03.

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"Cada um sente a perda de um forma diferente."
— A estranha perfeita.

[...]

Não sei quanto tempo minha ficha demorou pra cair, mas era isso então, Sana estava namorando, e com a garota simpática e bonita que encontrei na universidade...

Que maneira engraçada que a vida tem de brincar comigo.

Eu não podia colocar a culpa nela, afinal colocamos um ponto final definitivo na nossa relação. Não tínhamos que esperar uma a outra. Não tínhamos que esperar nada. Depois de anos não havia motivos pra me sentir desconfortável, até porque eu também estava tentando com uma pessoa, mas me senti ridícula quando no fundo do meu peito esse sentimento se instalou.

Ela estava plena. Um sorriso tomava conta do seu rosto e eu não fazia ideia se ele era de verdade ou se era apenas um teatro. Pois mesmo em toda essa distância eu tinha acompanhado um dos piores acontecimentos da sua vida, não tinha total convicção que nunca mais poderia acontecer, mas com aquele sorriso era difícil de saber.

Sua mão estava apertada sobre o braço de sua namorada, a mesma selou o rosto de Sana e outra vez o desconforto se fez presente.

— Ótimo... – sussurrei baixo e abaixei a cabeça.

— Tudo bem? – Chaeyoung perguntou olhando pra frente.

— Sim, e você?

— Babando pela Sana? – soltou de repente.

— Você bebeu escondido antes da festa? – me indignei — Não estou babando pela Sana.

— Então o que foi isso? – se virou pra mim agora.

— Só é algo diferente. Depois de tudo nós somos estranhas uma pra outra agora – soltei uma risada frouxa.

— Entendo... Ainda ama ela? – peguntou séria e eu arregalei os olhos.

— Não, eu não a amo mais! – usei o tom de voz um pouco alto e Momo beslicou minha perna, o que me fez resmungar de dor.

— Será que tem como as duas ficarem quietas? – Momo sussurrou entredentes pra nós.

— Culpa da Dahyun! – Chaeng acusou.

— Minha? Você está babando pela irmã japonesa e diz que sou eu.

— Sério, eu vou bater em vocês! – Momo nos fuzilou com o olhar.

— Ok, vejam esse casamento meloso! – peguei minha bolsa, me levantei da cadeira e resolvi ir um pouco distante pra pegar um ar, já que era em um sítio, era bem mais fácil fazê-lo.

Mexi em minha bolsa e tirei um cigarro lá de dentro. Coloquei o mesmo na boca e iria acender até que ouvi uma voz familiar.

— O que acha que está fazendo?! – Jihyo me olhou de cima a baixo.

— Nada?! – escondi o mesmo nas costas.

— Desde quando você fuma, Kim Dahyun? - perguntou irritada.

— Desde quando você está aqui? – rebati com outra pergunta tentando desviar sua atenção, sem sucesso.

— Não se faça de sonsa e me responde – cruzou os braços e me encarava séria.

— Eu não costumo fumar, ok? Só quando estou tensa – suspirei.

— Na minha frente não vai fumar nem tensa nem relaxada. Anda! – estendeu a mão em minha direção.

Revirei os olhos e entreguei o cigarro em sua mão, mas a mesma continuou com a mão estendida, bufei, mexi em minha bolsa e entreguei a caixa praticamente cheia.

New Chances - SaiDa. 2ª temporada Where stories live. Discover now