles faz tudo valer a pena.

- Sim, vale. – Concordei com a cabeça. – Elly, como quer fazer quando chegarmos?! – Questionei, já estava na hora de conversar sobre como assumiríamos nossa relação.

- Eu pensei em conversamos com nossas famílias primeiro. – Ela se virou para mim e me encarou. – Quanto ao escritório deixo isso com você, sei que vai ser um burburinho quando nossa história vier à tona.

- Tudo bem, vamos deixar somente para os íntimos então, pelo menos por enquanto. – Esfreguei os olhos. – Não me sinto pronto para os olhares de reprovação ainda.

- Amor, ninguém, ninguém mesmo, tem o direito de julgar você ou o nosso relacionamento. – Any segurou meu rosto e selou nossos lábios.

- Você é incrível sabia?! – Indaguei e ela abriu um sorriso.

- Sabia, são os meus superpoderes de mãe. – Brincou piscando.

- Está bancando a mãe comigo?! – Arquei a sobrancelha e ela se virou para o outro lado. – Any. – Chamei baixo.

- Talvez, você precisa de um pouco de atenção materna. – Ela disse apagando o abajur. – Vamos dormir querido, estou cansada.

- Que?! – Interroguei perplexo. – Negativo. – Disse contrariado. – Vou te ensinar a não bancar a mãe comigo. – Agarrei seus pulsos e me coloquei sobre ela. – Você não dorme essa noite Balsano.

- Você também não Beauchamp. – Any cruzou as pernas em meu quadril e inverteu nossas posições e se inclinou para me beijar. Depois disso entregamos tudo o que podíamos um ao outro e eu fiquei em dúvida se foi realmente eu quem ensinou algo ali. – Essa vai ficar para história. – Ela falou cobrindo seu corpo com lençol e saindo da varanda. – Será que fomos vistos?!

- Não tenho ideia. – Dei os ombros. – Mas são quase quatro da manhã, então as chances são bem pequenas.

- Onde agora?! – Ela perguntou olhando para os lados.

- Topa um pulinho na praia?! – Sugeri com um sorriso malicioso

- Mamãe! Mamãe! – O choramingo de Gabriella chegou à sala.

- Isso responde a sua pergunta. – Any suspirou e apertou o lençol sobre o corpo. – Ok, o dever chama.

- Quer que eu vá junto?! – Ofereci solidário.

- Não, quanto menos estímulo ela tiver, mais fácil pegará no sono. – Ela disse e saiu para o quarto.

- Ótimo. – Sorri para mim mesmo. – Hora de trabalhar Josh. – Disse e fui atrás do meu computador no quarto, o peguei e voltei para a sala. Trabalhei tranquilamente, quando olhei para a sacada vi que o céu já dava os primeiros sinais do raiar do dia. Any
a deve estar tendo trabalho, pensei e como se ouvisse meus pensamentos, minha esposa apareceu no corredor segurando nossa filha nos braços.

- Ela teve um pesadelo. – Contou baixinho. – Está dengosa. – Any se sentou ao meu lado e eu olhei para Gabriella que estava encolhida com a mãozinha no peito da mãe. – Está vendo, eu sempre tenho que bancar a mãe.

- Mas não comigo. – Contrariei e ela riu baixo.

- Tem razão, prefiro ser sua mulher. – Ela sorriu e eu me curvei um pouco e a beijei suavemente, foi então que Diana me empurrou, eu me afastei um pouco sem entender e ela se aninhou mais a Any. Eu me senti um pouco traído, aquilo nunca tinha acontecido, Ella foi sempre tão amável. – Que isso mocinha?! – Any encarou Gabriella com severidade. – É seu pai, mais respeito.

Abraça-me {Adaptação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora