22: uma briga no Greendale's Lake

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— Sempre quis saber como se chama aquela estrela. — observo o céu ouvindo seu sorriso tentando encontrar a direção do meu melhor para as estrelas.

— Qual? Aquela? — confirmo quando ela aponta para a estrela mais brilhante — Sirius. — me surpreendo me virando para ela — É da constelações de Canis. — deu de ombros — Eu gostava de estudar sobre isso uns anos atrás. Estranho, não é? — riu com vergonha.

Claro que não. — nego —  A cada dia que passa, eu descubro uma nova habilidade sua. É incrível. — sorrimos um para o outro desviando logo para o céu acima de nós.

Me deparo com sua mão próxima a minha. A ideia de entrelaçá-las fica cada mais atrativa, porém desisto. Ainda é cedo, eu não sei muito bem como funciona isso, mas decidimos que não é um encontro e seria estranho que ficássemos de mãos dadas agora.

— Eu me lembro quando invadimos o quarto daquele casal de velhinhos. — ela ri ao contar.

— São o casal de idosos mais divertido que já conheci. — digo relembrando aquele momento.

— Acredita mesmo que eles se encontravam escondido em uma passagem secreta que tinha no jardim da casa deles?

— Eles eram adolescentes. É muito provável. Não acredita? — questiono.

— Acredito. Só penso que seria incrível viver os anos 60 dessa forma. — concordo firmemente com suas palavras.

Encaro o teto do meu quarto sorrindo abobalhadamente para o nada. Toco a ponta descolada do adesivo dos Beatles na parede ao lado da minha cama e não me sinto nem um pouco mal ao lembrar de Eleanor. O presente está bom demais para lastimar do meu passado com pessoas que irrelevantes agora.

— Bom dia! — desço rapidamente os degraus da escada beijando a bochecha de minha mãe. Antes de me sentar, bagunço o cabelo de Gales que se labuzaba.

— A noite foi boa. — minha mãe conta assim que me sento — Diz que rolou ao menos um beijinho. — indaga curiosa tomando sua cabeça grande de café.

— Não rolou e não vou conversar sobre isso com você. — sorrio ouvindo suas reclamações.

— Eu sou sua mãe, sabe que pode conversar comigo sobre tudo, filho. — choraminga — Eu não tenho mais dezessete anos, mas sei dar ótimos conselhos.

— Obrigada, mãe. Mas não aconteceu nada demais. — me sirvo começando a comer — Só comemos e assistimos um filme. — dou de ombros relaxadamente feliz mostrando a língua para Gales que riu.

— Uma pena. Eu gosto dela. — minha mãe reclamou com um sorriso — Vai sair hoje? Estou pensando em fazer algumas compras com Gales.

— Tenho que me reunir com meu grupo de Estudos Sociais. Temos um trabalho pra próxima semana. — encaro o relógio. São quase nove e meia — Axl e Sam vão passar aqui. Preciso me arrumar.

— Kyle vai estar lá? — ela pergunta antes que eu saia da cozinha. Confirmo prevendo seu sorriso malicioso, foi o que aconteceu. — Se divirta. — riu atrevida voltando a fazer suas coisas.

As Estrelas e Outras DrogasWhere stories live. Discover now