33.

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"A vida é uma jornada, ela não leva a um destino exatamente, mas a uma transformação."
— Para salvar uma vida.
.
músicas do capítulo:
Alewife — Clairo
Common — Zayn
Streetcar — Daniel Caesar

ATENÇÃO: capítulo com conteúdo sensível e probabilidade de gatilho.

[...]

Dahyun e eu voltamos e já era segunda-feira de noite na Coréia. Ela insistiu que eu fosse dormir na casa dela, mas preferi que a mesma tivesse uma noite de sono tranquila e que não precisasse ficar na correria pra pegar suas coisas pra aula no dia seguinte.

Quando entrei em casa minha passei pela sala de jantar e encontrei minha mãe jantando com o tal cara que agora morava na minha lá.

— Sana? Onde esteve? – minha mãe usou uma voz autoritária.

— Eu saí.

Fui até a cozinha, bebi um copo de água e passei novamente pela sala de estar. Minha mãe falou novamente:

— Saiu por dois dias?

— Nossa, você realmente notou a minha ausência? – parei e olhei pra ela.

— A Suzy veio aqui atrás de você, subi lá e você não estava.

— Ah, foi por isso... – neguei com a cabeça e sorri ironicamente — O que ela queria?

— Ela disse que precisava ver você, que aconteceu algo horrível, mas pelo visto você não sabe de nada.

— Não, eu não sei... – senti meu corpo começar a tensionar — Ela te disse o que era?

— Não – cruzou os braços — Você está traindo a Suzy?

— O que?! Não! – me desesperei.

— Foi viajar com a Dahyun, não foi?

— C-como sabe?

— Então a Suzy estava certa – riu baixo — Você estava traindo ela. Olha, sinceramente eu nunca pensei...

— Como é? Nós não estamos mais namorando. Não tem como eu estar traindo a Suzy. Não sou tão escrota como acha que sou... E agora eu namoro a Dahyun...

— Nossa! Voltou a namorar com a assassina do seu pai? – cerrei os punhos quando ouvi a frase — Como você não sente nojo?

— Ela não foi responsável pela morte dele, ok? Ele estava doente! E não fale como se ele tivesse agido como o meu pai. Como se ele fosse alguém que me amava! – aumentei um pouco o tom de voz.

— Eu sei exatamente que seu pai passou mal por conta dela! – se levantou e foi pra perto de mim — Para de passar pano pra essa garota só por causa do seu amor doente! Por culpa dela eu perdi meu marido!

— Não tente achar alguém pra culpar! Infelizmente a doença dele estava bastante avançada, igual a da minha tia! Não tinha o que fazer, e se ele não aceitava o meu relacionamento com ela, isso não é um problema da doença, muito menos da Dahyun.

Nós duas estávamos com as vozes alteradas, então o homem resolveu se levantar e ficar por perto.

— E de quem é a culpa? Acha mesmo que não vou encontrar um culpado? Eu preciso de alguém pra culpar, pois ele ter morrido foi uma das coisas mais injustas que aconteceram comigo! – sua voz ficou trêmula.

— Eu sei disso, sei que você o amava muito independente de qualquer discussão, mas precisa esquecer e entender que fez o que pôde. Liberar sua raiva em mim não vai te fazer mais forte! – meu peito estava queimando — Você me machuca toda vez que me olha.

New Chances - SaiDa. 2ª temporada Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum