Abraça-me {Adaptação)

capitulo 2

Mirei novamente no alvo e lancei o dardo como esperado ele fixou-se bem no meio. Caminhei até a parede e peguei todos os dardos que lá estavam, voltei a minha posição anterior e comecei a lança-los de novo. Eu já estava entediado daquilo, mas era melhor do que ir com Sofya ao museu ou sair com Heyoon para fazer compras, isso seria uma tortura. Eu estava livre desde minha reunião com Rey Gutierrez para aquisição da corretora de ações que o Grupo Beauchamp estava adquirindo, era nosso primeiro empreendimento na América Latina e meus pais estavam empolgados com isso, tanto que enviaram a mim e a minha irmã para supervisionar tudo, contudo Sofya retornaria para a Europa no fim de semana eu me tornaria o novo CEO da  Beauchamp Investimentos na Argentina, no principio não fiquei animado com a mudança, mas depois cheguei à conclusão que com o tempo eu me acostumaria com minha nova vida, um novo país, novo fuso horário, novos funcionários, uma dinâmica nova e passei a empolgar-me a perspectiva de transformar uma empresa que estava no chão em um lugar de sucesso. Sorri já sentindo a sensação revigorante de um trabalho novo.

- Amorzinho, olha o que eu comprei. – Heyoon falou entrando na sala cheia de sacolas. – Até que os shoppings daqui não são ruins, acho que posso me adaptar. – Afirmou largando as sacolas e parando em minha frente.

- Fico feliz que está gostando, vamos ficar aqui por muito tempo. – Avisei tomando sua cintura e a beijando-a como ela gostava. Heyoon estava comigo há quase seis meses, nosso relacionamento até que estava durando bastante, normalmente eu não conseguia passar de quatro meses.

- Mas você não vai se enterrar no trabalho?! – Ela questionou quando a soltei.

- Não vou mentir, neste inicio ficarei ocupado sim. – Contei e ela soltou um muxoxo. – Mas, não se preocupe vou arrumar um tempo para nós. –
Garanti e a tomei para mim novamente, pressionando seu corpo na mesa de bilhar, ela sentou-se ali e enlaçou suas pernas em meu quadril, aumentando nosso contato.

- Vocês podem, por favor, respeitar minha presença aqui! – Sofya nos interrompeu.

- O que? Você ainda está aqui. – Provoquei-a e ela olhou com raiva.

- Sabe, você não me merece maninho.
– Ela maneou a cabeça pegando algo em uma sacola. – Mas, eu te amo mesmo assim, fazer o que. – Minha irmã considerou entregando-me uma caixinha com um cupcake. – É de morango.

- Meu favorito! – Exclamei sorrindo. – E o de Heyoom?!

- Sabe eu acho que me esqueci que ela estava aqui. – Sofya deu os ombros. – Desculpe querida talvez da próxima vez. – Ela disse com ar de desdém.

- Não devia ser tão implicante com Heyoom. – Reclamei e ela se fez de desentendida.

- Tudo bem, Josh, eu já me acostumei com o jeitinho da sua irmã.
– Heyoon ironizou. – Obrigada Sofya não precisa trazer doces para mim, só vai atrapalhar minha dieta.

- Está vendo, eu fiz um favor. – Sofya apontou. – Ah! Maninho você não vai acreditar quem eu vi na confeitaria! – Ela disse animada, muito inclusive e isso despertou minha curiosidade.

- Quem?! – Interroguei com a boca cheia de cupcake.

- Any! – Ela disse simplesmente e eu quase engasguei. Any. Estava aí um nome que eu não ouvia há muito tempo, desde nosso divórcio naquele outono em 2013, eu a pedi em casamento em um impulso da paixão, e ela aceitou, mas as coisas não haviam dado certo então nos separamos quase um ano depois. Any me odiou por aquilo e eu nunca mais tive nenhuma notícia dela depois de nossa audiência de divórcio. – Eu sabia que você ia ficar assim. – Sofya falou com expertise.

- Quem é Any?! – Heyoon perguntou inocentemente.

- Ninguém! – Respondi rápido, mas era mentira, Any era alguém, alguém com quem eu tinha falhado.