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JAMES

Uma semana se passou.

A polícia nos deixou em paz depois que nossa querida ruivinha inteligente pressionou Destiny a confessar o que ela havia feito e tudo o que causou. Gravity, sua irmã, fez questão de avisar à todos que seus pais saberiam de tudo e ela seria castigada devidamente. Para a surpresa de alguns, a doce Grav reapareceu com seu novo namorado Marco — Italino e saradão —, e comprou sua passagem para a Itália. Pelo que ficamos sabendo, ela teria certa folga da irmã e ficaria um tempo na fazenda de Pietro.

Os outros amigos italianos de Kyle, após um longo sermão de Pietro e Nancy sobre limite de bebidas, festas e saídas em suas futuras viajens, voltaram para casa — para  a alegria de muita gente. Eu gostei muito do jeitinho da Nena, e principalmente dos gêmeos insanamente quentes, mas os três são péssimos em escolher novas amizades
(Destiny satãnicaaaa).

Depois de ser obrigado por tia Maggie e as duas chatildas que mantenho hospedada em casa a ficar de repouso por alguns dias, em casa por conta das frequentes náuseas e tonturas do corte cicatrizando em minha cabeça, eu posso finalmente dirigir e resolver algumas questões amorosas.

Sou recebido pela pequena Nina pulando em cima de mim assim que Lorenzo abre a porta da casa dos Greco.

— JayJay! — a peguei no colo.

— Como vai a minha garotinha favorita? — a rodei e enchi de beijos por suas bochechas grandes — Sua franjinha cresceu. — bagunço algumas mechas de seu cabelo rapidamente.

— Mamãe quer que eu deixe clescer. — retrucou, mau humorada evidenciando sua dificuldade em falar palavras com R.

Você sabe que eu amo seu cabelo curto. É bem original pra uma criança de nove anos.

— Posso deixar curto, então? — inclinou a cabeça enquanto seus bracinhos rodeavam meu pescoço.

— Minha tia diz que só deixamos o cabelo crescer quando coisas boas acontecem na nossa vida. Ao contrário, corte. Você se livra do peso dos momentos ruins que seu cabelo acompanhou.

Me arrependo quase imediatamente de dizer aquilo. Seria algo muito complicado e confuso a se dizer para uma criança que usa gorro de estrelas e asas de borboletas nas costas?

— Bom, faça o que quiser. — dou de ombros a fazendo rir.

— Veio ver a sua Lovelizzie? — se aproximou como se tivesse contando um segredo.

Aquilo me deixou sem graça, mas Nina tinha o dom da irmã de me deixar totalmente nervoso e envergonhado com coisas pequenas.

— Acho que não tenho mais uma Lovelizzie, Nina. — murmuro, tentando não parecer realmente desolado com essa informação.

— Então eu posso ser? — seus olhinhos azuis brilharam ao perguntar.

Ao mesmo tempo, Mona desce as escadas bem a frente de nós, o que me faz olhar para trás dos ombros de Nina.

— Talvez. — digo como se fosse um segredo da mesma forma que ela a alguns segundos atrás e ela sorri a enquanto colocava no chão.

Nina saiu saltitando pela sala nos deixando a sós. Ela acena para subirmos, então eu a sigo, indo em direção ao seu quarto.

As Estrelas e Outras DrogasWhere stories live. Discover now