New Chances - SaiDa. 2ª temporada

61.

"Destino é apenas algo que inventamos por que não podemos suportar o fato de que tudo o que acontece no mundo é acidental."
— Sintonia do amor
.
músicas do capítulo:
Watch you sleep — Girl in red
Ew — Joji

[...]

POV SANA

Acordei de repente com a claridade querendo entrar, mas agradeci por não ser com nenhum pesadelo. Quando virei a cabeça pro lado percebi que não estava sozinha.

Dahyun estava dormindo tranquilamente, de bruços com seus ombros pra fora do lençol, olhei pra baixo e percebi que tinha o mesmo tanto de peças de roupas que ela.

Eu não lembrava de tanta coisa assim depois do terceiro copo de bebida, mas se acordei ao lado dela com certeza eu estava a salvo.

Virei meu corpo por completo pra admirar a garota na minha frente. Seus cabelos agora roxos um pouco bagunçados e a carinha de sono pesado. Como eu não poderia derreter?

Levei minhas mão até seus cabelos, onde comecei um carinho suave, tirando todos os fios que caíam em seu rosto. Dahyun suspirou ainda dormindo e eu não pude deixar de sorrir.

Eu não queria ir embora nunca, mas nem sempre a vida é justa.

— Bom dia – ela abriu um dos olhos.

— Bom dia – não puxei minha mão, continuei ali fazendo carinho — Sabia que eu adoro ver você dormir?

— Eu não estava, só que eu adoro fingir que estou pra receber carinho seu – riu baixo e eu revirei os olhos — 'To te observando dormir tem alguns minutos.

— Você odeia me acordar, né?

Dahyun apenas assentiu e fechou os olhos. Aproveitamos um pouquinho o tempo em silêncio.

— Se lembra de alguma coisa de ontem? – se aconchegou mais em meu corpo e passou o braço pela minha cintura.

— Mais ou menos... – odiava chegar ao nível de beber até esquecer de tudo, mas o jovem de hoje em dia tem dessas.

— Se lembra que ficou na festa sem roupa?

Arregalei meus olhos e fiquei esperando e torcendo pra não ter feito nenhuma sessão de dança em cima da mesa da Nayeon.

— Você estava vestida de você mesma, uma deusa, então ficou sem fantasia afinal – um sorriso foi crescendo em seus lábios.

— Idiota! – puxei sua orelha devagar, mas voltei o carinho, agora em seu rosto.

— Lembra que transou comigo?

Fiquei um momento perdida em seu rosto perfeito, e comecei a acariciar seus lábios com o polegar.

— Lembro...

Alguma tensão parecia ter saído de seus ombros.

— Eu nem preciso perguntar se foi algo casual... – ela se aproximou devagar para beijar meus pescoço várias vezes — Sei qual sua resposta.

Óbvio que não tinha sido casual. O fato de desejar mais ela com efeito da bebida só me dava certeza que ela é a garota que eu amo.

— E onde nós estamos? – seus beijos em minha pele continuaram, me arrepiando um pouco.

— Na sua casa – ouvi sua risada alta depois da minha resposta.

— Falo de nós – ela olhou em meus olhos agora.

— Não sei – suspirei — Eu só não quero acordar desse sonho.

Ela provavelmente não entendeu minha frase ambígua, mesmo assim apenas assentiu com a cabeça.