38.

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- Como vai meu primogênito milionário? - reviro os olhos ao ser recebido pela minha mãe no café da manhã. - O que foi? Ou são as piadas ou surtar o que essa notícia, não acha?

- Eu preciso concordar. - suspiro ao me sentar e me servir. - Falando logo sobre isso. - esfrego meus olhos sonolentos - Vou falar com Windsor e transferir parte do dinheiro pra você.

- E o que eu faria com esse dinheiro, filhote? O dinheiro que eu ganho na cafeteria é o suficiente. - sorri sensatamente.

- Eu sei, mãe. Mas você pode gastar com você, e o resto do dinheiro pode ficar guardado para a faculdade do Gales, até para o casamento dele se quiser. - dou de ombros o vendo fazer careta com a proposta - É muito dinheiro, mesmo que eu gaste com tudo o que eu quero, ainda vai sobrar uma boa quantia.

- Ao menos não teremos problemas financeiros pelos próximos anos. - sorrimos - Que tal decorarmos a casa?

- Ou podemos nos mudar. - proponho pensando na mansão dos Lembrows. Blair e Thomaz iriam gostar da minha mãe cantando algumas músicas new wave na cozinha, e Gales brincando no jardim.

Sem contar com os vários primos de Kyle. Preciso conversar com ela sobre isso. A casa é tanto minha quanto dela.

- Filhote, eu gosto dessa casa. Foi onde sua avó morou, e tudo bem que vocês sempre gostaram da casa da sua tia em New Jersey, mas não me vejo em uma casa grande como aquela.

- A casa da tia Julia nem é tão grande, mãe. - rebato.

Eu amava visitar meus tios em Nova Jersey, mesmo depois do divórcio dos dois. Sempre revesamos em ficar com meu tio, irmão da minha mãe, e tia Julia que tecnicamente não é mais minha tia, mas ela sempre fez questão que a chamasse assim.

- Quando a gente vai ver a Kisten? - Gales indaga comendo seus pedaços de bacon.

- Kristen. - minha mãe o corrige. - Ela disse que nos veríamos em breve nas férias da faculdade.

- Quer apostar quanto que ela traz o Nicolas de brinde? - zombo.

- Não faça piadas com sua prima, Miles. - me repreende controlando o sorriso. Sabíamos que Kristen e o namorado, Nicolas não se desgrudam nem por um segundo. Soube até que deram um jeito de irem pra Princeton juntos. - Vai sair, hoje?

- O pai do Axl pediu que ele pegasse algumas encomendas da oficina na cidade vizinha. Ele pediu que eu e Jamea fossemos ajudá-lo. - ela acenou confirmando.

Logo, Axl já estacionava a caminhonete do seu pai com a logo da oficina de sua família colada à porta. James apareceu no banco de trás esticando o corpo para trocar de música fazendo Axl resmungar.

- Desde quando você escuta música indie? - indago ao sentar no banco passageiro.

- Não é indie, tá legal? - defendeu, como se estivesse sendo acusado de um roubo, o que me ofendeu um pouquinho já que eu sou o cara das músicas indie. - É...alternativa. - deu de ombros.

- É a segunda vez que você repete essa música, Miller. - Axl rebate.

- Olha, eu não tenho culpa se você não é tem um bom gosto musical como eu. - e ficou em silêncio, ouvindo a música com o pensamento longe.

Eu e Axl trocamos olhares comunicativos. Concluímos que é melhor não perguntar. James tinha relacionamentos muito complicados pra serem discutidos, e além de detalhar as partes picantes, ele não gosta muito do resto, - já que essa parte envolve algo que ele nunca se deu o trabalho de se preocupar - o apego.

Seguimos estrada. Fizemos umas duas paradas até a chegada da cidade vizinha, uma para comprar água e alguns pringles e outra porque o James insistiu em comprar umas balas de todas as cores que só tinha naquela conveniência que passamos. No final, até gostamos das balas, tinham um gosto azedo de morango, estranhamente bom.

As Estrelas e Outras DrogasTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon