Prólogo

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Cidade de Nova York, novembro de 2013.

Olhei novamente para Josh incapaz de acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Estávamos a um passo de mudar nossas vidas para sempre pela segunda vez em um ano, porém tudo o que eu mais queria era que ele se levantasse e dissesse que era uma brincadeira, que nada era real. Procurei seus olhos e ao ver seu rosto fui puxada para um buraco negro de lembranças.

-Minha mulher - Josh disse beijando meus cabelos enquanto estávamos emaranhados nos lençóis de nossa cama. -Prometo te amar assim pelo resto de nossas vidas. -Ele jurou acariciando meu ombro nu.

-Eu pretendo viver bastante, tem certeza que irá aguentar, mesmo quando ficarmos velhos?! -perguntei  e ele gargalhou.

- Mas é claro, não pretendo deixar você parada nunca mais. – Assegurou divertido.

- Eu espero, não me casei com você para ficar parada. – Disse baixo passando a mão pelo seu corpo.

- Então eu acho melhor continuarmos, você já descansou o suficiente. – Falou antes de se inclinar para beijar-me.

Promessas falsas, amor falso, tudo falso, meu inconsciente berrava para mim enquanto eu olhava para o homem com quem eu estava casada há quase um ano, sentia-me uma estupida por ter acreditado nele e aceitado casar-me assim no meio da faculdade com a vida toda pela frente e tudo isso fora jogado no lixo quando a antiga paixão de Josh, Diarra reapareceu e o requereu de volta, e ele foi como um cachorrinho, só de olha-lo eu me sentia enjoada.

- É da vontade de ambos o divórcio? – O juiz perguntou.

- Sim. – Josh falou seco e eu o encarei perplexa, como o que vivemos pode ter significado tão pouco?!

- Sim. – Falei desolada, apesar de tudo o meu amor era verdadeiro eu precisava deixa-lo livre. Senti as mãos de meu pai segurarem as minhas com firmeza, dando-me forças para continuar. – Onde eu assino?! -Perguntei desejando acabar com aquilo rápido antes que eu vomitasse ali mesmo.

- Aqui. – O escrivão apontou e eu assinei, em seguida foi a vez de josh.

- Apenas para confirmação, a senhora Beauchamp abre mão de todos os bens aos quais tem direito?! – O juiz questionou um pouco espantado, ele não deveria estar acostumado a fazer separações assim.

- A senhorita Soares não precisa de nada. – Meu pai respondeu por mim.

- Então pelo poder investido a mim pelo estado de Nova York eu os declaro divorciados. – O juiz sentenciou e eu senti meu mundo ruir.

...

- Como foi?! – Minha mãe perguntou quando chegamos ao hotel no qual eles estavam hospedados.

- Joshua Beauchamp não é mais um problema. – Meu pai respondeu com raiva. – Agora temos que planejar como Any ficará aqui. Filha quer um apartamento ou ficará no alojamento da Yale?!

- Não foi para você que eu perguntei Silvio, como foi querida? – Ela interrogou com compaixão.

- Como papai disse Josh não é mais um problema. – Falei enchendo minha boca com M&M’s saciando minha vontade de doces.

- Filha eu sei que está mal, mas não é comendo assim que irá resolver as coisas. – Minha mãe aconselhou.

- Posso só comer meu chocolate em paz?! – Perguntei mal humorada.

- Calma mocinha, ser uma mulher divorciada, não te faz a dona da razão. – Papai me repreendeu.

- Precisa jogar na minha cara que agora eu carrego um divórcio nas costas, nenhum homem vai me querer mais. – Falei chorando.

- Ohh meu amor. – Mamãe veio até mim abraçando-me. – Você vai reconstruir sua vida, vai ver. – Ela consolou-me. – Você é tão linda, esperta, inteligente, divertida, carinhosa, aposto que já existe uma fila de homens a sua espera. Quando Matteo se der conta ele vai ter perdido você ficará arrependido.

- Não, não vai, ele ama a outra. – Exprimi chorando. – Ele não me ama, nunca amou. – Constatei e senti uma onda de enjoou atravessar-me, mas dessa vez eu não consegui segurar, então corri até o banheiro e vomitei até sentir uma dor no estomago.

Droga eu não deveria ter comido tanto chocolate, pensei e olhei para a pia e encarei alguns absorventes deixados pelo hotel, foi então que uma suposição passou pela minha mente. Não, não é possível, eu não poderia ser tão azarada. Minha cabeça entrou em um turbilhão, anestesiada caminhei até a escrivaninha e olhei um calendário que estava em cima da mesa.

- Any você está bem?! – Meu pai perguntou preocupado, mas eu estava em outro mundo, refiz as contas mil vezes, mas a conclusão era a mesma.
Merda, isso não pode estar acontecendo. 

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O que será que a Any tem????? Eu aposto que já sabem né!? Deixei bem na cara e ai o que acharam curtiram?! Montem teorias a respeito do que irá acontecer na fic! Quero que aproveitem muito essa fic! O que acharam deste prólogo?
Beijos e até a próxima, amo vocês de montão!

Notas da autora.

Minha nota

Vocês gostaram da apresentação? Vocês acham que podem ajudar essa linda história a crescer?

Beijos minhas meninas.

A história tem música do tema!! Huhuhu chique?!

Abraça-me {Adaptação)Where stories live. Discover now