Capítulo 11

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No dia seguinte acordei meio desconcertada, sem saber se o beijo tinha mesmo acontecido ou se não passará de um sonho, mas aquele cheiro amadeirado em minha roupa não negava.
Naquela manhã levantei mais disposta, tomei um longo banho relaxante e fui até o guarda roupa, por que raios eu estava preocupada com o que eu iria vestir? E por que eu peguei justo uma saia jeans provocante? Dane-se, eu iria usar aquela saia por vontade própria, não por que eu queria agradar aquele traste que beija super bem... Foco Maite, termina de se arrumar e vai tomar seu café.
Assim que cheguei até a mesa percebi que todos os homens me encaravam em um misto de surpresa e desejo, eu nunca havia me arrumado tanto, até então só tinham me visto com umas camisetas enormes e os cabelos bagunçados.
William que estava na cabeceira da mesa me encarou de cima em baixo com um olhar de... Desdém?

- Vai ter baile das cadelas hoje? - Perguntou o Lagartixa.

- Vai sim, lá na casa da senhora sua mãe. - Respondi sem exitar.

- Não ouse falar da minha mãe, vadia! - Falou se levantando e apontando o dedo na minha cara.

- Pois então não ouse falar de mim, sempre que me ofender vou meter sua mamãezinha no meio.

- Lagarto! - Repreendeu William ao ver que ele ergueu a mão para me bater.

- Por que defende tanto essa infeliz? Por acaso quer a comer? Porquê se for isso fode logo essa puta pra gente poder dar um fim nela.

- JÁ CHEGA! - Gritou batendo a mão na mesa. - Eu estou farto dessas discussões toscas de vocês dois, parecem duas crianças na quarta série. - Falou se levantando e saindo irritado dali.

Eu encarei Lagarto por alguns segundos, e depois saí atrás de William que havia ido para o seu escritório.

- O que você quer?

- Não queria ter causado todo aquele alvoroço.

- Pois me parece que queria sim, toda hora vocês dois com essas brigas desnecessárias.

- Todas as vezes ele quem começou.

- Eu não quero saber quem começou, eu quero que isso pare agora, senão os dois irão arcar com as consequências.

- Ele me xinga toda hora, tenta me bater todo segundo e eu ainda sou culpada?

- Pra que foi vestir essa roupa também? Ele não mentiu em nada, realmente está parecendo uma cadela.

E foi então que meu ato mais impensável aconteceu, eu lhe dei um tapa na cara. Ok, eu estava muito fodida, mas não o deixaria falar daquele jeito comigo.

- Devo lembrá-lo que foi você quem comprou minhas roupas?

Ele ficou alguns segundos me encarando com ódio, sem dizer nada. Depois segurou forte meu braço, estava me machucando.

- Escuta aqui, quem você pensa que é pra fazer isso? Vou deixar uma coisa bem claro, aquilo ontem não significou nada, não vai pensando que virou minha namoradinha ou sei lá.

- Eu... Não pensei nada. - Falei tentando conter as lágrimas.

- Ótimo!

E então ele começou a me arrastar para fora, e fomos descendo os degraus até o... Porão.

- Não, por favor, não! - Implorei.

- É para você aprender a nunca mais relar um dedo em mim. - Falou e me jogou naquela sala imunda novamente, me fazendo cair sentada naquele chão nojento. - E agradeça a Deus por eu não te matar, porque juro que essa é minha real vontade nesse momento. - Falou antes de trancar a porta.

O AgiotaWhere stories live. Discover now