New Chances - SaiDa. 2ª temporada

23.

"Apaixonar-se é uma loucura. É como uma forma de insanidade socialmente aceitável."
— Ela.
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músicas do capítulo:
Favourite ex — Maisie Peters
Can we kiss forever — Kina
Best Friend — Rex Orange County

[...]

Escutava vozes ao fundo. Parecia ser uma única voz na verdade, me chamando, mas o peso dos meus olhos me impediam de abri-los. Até que essa voz se tornou toque.

— Sana! – senti um empurrão na perna — Acorda!

Abri os olhos assustada e me sentei ofegante na cama. Minha mãe estava ali com uma expressão de irritabilidade.

— Seu celular está tocando tem uns dez minutos! Você está surda?!

Me virei em direção ao celular para desligar o alarme. Quase derrubo o aparelho no chão pelo reflexo lento. Minha cabeça estava pesada.

— Precisa levantar e ir pra faculdade. Eu não vou te acordar pra sempre. Cadê a sua responsabilidade? – ela continuava reclamando.

— Por favor, para! – segurei minha cabeça por causa de uma dor forte — Eu já acordei. Não preciso que fique no meu pé. Eu não sou uma criança.

Ela olhou pra minha cama e encontrou a cartilha de remédio, que rapidamente joguei a coberta por cima.

— O que é isso? – me olhou séria.

— É vitamina. Eu ando fraca – não menti totalmente, mas ela pareceu não ter acreditado muito.

— Se não quer que eu te trate como criança precisa ter atitudes de adulta – me olhou de cima a baixo — Começando por isso aí – apontou na direção dos meus remédios escondidos — Tchau.

Fiquei incomodada com a situação, mas não era a primeira vez que acontecia, não era como se aquilo fosse mudar alguma coisa na nossa relação.

Me levantei com os reflexos lentos por causa do remédio ainda estar correndo pelo meu corpo, peguei o celular para checar a hora novamente e me lembrei que Dahyun havia dormido comigo, mas a ligação deveria ter caído no meio da madrugada.

Arrumei minhas coisas na velocidade que consegui, falei com Darkness, peguei uma fruta e saí pra universidade. Chegando lá avisto minhas amigas sentadas no refeitório, na parte de fora que pegava um pouco do sol que estava ficando forte aquela manhã.

— Bom dia, Sana – Momo me deu um sorriso acolhedor e um abraço.

— Bom dia, meninas – olhei pra todas elas e sentei cansada.

— Não dormiu direito ou o quê? – Jihyo me perguntou com atenção.

— Dormi pouco – respondi sorrindo, segurando a mão que estava estendida para pegar a minha.

— Bom dia, vadias – Nayeon chegou mordendo uma maçã e sentou em cima da mesa — Estou a beira de um colapso com Jeongyeon.

— Vai começar... – Tzu apareceu e sentou ao lado de Momo.

— Estão brigando? – perguntei.

— Ela está com ciúmes de mim – Nayeon revirou os olhos — Só porque eu conheci uma garota divertida e engraçada chamada Seulgi. Ela acha que essa garota 'ta querendo algo a mais.

— Você que se diz sensacional em pressentimento, acha que ela quer algo a mais ou não? – Jihyo tinha um tom de brincadeira.

— Não julgo se ela estiver se apaixonando por mim – Nayeon sorriu — Mas ciúmes me incomoda.

— Vai me dizer que não tem ciúmes da Jeongyeon? – Momo arqueou uma sobrancelha

— Tenho – deu de ombros — Mas é diferente.