New Chances - SaiDa. 2ª temporada

46.

"Eu queria... Um dia quem sabe, poder tocar o coração das pessoas, abrir seus olhos, mostrar que são mais do que demonstram ser; Que valem mais do que os outros pagam pra ver."
— Armagedom
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música do capítulo:
Fine Line — Harry Styles

[...]

O último semestre na universidade havia começado, bom, pelo menos para mim que iria terminar meu curso. Não sabia ao certo se eu iria sentir falta do ambiente, mas se eu conseguisse passar as provas e o trabalho final sem tanto estresse quem sabe.

Quem sabe quanto tempo eu conseguiria aguentar... Sem o estresse.

Eu tinha duas dependências atrasadas, que por causa da minha cabeça avoada e por tanta coisa que aconteceu eu acabei esquecendo de pagar. Então segui até a tesouraria para resolver a questão.

— Você tem certeza que tem alguma disciplina em dependência? – a moça olhou para a tela do computador fixamente e mexeu em seus óculos.

— Sim. Direção teatral l e Semiologia teatral – respondi.

— Ok. Só um momento – ela começou a digitar algumas coisas e eu resolvi olhar ao redor dos corredores.

Não muito ao meu longe eu percebi Kyulkyung me observando. Olhei para trás mas era realmente pra mim que ela olhava, basicamente sem algum motivo aparente.

— Senhorita? – a moça me chamou e eu voltei com minha atenção — Aqui consta que suas duas dependências foram pagas semana passada.

— Como? Eu não paguei – fiquei confusa.

— Bom, então você tem algum admirador secreto – ela brincou rindo e eu dei um sorriso acolhedor para não parecer antipática.

— Muito obrigada – dei as costas e saí pelos campus.

Eu só conseguia pensar em uma pessoa que poderia ter pago as minhas dependências. E ela estava lá sentada no gramado com a cabeça pra cima, pegando um pouco do sol que fazia aquela hora da manhã.

— O que você fez? – me sentei ao seu lado.

— Eu comprei esse suco de maçã que realmente é muito bom – balançou a caixinha e me mostrou sorridente.

— Estou falando sobre minha dependência. Você pagou – a olhei séria.

— Você gostou? – continuou sorrindo.

— Não. Não 'ta certo você fazer isso, eu trabalho, sabe disso.

— Eu sei. Você sabe que não me faz falta, e foi só um presente – deu de ombros e bebeu seu suco.

— Você já me dá muitos presentes... Não deveria aceitar.

— Ah, qual é? De natal – bateu seu ombro no meu.

— Ok... – suspirei me dando por vencida — Então sem presentes no natal esse ano.

— Feito – ela estendeu uma mão basicamente prometendo e escondeu a outra.

Logo ela deu risada fazendo com que eu desse risada também. Era contagiante.

— O que eu faço você, Kim Dahyun? – pousei minha mão em seu rosto e comecei um carinho suave com meu polegar.

— Eu tenho uma sugestão... – seu tom foi malicioso e ela se aproximou do meu rosto para selar minha bochecha enquanto ria suavemente.

— Bom dia, pombinhas – a voz de Jihyo foi ouvida e ela logo sentou ali com a gente.

— Bom dia, pervertidas – Tzuyu estava fazendo uma careta.

— O que? Atrapalharam sua foda ou você está sempre de mau humor? – Dahyun brincou e Tzuyu subiu o dedo do meio como uma manivela pra ela.